O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Túlio
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4051 Mensagem por Túlio » Qui Nov 10, 2011 9:46 pm

Para mim - sin fuentes - se é capaz de subir a FL500 (conforme o que os 'fontados' - falar nisso, o FABIO sumiu ou é impressão minha?) imaginem o ALCANCE...

Mas acho que foi o véio 04 que falou em UMBANI de mais de 60 nm de alcance, para deter isso só tem um jeito: CAÇAS atacando o vetor!

E neste misterioso RFI do EB, duvido que seja tudo estanque, sem considerar a capacidade de Defesa Aérea da FAB (COMDABRA)... :wink: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4052 Mensagem por Penguin » Qui Nov 10, 2011 10:09 pm

Túlio escreveu:Para mim - sin fuentes - se é capaz de subir a FL500 (conforme o que os 'fontados' - falar nisso, o FABIO sumiu ou é impressão minha?) imaginem o ALCANCE...

Mas acho que foi o véio 04 que falou em UMBANI de mais de 60 nm de alcance, para deter isso só tem um jeito: CAÇAS atacando o vetor!

E neste misterioso RFI do EB, duvido que seja tudo estanque, sem considerar a capacidade de Defesa Aérea da FAB (COMDABRA)... :wink: 8-]
Por falar no RFI do EB:
31 de Maio, 2011 - 09:18 ( Brasília )
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SIAAEB - Projeto Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.

Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet

O Projeto do Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro é um projeto ambicioso, mas com grande dose de realismo. O objetivo do projeto é modernizar os meios de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro (EB) em função, principalmente, do longo tempo de uso, aliado à defasagem tecnológica em relação aos principais equipamentos existentes no mercado nacional e internacional.

A amplitude do Projeto engloba as Baterias de Artilharia Antiaérea, os Grupos Artilharia Antiaérea e a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, incluindo o desenvolvimento de Material de Emprego Militar pelo EB e pela Indústria Nacional de Defesa.

O Timing Surpreende

No dia 27 de Janeiro de 2011 foram enviados por SEDEX, para mais de 30 empresas, um pedido de “Request for Information” (RFI) às empresas, nacionais e estrangeiras, que produzem Material de Emprego Militar de Defesa Antiaérea.

O período de Carnaval foi ao ritmo de samba de digitação das propostas para as empresas. A amplitude do SIAAEB e suas interações e complexidade. As respostas ao RFI deveriam ser entregues em 15 de Março.

No final de Maio ou primeira semana de Abril o Exército deve emitir os "RFP" para as empresas selecionadas e cujas respostas devem ser entregues até o final de Julho ou início de Agosto e a análises ainda neste mês. Anúncio dos vencedores em setembro e assinatura dos contratos em Novembro.

Os “Request for Information” (RFI)têm por finalidade obter dadosatualizados sobre as capacitações e possibilidades da Indústria de Defesa, nacional ou estrangeira, onde o Exército especifica, de uma forma geral, os interesses do Projeto.

Os RFI, portanto, serão objeto de avaliação inicial por intermédio do Estado-Maior do Exército, dos Órgãos de Direção Setorial envolvidos, do Gerente do Projeto e demais órgãos necessários ao prosseguimento do Projeto.

O Foco

Os objetivos são dois: aproveitar a Demanda dos Cadernos de Encargos dos eventos, que ocorrerão no Brasil - Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Olimpíadas (2016) – e modernizar e atualizar a Artilharia Antiaérea e completar as suas lacunas.

São três as linhas principais de ação:


1 - Aquisição de materiais novos;
2 - Integração a plataformas já existentes, e,
3 - Reparos de materiais já existentes.



O plano original é recuperar todo o material existente no EB e adquirir os inexistentes. O mapa inicial do Projeto é aberto dependendo muito das informações recebidas nos RFI e a capacidade de realizar as ações a tempo de atender a demanda dos eventos.

Uma questão é o futuro da artilharia de tubo. Atualmente há dois sistemas. Os canhões Bofors 40L70 40mm e os Oerlikon 35 mm. A tendência inicial era de continuar somente com os Bofors (atualmente BAE Systems).

O SIAAEB

O Projeto do Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro foca todos os itens integrantes de um sistema de AAe de baixa e média altura (10.000m).

A formatação do projeto coube ao General-de-Exército Sinclair James MAYER (promovido em Março 2011) e atual Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia. Como ex-comandante 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea(1ª BDA AAAe), o Gen MAYER tem conhecimento das principais demandas..

O desdobramento da 1ª BDA AAAe, indica a enorme deficiência de cobertura de defesa Aérea do Exército Brasileiro. A Brigada está desdobrada em 4 estados (SP, RS, RJ e MG) e Distrito Federal.

É dado como certo que muitas soluções de compromisso serão necessárias para atender aos exíguos prazos. Lembrar que os eventos começam já, em 2012, com a RIO +20 (evento para comemorar os 20 anos da ECO92).

Os Meios

São previstas a aquisição de dois tipos de sistemas de mísseis. Um tipo MANPADS para curta distância e outro para média altura.

1 – MANPADS – Man Portable Air Defense System – O Brasil emprega dois tipos: o russo Igla, em uso pela FAB e Exército e o europeu MBDA Mistral em uso pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Concorre o Sueco SAAB RBS70.

2 – Média Altura – São inúmeras as versões e composições oferecidas:

Rússia - Tor2M,
Suécia - SAAB BAMSE,
Europeu MBDA
França Thales Crotale
Alemanha Diehl IRIS-T
Sem falar nas ofertas israelenses das empresas RAFAEL, IAI e ELBIT. Também participam empresas americanas, coreanas e chinesas.



Em muitos casos as plataformas onde estes mísseis podem ser montados e integrados estão em discussão. Lembrar que a plataforma básica e natural a VBTP-MR Guarani ainda está em desenvolvimento. Em especial a versão 8x8 cujo projeto ainda não foi inciada.

A intenção é de que o Radar ORBISAT SABER, em suas versões M60 e M200 sejam integrados. Algumas empresas, porém alertam que o SABER é um radar de Vigilância e não de Detecção e Interceptação e o tempo de resposta é maior que o necessário para rastrear mísseis.

A Expectativa

Uma segunda Brigada de AAAe é prevista dentro da Estratégia Braço Forte emitida pelo Exército Brasileiro, em 2009. O assunto ainda não foi discutido, embora conste da Estratégia Nacional de Defesa.

Porém não está prevista a sua criação dentro do escopo do SIAAEB.

Como parte do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), são inúmeras as interações com as outras forças mostra a complexidade deste projeto. Observar que algumas simetrias podem ser obtidas como o Programa F-X2. Há ofertas de sistemas de armas que equipam os caças, como por exemplo o MBDA VL MICA, versão terrestre do míssil ar-ar MBDA BVR MICA, que equipa o Dassault Rafale.

Lembrar o míssil Ar-Ar BVR RAFAEL Derby em uso pelos F-5EM que também tem uma versão de defesa aérea, que foi adqurida pela Índia.

Não descartada a hipótese de consórcio MECTRON-DENEL-AVIBRAS oferecer uma versão do míssil ar-ar A-DARTER, projeto conjunto Brasil-África do Sul, com um booster (acelerador).

O canhão Bofors 40L70 também é usado pela Marinha do Brasil onde uma interação pode ser buscada.

Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4053 Mensagem por LeandroGCard » Qui Nov 10, 2011 10:24 pm

Túlio escreveu:Para mim - sin fuentes - se é capaz de subir a FL500 (conforme o que os 'fontados' - falar nisso, o FABIO sumiu ou é impressão minha?) imaginem o ALCANCE...

Mas acho que foi o véio 04 que falou em UMBANI de mais de 60 nm de alcance, para deter isso só tem um jeito: CAÇAS atacando o vetor!

E neste misterioso RFI do EB, duvido que seja tudo estanque, sem considerar a capacidade de Defesa Aérea da FAB (COMDABRA)... :wink: 8-]
Túlio, uma Umbani planando por dezenas de km pode ser facilmente evitada por um alvo que consiga se deslocar algumas dezenas de metros entre o tempo em que ela for detectada e o momento em que ela chegaria (mobilidade, lembra :) ?). E é um alvo fácil para qualquer míssil ACLOS (que custa basicamente o mesmo preço que ela) colocado próximo à área do alvo.

Um atacante vai ter que se esmerar muito mais do que lançando Umbanis desde 70 Km se quiser passar por uma defesa séria. E a cada tentativa seus aviões ficariam exportos a mísseis de alcance médio/longo tocaiados em torno do alvo a grande distância deste. Só que aí estamos falando de alcances acima de 40 Km, e classificar por altura nem faz sentido porque todos sem excessão podem ultrapassar com folga o teto máximo prático de qualquer avião existente :wink: .


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4054 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Nov 11, 2011 9:36 am

O Gepard, pelo que sei, não está nos planos. Se vier, é porque está muito barato. Acredito na compra de mais Igla-S, na modernização dos equipamentos de tubo (centrais radares e de comunicação) e na compra de um sistema de média altitude. Outros programas ficam para depois. Quanto ao Gepard, é uma solução de merda!

Abraços

Pepê
knigh7 escreveu:Eu vou te fazer uma pergunta que é sobre o EB, mas não sobre o assunto do tópico. Mas como vc só está aqui...

Vc acha que os cavalarianos podem reverter o canhão para 105 mm do projeto da VBR, ou vc acha que ela vai continuar com o canhãozinho de 90 mm??
Tem gente no MD, GRAÚDA, brigando para reinstituir o 105mm. Ficaria assim:

a) Infantaria: Torre Elbit com seis rodas
b) Reconhecimento: Torre Cockerill canhão 90mm e seis rodas
c) Apoio de fogo e antitanque: Torre OTO com canhão 105mm e chassis oito rodas

Pepê




Editado pela última vez por Pepê Rezende em Sex Nov 11, 2011 9:46 am, em um total de 2 vezes.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4055 Mensagem por knigh7 » Sex Nov 11, 2011 9:39 am

Aleluia!!!!!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4056 Mensagem por Pepê Rezende » Sex Nov 11, 2011 9:41 am

Túlio escreveu:Para mim - sin fuentes - se é capaz de subir a FL500 (conforme o que os 'fontados' - falar nisso, o FABIO sumiu ou é impressão minha?) imaginem o ALCANCE...

Mas acho que foi o véio 04 que falou em UMBANI de mais de 60 nm de alcance, para deter isso só tem um jeito: CAÇAS atacando o vetor!

E neste misterioso RFI do EB, duvido que seja tudo estanque, sem considerar a capacidade de Defesa Aérea da FAB (COMDABRA)... :wink: 8-]
Penguin escreveu:Por falar no RFI do EB:
31 de Maio, 2011 - 09:18 ( Brasília )
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Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.

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A amplitude do Projeto engloba as Baterias de Artilharia Antiaérea, os Grupos Artilharia Antiaérea e a Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, incluindo o desenvolvimento de Material de Emprego Militar pelo EB e pela Indústria Nacional de Defesa.

O Timing Surpreende

No dia 27 de Janeiro de 2011 foram enviados por SEDEX, para mais de 30 empresas, um pedido de “Request for Information” (RFI) às empresas, nacionais e estrangeiras, que produzem Material de Emprego Militar de Defesa Antiaérea.

O período de Carnaval foi ao ritmo de samba de digitação das propostas para as empresas. A amplitude do SIAAEB e suas interações e complexidade. As respostas ao RFI deveriam ser entregues em 15 de Março.

No final de Maio ou primeira semana de Abril o Exército deve emitir os "RFP" para as empresas selecionadas e cujas respostas devem ser entregues até o final de Julho ou início de Agosto e a análises ainda neste mês. Anúncio dos vencedores em setembro e assinatura dos contratos em Novembro.

Os “Request for Information” (RFI)têm por finalidade obter dadosatualizados sobre as capacitações e possibilidades da Indústria de Defesa, nacional ou estrangeira, onde o Exército especifica, de uma forma geral, os interesses do Projeto.

Os RFI, portanto, serão objeto de avaliação inicial por intermédio do Estado-Maior do Exército, dos Órgãos de Direção Setorial envolvidos, do Gerente do Projeto e demais órgãos necessários ao prosseguimento do Projeto.

O Foco

Os objetivos são dois: aproveitar a Demanda dos Cadernos de Encargos dos eventos, que ocorrerão no Brasil - Copa das Confederações (2013), Copa do Mundo (2014), Olimpíadas (2016) – e modernizar e atualizar a Artilharia Antiaérea e completar as suas lacunas.

São três as linhas principais de ação:


1 - Aquisição de materiais novos;
2 - Integração a plataformas já existentes, e,
3 - Reparos de materiais já existentes.



O plano original é recuperar todo o material existente no EB e adquirir os inexistentes. O mapa inicial do Projeto é aberto dependendo muito das informações recebidas nos RFI e a capacidade de realizar as ações a tempo de atender a demanda dos eventos.

Uma questão é o futuro da artilharia de tubo. Atualmente há dois sistemas. Os canhões Bofors 40L70 40mm e os Oerlikon 35 mm. A tendência inicial era de continuar somente com os Bofors (atualmente BAE Systems).

O SIAAEB

O Projeto do Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro foca todos os itens integrantes de um sistema de AAe de baixa e média altura (10.000m).

A formatação do projeto coube ao General-de-Exército Sinclair James MAYER (promovido em Março 2011) e atual Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia. Como ex-comandante 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea(1ª BDA AAAe), o Gen MAYER tem conhecimento das principais demandas..

O desdobramento da 1ª BDA AAAe, indica a enorme deficiência de cobertura de defesa Aérea do Exército Brasileiro. A Brigada está desdobrada em 4 estados (SP, RS, RJ e MG) e Distrito Federal.

É dado como certo que muitas soluções de compromisso serão necessárias para atender aos exíguos prazos. Lembrar que os eventos começam já, em 2012, com a RIO +20 (evento para comemorar os 20 anos da ECO92).

Os Meios

São previstas a aquisição de dois tipos de sistemas de mísseis. Um tipo MANPADS para curta distância e outro para média altura.

1 – MANPADS – Man Portable Air Defense System – O Brasil emprega dois tipos: o russo Igla, em uso pela FAB e Exército e o europeu MBDA Mistral em uso pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Concorre o Sueco SAAB RBS70.

2 – Média Altura – São inúmeras as versões e composições oferecidas:

Rússia - Tor2M,
Suécia - SAAB BAMSE,
Europeu MBDA
França Thales Crotale
Alemanha Diehl IRIS-T
Sem falar nas ofertas israelenses das empresas RAFAEL, IAI e ELBIT. Também participam empresas americanas, coreanas e chinesas.



Em muitos casos as plataformas onde estes mísseis podem ser montados e integrados estão em discussão. Lembrar que a plataforma básica e natural a VBTP-MR Guarani ainda está em desenvolvimento. Em especial a versão 8x8 cujo projeto ainda não foi inciada.

A intenção é de que o Radar ORBISAT SABER, em suas versões M60 e M200 sejam integrados. Algumas empresas, porém alertam que o SABER é um radar de Vigilância e não de Detecção e Interceptação e o tempo de resposta é maior que o necessário para rastrear mísseis.

A Expectativa

Uma segunda Brigada de AAAe é prevista dentro da Estratégia Braço Forte emitida pelo Exército Brasileiro, em 2009. O assunto ainda não foi discutido, embora conste da Estratégia Nacional de Defesa.

Porém não está prevista a sua criação dentro do escopo do SIAAEB.

Como parte do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), são inúmeras as interações com as outras forças mostra a complexidade deste projeto. Observar que algumas simetrias podem ser obtidas como o Programa F-X2. Há ofertas de sistemas de armas que equipam os caças, como por exemplo o MBDA VL MICA, versão terrestre do míssil ar-ar MBDA BVR MICA, que equipa o Dassault Rafale.

Lembrar o míssil Ar-Ar BVR RAFAEL Derby em uso pelos F-5EM que também tem uma versão de defesa aérea, que foi adqurida pela Índia.

Não descartada a hipótese de consórcio MECTRON-DENEL-AVIBRAS oferecer uma versão do míssil ar-ar A-DARTER, projeto conjunto Brasil-África do Sul, com um booster (acelerador).

O canhão Bofors 40L70 também é usado pela Marinha do Brasil onde uma interação pode ser buscada.

Enfim surge um caminho para a Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro.
A matéria do During foi um chute bem dado. O RFI previa DOIS tipos de mísseis "portáteis":

1. Um IR
2. Um guiado a laser com capacidade de destruição comandada "para uso urbano"

Quanto ao FILA e o Gepard, lembrem-se que a central brasileira é derivada do Super Fledermaus e há vários pontos de contato entre eles.

Abraços

Pepê




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4057 Mensagem por knigh7 » Sex Nov 11, 2011 9:56 am

ZeRo4 escreveu:
LeandroGCard escreveu:Muito interessante mesmo este sistema, e acho que cabe sem problemas no Guarani também. Mas ele só possui um canal, então uma única unidade não suporta ataques de saturação. Também falta entender se o tracking óptico automático tem capacidade contra munições frias, pois o radar é de busca e não de direção de tiro. No vídeo ele é mostrado usando IR para seguir um avião, e o ataque à biruta rebocada deve ter sido no manual (o risco seria grande dele atingir o drone rebocador no modo automático, ou não?).
Cabe sim, Leandro! ele foi montado no Wiesel, esse mini-tanque Alemão com motor Audi 4cyl...

Quanto ao número de canais, esse é apenas um demonstrativo... o sistema acabou variando de país para país! Na Alemanha as baterias de Ozelot que substituiu as de Gepard são configuradas mais ou menos assim:

15 sistemas lançadores que contam com alças ópticas para enganjar os alvos.
03 sistemas com radares montados
01 posto de comando

Os veículos podem ficar distantes até 6km entre si, portanto... o sistema Alemão contra com 15 mísseis que podem ser disparados praticamente ao mesmo tempo... se contarmos que são quatro mísseis por veículo, temos um total de 60 mísseis para pronto enganjamento em cerca de 40-60s.

Achei o sistema muito interessante, pois é relativamente barato de se adquirir, já que os veículos podem ser alguns montados aqui mesmo (i.e Guarani, Imbra VBL, quem sabe até mesmo os Cascavéis/Urutu), seriam simples de manutenir (ao contrário do Gepard), poderia ser aerotransportados (coisa que o Gepard também não é...) e relativamente barato em relação as munições.
LeandroGCard escreveu:Agora, de qualquer forma, é bom tentar descobrir se o EB está avaliando este sistema ou o RBS-70, porque este último não faz mais sentido.
Pois é... a seguir cenas do próximo capitulo.
LeandroGCard escreveu:Obrigado pelas informações e um grande abraço [009]

Enriquecendo o fórum sempre, Leandro! []s

Mas essa Bia de Ozelot é gastar muita vela para santo que não é tão forte.

Essa estruturação deve ser para sistemas AAe de média e grande distância, com os sistemas de baixa altura inseridos nele. Em ocasiões ou tropas que pelas características não conseguem levar um sistema de média alcance (como paraquedistas, FEs, etc) no caso do Brasil poder-se-ia utilizar um Saber M60 + um missil IR de comprovada eficácia (seja no ombro, seja montado num jipe), como o Mistral que já temos + um veículo médio dotado de um sistema CIWS e radar de aquisição.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4058 Mensagem por ZeRo4 » Sex Nov 11, 2011 10:27 am

LeandroGCard escreveu:
Túlio escreveu:Para mim - sin fuentes - se é capaz de subir a FL500 (conforme o que os 'fontados' - falar nisso, o FABIO sumiu ou é impressão minha?) imaginem o ALCANCE...

Mas acho que foi o véio 04 que falou em UMBANI de mais de 60 nm de alcance, para deter isso só tem um jeito: CAÇAS atacando o vetor!

E neste misterioso RFI do EB, duvido que seja tudo estanque, sem considerar a capacidade de Defesa Aérea da FAB (COMDABRA)... :wink: 8-]
Túlio, uma Umbani planando por dezenas de km pode ser facilmente evitada por um alvo que consiga se deslocar algumas dezenas de metros entre o tempo em que ela for detectada e o momento em que ela chegaria (mobilidade, lembra :) ?). E é um alvo fácil para qualquer míssil ACLOS (que custa basicamente o mesmo preço que ela) colocado próximo à área do alvo.

Um atacante vai ter que se esmerar muito mais do que lançando Umbanis desde 70 Km se quiser passar por uma defesa séria. E a cada tentativa seus aviões ficariam exportos a mísseis de alcance médio/longo tocaiados em torno do alvo a grande distância deste. Só que aí estamos falando de alcances acima de 40 Km, e classificar por altura nem faz sentido porque todos sem excessão podem ultrapassar com folga o teto máximo prático de qualquer avião existente :wink: .


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A Umbani tem uma versão equipada com foguetes, o que a torna praticamente um míssil Cruise, Leandro.




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Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..." ;)
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4059 Mensagem por ZeRo4 » Sex Nov 11, 2011 10:37 am

knigh7 escreveu:Mas essa Bia de Ozelot é gastar muita vela para santo que não é tão forte.

Essa estruturação deve ser para sistemas AAe de média e grande distância, com os sistemas de baixa altura inseridos nele. Em ocasiões ou tropas que pelas características não conseguem levar um sistema de média alcance (como paraquedistas, FEs, etc) no caso do Brasil poder-se-ia utilizar um Saber M60 + um missil IR de comprovada eficácia (seja no ombro, seja montado num jipe), como o Mistral que já temos + um veículo médio dotado de um sistema CIWS e radar de aquisição.
Acho que tudo depende da relação custo-benefício, não há como fugir disso. Achei o LeFlaSys um ótimo sistema sim, pois é barato e acaba adicionando uma capacidade espetacular aos Alemães que agora tem uma boa capacidade tanto contra munições, como contra helicópteros de ataque, capacidade essa que não tinham com o Gepard. Para defender o Exército Alemão está muito bom, eu disse para defender o Exército, já a questão de instalações, base e etc é outro assunto, fica a cargo da força áerea.

A galera está misturando alhos com bugalhos na discussão aqui, estamos falando de uma aquisição para o EB e como tal, esses sistemas devem fazer a defesa do EB em campo, é evidente que quanto maior o teto e o alcance as coisas ficam mais fáceis, mas apartir de um dado momento acaba sendo irrelevante.




Editado pela última vez por ZeRo4 em Sex Nov 11, 2011 11:39 am, em um total de 1 vez.
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PRick

Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4060 Mensagem por PRick » Sex Nov 11, 2011 11:19 am

Bem vou fazer uma brincadeira de ligar os pontos.

Qual é a Diretora de Tiro mais moderna do EB hoje, quem repassou a tecnologia dela? Essa CIA foi comprada por uma grande empresa Alemã, alguém sabe qual é essa empresa?

O EB quer modernizar seus canhões, particularmente os 35 mm. Esses canhões e sua munição Ahead são fabricados por qual CIA? Essa empresa também está oferecendo um produto seu a preço de liquidação, que na última modernização recebeu tecnologia da empresa comprada por eles. [000] [000]

Leiam com atenção a informação do Pepê, o EB não obrigou as empresas oferecerem um pacote fechado, podem ser oferecidas apenas uma parte dos sistemas. O EB quer um compromisso de nacionalização e até parceria local, se possível a instalação da empresa no Brasil para manutenção e suporte no longo prazo.

Interessante é que essa empresa alemã que comprou a outra, não produz mísseis, sua AAé está voltada para armamento de tubo, sistemas de rastreio e direção de tiro de baixa altura. Mas já adaptou seus produtos para uso de Manpads. É especialista na fabricação de blindados e de munição para armamento de tubo. E já é grande fornecedora do EB.

Acho que isso já dá uma pista do conjunto da obra.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4061 Mensagem por ZeRo4 » Sex Nov 11, 2011 11:45 am

Pepê Rezende escreveu:O Gepard, pelo que sei, não está nos planos. Se vier, é porque está muito barato. Acredito na compra de mais Igla-S, na modernização dos equipamentos de tubo (centrais radares e de comunicação) e na compra de um sistema de média altitude. Outros programas ficam para depois. Quanto ao Gepard, é uma solução de merda!
Well, a primeira parte da história me deixo muito tranquilo. Não há motivos realmente para o EB adquirir o Gepard, a não ser que fossem praticamente DOADOS, R$ 1,2 milhões por sistema ainda está caro pois com os R$ 30 milhões equiparíamos o EB de forma muito melhor com sistema parecido com que o os Alemães e Holandeses substituíram os seus Gepards.

Já a compra de mais Igla-S me deixa um tanto quanto preocupado, visto que o Igla-S parece não apresentar sistema satisfatório, acho que seria interessante para o EB deixar o Igla-S na mão da infantaria a pé e adotar um sistema parecido com os dos Alemães, Holandeses, Suecos, Gregos e Filnandeses, veículos leves com reparos para quatro mísseis que poderiam ser Mistral ou Bolide.

Agora, se vamos falar exclusivamente de sistemas de médio alcance, como "médio alcance" o EB tem mais ou menos que faixa de km efetivada?




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4062 Mensagem por ZeRo4 » Sex Nov 11, 2011 12:04 pm

Mais sobre os sistemas e munições em uso pelo Gepard:

"The ground-role version of AHEAD is known as Air Bursting Munition. The biggest difference is the dispersion pattern of the fragments which is more toroidal than conical. This is to enable it to better engage targets in defilade. Implementing it on the Gepard would not be difficult as AHEAD was developed on the GDF-series 35mm twins anyway. The major bummer with AHEAD/ABM is the cost of the munitions, significantly higher than vanilla HEI-T or APHEI-T. You would also have to get it qualified for use, a byzantine process at the best of times. Not something you want to do in a hurry up offense. There's probably hundreds of thousands of rounds of HEI-T stockpiled..."

"The Gepard's radar is not optimized to handle such small targets as say an ATGM. Generally for such applications, MMW types are used. Unless the system is set to automatic, it may not respond quickly enough and I would be a little concerned about falsing with an automatic engagement cycle..."

"The main problem lies less with the guns and ammunition but more with the sensors. The search and fire-control radars currently being used are unable to reliably detect and track RAM targets with sufficient accuracy. Adding AHEAD capability, while still difficult despite the digitized FCS, would be easier than integrating a whole new set of sensors and automatic engagement/unmanned operation capabilities. Skyshield is strategically more mobile as well..."




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4063 Mensagem por LeandroGCard » Sex Nov 11, 2011 12:09 pm

ZeRo4 escreveu:A Umbani tem uma versão equipada com foguetes, o que a torna praticamente um míssil Cruise, Leandro.
O que não muda nada do que coloquei, já que mísseis cruise são também um dos principais alvos dos mísseis ACLOS e canhões AAe modernos.


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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4064 Mensagem por ZeRo4 » Sex Nov 11, 2011 12:11 pm

LeandroGCard escreveu:
ZeRo4 escreveu:A Umbani tem uma versão equipada com foguetes, o que a torna praticamente um míssil Cruise, Leandro.
O que não muda nada do que coloquei, já que mísseis cruise são também um dos principais alvos dos mísseis ACLOS e canhões AAe modernos.


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Falei da questão mobilidade, Leandro. Até porque chega mais rápido, não??? mas é apenas por questão de enriquecer o tópico mesmo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#4065 Mensagem por PRick » Sex Nov 11, 2011 1:06 pm

knigh7 escreveu:
ZeRo4 escreveu: Cabe sim, Leandro! ele foi montado no Wiesel, esse mini-tanque Alemão com motor Audi 4cyl...

Quanto ao número de canais, esse é apenas um demonstrativo... o sistema acabou variando de país para país! Na Alemanha as baterias de Ozelot que substituiu as de Gepard são configuradas mais ou menos assim:

15 sistemas lançadores que contam com alças ópticas para enganjar os alvos.
03 sistemas com radares montados
01 posto de comando

Os veículos podem ficar distantes até 6km entre si, portanto... o sistema Alemão contra com 15 mísseis que podem ser disparados praticamente ao mesmo tempo... se contarmos que são quatro mísseis por veículo, temos um total de 60 mísseis para pronto enganjamento em cerca de 40-60s.

Achei o sistema muito interessante, pois é relativamente barato de se adquirir, já que os veículos podem ser alguns montados aqui mesmo (i.e Guarani, Imbra VBL, quem sabe até mesmo os Cascavéis/Urutu), seriam simples de manutenir (ao contrário do Gepard), poderia ser aerotransportados (coisa que o Gepard também não é...) e relativamente barato em relação as munições.
Pois é... a seguir cenas do próximo capitulo.

Mas essa Bia de Ozelot é gastar muita vela para santo que não é tão forte.

Essa estruturação deve ser para sistemas AAe de média e grande distância, com os sistemas de baixa altura inseridos nele. Em ocasiões ou tropas que pelas características não conseguem levar um sistema de média alcance (como paraquedistas, FEs, etc) no caso do Brasil poder-se-ia utilizar um Saber M60 + um missil IR de comprovada eficácia (seja no ombro, seja montado num jipe), como o Mistral que já temos + um veículo médio dotado de um sistema CIWS e radar de aquisição.

Pois é, e se é para adotar algum veículo com Manpads, já temos eles, é o Marruá e o Guarani. Como já usamos 02 tipos de Manpads é só escolher um deles para colocar nesses veículos.

Fica faltando um CIWS móvel que possa usar armamento de tubo e até Manpads. Porque sistemas baseados somente em Manpads IR tem aquele problema, são ineficazes contra munição inteligente que não tem motor.




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