Estratégia Nacional de Defesa
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- Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
MonitorMercantil
OPINIÃO
Uma Esquadra para defender a Amazônia
Os interesses marítimos do Brasil não se limitam à área vital, constituída pela "Amazônia Azul". A área primária de influência do Poder Naval brasileiro abrange todo o Atlântico Sul, entre a América do Sul e a África, bem como parte do Oceano Antártico. A área secundária, por sua vez, inclui o Mar do Caribe e parte do Pacífico Sul, nas proximidades do litoral sul-americano.
Em futuro não muito distante, poderá ser criada uma segunda Esquadra, sediada no litoral Norte/Nordeste do Brasil. Tal Esquadra teria por atribuição defender a Amazônia pelo mar, além de proteger os interesses nacionais na área marítima situada ao norte da cintura Natal-Dacar, onde o saliente nordestino avança como uma cunha em direção à África.
Para viabilizar sua criação, porém, a quantidade de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais à disposição da Marinha do Brasil deveria ser consideravelmente ampliada. Atualmente, a Marinha dispõe de pouca infra-estrutura de apoio no litoral Norte/Nordeste, bem como nos rios da Amazônia, pois ali estão sediados apenas elementos de forças distritais.
Para apoiar uma Esquadra, seria necessário construir novas bases ou ampliar e modernizar as bases navais de Belém (PA), Natal (RN) e Aratu (BA). Para isso, as limitações físicas dos portos (com exceção de Aratu, na Baía de Todos os Santos) teriam que ser levadas em consideração. Podemos afirmar que tais projetos seriam metas de médio ou longo prazo.
Com pequena ampliação da infra-estrutura existente, porém, poderia ser estacionada naquela área uma força pronta da Esquadra, inicialmente constituída por um número reduzido de navios. Tal possibilidade já havia sido cogitada pela Marinha na década de 70 do século passado, mas a idéia foi postergada devido à crônica escassez de recursos.
Esta força incluiria um grupo-tarefa (GT) de superfície, integrado por dois ou três navios de escolta, um navio-tanque e um navio de desembarque de carros de combate, assim como um ou dois submarinos, que operariam independentemente. Haveria também destacamentos aéreos embarcados (DAE), constituídos por helicópteros a bordo dos navios.
O local mais apropriado para estacionar tal força talvez fosse Belém, junto à foz do Amazonas, onde já existe a Base Naval de Val de Cães (BNVC). Outra opção seria São Luís, situada a uma distância um pouco maior, mas aí teria que ser construída uma nova base naval. Natal e Aratu (especialmente esta última) estão mais distantes da Amazônia.
Situada ao sul da cintura Natal-Dacar, a Base Naval de Aratu (BNA) é a mais bem equipada do Nordeste brasileiro. Inaugurada nos anos 70, foi construída para ser uma das bases principais da Marinha, capaz de apoiar unidades da Esquadra. As dificuldades orçamentárias das três últimas décadas impediram a plena realização daquele objetivo.
Além de elementos da Esquadra, um grupamento operativo da Força de Fuzileiros da Esquadra também poderia ser estacionado no Norte do Brasil. Inicialmente, este poderia ser um elemento anfíbio (ElmAnf), nucleado numa companhia de operações especiais. Posteriormente, o efetivo e os meios de fuzileiros navais poderiam ser ampliados.
Estas forças teriam que ser apoiadas a partir do Rio de Janeiro, enquanto não houvesse na área uma infra-estrutura adequada. Haveria necessidade de uma base para navios de superfície e outra para submarinos, além de um arsenal para reparos. Nem sempre seria viável o deslocamento dos navios para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).
Seriam necessárias instalações de apoio às aeronaves da Marinha (normalmente helicópteros), talvez em uso condominial com a Força Aérea. Para alojar o grupamento operativo da FFE, um dos quartéis dos grupamentos regionais de fuzileiros navais poderia ser ampliado sem dificuldade.
Outro problema estaria relacionado com a necessidade de próprios nacionais residenciais (PNR), em número suficiente para as famílias de todo o pessoal militar das unidades deslocadas para a área. A permanência das famílias no Rio, enquanto esse pessoal estivesse servindo no Norte do país, seria problemática.
Não haveria grandes alterações na estrutura da Marinha. Seriam mantidos, com suas respectivas atribuições, o Comando de Operações Navais (ComOpNav) e seus principais comandos subordinados, o Comando-em-Chefe da Esquadra (COMEMCH) e o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), todos sediados na área Rio.
Atualmente, o comandante de Operações Navais (CON) acumula o cargo de diretor-geral de Navegação (DGN) e tem outros 14 almirantes diretamente subordinados, em função de comando ou de direção de serviços. O cancelamento da acumulação CON/DGN vem sendo sugerido, como uma forma de reduzir o volume de encargos deste oficial-general.
Outra poderia ser a criação de um Comando Naval do Norte (possivelmente sediado em Belém), subordinado ao ComOpNav. A área de cobertura deste novo comando incluiria a Amazônia, as águas sob jurisdição nacional (que constituem a área vital) e as áreas marítimas estratégicas situadas acima de Natal-Dacar (parte das áreas primária e secundária).
Ao Comando Naval do Norte, ficariam subordinados os componentes da Esquadra e da FFE que estivessem operando em sua área de cobertura, além dos comandos de três distritos navais (3º DN em Natal, 4º DN em Belém e 9º DN em Manaus), com suas respectivas forças distritais, bases navais e demais organizações militares de apoio.
Durante a realização de exercícios combinados naquela área, o Comandante Naval do Norte (CNN) poderia atuar como comandante de um Teatro de Operações Marítimo (TOM) ou do componente naval de um Comando de Operações Terrestre (TOT). A inclusão de comandos combinados, na estrutura militar de paz, seria demasiadamente onerosa.
Eduardo Italo Pesce
Especialista em Relações Internacionais, professor no Cepuerj e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval.
OPINIÃO
Uma Esquadra para defender a Amazônia
Os interesses marítimos do Brasil não se limitam à área vital, constituída pela "Amazônia Azul". A área primária de influência do Poder Naval brasileiro abrange todo o Atlântico Sul, entre a América do Sul e a África, bem como parte do Oceano Antártico. A área secundária, por sua vez, inclui o Mar do Caribe e parte do Pacífico Sul, nas proximidades do litoral sul-americano.
Em futuro não muito distante, poderá ser criada uma segunda Esquadra, sediada no litoral Norte/Nordeste do Brasil. Tal Esquadra teria por atribuição defender a Amazônia pelo mar, além de proteger os interesses nacionais na área marítima situada ao norte da cintura Natal-Dacar, onde o saliente nordestino avança como uma cunha em direção à África.
Para viabilizar sua criação, porém, a quantidade de meios flutuantes, aéreos e de fuzileiros navais à disposição da Marinha do Brasil deveria ser consideravelmente ampliada. Atualmente, a Marinha dispõe de pouca infra-estrutura de apoio no litoral Norte/Nordeste, bem como nos rios da Amazônia, pois ali estão sediados apenas elementos de forças distritais.
Para apoiar uma Esquadra, seria necessário construir novas bases ou ampliar e modernizar as bases navais de Belém (PA), Natal (RN) e Aratu (BA). Para isso, as limitações físicas dos portos (com exceção de Aratu, na Baía de Todos os Santos) teriam que ser levadas em consideração. Podemos afirmar que tais projetos seriam metas de médio ou longo prazo.
Com pequena ampliação da infra-estrutura existente, porém, poderia ser estacionada naquela área uma força pronta da Esquadra, inicialmente constituída por um número reduzido de navios. Tal possibilidade já havia sido cogitada pela Marinha na década de 70 do século passado, mas a idéia foi postergada devido à crônica escassez de recursos.
Esta força incluiria um grupo-tarefa (GT) de superfície, integrado por dois ou três navios de escolta, um navio-tanque e um navio de desembarque de carros de combate, assim como um ou dois submarinos, que operariam independentemente. Haveria também destacamentos aéreos embarcados (DAE), constituídos por helicópteros a bordo dos navios.
O local mais apropriado para estacionar tal força talvez fosse Belém, junto à foz do Amazonas, onde já existe a Base Naval de Val de Cães (BNVC). Outra opção seria São Luís, situada a uma distância um pouco maior, mas aí teria que ser construída uma nova base naval. Natal e Aratu (especialmente esta última) estão mais distantes da Amazônia.
Situada ao sul da cintura Natal-Dacar, a Base Naval de Aratu (BNA) é a mais bem equipada do Nordeste brasileiro. Inaugurada nos anos 70, foi construída para ser uma das bases principais da Marinha, capaz de apoiar unidades da Esquadra. As dificuldades orçamentárias das três últimas décadas impediram a plena realização daquele objetivo.
Além de elementos da Esquadra, um grupamento operativo da Força de Fuzileiros da Esquadra também poderia ser estacionado no Norte do Brasil. Inicialmente, este poderia ser um elemento anfíbio (ElmAnf), nucleado numa companhia de operações especiais. Posteriormente, o efetivo e os meios de fuzileiros navais poderiam ser ampliados.
Estas forças teriam que ser apoiadas a partir do Rio de Janeiro, enquanto não houvesse na área uma infra-estrutura adequada. Haveria necessidade de uma base para navios de superfície e outra para submarinos, além de um arsenal para reparos. Nem sempre seria viável o deslocamento dos navios para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ).
Seriam necessárias instalações de apoio às aeronaves da Marinha (normalmente helicópteros), talvez em uso condominial com a Força Aérea. Para alojar o grupamento operativo da FFE, um dos quartéis dos grupamentos regionais de fuzileiros navais poderia ser ampliado sem dificuldade.
Outro problema estaria relacionado com a necessidade de próprios nacionais residenciais (PNR), em número suficiente para as famílias de todo o pessoal militar das unidades deslocadas para a área. A permanência das famílias no Rio, enquanto esse pessoal estivesse servindo no Norte do país, seria problemática.
Não haveria grandes alterações na estrutura da Marinha. Seriam mantidos, com suas respectivas atribuições, o Comando de Operações Navais (ComOpNav) e seus principais comandos subordinados, o Comando-em-Chefe da Esquadra (COMEMCH) e o Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE), todos sediados na área Rio.
Atualmente, o comandante de Operações Navais (CON) acumula o cargo de diretor-geral de Navegação (DGN) e tem outros 14 almirantes diretamente subordinados, em função de comando ou de direção de serviços. O cancelamento da acumulação CON/DGN vem sendo sugerido, como uma forma de reduzir o volume de encargos deste oficial-general.
Outra poderia ser a criação de um Comando Naval do Norte (possivelmente sediado em Belém), subordinado ao ComOpNav. A área de cobertura deste novo comando incluiria a Amazônia, as águas sob jurisdição nacional (que constituem a área vital) e as áreas marítimas estratégicas situadas acima de Natal-Dacar (parte das áreas primária e secundária).
Ao Comando Naval do Norte, ficariam subordinados os componentes da Esquadra e da FFE que estivessem operando em sua área de cobertura, além dos comandos de três distritos navais (3º DN em Natal, 4º DN em Belém e 9º DN em Manaus), com suas respectivas forças distritais, bases navais e demais organizações militares de apoio.
Durante a realização de exercícios combinados naquela área, o Comandante Naval do Norte (CNN) poderia atuar como comandante de um Teatro de Operações Marítimo (TOM) ou do componente naval de um Comando de Operações Terrestre (TOT). A inclusão de comandos combinados, na estrutura militar de paz, seria demasiadamente onerosa.
Eduardo Italo Pesce
Especialista em Relações Internacionais, professor no Cepuerj e colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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- Edu Lopes
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Gostei do texto do meu xará Eduardo Italo Pesce. E, viajando na maionese, para nau capitânea da segunda esquadra a MB poderia contar com um segundo porta-aviões.
- faterra
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Hoje na Globo News, às 23 horas, tem Defesa Nacional no programa Painel, com Willian Waak.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Prezado colega forista faterra agora que vi seu post, mas pela relevância do tema dei em "segunda" mão a notícia deste programa nos tópicos militares.
Abraço!
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- faterra
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Tudo bem.
Postei aqui por se tratar de assunto inerente ao tópico.
Também considero o assunto importante demais para deixar de ser visto.
E já estou indo para a frente da televisão. Vou pegar a pipoca.
Postei aqui por se tratar de assunto inerente ao tópico.
Também considero o assunto importante demais para deixar de ser visto.
E já estou indo para a frente da televisão. Vou pegar a pipoca.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- Luiz Bastos
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- Contato:
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Achei muito fraco. Um dos entrevistados (cientista político) ficou mais preocupado em denegrir o plano do que discuti-lo. Achei o tempo também muito curto para um assunto tão amplo, mas o entrevistador, William, deu show.
- faterra
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
É, o tal do Luciano Dias tentou botar areia na implantação do plano o tempo todo. "Vai defender o quê na Amazônia?" "Vamos ser honestos!" "Não vai ter dinheiro!", "Vai ser difícil passar no Congresso!" e outras coisas do gênero. Em outros momentos deixava escapar alguns elogiozinhos
Do Godoi eu esperava que ele falasse mais, mas quem acabou fazendo isto foi o Salvador Raza. Os dois, em determinados momentos, rebatiam as ironias do tal do Luciano.
Eu também não achei lá grandes coisas. Esperava mais do Waack, que também é um interessado pelo assunto. Pela importância do mesmo, o tempo destinado ao debate foi ridículo.
Por fim, "convocando" a sociedade para a discussão do plano, o Waack termina dizendo que "fizemos nossa parte".
E aí, lava-se as mãos?
Do Godoi eu esperava que ele falasse mais, mas quem acabou fazendo isto foi o Salvador Raza. Os dois, em determinados momentos, rebatiam as ironias do tal do Luciano.
Eu também não achei lá grandes coisas. Esperava mais do Waack, que também é um interessado pelo assunto. Pela importância do mesmo, o tempo destinado ao debate foi ridículo.
Por fim, "convocando" a sociedade para a discussão do plano, o Waack termina dizendo que "fizemos nossa parte".
E aí, lava-se as mãos?
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
- Marino
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Estado de Minas:
Para voltar a ser potência
Indústria bélica brasileira já esteve entre as 10 maiores, mas passou por paralisia nos últimos 20 anos. Plano de recuperação prevê mais capital e desoneração de impostos
Paola Carvalho
O Brasil pode estar longe de se tornar uma potência quando o assunto é indústria bélica. Em 2009, contudo, vai dar largo passo rumo aos maiores mercados mundiais. A Estratégia Nacional de Defesa, primeiro documento de Estado que estabelece diretrizes para o setor, prevê desoneração tributária, regulamentação para exportação e linha de crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao mesmo tempo, o plano exige injeção de recursos. No primeiro ano de implementação, o orçamento das Forças Armadas Brasileiras (FAB) para custeio e investimento vai saltar de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões, segundo o general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa.
A indústria militar brasileira já esteve entre as 10 maiores do planeta, mas praticamente estagnou-se a partir da década de 1990, uma vez que a nova república via o setor como de guerra, e não de defesa. O vice-presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa (Abimde), Carlos Afonso Gambôa, explicou que, nesses 20 anos de “paralisia”, o Brasil conseguiu, mesmo assim, estabelecer relações comerciais externas e produzir equipamentos de destaque.
A falida Engesa exportava caminhões e blindados para Ásia e África. O tanque batizado de Osório comparava-se tecnologicamente aos mais avançados da época. A Avibras, uma das maiores fabricantes de armamentos do país, exportava baterias de foguetes, até hoje entre as melhores do gênero, para o Oriente Médio. Já como resultado da nova estratégia, na última semana, a 7ª Vara Cível de São José dos Campos concedeu a recuperação judicial, que tornou o governo acionista da empresa. A recuperação foi considerada pelo ministro Nelson Jobim uma prioridade dentro da estratégia de reerguer a indústria bélica.
A Embraer se mantém sólida graças ao mercado de aviões comerciais e executivos, que permitiu o desenvolvimento de aeronaves de vigilância do espaço aéreo e de treinamento capaz de missões antiguerrilha, o Super Tucano, que participa de concorrência no Iraque depois de ser exportado para Colômbia e Equador. O mais ambicioso projeto militar, contudo, o jato de transporte médio C-390, foi aperfeiçoado e vai disputar um mercado de 700 aviões da classe nos próximos anos – um mercado de US$ 13 bilhões.
Outro resultado é o acordo assinado entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo qual a França vai produzir com o Brasil 50 helicópteros para uso da FAB, por meio da Helibrás, em Itajubá (Sul de Minas), onde pode ser erguido um novo polo bélico no país. Também ficou acertada a fabricação de cinco submarinos, quatro convencionais e um de propulsão nuclear – objetivo perseguido pelo país desde 1979, quando a Marinha iniciou um programa atômico paralelo para proteger águas territoriais e plataformas de exploração de petróleo. Está prevista ainda a construção de um estaleiro e uma base naval para apoio. A soma dos investimentos gira em torno de 9 bilhões de euros.
“Os franceses vão fazer transferência de tecnologia. Um dos objetivos da Estratégia é justamente o de tornar o Brasil menos dependente da compra de equipamentos militares de outros países”, destaca o diretor do Departamento de Defesa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Jairo Cândido.
Bilhões em terra, água e ar...
Indústria bélica brasileira ignora crise e deverá receber investimentos de pelo menos R$ 32 bilhões a partir deste ano
Marinella Castro e Paola Carvalho
Com um orçamento 40 vezes menor que o dos Estados Unidos e intenções que ocupam mais o campo da defesa, o Brasil segue firme em seu propósito de investir na indústria bélica. Calcula-se que, a partir deste ano, serão investidos pelo menos R$ 32 bilhões pela iniciativa pública e privada. Também estão previstos redução tributária, liberação de crédito e incentivos na área de desenvolvimento tecnológico e regulamentação para exportação. Para especialistas, os investimentos do Brasil e de outros países da América do Sul, como Chile e Venezuela, estão longe de significar uma corrida armamentista. No caso do Brasil, que durante muito tempo dormiu de portas abertas, haveria uma busca pelo reforço de seus equipamentos de proteção, além de investimentos no potencial industrial. O fato é que, por terra, água e ar, a indústria bélica brasileira promete avançar em 2009.
No país mais armado do mundo, apesar de o discurso de posse trazer um tom menos belicoso que o de seu antecessor, o presidente Barack Obama segue como líder da nação que detém o maior orçamento bélico do planeta. Em 2009, a despesa militar recorde se aproxima de US$ 1 trilhão. Com suas forças armadas, os Estados Unidos gastam mais que a soma dos outros 10 maiores orçamentos do mundo. Analistas não acreditam na modificação desse cenário, responsável por uma surpreendente atividade, capitaneada por gigantes da indústria bélica como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman e Raytheon. “Independentemente da crise financeira ou do presidente eleito, o país tem um plano de investimento traçado para 50 anos”, comenta Expedito Carlos Bastos, pesquisador em assuntos militares da Universidade de Juiz de Fora (UFJF), no tema, um dos principais especialistas do país.
No Brasil, a nova Estratégia Nacional de Defesa, anunciada no fim do ano passado, é considerada um divisor de águas. O documento de Estado, que se mantém mesmo com a troca de governo, poderá colocar o Brasil de volta ao mapa bélico mundial, disputado em tecnologia por diversos países do mundo, mas liderado em gastos pelo Tio Sam. O governo Obama conta inicialmente com um orçamento militar de US$ 547 bilhões, uma cifra que sobe para US$ 712 bilhões quando são incluídos os gastos com as duas guerras em andamento, Iraque e Afeganistão, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.
Até julho deste ano, as despesas bélicas americanas devem saltar para US$ 863 bilhões, de acordo com levantamento feito pela organização americana Friends Committee on National Legislation, um salto surpreendente em relação a 2002, quando teve início o levantamento e o orçamento era de US$ 33,8 bilhões. Na opinião de Expedito Bastos, os gastos suplementares do país devem continuar, já que, estrategicamente, a retirada de tropas do Iraque deve ser parcial, com reforços no Afeganistão.
No Brasil, a Estratégia Nacional de Defesa prevê pela primeira vez a alocação continuada, para os próximos 20 anos, de recursos financeiros que devem viabilizar não somente compras, mas a produção de equipamentos. O país tem hoje cerca de 60 empresas do setor, que dividem suas vendas entre o mercado civil e o militar. Entre elas estão Embraer (aviões), Imbel (armamento), CBC (cartuchos), Taurus (armas), Avibrás e Mectron (míssel e foguetes). O general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (Selom) do Ministério da Defesa, revelou que a instituição já conta com cerca de 11 mil empresas, de todos os portes, que comercializam materiais ligados à defesa nacional. “Há três anos, não chegava a 4 mil. Nos próximos, não é impensável atingir 50 mil”, afirmou.
O professor do curso de mestrado em relações internacionais da PUC Minas Eugênio Diniz lembra que, diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos o peso militar é decisivo na escolha de um presidente. O especialista não identificou no discurso de posse da última terça-feira palavras que sinalizassem para um arrefecimento da indústria bélica.
Já o Brasil aponta em seu documento oficial que o foco do novo plano de defesa é a segurança, e não a guerra. Isso porque o país abriga riquezas cada vez mais escassas e cobiçadas pelo mundo, como a floresta amazônica, as reservas de petróleo e gás, água e energia. Assim sendo, aeronaves de caça e transporte, helicópteros de ataque, submarinos convencionais e de propulsão nuclear e armamentos inteligentes – como mísseis e bombas – entram na pauta da indústria brasileira.
Para voltar a ser potência
Indústria bélica brasileira já esteve entre as 10 maiores, mas passou por paralisia nos últimos 20 anos. Plano de recuperação prevê mais capital e desoneração de impostos
Paola Carvalho
O Brasil pode estar longe de se tornar uma potência quando o assunto é indústria bélica. Em 2009, contudo, vai dar largo passo rumo aos maiores mercados mundiais. A Estratégia Nacional de Defesa, primeiro documento de Estado que estabelece diretrizes para o setor, prevê desoneração tributária, regulamentação para exportação e linha de crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao mesmo tempo, o plano exige injeção de recursos. No primeiro ano de implementação, o orçamento das Forças Armadas Brasileiras (FAB) para custeio e investimento vai saltar de R$ 1 bilhão para R$ 4 bilhões, segundo o general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa.
A indústria militar brasileira já esteve entre as 10 maiores do planeta, mas praticamente estagnou-se a partir da década de 1990, uma vez que a nova república via o setor como de guerra, e não de defesa. O vice-presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa (Abimde), Carlos Afonso Gambôa, explicou que, nesses 20 anos de “paralisia”, o Brasil conseguiu, mesmo assim, estabelecer relações comerciais externas e produzir equipamentos de destaque.
A falida Engesa exportava caminhões e blindados para Ásia e África. O tanque batizado de Osório comparava-se tecnologicamente aos mais avançados da época. A Avibras, uma das maiores fabricantes de armamentos do país, exportava baterias de foguetes, até hoje entre as melhores do gênero, para o Oriente Médio. Já como resultado da nova estratégia, na última semana, a 7ª Vara Cível de São José dos Campos concedeu a recuperação judicial, que tornou o governo acionista da empresa. A recuperação foi considerada pelo ministro Nelson Jobim uma prioridade dentro da estratégia de reerguer a indústria bélica.
A Embraer se mantém sólida graças ao mercado de aviões comerciais e executivos, que permitiu o desenvolvimento de aeronaves de vigilância do espaço aéreo e de treinamento capaz de missões antiguerrilha, o Super Tucano, que participa de concorrência no Iraque depois de ser exportado para Colômbia e Equador. O mais ambicioso projeto militar, contudo, o jato de transporte médio C-390, foi aperfeiçoado e vai disputar um mercado de 700 aviões da classe nos próximos anos – um mercado de US$ 13 bilhões.
Outro resultado é o acordo assinado entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo qual a França vai produzir com o Brasil 50 helicópteros para uso da FAB, por meio da Helibrás, em Itajubá (Sul de Minas), onde pode ser erguido um novo polo bélico no país. Também ficou acertada a fabricação de cinco submarinos, quatro convencionais e um de propulsão nuclear – objetivo perseguido pelo país desde 1979, quando a Marinha iniciou um programa atômico paralelo para proteger águas territoriais e plataformas de exploração de petróleo. Está prevista ainda a construção de um estaleiro e uma base naval para apoio. A soma dos investimentos gira em torno de 9 bilhões de euros.
“Os franceses vão fazer transferência de tecnologia. Um dos objetivos da Estratégia é justamente o de tornar o Brasil menos dependente da compra de equipamentos militares de outros países”, destaca o diretor do Departamento de Defesa da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Jairo Cândido.
Bilhões em terra, água e ar...
Indústria bélica brasileira ignora crise e deverá receber investimentos de pelo menos R$ 32 bilhões a partir deste ano
Marinella Castro e Paola Carvalho
Com um orçamento 40 vezes menor que o dos Estados Unidos e intenções que ocupam mais o campo da defesa, o Brasil segue firme em seu propósito de investir na indústria bélica. Calcula-se que, a partir deste ano, serão investidos pelo menos R$ 32 bilhões pela iniciativa pública e privada. Também estão previstos redução tributária, liberação de crédito e incentivos na área de desenvolvimento tecnológico e regulamentação para exportação. Para especialistas, os investimentos do Brasil e de outros países da América do Sul, como Chile e Venezuela, estão longe de significar uma corrida armamentista. No caso do Brasil, que durante muito tempo dormiu de portas abertas, haveria uma busca pelo reforço de seus equipamentos de proteção, além de investimentos no potencial industrial. O fato é que, por terra, água e ar, a indústria bélica brasileira promete avançar em 2009.
No país mais armado do mundo, apesar de o discurso de posse trazer um tom menos belicoso que o de seu antecessor, o presidente Barack Obama segue como líder da nação que detém o maior orçamento bélico do planeta. Em 2009, a despesa militar recorde se aproxima de US$ 1 trilhão. Com suas forças armadas, os Estados Unidos gastam mais que a soma dos outros 10 maiores orçamentos do mundo. Analistas não acreditam na modificação desse cenário, responsável por uma surpreendente atividade, capitaneada por gigantes da indústria bélica como Boeing, Lockheed Martin, Northrop Grumman e Raytheon. “Independentemente da crise financeira ou do presidente eleito, o país tem um plano de investimento traçado para 50 anos”, comenta Expedito Carlos Bastos, pesquisador em assuntos militares da Universidade de Juiz de Fora (UFJF), no tema, um dos principais especialistas do país.
No Brasil, a nova Estratégia Nacional de Defesa, anunciada no fim do ano passado, é considerada um divisor de águas. O documento de Estado, que se mantém mesmo com a troca de governo, poderá colocar o Brasil de volta ao mapa bélico mundial, disputado em tecnologia por diversos países do mundo, mas liderado em gastos pelo Tio Sam. O governo Obama conta inicialmente com um orçamento militar de US$ 547 bilhões, uma cifra que sobe para US$ 712 bilhões quando são incluídos os gastos com as duas guerras em andamento, Iraque e Afeganistão, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.
Até julho deste ano, as despesas bélicas americanas devem saltar para US$ 863 bilhões, de acordo com levantamento feito pela organização americana Friends Committee on National Legislation, um salto surpreendente em relação a 2002, quando teve início o levantamento e o orçamento era de US$ 33,8 bilhões. Na opinião de Expedito Bastos, os gastos suplementares do país devem continuar, já que, estrategicamente, a retirada de tropas do Iraque deve ser parcial, com reforços no Afeganistão.
No Brasil, a Estratégia Nacional de Defesa prevê pela primeira vez a alocação continuada, para os próximos 20 anos, de recursos financeiros que devem viabilizar não somente compras, mas a produção de equipamentos. O país tem hoje cerca de 60 empresas do setor, que dividem suas vendas entre o mercado civil e o militar. Entre elas estão Embraer (aviões), Imbel (armamento), CBC (cartuchos), Taurus (armas), Avibrás e Mectron (míssel e foguetes). O general José Elito, secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (Selom) do Ministério da Defesa, revelou que a instituição já conta com cerca de 11 mil empresas, de todos os portes, que comercializam materiais ligados à defesa nacional. “Há três anos, não chegava a 4 mil. Nos próximos, não é impensável atingir 50 mil”, afirmou.
O professor do curso de mestrado em relações internacionais da PUC Minas Eugênio Diniz lembra que, diferentemente do Brasil, nos Estados Unidos o peso militar é decisivo na escolha de um presidente. O especialista não identificou no discurso de posse da última terça-feira palavras que sinalizassem para um arrefecimento da indústria bélica.
Já o Brasil aponta em seu documento oficial que o foco do novo plano de defesa é a segurança, e não a guerra. Isso porque o país abriga riquezas cada vez mais escassas e cobiçadas pelo mundo, como a floresta amazônica, as reservas de petróleo e gás, água e energia. Assim sendo, aeronaves de caça e transporte, helicópteros de ataque, submarinos convencionais e de propulsão nuclear e armamentos inteligentes – como mísseis e bombas – entram na pauta da indústria brasileira.
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Barão do Rio Branco
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Eu não tinha muitas ilusões sobre um debate deste na Globo.
Quase dormi.
Tinha colocado lá em Notías navais. Porém agora vi que o correto é aqui.
O Primeiro bloco foi um lixo
O cientista politico atirou pra todo lado, usando a velha tatica de sindrome de vira-latas. "No Brasil nada presta ninguém tem competencia, bla, bla,bal..."
O Raza, começou tentando desqualificar o projeto no primeiro bloco, apontando erros fundamentais. Caiu em contradição e passou o resto do programa girando, qual uma enceradeira. Não ajudou a esclarecer nada para os "assinantes".
O Godoy, praticamente entrou mudo e saiu calado. Não fez nenhuma revelação bombástica com novidades extraidas de contatos imediatos de terceiro grau (talvez seja a especialidade dele).
O Wilian Waack, deixou claro que o programa era pra atender ao pedido dos orgão responsáveis pela elaboração do EDN. Quando os mesmo, reclamaram da pouca divulgação da mesma na sociedade e a necessidade do envolvimento da sociedade civil neste debate. Alertando por umas 3 vezes ao longo do programa; que "nós (A GLOBO) estamos fazendo nossa parte".
Quase dormi.
Tinha colocado lá em Notías navais. Porém agora vi que o correto é aqui.
O Primeiro bloco foi um lixo
O cientista politico atirou pra todo lado, usando a velha tatica de sindrome de vira-latas. "No Brasil nada presta ninguém tem competencia, bla, bla,bal..."
O Raza, começou tentando desqualificar o projeto no primeiro bloco, apontando erros fundamentais. Caiu em contradição e passou o resto do programa girando, qual uma enceradeira. Não ajudou a esclarecer nada para os "assinantes".
O Godoy, praticamente entrou mudo e saiu calado. Não fez nenhuma revelação bombástica com novidades extraidas de contatos imediatos de terceiro grau (talvez seja a especialidade dele).
O Wilian Waack, deixou claro que o programa era pra atender ao pedido dos orgão responsáveis pela elaboração do EDN. Quando os mesmo, reclamaram da pouca divulgação da mesma na sociedade e a necessidade do envolvimento da sociedade civil neste debate. Alertando por umas 3 vezes ao longo do programa; que "nós (A GLOBO) estamos fazendo nossa parte".
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
desculpem p.q.p!!!!!!
Dá próxima vez fazemos uma votação e enviamos 3 foristas para o programa. :mrgreen:Tudo bem que o formato do programa, duração e 3 convidados não ajudam num aprofundamento do tema, mas vários outros GN Painel fluíram bem melhor que este. Para mim e acredito para nós foristas, NADA de novo, além da raiva do que tentou denegrir (o cientista político). O Salvador criticou no início mas depois acho que tentou se redimir. Para mim foi o menos pior. O Godoy, pô(!) nenhuma "novidade"! (além de uma ligeira "defendida" na posição francesa na parte do meio para o final...). Esperava (bem!) mais do programa.
Abraços!
Dá próxima vez fazemos uma votação e enviamos 3 foristas para o programa. :mrgreen:Tudo bem que o formato do programa, duração e 3 convidados não ajudam num aprofundamento do tema, mas vários outros GN Painel fluíram bem melhor que este. Para mim e acredito para nós foristas, NADA de novo, além da raiva do que tentou denegrir (o cientista político). O Salvador criticou no início mas depois acho que tentou se redimir. Para mim foi o menos pior. O Godoy, pô(!) nenhuma "novidade"! (além de uma ligeira "defendida" na posição francesa na parte do meio para o final...). Esperava (bem!) mais do programa.
Abraços!
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Não vi o programa, más devido ao comentado aqui vejo que não perdi grande coisa!
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Tambem vi o programa, e apesar de alguns participantes com alguma limitação de informações e um tempo curto para tal tema, num todo gostei. Não pelo que foi dito por cada um e sim por dar inicio a um debate tão importante no BR.
Gostaria que houvese pelo menos o dobro de participantes, como o General Heleno, Sr. Paulo Skaf ( Pres. da FIESP ), Senador Aloisio Mercadante ( por ser do part. do gov. ) entre outros....
O Luciano Dias foi até um pouco rude, mas ele fez a função de advogado do diabo, ao mostrar que a teoria é maravilhosa, mas na pratica é bem diferente.
Numa ditadura a END entraria de imediato nos planos de governo e daria um jeito de alocar recursos para que se transforme em realidade a curto prazo. Mas estamos numa ditadura militar ????
Pelo trâmite normal numa democracia ( mesmo sendo ela populista e demagogo ), a END terá que ser debatida pela sociedade e pelo congresso nacional.
Ai que eu venho a perguntar aos amigos....
A sociedade BR tem capacidade intelectual para compreender e debater tal tema ?
Idem para os nossos congressistas, e com o agravante que a maioria irá usar esse assunto tão importante para tirar algum proveito proprio, na tradicional barganha de votos e alguns até deverão defender interesses escusos ( estrangeiros ), para que o END seja tudo, menos que de capacidade real ao BR se defender.
Gostaria que alguns amigos do forum, tentassem ser menos soberbos e vissem o debate como um inicio de um processo e pararem de fazer chacota sobre os interlocutores como se somente existisse uma unica verdade.
Quero lembrar que no BR o assunto defesa ainda é visto como tabú, porque ainda persiste o amargo sabor da ditadura ( saneamento da sociedade por 20 anos ) ou porque criou-se a falta sensação que não corremos perigo algum, no presente ou num futuro próximo, a integridade do território nacional.
Infelizmente essa conciencia só será alcançado quando algo realmente grave vier a acontecer e nós viermos a precisar das FA Br e passarmos dificuldades para alcançar os objetivos, sejam eles, resgatar brasileiros em um pais vizinho ou termos que deter uma invasão.
Ai sim, vamos acordar para o tema DEFESA NACIONAL.
Como dizia o ditado....
Só se põem a tranca, depois da porta arrombada.
Gostaria que houvese pelo menos o dobro de participantes, como o General Heleno, Sr. Paulo Skaf ( Pres. da FIESP ), Senador Aloisio Mercadante ( por ser do part. do gov. ) entre outros....
O Luciano Dias foi até um pouco rude, mas ele fez a função de advogado do diabo, ao mostrar que a teoria é maravilhosa, mas na pratica é bem diferente.
Numa ditadura a END entraria de imediato nos planos de governo e daria um jeito de alocar recursos para que se transforme em realidade a curto prazo. Mas estamos numa ditadura militar ????
Pelo trâmite normal numa democracia ( mesmo sendo ela populista e demagogo ), a END terá que ser debatida pela sociedade e pelo congresso nacional.
Ai que eu venho a perguntar aos amigos....
A sociedade BR tem capacidade intelectual para compreender e debater tal tema ?
Idem para os nossos congressistas, e com o agravante que a maioria irá usar esse assunto tão importante para tirar algum proveito proprio, na tradicional barganha de votos e alguns até deverão defender interesses escusos ( estrangeiros ), para que o END seja tudo, menos que de capacidade real ao BR se defender.
Gostaria que alguns amigos do forum, tentassem ser menos soberbos e vissem o debate como um inicio de um processo e pararem de fazer chacota sobre os interlocutores como se somente existisse uma unica verdade.
Quero lembrar que no BR o assunto defesa ainda é visto como tabú, porque ainda persiste o amargo sabor da ditadura ( saneamento da sociedade por 20 anos ) ou porque criou-se a falta sensação que não corremos perigo algum, no presente ou num futuro próximo, a integridade do território nacional.
Infelizmente essa conciencia só será alcançado quando algo realmente grave vier a acontecer e nós viermos a precisar das FA Br e passarmos dificuldades para alcançar os objetivos, sejam eles, resgatar brasileiros em um pais vizinho ou termos que deter uma invasão.
Ai sim, vamos acordar para o tema DEFESA NACIONAL.
Como dizia o ditado....
Só se põem a tranca, depois da porta arrombada.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Disposições Finais
Documentos complementares e decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa
PRAZO................TAREFA A REALIZAR.....................................RESPONSÁVEL
1) 31/03/2009......Proposta de estabelecimento de ato legal que.......CC,MD, MF
..........................garanta a alocação, de forma continuada, de........MPOG e SA E
..........................recursos financeiros específicos, para viabilizar
..........................o desenvolvimento integrado e a conclusão de
...........................projetos relacionados à defesa nacional.
2) 30/06/2009........Planos de Equipamento e Articulação das...............MD e
...........................Forças Armadas (2009-2030). .............................Forças Armadas
3) 30/09/2009........Proposta de Projeto de Lei de Equipamento.............CC e MD
............................e Articulação da Defesa Nacional a ser
............................submetida ao Presidente da República.
A ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA E SEUS DOCUMENTOS DECORRENTES
SERÃO COMPLEMENTADOS POR ANEXOS. TAIS ANEXOS FORMULARÃO
PLANOS PARA DIVERSAS HIPÓTESES DE EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS . SERÃO ELABORADOS, SOB A DIREÇÃO DO MINISTRO
DA DEFESA , PELO ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS
ARMADAS E PELOS ESTADOS-MAIORES DAS TRÊS FORÇAS .
Realizadas estas três tarefas, a END incrementará. A primeira é condicionante.
Documentos complementares e decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa
PRAZO................TAREFA A REALIZAR.....................................RESPONSÁVEL
1) 31/03/2009......Proposta de estabelecimento de ato legal que.......CC,MD, MF
..........................garanta a alocação, de forma continuada, de........MPOG e SA E
..........................recursos financeiros específicos, para viabilizar
..........................o desenvolvimento integrado e a conclusão de
...........................projetos relacionados à defesa nacional.
2) 30/06/2009........Planos de Equipamento e Articulação das...............MD e
...........................Forças Armadas (2009-2030). .............................Forças Armadas
3) 30/09/2009........Proposta de Projeto de Lei de Equipamento.............CC e MD
............................e Articulação da Defesa Nacional a ser
............................submetida ao Presidente da República.
A ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA E SEUS DOCUMENTOS DECORRENTES
SERÃO COMPLEMENTADOS POR ANEXOS. TAIS ANEXOS FORMULARÃO
PLANOS PARA DIVERSAS HIPÓTESES DE EMPREGO DAS
FORÇAS ARMADAS . SERÃO ELABORADOS, SOB A DIREÇÃO DO MINISTRO
DA DEFESA , PELO ESTADO-MAIOR CONJUNTO DAS FORÇAS
ARMADAS E PELOS ESTADOS-MAIORES DAS TRÊS FORÇAS .
Realizadas estas três tarefas, a END incrementará. A primeira é condicionante.
"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Jauro.
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Olá a todos,
o debate da Globo News pode ser visto aqui: http://video.globo.com/Videos/Player/No ... AL,00.html
(edit) segundo bloco: http://video.globo.com/Videos/Player/No ... AS,00.html
o debate da Globo News pode ser visto aqui: http://video.globo.com/Videos/Player/No ... AL,00.html
(edit) segundo bloco: http://video.globo.com/Videos/Player/No ... AS,00.html
Editado pela última vez por RuMAcK em Qui Jan 29, 2009 4:47 pm, em um total de 1 vez.
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Valeu pela dica. Assistirei para dar um opinião segura a respeito desse debate.