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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#406 Mensagem por tflash » Qui Jul 28, 2011 1:38 pm

soultrain escreveu:Pt

Há muitos países que conseguem mudar como os EUA nunca mudaram, a Alemanha durante Hitler, após a IIGM, após a queda do muro de Berlim, todos os países do lado de lá da cortina de ferro, especialmente a Rússia, a China e o seu "New Deal", o Japão após a IIGM e até o Brasil durante o mandato de Lula.

Há muitos, muitos exemplos de mudanças drásticas, os seus deuses não têm poderes sobre-humanos.

O Truman, Clinton, Al Gore, Jimmy Carter e muitos outros foram/são Baptistas, a família Bush é Anglicana, mas o GWB é Metodista evangélico. Mas nada do que foi falado é directamente relacionado com o Bible Belt, isso é outro assunto que envolve Democratas e Republicanos.

Você conhece de ler e ver órgãos de comunicação, esse discurso é consentanio. A realidade é que os evangélicos que falo, são conservadores fundamentalistas, desde o inicio do sec XX que o termo fundamentalista é usado para descrever evangélicos internamente. 30% da população americana é evangélica, cerca de 70 a 80M e estão espalhados pelos vários estados, têm uma força surpreendente na Califórnia por exemplo, onde conseguiram alterar a constituição do estado para dizer que o casamento é entre homem e mulher. Foi com o apoio destes que GWB foi eleito e reeleito.


Foram estes evangélicos fundamentalistas com o dizimo dos fieis, que foram ter com o Rupert Murdoch dono da FOX e lhe puseram uma pilha de dinheiro à frente para terem voz, porque quase todos os principais meios de comunicação social eram controlados por Democratas ou Republicanos não fundamentalistas. A verdade é que houve um imenso publico, além daqueles 30%, a verem a FOX.

Foi este um dos factores que permitiu uma pessoa com limitações cognitivas e sociais ser eleito presidente.

Dentro deste movimento cresceu um outro ainda mais radical, a partir dai foi o que já escrevi.
Soul, você aqui fez uma grande salganhada. A coisa é mais complexa. O baptistas também são evangélicos. O movimento é muito grande e descende da reforma de Martinho Lutero.

A coisa é mais ou menos assim, por serem contra o domínio de Roma nos assuntos religiosos, essas igrejas tem como principal característica a independência doutrinária com base na bíblia.

Isso fez com que elas evoluíssem de formas muito diferentes. Agora existem as evangélicas tradicionais e aqueles movimentos novos que tem como característica uma direcção fechada com pouca liberdade para os membros decidirem. "vendem" um pack de pensamento aos seus fiéis.

Em Portugal e no Brasil temos como maior exemplo a IURD. Posso-lhe dizer que essa entidade nem sequer é reconhecida pelas igrejas evangélicas tradicionais em Portugal por muitas incongruências que tem na sua forma.

Nos EUA esses movimentos tem tamanhos expressivos. O Próprio "liberal" Obama faz parte de uma igreja com um pensamento mais liberal.

Agora você não se enganou no raciocínio. Os EUA também tem uma crise de valores assim como qualquer país ocidental. Quando aparece uma entidade a prometer um travão no liberalismo que para alguns é exagerado, as pessoas vão votar nessa entidade ainda que não partilhem a fé com eles.

Neste caso, o termo conservadores é mesmo o único correcto porque engloba o Mormons do Utah, os católicos conservadores e até muçulmanos por muito estranho que possa parecer.

Nesse conjunto, os evangélicos tradicionais até são os mais liberais.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#407 Mensagem por soultrain » Qui Jul 28, 2011 2:17 pm

tflash escreveu:
soultrain escreveu:Pt

Há muitos países que conseguem mudar como os EUA nunca mudaram, a Alemanha durante Hitler, após a IIGM, após a queda do muro de Berlim, todos os países do lado de lá da cortina de ferro, especialmente a Rússia, a China e o seu "New Deal", o Japão após a IIGM e até o Brasil durante o mandato de Lula.

Há muitos, muitos exemplos de mudanças drásticas, os seus deuses não têm poderes sobre-humanos.

O Truman, Clinton, Al Gore, Jimmy Carter e muitos outros foram/são Baptistas, a família Bush é Anglicana, mas o GWB é Metodista evangélico. Mas nada do que foi falado é directamente relacionado com o Bible Belt, isso é outro assunto que envolve Democratas e Republicanos.

Você conhece de ler e ver órgãos de comunicação, esse discurso é consentanio. A realidade é que os evangélicos que falo, são conservadores fundamentalistas, desde o inicio do sec XX que o termo fundamentalista é usado para descrever evangélicos internamente. 30% da população americana é evangélica, cerca de 70 a 80M e estão espalhados pelos vários estados, têm uma força surpreendente na Califórnia por exemplo, onde conseguiram alterar a constituição do estado para dizer que o casamento é entre homem e mulher. Foi com o apoio destes que GWB foi eleito e reeleito.


Foram estes evangélicos fundamentalistas com o dizimo dos fieis, que foram ter com o Rupert Murdoch dono da FOX e lhe puseram uma pilha de dinheiro à frente para terem voz, porque quase todos os principais meios de comunicação social eram controlados por Democratas ou Republicanos não fundamentalistas. A verdade é que houve um imenso publico, além daqueles 30%, a verem a FOX.

Foi este um dos factores que permitiu uma pessoa com limitações cognitivas e sociais ser eleito presidente.

Dentro deste movimento cresceu um outro ainda mais radical, a partir dai foi o que já escrevi.
Soul, você aqui fez uma grande salganhada. A coisa é mais complexa. O baptistas também são evangélicos. O movimento é muito grande e descende da reforma de Martinho Lutero.

A coisa é mais ou menos assim, por serem contra o domínio de Roma nos assuntos religiosos, essas igrejas tem como principal característica a independência doutrinária com base na bíblia.

Isso fez com que elas evoluíssem de formas muito diferentes. Agora existem as evangélicas tradicionais e aqueles movimentos novos que tem como característica uma direcção fechada com pouca liberdade para os membros decidirem. "vendem" um pack de pensamento aos seus fiéis.

Em Portugal e no Brasil temos como maior exemplo a IURD. Posso-lhe dizer que essa entidade nem sequer é reconhecida pelas igrejas evangélicas tradicionais em Portugal por muitas incongruências que tem na sua forma.

Nos EUA esses movimentos tem tamanhos expressivos. O Próprio "liberal" Obama faz parte de uma igreja com um pensamento mais liberal.

Agora você não se enganou no raciocínio. Os EUA também tem uma crise de valores assim como qualquer país ocidental. Quando aparece uma entidade a prometer um travão no liberalismo que para alguns é exagerado, as pessoas vão votar nessa entidade ainda que não partilhem a fé com eles.

Neste caso, o termo conservadores é mesmo o único correcto porque engloba o Mormons do Utah, os católicos conservadores e até muçulmanos por muito estranho que possa parecer.

Nesse conjunto, os evangélicos tradicionais até são os mais liberais.
Sim, mas onde está a salgalhada???? Você está a confundir o que na Europa é referido como evangélico e o que é usado nos EUA, têm significados e usos diferentes. Eu estou a referir-me aos ortodoxos que eles chamam fundamentalistas/tradicionalistas os Right Wing Christians, são brancos, fundamentalistas, xenófobos, ultra conservadores e acham que os EUA têm um papel mandatado por Deus no Mundo.

O movimento evangélico, como é conhecido hoje nos EUA surgiu na década de 1940 e 50 separando-se dos protestantes.

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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#408 Mensagem por tflash » Qui Jul 28, 2011 2:57 pm

Sim, mas onde é que inserimos os sulistas católicos nisto ou os Mormons?

Por isso é que eu disse que o termo "evangélicos" não é o correcto mas sim conservadores ou ultra conservadores que é como eles são denominados lá.

Um movimento que fomentou e fomenta activamente a pregação da sua fé no exterior, com ênfase em zonas pobres do mundo não deve ser considerado xenófobo. Também é com a ajuda deles que os EUA são a nação que dá mais ajuda humanitária no mundo.

Os ultra-conservadores esquecem-se destes itens e de mais uma carrada de coisas que aprenderam na "sunday school". A parte da sociedade americana que é aberta ao exterior também tem uma grande componente evangélica.

Os ultra-conservadores são uma amalgama de religiões com ideias semelhantes para a sociedade. Eles querem multi-culturalismo mas o que existia nos EUA no Séc. XIX que eram as várias culturas "brancas" que formaram os EUA.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#409 Mensagem por soultrain » Qui Jul 28, 2011 3:06 pm

Então diga-lhes isso a eles, embora eles também discutam a alteração da denominação para Cristãos Bíblicos, ou Cristão Ortodoxos.





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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#410 Mensagem por pt » Qui Jul 28, 2011 3:42 pm

Sim, mas onde está a salgalhada???? Você está a confundir o que na Europa é referido como evangélico e o que é usado nos EUA, têm significados e usos diferentes. Eu estou a referir-me aos ortodoxos que eles chamam fundamentalistas/tradicionalistas os Right Wing Christians, são brancos, fundamentalistas, xenófobos, ultra conservadores e acham que os EUA têm um papel mandatado por Deus no Mundo.
No que diz respeito aos movimentos evangélicos, não se podem colocar todos no mesmo tacho e relaciona-los directamente com a política.
No caso da América do Sul, os americanos, democratas ou republicanos, achavam que para o Brasil se desenvolver, tinha que ser convertido, porque os católicos eram corruptos e incompetentes.
Os protestantes americanos associaram sempre o catolicismo à miséria e à degradaçao.
Combateram os católicos onde puderam.

Hoje, os movimentos evangélicos quase que podem ser considerados uma espécie de quinta coluna americana (de que ninguém fala porque está disfarçada).
Você referiu a questão dos movimentos homosexuais na américa. Isso também está a acontecer no Brasil:
http://www.guardian.co.uk/commentisfree ... l-movement
Depois do golpe de 64, muitas instituições evangélicas foram perseguidas pelos militares, também porque eles não gostavam da visão liberal pró americana.
Em Angola, foram os movimentos Baptistas que começaram a guerra contra Portugal.
Eles não são necessariamente da direita conservadora.

O que eu lhe pretendo mostrar, é que você confunde evangélicos com direita conservadora com demasiada facilidade e mistura a religião com o que está a acontecer com demasiada facilidade.

O Tea Party, não é Tea Party porque ser evangélico, católico ou o que seja.
É «Tea Party» porque é contra o aumento do poder do governo federal.
O próprio nome, alude à oposição dos colonos do Massachusetts contra o governo de Londres.

NÃO TEM A VER COM RELIGIÃO
NÃO TEM A VER COM LIBERALISMO ECONOMICO
NÃO TEM A VER COM AS GRANDES EMPRESAS

É uma questão americana MUITO ANTIGA e um sentimento que nos leva até à Guerra Civil e até aos pais fundadores e ao que eles queriam que fosse a América e até ao preâmbulo da Constituição Americana, quanto à questão de o poder estar nos estados ou no povo americano como um todo.


A direita, a nova direita, os evangélicos e por aí fora, são apenas expressões da interminavel diversidade que existe na América.
Tentar etiquetar toda esta diversidade, com a mentalidade de quem vê o mundo a partir de um país que sempre foi um estado unitário é complicado.

Não confunda as coisas de forma absolutamente maniqueísta, é só o que pedi..




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#411 Mensagem por soultrain » Qui Jul 28, 2011 8:22 pm

Você realmente é um Glenn Beck em miniatura, com uma mistura irracional de Sara Pallin.

Os evangélicos que conheço dizem-me que o Tea Party é um movimento controlado por eles, financiado e organizado logisticamente, um deles um amigo de infância. Nos artigos de opinião que leio seja em jornais Americanos ou Ingleses toda a gente fala nisso às claras, na Tv também, fiquei a magicar porque esta opinião do contra. Pensei, é do contra porque é da sua natureza, mas depois percebi, não diz nada disso na Wikipédia...





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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#412 Mensagem por PRick » Qui Jul 28, 2011 8:35 pm

soultrain escreveu:Você realmente é um Glenn Beck em miniatura, com uma mistura irracional de Sara Pallin. [018] [018] [018]

Os evangélicos que conheço dizem-me que o Tea Party é um movimento controlado por eles, financiado e organizado logisticamente, um deles um amigo de infância. Nos artigos de opinião que leio seja em jornais Americanos ou Ingleses toda a gente fala nisso às claras, na Tv também, fiquei a magicar porque esta opinião do contra. Pensei, é do contra porque é da sua natureza, mas depois percebi, não diz nada disso na Wikipédia...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#413 Mensagem por Enlil » Qui Jul 28, 2011 10:17 pm

:lol:...




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#414 Mensagem por Penguin » Qui Jul 28, 2011 11:20 pm

Tea Party:

Composition
http://en.wikipedia.org/wiki/Tea_Party_ ... omposition
Several polls have been conducted on the demographics of the movement. Though the various polls sometimes turn up slightly different results, they tend to show that Tea Party supporters are mainly white and slightly more likely to be male, married, older than 45, more conservative than the general population, and likely to be more wealthy and have more education.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Tea_Party

A máxima "econômica" do Tea Party é
“Lower Taxes and Less Spending”

A biblia do liberalismo econômico, a revista The Economist, trás na sua última edição:
Yet Mr Obama and his party seem a model of fiscal statesmanship compared with their Republican opponents. Once upon a time the American right led the world when it came to rethinking government; now it is an intellectual pygmy. The House Republicans could not even get their budget sums right, so the vote had to be delayed. A desire to curb Leviathan is admirable, but the tea-partiers live in a fantasy world in which the deficit can be reduced without any tax increases: even Mr Obama’s attempts to remove loopholes in the tax code drive the zealots into paroxysms of outrage.
http://www.economist.com/node/21524874

Ou seja, em termos econômicos, os seguidores do Tea Party acreditam em uma elaborada fantasia cujo resultado pode ser catastrófico.
Me faz lembrar a história do imposto único de 1%. Muita gente boa acreditou que fosse possível algo assim.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#415 Mensagem por pt » Sex Jul 29, 2011 6:55 am

Você realmente é um Glenn Beck em miniatura, com uma mistura irracional de Sara Pallin.
Soultrain -> Se fosse eu a continuar com este tipo de piadinha sem graça, sarcástica e acima de tudo mentirosa, provavelmente alguma sumidade deste fórum já me tinham suspenso ... :roll:
A sua afirmação é estrambólica, principalmente porque para um americano da direita conservadora, eu seria aquilo que eles chamam um socialista.

Eu utilizei como referência a História da América, e disse que o Tea Party, é apenas mais uma expressão de um sucessão de movimentos americanos contrários o poder do governo de Washington.

Essa oposição a um governo central que cobra demasiados impostos, está expressa no próprio nome do movimento «Tea Party» (faça uma pesquisa no google por Boston+tea+party).
Mas nem era preciso ter este nome, porque houve outros movimentos e facções isolacionistas e contrárias ao governo central.
Veja o que aconteceu logo a seguir à I guerra mundial e porque é que a America teve que se desarmar e ficar com um exército minimo, na sequência da administração Harding, a qual teve como principal função criar meios para controlar os gastos de Washington ...

Você acha que a guerra civil americana foi uma guerra para «salvar os negros da escravatura» ?

O Tea Party, é antes de ser evangélico, fanático ou o que seja, um movimento que pretende controlar os gastos do governo central, porque acha que quando isso aconteceu no passado a América se desenvolveu e cresceu.

Há evidentemente pessoas com diferentes níveis de integrismo religioso nesse movimento, mas ele continua a ser um movimento cujo fio condutor (o que os liga) é a oposição ao poder de Washington e aos seus gastos.


É muito interessante que um evangélico que você conhece lhe tenha dito que controla o Tea Party.
A mim, um evangélico também me disse, que o falecido vice presidente José Alencar, foi para um partido evangélico porque um certo bispo televisivo lhe jurou que o curava da doença de que padecia.
É tudo muito interessante, mas são fait-divers que não podem ser utilizados como prova de qualquer tese ou opinião.

Olhe a História: Você encontra movimentos ou correntes de opinião idênticos e com características parecidas. Você acha que não havia zelotas religiosos no governo republicano de 1920 ?
O que você vê é uma conjugação do aparecimento de um movimento contrário ao centralismo, com uma vaga de fervor religioso.
As duas coincidem e apoiam-se, mas não são a mesma coisa.
Ou seja, em termos econômicos, os seguidores do Tea Party acreditam em uma elaborada fantasia cujo resultado pode ser catastrófico.
Me faz lembrar a história do imposto único de 1%. Muita gente boa acreditou que fosse possível algo assim.
Há muita gente a ser enganada, sem dúvida.
Aliás, é a ligação aos movimentos religiosos que permite dar ao Tea Party um pouco mais de credibilidade.
Como movimento contrário ao poder central, eles até podem ter muitos adeptos, mas os adeptos que têm são os adeptos normais que tem um movimento contestatário, num país em crise, em que as pessoas perdem empregos, perdem as suas casas e ficam na rua.

Chama-se populismo.
Curiosamente em Portugal, a esquerda estalinista e a trotskista fazem exactamente a mesma coisa. Inventam que há soluções milagrosas para a crise e que há outro caminho.
E há quem os siga religiosamente, não porque esse caminho exista, mas porque têm Fé.




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#416 Mensagem por soultrain » Sex Jul 29, 2011 7:27 am

Claro que sei o que é o Boston Tea Party... e a guerra civil Americana...
Não tem nada a ver com Religião...

Aliás, é a ligação aos movimentos religiosos que permite dar ao Tea Party um pouco mais de credibilidade....
Afinal tem ou não tem? Quem financia aquela gente toda? Ou acha que são movimentos espontâneos? Veja quem são os lideres, veja quem acicata na comunicação social, veja quais são os veículos.

Mas lá está, nada disso aparece na Wikipédia, porque como todos os movimentos radicais, têm os seus combatentes a escrutinar tudo e a discutir o que é publicado.

A comparação com o Glenn Beck e Sara Pallin é fácil, dizem e depois dizem que não disseram com amplos registos em primeira pessoa o que é estonteante. Depois é o radicalismo contra qualquer coisa que eles achem ser de esquerda, dá-lhes uma reação alérgica e uma coceira... devem ter sofrido o mesmo trauma que você quando era criança.

O Beck chegou ao ponto de comparar o acampamento onde foram mortos os jovens do Partido Trabalhista Norueguês, com um acampamento da juventude Hitlariana...




Editado pela última vez por soultrain em Sex Jul 29, 2011 7:41 am, em um total de 1 vez.

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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#417 Mensagem por Hader » Sex Jul 29, 2011 7:41 am

pt escreveu: Soultrain -> Se fosse eu a continuar com este tipo de piadinha sem graça, sarcástica e acima de tudo mentirosa, provavelmente alguma sumidade deste fórum já me tinham suspenso ... :roll:
Desculpe-me pt, mas você poderia explicar melhor o texto supracitado? Esta afirmação ficou um tanto estranha, dando margem a interpretações bem negativas...

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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#418 Mensagem por Penguin » Sex Jul 29, 2011 8:13 am

Enquanto uns perdem tempo em intermináveis disputas políticas, outros avançam...


26/07/2011 · 12:58

Impressionam os números da cidade do futuro, Tianfu, um parque tecnológico que está sendo erguido em Chengdu, capital da província de Sichuan, no oeste da China.

Early Warning: China ergue parque de TI com investimentos de US$ 10 bi

Oitocentos mil metros quadrados de edifícios já estão ocupados por 200 empresas que empregam 30 mil funcionários. Até o fim do ano, mais quinhentos mil metros de construção serão erguidos para atender a uma fila de espera de mais 50 empresas e 15 mil empregados adicionais.

A chamada “Zona High Tech”, que abrange também a indústria de máquinas de precisão e biomedicina, foi planejada para, de fato, ser um novo município. Construído em forma de condomínio, o parque tecnológico terá prédios residenciais e áreas de comércio e lazer. Os empreendedores preveem que quando o projeto estiver pronto, 600 mil pessoas vão morar no local.
Thomas Tang, diretor do escritório de planejamento estratégico da Zona High Tech de Chengdu, conta que 40% das empresas são estrangeiras. Os investimentos já feitos no parque somam US$ 10 bilhões.

Eles apostam que esse será “o principal centro de tecnologia e informática do mundo”. Quem investe no parque tecnológico de Chengdu recebe um pacote de incentivos fiscais que varia de acordo com o volume de vendas. Além disso, é concedido suporte financeiro, baseado nas futuras contribuições em impostos, e há linhas de financiamento disponíveis.

Já é madrugada, mas a obra continua. De um ponto mais alto consegue-se avistar operários circulando sobre os novos andares do edifício que surge, ajudando a criar um novo formato urbano.

O movimento das lanças da grua faz lembrar os ponteiros de um relógio. A cidade do futuro parece ter pressa para ficar pronta e fazer-se notar no planeta.

Estamos em Tianfu, um parque tecnológico que está sendo erguido em Chengdu, capital da província de Sichuan, no oeste da China. Oitocentos mil metros quadrados de edifícios já estão ocupados por 200 empresas, que empregam 30 mil funcionários.

Até o fim do ano mais quinhentos mil metros de construção serão erguidos para atender a uma fila de espera de mais 50 empresas e 15 mil empregados adicionais.

Com a frente em formato arredondado e ar futurista, um conjunto de quatro prédios que compõe o centro financeiro local se sobressai, assumindo desde já o papel de próximo cartão postal da China.

Tianfu ocupa somente a parte sul da cidade tecnológica, um território que anteriormente servia à plantação dos vegetais que compõem a típica e apimentada culinária sichuanesa.

A chamada “Zona High Tech”, que abrange também a indústria de máquinas de precisão e biomedicina, foi planejada para, de fato, ser um novo município. Construído em forma de condomínio, o parque tecnológico terá prédios residenciais e áreas de comércio e lazer. Os empreendedores preveem que quando o projeto estiver pronto, 600 mil pessoas vão morar no local.
A nova cidade tecnológica está a cerca de seis quilômetros do centro de Chengdu, uma das mais importantes cidades da China, com mais de 13 milhões de habitantes.

Os moradores de Chengdu costumam se gabar de seu estilo de vida, mais desprendido que o dos habitantes de metrópoles como Xangai.

Além do centro comercial sofisticado, fincado em bairros de elegantes e amplas avenidas arborizadas, e da gastronomia peculiar, a região é conhecida pelo alto padrão cultural, que inclui um tipo diferenciado de ópera, exibida desde o ano de 1700.

O ritmo frenético das construções está por toda a parte e não apenas na nova zona “high tech”. Pouco a pouco, pequenos prédios aparentemente abandonados, que carregam um resto de herança dos tempos imperiais, cedem lugar para enormes arranha-céus.

Sichuan convive com as lembranças tristes do grande terremoto que devastou a parte montanhosa da província, em 2008, deixando 68 mil mortos e 17 mil pessoas sem moradia.

A tragédia não alcançou a reserva dos ursos panda. Os animais tem um valor especial no país, onde são considerados um símbolo de amizade – tanto que quando a China decidiu aproximar-se de Taiwan, o presente enviado foram dois panda.
Considerada o berço dessa espécie, a província atrai muitos turistas. É o “melhor lugar do mundo para ver os panda”, garantem os chineses. Na reserva localizada a menos de uma hora de carro de Chengdu, a espécie pode ser vista vivendo livremente.

O parque dos panda acaba servindo ao parque tecnológico como uma evocação do apelo romântico da região. É o que se percebe no discurso de Thomas Tang, diretor do escritório de planejamento estratégico da Zona High Tech de Chengdu: “Esta cidade tem uma vantagem histórica de três mil anos. Temos lindos ursos panda e não faz muito calor e nem muito frio. É por isso que pessoas de talento, como os poetas, preferem ficar aqui; é um local muito adequado para as pessoas que trabalham com software.”

Como se repetisse um mantra, Tang cita uma lista de empresas de peso já instaladas no parque: IBM, GE, Huawei, Siemens, Ericsson, Tencent… Segundo conta, 40% são companhias estrangeiras e 23 estão listadas entre as 500 da revista “Forbes”.
Esses gigantes conferem ao parque uma espécie de grife, da mesma maneira que as lojas de marcas famosas, como Louis Vutton, conferem elegância ao centro comercial da cidade.

Para ajudar na apresentação do projeto, Victor Jansson, vice-presidente de desenvolvimento de negócios do Tianfu Software Park, senta-se ao lado de Tang. Oriundo do setor hoteleiro, Victor é suíço. Mudou-se para a China há sete anos e há dois trabalha no projeto do parque.

Jansson esbanja conhecimento sobre o empreendimento e sabe falar chinês, embora seja difícil para um ocidental avaliar se a fluência no idioma é tão boa quanto aparenta.

Segundo ele, o parque tecnológico é uma iniciativa público-privada. O governo chinês constrói os prédios e os vende ou aluga para o setor privado. A área ainda em construção já está totalmente encomendada.

Nesse cenário, grupos como o de Jansson desempenham o papel de mediadores da venda ou do aluguel, além da administração do que já funciona como uma espécie de condomínio.

Antes de a apresentação começar, o suíço faz uma demonstração prévia, usando a maquete gigante que enfeita o hall de entrada do escritório. Ele aponta detalhes dos edifícios e, certo de que vai encantar os visitantes, acende as luzes coloridas da maquete, que servem para revelar a imagem noturna da futura cidade.

Os investimentos já feitos no parque somam US$ 10 bilhões, segundo os empreendedores. Eles apostam que esse será “o principal centro de tecnologia e informática do mundo”.

Quando questionado sobre outras referências do setor, Janssen cita o Vale do Silício, nos Estados Unidos, com a diferença, diz ele, que o projeto chinês permite que várias empresas compartilhem um mesmo edifício. A área onde estão as fábricas dos produtos de informática está a cerca de 45 minutos do parque.

Apesar do discurso de Tang, é difícil imaginar que o principal motivo que está levando as empresas de tecnologia à região seja a poesia de seu cenário. Quem investe no parque tecnológico de Chengdu recebe um pacote de incentivos fiscais, que varia de acordo com o volume de vendas. Além disso, é concedido suporte financeiro, baseado nas futuras contribuições em impostos, e há linhas de financiamento disponíveis.

Apesar de distante da área portuária – são duas horas de avião ou 60 de trem até Xangai – Chengdu tem um aeroporto estratégico. Com movimento de 26 milhões de passageiros em 2010, liga 80 cidades da China e 26 no exterior, incluindo voos diários para as maiores cidades da Europa. Em três horas chega-se a Seul e em seis, a Tóquio.

O custo de instalação no local também é mais baixo. Segundo Jansson, o valor dos imóveis no parque equivale a um terço da média de mercado chinês. O preço médio do aluguel por metro quadrado na área é de US$ 6 por mês.

A vocação tecnológica também estimula uma nova formação educacional. Em Chengdu há 42 universidades. Os cursos da área de tecnologia formaram mais de 50 mil jovens em 2010.

Muitos já questionaram que estratégia a China adotará para lidar com os problemas que surgem com a explosão do crescimento econômico. É um cenário de incertezas, sujeito a muitas especulações, mas em Chengdu uma coisa é certa: diante do império tecnológico que está sendo criado, os pandas terão de enfrentar uma forte concorrência na hora de atrair os olhares dos visitantes.

Fonte: Marli Olmos | De Chengdu (China), Valor Econômico, 26/07/2011




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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#419 Mensagem por soultrain » Sex Jul 29, 2011 8:18 am

Atualizado: 27/7/2011 15:27
Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

EFE

Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

Washington, 27 jul (EFE).- Líderes do movimento conservador 'Tea Party' renovaram nesta quarta-feira seus ataques contra o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e advertiram das consequências eleitorais para os republicanos que apóiem seu plano para reduzir o déficit.

Judson Phillips, fundador do 'Tea Party Nation', queixou-se nesta quarta-feira em um blog que Boehner não demonstrou suficiente liderança nas negociações para reduzir o déficit porque 'não tem verdadeiro interesse em resolver os problemas que enfrenta este país'.

Refletindo o descontentamento dos líderes do 'Tea Party', Phillips inclusive sugeriu que Boehner deveria ser substituído como presidente da Câmara Baixa por uma pessoa mais conservadora.

'Precisamos de alguém com valor e visão, e Boehner não tem nenhuma dessas qualidades. Não é um líder', afirmou em seu blog.

Na terça-feira, Phillips havia repetido a mesma queixa, mas também instou Boehner a 'não se render' diante das exigências dos democratas para aumentar os impostos e elevar o teto da dívida nacional, de US$ 14,29 trilhões.

O fundador do 'Tea Party Nation', e os demais líderes do 'Tea Party', apoiam um projeto de lei na Câmara de Representantes, sob controle republicano, para cortar e limitar as despesas fiscais e equilibrar o orçamento federal.

Por sua vez, Jenny Beth Martin, co-fundadora de outro grupo conservador, 'Tea Party Patriots', assinalou nesta quarta-feira durante um ato que a maioria de seus membros se mostra insatisfeita com Boehner e preferiria outro conservador no cargo.

Seu colega, Mark Meckler, também critica a liderança de Boehner nas negociações com os democratas para reduzir o déficit e elevar o teto da dívida nacional.

Segundo o Departamento do Tesouro, se o Congresso não elevar o limite de endividamento antes de 2 de agosto, o Governo esgotará seus recursos para cumprir com suas obrigações e poderia declarar moratória.

Boehner promove plano na Câmara Baixa para reduzir as despesas fiscais, mas postergou seu voto até quinta-feira, depois de o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês) indicar na terça-feira à noite que o seu plano representaria corte de despesa de US$ 850 bilhões frente aos US$ 1,2 trilhão iniciais nos próximos dez anos.

O plano de Boehner concorre com outro do líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, e que, segundo o CBO, reduziria o déficit em menor medida do que o iniciado em princípio, de US$ 2,7 trilhões a US$ 2,2 trilhões na próxima década.

O choque entre republicanos e democratas e sua incapacidade para alcançar um acordo ameaça a frágil recuperação econômica dos Estados Unidos, já que várias agências de classificação de crédito anunciaram que submeterão à revisão a classificação da dívida americana.

Para Meckler, o plano de Boehner é 'uma vergonha' e advertiu que os republicanos que aprovarem o aumento no limite da dívida pagarão nas urnas no próximo ano.

Aproximadamente 60 dos republicanos que ganharam o pleito em 2010 contaram com o apoio de 'Tea Party', um movimento criado em 2009 com a declarada meta de derrotar a reforma da saúde promovida pelo presidente Barack Obama.

Os membros do 'Tea Party', conhecidos por seu conservadorismo fiscal, queixam-se pelo fato de nos últimos cinco anos, a dívida dos Estados Unidos quase ter triplicado e pelos líderes políticos em Washington estão 'hipotecando' o futuro da nação.

A solução, de acordo com Meckler, é que o Governo coloque sobre a mesa os 'verdadeiros cortes' que devolvam a solvência fiscal do país.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados





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Re: EUA : Ascensão e queda de uma grande potência

#420 Mensagem por Penguin » Sex Jul 29, 2011 9:40 am

soultrain escreveu:Atualizado: 27/7/2011 15:27
Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

EFE

Líderes do 'Tea Party' falam de consequências eleitorais por crise dívida

Washington, 27 jul (EFE).- Líderes do movimento conservador 'Tea Party' renovaram nesta quarta-feira seus ataques contra o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, e advertiram das consequências eleitorais para os republicanos que apóiem seu plano para reduzir o déficit.

Judson Phillips, fundador do 'Tea Party Nation', queixou-se nesta quarta-feira em um blog que Boehner não demonstrou suficiente liderança nas negociações para reduzir o déficit porque 'não tem verdadeiro interesse em resolver os problemas que enfrenta este país'.

Refletindo o descontentamento dos líderes do 'Tea Party', Phillips inclusive sugeriu que Boehner deveria ser substituído como presidente da Câmara Baixa por uma pessoa mais conservadora.

'Precisamos de alguém com valor e visão, e Boehner não tem nenhuma dessas qualidades. Não é um líder', afirmou em seu blog.

Na terça-feira, Phillips havia repetido a mesma queixa, mas também instou Boehner a 'não se render' diante das exigências dos democratas para aumentar os impostos e elevar o teto da dívida nacional, de US$ 14,29 trilhões.

O fundador do 'Tea Party Nation', e os demais líderes do 'Tea Party', apoiam um projeto de lei na Câmara de Representantes, sob controle republicano, para cortar e limitar as despesas fiscais e equilibrar o orçamento federal.

Por sua vez, Jenny Beth Martin, co-fundadora de outro grupo conservador, 'Tea Party Patriots', assinalou nesta quarta-feira durante um ato que a maioria de seus membros se mostra insatisfeita com Boehner e preferiria outro conservador no cargo.

Seu colega, Mark Meckler, também critica a liderança de Boehner nas negociações com os democratas para reduzir o déficit e elevar o teto da dívida nacional.

Segundo o Departamento do Tesouro, se o Congresso não elevar o limite de endividamento antes de 2 de agosto, o Governo esgotará seus recursos para cumprir com suas obrigações e poderia declarar moratória.

Boehner promove plano na Câmara Baixa para reduzir as despesas fiscais, mas postergou seu voto até quinta-feira, depois de o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO, em inglês) indicar na terça-feira à noite que o seu plano representaria corte de despesa de US$ 850 bilhões frente aos US$ 1,2 trilhão iniciais nos próximos dez anos.

O plano de Boehner concorre com outro do líder da maioria democrata do Senado, Harry Reid, e que, segundo o CBO, reduziria o déficit em menor medida do que o iniciado em princípio, de US$ 2,7 trilhões a US$ 2,2 trilhões na próxima década.

O choque entre republicanos e democratas e sua incapacidade para alcançar um acordo ameaça a frágil recuperação econômica dos Estados Unidos, já que várias agências de classificação de crédito anunciaram que submeterão à revisão a classificação da dívida americana.

Para Meckler, o plano de Boehner é 'uma vergonha' e advertiu que os republicanos que aprovarem o aumento no limite da dívida pagarão nas urnas no próximo ano.

Aproximadamente 60 dos republicanos que ganharam o pleito em 2010 contaram com o apoio de 'Tea Party', um movimento criado em 2009 com a declarada meta de derrotar a reforma da saúde promovida pelo presidente Barack Obama.

Os membros do 'Tea Party', conhecidos por seu conservadorismo fiscal, queixam-se pelo fato de nos últimos cinco anos, a dívida dos Estados Unidos quase ter triplicado e pelos líderes políticos em Washington estão 'hipotecando' o futuro da nação.

A solução, de acordo com Meckler, é que o Governo coloque sobre a mesa os 'verdadeiros cortes' que devolvam a solvência fiscal do país.

Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados
Os membros do 'Tea Party', conhecidos por seu conservadorismo fiscal, queixam-se pelo fato de nos últimos cinco anos, a dívida dos Estados Unidos quase ter triplicado e pelos líderes políticos em Washington estão 'hipotecando' o futuro da nação.
E foram justo os Republicanos os responsáveis por isso...




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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