Vamos lá.
Não trata-se de amizades, trata-se de uma cadeia logística enorme e que demorou mais de 50 anos para se consolidar, a mesma cadiea que oferece a possibilidade de modernizar nossos navios, de mante-los operando, de desenvolvermos o bandeirante e todos os demais aviões da Embraer, de desenvolvermos o Esquilo o EC-725, e de mantermos todos os nosso helicópteros, de modernizarmos os nossos caças, de desenvolvermos o Xavante, o AM-X.
De operarmos o M-III o M-2000.
Nós vamos comprar caças, não vamos nos mudar prá Coréia do Norte de mala e cuia.
Essa visão de que comprar coisa russa nos torna párias mundiais é uma falácia.
A Venezuela de Chávez vende petróleo para os EUA normalmente, o mundo não acabou por lá, nem na Malásia, nem na Índia, que assinou um tratado de... Cooperação nuclear com quem? Os EUA, é, os EUA. E a índia não opera nada americano.
Mas o acordo veio não seria exatamente porque a Índia não depende deles prá nada?
Somos amigos/aliados desde a II-GM, fazemos tudo que nos mandam.
Nos propuseram um acordo sequer semelhante na área nuclear? Nos facilitaram alguma coisa por sermos signatários do TNP? Não, querem é nos obrigar a assinar um coleira ainda mais apertada como prêmio pelo capachismo exacerbado.
Não vamos virar lobisomens vermelhos se compramos caças russos, nem tampouco vamos jogar tudo o que temos no lixo, isso é uma barreira que não existe.
De operarmos os sistemas de comunicação os radares. De desenvolvermos os nossos misseis, sistemas de contramedida. Sistema de data-link, tudo isto nasceu nestas industrias parceiras das FA's, e todas sem ecessão são ocidentais, com ferramentais ocidentais com alianças ocidentais, com compromissos ocidentais.
Sei...
Ganhamos o quê exatamente com isso em termos de independência estratégica e política?
Quando precisamos, nos deram com a porta na cara nas questões mais importantes, ou nos cobram uma fortuna e nos deixam de fora do futuro da caça.
E mais uma vez, não vamos mergulhar num tanque de ácido anti-ocidente por comprar caças russos, se for o caso.
E simplismente não é viável substituir tudo isto apenas para ter um avião diferente, oriental, que jamais será superior aos ocidentais, talvez semelhante, mas não superior. E que nunca nos dará independência alguma. Na verdade trará mais dependência da Russia, porque teriamos de começar do 0 novamente. E mais, afastariamos grandes parceiros que são os pilares do desenvolvimento economico Brasileiro, UE e EUA.
PS: Eu vejo países que por necessidade operam com dificuldade equipamentos dos mais variados países, sem qualquer capacidade para mante-los nacionalmente.
Mas prá comprar 36 caças vamos ter de substituir tudo? Porra, estamos mal mesmo, puta merda, seria uma idiotice sem tamanho.
De novo, não vamos virar lobisomens vermelhos, isso é neurose, pisicose elistista, o tradicional cagaço dos humores americanos.
Você acha realmente que todo esse pessoal vai sair correndo do Brasil se compramos os caças da Rússia? Eu aposto um dedo que não, e ainda vão querer ganhar dinheiro com a fabricação deles aqui, pode apostar.
Aliás, quem está nos ajudando na questão espacial? Teve debandada?
PS: Eu vejo países que por necessidade operam com dificuldade equipamentos dos mais variados países, sem qualquer capacidade para mante-los nacionalmente.
Você fala de nós mesmos, né?
Se nem dados de asa e códigos de radar de F-5, um lixo de avião, podemos ter, você acredita que vamos fabricar F-18 aqui e ter realmente domínio sobre todos os sitemas?
Operamos um monte de lixo, e isso é motivo de vregonha, de sermos chacota no mundo todo, o único dos BRCs que tem equipamentos militares absolutamente obsoletos, sucata, tranqueirada e ficamos batendo no peito como se fosse grande coisa voar F-5 modernizado.
O Chile, com menos habitantes que a cidade de SP, opera estas ridicularidades modernizadas desde os anos 80.
O Perú, sem EMBRAER, sem nada, opera M-2000 faz décadas, e com armas decentes, não são 10 S-530.
Mas se o Brasil pensa que assim está bom, que assim seja então, quem sou eu prá contestar.
Vamos ver até onde queremos ir, não creio que queiramos dar mais do que meio passo.