Sapão
Sem querer ofender você FCarvalho, mas a declaração acima é sim uma ofensa, no minimo uma declaração de que o EB não atua em ambientes de operações reais.
E nada poderia estar mais longe da realidade do que essa afirmação.
Guerra
Não tem cabimento essa comparação. O EB tem a brigada paraquedista, a brigada operações especiais, a brigada aeromovel. E estamos falando aqui de brigadas. Porque uma coisa é equipar um btl, a outra coisa é equipar uma brigada, e no caso da inf mec o "sonho" não é apenas uma brigada. Eu acho isso real. A menos, é obvio, que o tamanho do territorio brasileiro for uma ilusão de otica.
Bom, Guerra e Sapão, colegas foristas, vai aqui meu esclarecimento.
Quanto me referi a operacionalidade da FFE e realidade, me referia à disponibilidade para aquisição/uso de forma regular/planejada de produtos, projetos e/ou sistemas militares nacionais ou importados.
Jamais afirmei que o EB não é operacional, que não tem om's operacionais ou que não trabalha com essa realidade. Apenas citei o caso do Guarani para exemplificar que no caso da FFE, como se trata de uma de nossas poucas forças realmente operacionais, não cabia/cabe esperar pela finalização de um projeto, como o Guarani, para manter-se equipada, por mais que seja um produto nacional. A manutenção da operacionalidade vem primeiro. Por isso a aquisição dos Piranha IV, apesar do projeto do Guarani. E como se trata de uma força pequena, e de ciunho excencialmente expedicionária, torna-se ainda mais imperativo o esforço da manutenção de sua capacidade combativa. Coisa que a MB nunca descuidou, até hoje, e isto é ponto de honra dentro do próprio CFN.
Neste sentido, o VBTP-MR Guarani, ainda é um sonho, porque se trata disso: um projeto que ainda tem que se provar viável, industrial e operacionalmente. Note-se não estou aqui denegrindo aquele, mas apenas ressaltando que para o CFN/FFE ele não interessa por ainda não ser um veiculo disponível hoje. E as necessidades do CFN/FFE são para hoje. Amanhã, se ele vier a ser tornar algo real, nos fatores que citei, aí será outra conversa. Ademais, ele é um sonho tanto quanto a mecanização da infantaria do EB, dentre outras coisas, que jamais passaram do papel ou de planos. As FT's da vida não me deixam mentir.
Sendo assim, o CFN não pode medir sua operacionalidade/capacidade de combate por recursos/produtos que poderão vir a ser.
Hora, o EB tem mais de 20 bgdas para manter, organizar e suprir. A maioria delas tem opeacionalidade duvidosa ou questionável, vide a realidade da defesa nacional. No entanto, nosso estado de eterno "sono em berço explêndido" nos propicia, graças a Deus, o tempo e as condições necessárias, frente a indiferença do Estado e a letargia politica reinantes, tempo para investir em planos (produtos) que um dia poderão vir a traduzir-se em operacionalidade concreta para, senão a totalidade dessas bgdas, ao menos para a maioria delas. Esse luxo nos podemos nos dar. Mas essa realidade não é factível ao CFN pelo que já expus acima.
Aliás, é bom que se diga, nenhum exÉrcito no mundo pode viver de "ilhas de modernidade" para poder exercer bem seu papel constitucinal. E o nosso, olhando no todo, por melhores que sejam seus quadros humanos, é hoje uma força com uma capacidade operacional absolutamente questionável e relativa. Infelizmente não é possível tapar o sol com a peneira. E isso apesar do esforços em se manter as om's ditas operacionais.
Talvez quando essa operacionalidade das "ilhas de modernidade" puderem ser aplicadas a 80/90% da força, em todos os ramos e armas, poderemos afirmar que temos uma força terrestre efetiva e operacional.
Bem, mas esta é apenas a minha opinião de leigo e estudioso do assunto.
Espero ter me feito entender. E desde já deixo minhas sinceras desculpas por qualquer ofensa ou mal entendido aos colegas militares. Esta jamais foi minha intenção.
abs cordiais.