Fórum Defesa Brasil

Foxtrot, aviões comerciais não se contam em anos de fabricação para efeito de comparativos técnicos somente, mas, e principalmente, em ciclos de voo. E creio eu que sabes disso.
E no caso dos 767, pelos requisitos previstos, estas aeronaves terão, salvo engano, uma longa vida operacional em ciclos pela frente. Juntamente com o fato de que o número de ciclos para as mesma ser também devidamente baixo, exatamente pelos motivos expostos acima. E a FAB sabe bem disso.
O fato de ser ou não a IAI que irá fornecer tal modificação não significa que a proposta seja menos válida caso fosse a fabricante original. Até porque, ambas ofertaram aeronaves usadas para este certame, embora a Boeing também tenha oferecido aeronaves novas a partir do projeto do KC-46.
Enfim, vamos ter aeronaves praticamente novas, tanto do ponto de vista da idade cronológica, pois que obrigatoriamente tem de ter menos de 10 anos, e também por força dos requisitos, um baixo número de ciclos, a fim de se permitir seu uso no longuíssimo prazo, como prevê a FAB.
Não há e nem haverá nenhum problema em operar aeronaves usadas. Sejam elas Airbus ou Boeing. A questão aqui aqui a ser apontada é: vamos ter cacife financeiro para apoiar e manter três, ou mais, aeronaves do porte de um 767, quando sequer tínhamos para manter "simples" 707?

abs

A questão aqui aqui a ser apontada é: vamos ter cacife financeiro para apoiar e manter três, ou mais, aeronaves do porte de um 767, quando sequer tínhamos para manter "simples" 707?

Cada geração mais nova é mais barata de se manter. O 767 tem 2 turbinas ao invés das 4 do 707, e são mais atuais. Além disso a TAM, e diversas companhias aéreas estrangeiras operam essa aeronave no Brasil, o que já facilita manutenção e peças.

da redação - 28/5/2014
FAB e o KC-X2

Nota de esclarecimento

Tecnologia & Defesa esclarece aos leitores:

Divulgamos nota sobre notícia referente ao Programa KC-X2, que versa sobre a seleção de uma nova aeronave de reabastecimento em voo e transporte de cargas, para a Força Aérea Brasileira. A notícia foi veiculada originalmente em mídia estrangeira, na internet. No início da tarde desta quarta feira, recebemos do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), a seguinte mensagem, aqui reproduzida:


Caro Editor da Revista Tecnologia & Defesa.

Em relação à matéria divulgada hoje neste veículo sobre o Projeto KC-X2, o Centro de Comunicação Social esclarece que as negociações contratuais ainda estão em andamento.

Atenciosamente,

_____________________________________________________
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
Assessoria de Imprensa

FORÇA AÉREA BRASILEIRA
Presente na vida dos brasileiros



http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=1728

abs.

arcanjo

Coloquei essa dúvida em outro Fórum...

Eu estava lendo sobre Cingapura e o fato de que os A330 deles serão usados e fui dar uma pesquisada e vi que a Airbus não só oferece modelos novos do A330 convertidos para REVO como também usados.

Aí vem a pergunta... por que não solicitamos esse tipo de informação para a Airbus e colocamos Airbus e Boeing 'novos' para disputar essa concorrência contra 767 usados convertidos pela IAI (claramente mais baratos)?

Não seria mais vantajoso em termos de negociações colocar aeronaves 'usadas/convertidas' contra aeronaves 'usadas/convertidas'? (mesmo que a IAI no fim ainda assim fosse a vencedora).

Tem coisas que realmente eu não entendo.

Nada contra o vetor escolhido e sim a oportunidade de podermos negociar mais vantagens.

Enfim...

[]s
CB_Lima

Rápida e interessante comparação entre o KC-135 e o KC-767.
Serve como base para vermos a evolução entre os nossos antigos KC-137 e os futuros KC-767 MMTT.

O 767 é um modelo wide body, onde o charuto (corpo) da aeronave é bem mais largo que o do 707, que é um narrow body. Para passageiros, o primeiro representa dois corredores entre as poltronas, e três fileiras de poltronas. Outra vantagem é que a TAM opera rotas para os EUA nas principais cidades brasileiras, com essa aeronave.

Alcantara escreveu:Rápida e interessante comparação entre o KC-135 e o KC-767.
Serve como base para vermos a evolução entre os nossos antigos KC-137 e os futuros KC-767 MMTT.

Só para deixar claro, esse é o KC-767 da USAF e não o que estamos comprando que são duas coisas totalmente distintas.

O "Nosso" 767 ficará entre o KC-135 e o KC-767 da USAF. Sem dúvida uma melhoria gigante, mas outra aeronave.

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:Coloquei essa dúvida em outro Fórum...

Eu estava lendo sobre Cingapura e o fato de que os A330 deles serão usados e fui dar uma pesquisada e vi que a Airbus não só oferece modelos novos do A330 convertidos para REVO como também usados.

Aí vem a pergunta... por que não solicitamos esse tipo de informação para a Airbus e colocamos Airbus e Boeing 'novos' para disputar essa concorrência contra 767 usados convertidos pela IAI (claramente mais baratos)?

Não seria mais vantajoso em termos de negociações colocar aeronaves 'usadas/convertidas' contra aeronaves 'usadas/convertidas'? (mesmo que a IAI no fim ainda assim fosse a vencedora).

Tem coisas que realmente eu não entendo.

Nada contra o vetor escolhido e sim a oportunidade de podermos negociar mais vantagens.

Enfim...

[]s
CB_Lima

Lima, boa noite.

O processo tradicional não prevê uma emissão seletiva de RFP, pelo menos dentre as empresas que teriam capacidade de atender à necessidade e de ter aceitação do Governo. O passo seguinte é um short list para continuar apenas com as melhores ofertas oficiais.
Obs.: o processo do F-X, usando o RFI (sem compromisso) para estabelecer um short list foi, digamos, heterodoxo.
Como são as empresas que recebem os RFP, é possível que a Airbus tenha escolhido ofertar sua solução com equipamento novo. Certamente o resultado técnico seria muito melhor, e o retorno financeiro para a empresa também, se fosse escolhida essa oferta.
Mas, em termos de custo para a modificação de aeronaves antigas, uma empresa grande como a Airbus não tem condições de competir com as empresas mais enxutas que atuam prioritariamente nesses projetos de mudanças de configurações de aeronaves.
Abraço,

Justin

Justin Case escreveu:

Carlos Lima escreveu:Coloquei essa dúvida em outro Fórum...

Eu estava lendo sobre Cingapura e o fato de que os A330 deles serão usados e fui dar uma pesquisada e vi que a Airbus não só oferece modelos novos do A330 convertidos para REVO como também usados.

Aí vem a pergunta... por que não solicitamos esse tipo de informação para a Airbus e colocamos Airbus e Boeing 'novos' para disputar essa concorrência contra 767 usados convertidos pela IAI (claramente mais baratos)?

Não seria mais vantajoso em termos de negociações colocar aeronaves 'usadas/convertidas' contra aeronaves 'usadas/convertidas'? (mesmo que a IAI no fim ainda assim fosse a vencedora).

Tem coisas que realmente eu não entendo.

Nada contra o vetor escolhido e sim a oportunidade de podermos negociar mais vantagens.

Enfim...

[]s
CB_Lima

Lima, boa noite.

O processo tradicional não prevê uma emissão seletiva de RFP, pelo menos dentre as empresas que teriam capacidade de atender à necessidade e de ter aceitação do Governo. O passo seguinte é um short list para continuar apenas com as melhores ofertas oficiais.
Obs.: o processo do F-X, usando o RFI (sem compromisso) para estabelecer um short list foi, digamos, heterodoxo.
Como são as empresas que recebem os RFP, é possível que a Airbus tenha escolhido ofertar sua solução com equipamento novo. Certamente o resultado técnico seria muito melhor, e o retorno financeiro para a empresa também, se fosse escolhida essa oferta.
Mas, em termos de custo para a modificação de aeronaves antigas, uma empresa grande como a Airbus não tem condições de competir com as empresas mais enxutas que atuam prioritariamente nesses projetos de mudanças de configurações de aeronaves.
Abraço,

Justin

Valeu Justin

Então em teoria a Airbus não teria como competir com a IAI seja oferecendo aeronaves novas ou usadas para modificar para REVO?

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu: Valeu Justin

Então em teoria a Airbus não teria como competir com a IAI seja oferecendo aeronaves novas ou usadas para modificar para REVO?

[]s
CB_Lima

LIma,

Nova, sim. Mas acho que não iria colocar na sua linha três aeronaves usadas para modificar. Creio que o retorno não compensaria.
Abraço,

Justin.

Justin Case escreveu:

Carlos Lima escreveu: Valeu Justin

Então em teoria a Airbus não teria como competir com a IAI seja oferecendo aeronaves novas ou usadas para modificar para REVO?

[]s
CB_Lima

LIma,

Nova, sim. Mas acho que não iria colocar na sua linha três aeronaves usadas para modificar. Creio que o retorno não compensaria.
Abraço,

Justin.

Pelo que eu entendi é o que está acontecendo em Cingapura. Além disso é bom lembrar que o trabalho não está sendo feito na "Airbus" e sim em uma filial assim como o trabalho do nosso 767 será feito na TAP.

Sendo assim, será que tal trabalho não poderia ser feito na TAM? (que se eu não me engano faz a manutenção do A330).

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:

Justin Case escreveu: LIma,

Nova, sim. Mas acho que não iria colocar na sua linha três aeronaves usadas para modificar. Creio que o retorno não compensaria.
Abraço,

Justin.

Pelo que eu entendi é o que está acontecendo em Cingapura. Além disso é bom lembrar que o trabalho não está sendo feito na "Airbus" e sim em uma filial assim como o trabalho do nosso 767 será feito na TAP.

Sendo assim, será que tal trabalho não poderia ser feito na TAM? (que se eu não me engano faz a manutenção do A330).

[]s
CB_Lima

Ai, sim.
Concordo. Seria uma solução viável.
Abraço,

Justin

Justin Case escreveu:

Carlos Lima escreveu: Pelo que eu entendi é o que está acontecendo em Cingapura. Além disso é bom lembrar que o trabalho não está sendo feito na "Airbus" e sim em uma filial assim como o trabalho do nosso 767 será feito na TAP.

Sendo assim, será que tal trabalho não poderia ser feito na TAM? (que se eu não me engano faz a manutenção do A330).

[]s
CB_Lima

Ai, sim.
Concordo. Seria uma solução viável.
Abraço,

Justin

Sim... o meu ponto era exatamente esse... a mesma 'solução' da IAI só que pela Airbus (na TAM, por exemplo).

Acho engraçado que por tudo que já li não exploramos essa alternativa nem como forma de barganhar com a IAI.

Oportunidade perdida.

[]s
CB_Lima

Justin Case escreveu:

Carlos Lima escreveu:Coloquei essa dúvida em outro Fórum...

Eu estava lendo sobre Cingapura e o fato de que os A330 deles serão usados e fui dar uma pesquisada e vi que a Airbus não só oferece modelos novos do A330 convertidos para REVO como também usados.

Aí vem a pergunta... por que não solicitamos esse tipo de informação para a Airbus e colocamos Airbus e Boeing 'novos' para disputar essa concorrência contra 767 usados convertidos pela IAI (claramente mais baratos)?

Não seria mais vantajoso em termos de negociações colocar aeronaves 'usadas/convertidas' contra aeronaves 'usadas/convertidas'? (mesmo que a IAI no fim ainda assim fosse a vencedora).

Tem coisas que realmente eu não entendo.

Nada contra o vetor escolhido e sim a oportunidade de podermos negociar mais vantagens.

Enfim...

[]s
CB_Lima

Resumindo: a FAB emitiu a procura e as empresas ofereceram as propostas que melhor lhes cabia, o porque da EADS não oferecer uma aeronave usada e sim uma nova é uma escolha que tem responsabilidade na empresa e não na FAB; até porque o pedido explicitava "aeronaves novas ou usadas...".

entendido?

sapao escreveu:

Justin Case escreveu:

Resumindo: a FAB emitiu a procura e as empresas ofereceram as propostas que melhor lhes cabia, o porque da EADS não oferecer uma aeronave usada e sim uma nova é uma escolha que tem responsabilidade na empresa e não na FAB; até porque o pedido explicitava "aeronaves novas ou usadas...".

entendido?

Então saquei, coube a EADS submeter a proposta e eles escolheram uma aeronave nova (assim como a Boeing) para disputar com uma usada (IAI).

Deram mole...

[]s
CB_Lima