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Enviado: Qua Jan 09, 2008 8:47 pm
por Sintra
rcolistete escreveu:Sintra escreveu: Mais caro?
Tenho grandes duvidas. O MICA é actualmente o missil BVR mais caro que existe no mercado, o METEOR teve de enfrentar a concorrência de várias variantes do AIM-120 aquando do concurso para a RAF em 2002. Se alguma vez a MBDA tivesse apresentado valores idênticos aos do MICA aos Britânicos, o Meteor hoje em dia não existiria, a MBDA também não e existiria um consorcio entre a parte de misseis da BAE e a Raytheon e os Tiffies estariam a receber em 2012 o FRAAMM (AIM-120 com Ramjet). Quanto ao tamanho/peso do Meteor é directamente comparável com o do AIM-120C.
Caro Sintra,
Mostre seus valores para encomendas do MICA e o valor previsto do Meteor. Pela complexidade, tamanho, etc, do Meteor, será lógico ser mais caro que o MICA.
Olha, o MICA é mais comparável em dimensões ao ASRAAM, por exemplo. E o Meteor ao AIM-120. Para o Eurofighter, ele usará futuramente ASRAAM e Meteor, ok. E o Rafale, MICA e Meteor. Só isso, não estou dizendo nenhum segredo e nada polêmico.
[]s, Roberto
Existem uma série de fontes francesas, a indicarem que o valor do MICA é astronômico, a primeira indicação que tive, foi um artigo na Air&Space por volta de 1999 a criticar os atrasos na entrega de aviões, misseis e uma serie de outro equipamento às Forças Armadas Francesas, esse artigo especificava que o MICA era cinco vezes mais caro que um AIM-120.
Abraços
ACHEI, eu sabia que tinha uma boa fonte Francesa, nem mais nem menos que a Assembleia Nacional Francesa.
Le programme d'achat de l'armée de l'air est, au total, de 1070 missiles, dont 370 électromagnétiques. En 2003, 395 missiles seront commandés (245 EM et 150 IR).
Le coût total du programme MICA, qui est commun à l'armée de l'air et à la marine, est estimé à 1923,5 millions d'euros au coût des facteurs 2002. En 2003, l'armée de l'air prévoit d'y consacrer 294,6 millions d'euros d'autorisations de programme et 61,82 millions d'euros de crédits de paiement.
http://www.senat.fr/rap/a02-071-7/a02-071-713.html
Abraços (outra vez
)
Enviado: Qua Jan 09, 2008 9:08 pm
por rcolistete
Sintra escreveu: ACHEI, eu sabia que tinha uma boa fonte Francesa, nem mais nem menos que a Assembleia Nacional Francesa.
Le programme d'achat de l'armée de l'air est, au total, de 1070 missiles, dont 370 électromagnétiques. En 2003, 395 missiles seront commandés (245 EM et 150 IR).
Le coût total du programme MICA, qui est commun à l'armée de l'air et à la marine, est estimé à 1923,5 millions d'euros au coût des facteurs 2002. En 2003, l'armée de l'air prévoit d'y consacrer 294,6 millions d'euros d'autorisations de programme et 61,82 millions d'euros de crédits de paiement.
http://www.senat.fr/rap/a02-071-7/a02-071-713.html Abraços (outra vez
)
Mas aí não discrimina os gastos separados de desenvolvimento & pesquisa, linha de produção, produção de cada míssil, sobressalentes, etc.
Esses dados eu tenho. Outros dados que eu tenho estão meio desorganizados, não compilados. Tentarei obter deles o valor EUR / MICA em um lote para a França ou exportação.
[]s, Roberto
Enviado: Qua Jan 09, 2008 9:35 pm
por Sintra
Roberto Colistete
Ainda bem que me forçou a pesquisar, que os meus dados também andavam uma confusão. E arranjei mais um documento giro da Assembleia Nacional Francesa.
O custo total do projecto MICA foi os tais 1923,5 milhões de Euros, isto comportava o desenvolvimento do missil MICA e a entrega de 1430 unidades até 2008.
No mesmissimo, documento da assembleia Nacional Francesa, donde retirei os nºs acima também a aparece um valor de 130 milhões de euros para a parte Francesa do desenvolvimento do Meteor e 273 milhões para a produção de 400 unidades deste missil.
De facto, parece que o MICA é um pouco mais caro, mas isto é facilmente explicável pela investigação necessária para o desenvolvimento da versão IR. Outra coisa que veio provar é que os tipos da AIR&Space que falavam em "cinco vezes mais caro que um AIM-120" andavam a fumar coisas giras. O Meteor custa o dobro de um AIM-120C5.
Le MICA
Le missile MICA (Missile d'Interception, de Combat et d'Autodéfense) constitue l'armement principal du Rafale dans ses missions de défense aérienne, ainsi que son armement d'autodéfense dans ses missions d'attaque air-sol. Il arme également le Mirage 2000-5.
Equipé d'un autodirecteur électromagnétique actif20(*) (version MICA EM) ou infrarouge (version MICA IR), d'un propulseur à poudre, d'une référence inertielle, d'une fusée de proximité électromagnétique et d'une charge militaire de 12 kg, il confère à l'avion équipé du système adéquat des capacités « tire et oublie ».
D'une portée maximale en interception face à face de 60 km, il a une limite courte en combat de 900 m, et une résistance accrue aux contre-mesures.
Le lancement du développement du MICA remonte au mois d'avril 1987, et les premières livraisons ont eu lieu en France en décembre 1999 pour équiper les Mirage 2000-5F.
La livraison de 1 430 missiles est prévue, dont 1 070 pour l'armée de l'air (370 EM, 700 IR), et 360 pour la marine (170 EM, 190 IR). Le projet de loi prévoit d'affecter 624 millions d'euros de crédits de paiement à ce programme de 2003 à 2008, pour 520 missiles livrés à l'armée de l'air et 250 à la Marine.
. Le Meteor
Le MIDE (Missile d'interception à Domaine Elargi)-Meteor21(*) est un missile air-air à moyenne portée, complémentaire du MICA ; il est destiné aux interceptions de tout type de cible aérienne, et sera équipé d'une propulsion à base d'un statoréacteur et d'un autodirecteur électromagnétique actif dérivé de celui du MICA. Associé au système d'armes adéquat, il procurera des capacités « tire et oublie ». Sur le Rafale, sa portée sera supérieure à 120 km.
Le MIDE/Meteor devrait équiper en priorité les escadrons de Rafale à vocation de défense aérienne de l'armée de l'air et les flottilles de la marine.
L'objectif est un total de 400 missiles, dont 300 pour l'armée de l'air, et 100 pour la marine.
L'évaluation financière de ce programme est estimée, pour la Marine et l'Armée de l'Air, à 130 millions d'euros pour le développement, et à 273 millions d'euros pour la fabrication. La présente programmation prévoit les sommes nécessaires au lancement du développement.
Le programme Meteor est conduit en coopération entre le Royaume-Uni (leader du programme avec 34,6 %), l'Allemagne (21 %), l'Italie (12 %), l'Espagne (10 %) (pour l'Eurofighter), la Suède (10 %) (pour le Gripen) et la France (12,4 %) (pour le Rafale).
Les implications de la décision allemande, annoncée en décembre 2002, de réduire ses commandes de 1 490 à 600 missiles ne sont pas encore évaluées. Il semble cependant probable que cette réduction ait été anticipée par les partenaires de l'Allemagne, et ne soit pas de nature à remettre en cause ce programme.
http://www.senat.fr/rap/l02-117/l02-11718.html
Abraços
Enviado: Qua Jan 09, 2008 9:46 pm
por rcolistete
Sintra escreveu:Roberto Colistete
Ainda bem que me forçou a pesquisar, que os meus dados também andavam uma confusão. E arranjei mais um documento giro da Assembleia Nacional Francesa.
O custo total do projecto MICA foi os tais 1923,5 milhões de Euros, isto comportava o desenvolvimento do missil MICA e a entrega de 1430 unidades até 2008.
No mesmissimo, documento da assembleia Nacional Francesa, donde retirei os nºs acima também a aparece um valor de 130 milhões de euros para a parte Francesa do desenvolvimento do Meteor e 273 milhões para a produção de 400 unidades deste missil.
De facto, parece que o MICA é um pouco mais caro, mas isto é facilmente explicável pela investigação necessária para o desenvolvimento da versão IR. Outra coisa que veio provar é que os tipos da AIR&Space que falavam em "cinco vezes mais caro que um AIM-120" andavam a fumar coisas giras. O Meteor custa o dobro de um AIM-120C5.
Olá Sintra,
Obrigado. Ótimo. Segundo :
"Le projet de loi prévoit d'affecter 624 millions d'euros de crédits de paiement à ce programme de 2003 à 2008, pour 520 missiles livrés à l'armée de l'air et 250 à la Marine."
Se de 2003 a 2008 não houver gastos de desenvolvimento (se tiver, deve ser pouco se comparado a antes de 2003, deve ter testes do MICA IR em Mirage 2000-5F e Rafale, etc), então são EUR624 mi para 770 MICAS, ou EUR 810 mil/MICA. Tais dados precisariam ser confirmados, de qualquer forma. Vou tentar ainda pesquisar mais sobre o preço do MICA.
O Meteor, por esse documento, sairá para a França por EUR 683 mil/Meteor. Realmente mais barato que o MICA, você tinha razão !
Interessante : agora quero que a FAB compre um monte de Meteor !
Pode ser Gripen, Eurofighter ou Rafale, não importa muito...
[]s, Roberto
Enviado: Qui Jan 10, 2008 9:01 am
por Poti Camarão
Ai, ai, ai...
A Aeronáutica julga corte inviável
10 de Janeiro de 2008
Ameaçadas de sofrer o maior impacto do corte que o governo terá de fazer no Orçamento de 2008, as Forças Armadas começaram a reagir. O brigadeiro Juniti Saito, comandante da Aeronáutica – área que se tornou fonte constante de dores de cabeça ao Executivo nos últimos dois anos devido ao caos aéreo – já mandou um recado ao governo. Em entrevista publicada no jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira, foi seco: " Não tenho onde cortar".
A reação de Saito é uma resposta à decisão do Planalto anunciada na terça, de suspender os aumentos salariais para os militares, anteriormente previstos para este ano. Para o brigadeiro, o reajuste sai sim – se não imediatamente, daqui a pouco tempo. Ao diário paulista, ele não poupou reclamações: "Nós ganhamos mal, nossa remuneração é baixa para o nosso nível de exigência, com dedicação exclusiva, tempo integral, mudanças constantes".
Sobre o seu setor específico de atuação, Saito manifestou preocupação com o estado dos equipamentos da Força Aérea Brasileira (FAB). Criticou a "frota envelhecida" dos aviões da Defesa e disse temer por sua manutenção. Ao que parece, a situação não é mesma na área que mais preocupa os brasileiros, o controle de tráfego aéreo. De acordo com o brigadeiro, o sistema está sendo renovado, e este processo não será interrompido: "Não vejo perdas possíveis aí. O governo, naturalmente, não vai cortar dinheiro aí".
Enviado: Qui Jan 10, 2008 10:45 am
por Benke
"Não tenho onde cortar", afirma Juniti Saito
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
As Forças Armadas são consideradas o alvo central dos cortes de gastos do governo para compensar a perda da CPMF, mas o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, advertiu que o orçamento da FAB já é apertado: "Não tenho onde cortar", disse ele à Folha ontem, defendendo também o aumento dos soldos.
O governou anunciou na terça a suspensão dos aumentos das três Forças, mas Saito disse que "é apenas uma questão de "timing"" e que não crê num cancelamento: "Eu não acredito nisso, porque o governo reconhece a necessidade de reajuste dos militares. Tenho certeza de que vai sair, de uma forma ou de outra".
Segundo Saito, o aumento seria em duas parcelas e escalonado -menos para quem ganha mais, mais para quem ganha menos- chegando até a 34%. Ele não nega o clima de desapontamento diante do adiamento. Na explicação do comandante, os militares são uma categoria peculiar: "Nós ganhamos mal, nossa remuneração é baixa para o nosso nível de exigência, com dedicação exclusiva, tempo integral, mudanças constantes".
Descartou, porém, a possibilidade de os comandantes tentarem articular diretamente o reajuste: "As três Forças reconhecem o esforço que o ministro Jobim está fazendo. Ele pegou essa bandeira da necessidade do reajuste dos militares e tem sido determinado nisso".
Saito admitiu que todas as áreas serão atingidas, inclusive o reequipamento das Forças Armadas. Ele só discorda da possibilidade de haver cortes mais profundos nas Forças Armadas, que tiveram um aumento de cerca de R$ 3,5 bilhões de 2007 para 2008. A preocupação de Saito é com suprimento e manutenção de aviões, porque, para ele, "há muito tempo temos cortes nessas áreas e, para que a frota opere adequadamente, é fundamental ter peças de reposição, além de combustível, é claro. Como a frota está envelhecida, essas peças demoram até dois anos para chegar".
Os cortes, sejam de que dimensão forem, não afetarão o projeto que é a menina-dos-olhos da FAB: a compra dos jatos F-X, de ataque e defesa. O projeto, de 2003, já venceu. O processo de escolha está praticamente começando do zero, com a expectativa de só estar concluído em 2015, com a chegada dos aparelhos.
No controle de tráfego aéreo, Saito disse que o sistema está sendo renovado e descartou cortes. "É claro que, quanto mais moderno for o equipamento, melhor, mas tudo isso tem um cronograma que já está em execução. Não vejo perdas possíveis aí. O governo, naturalmente, não vai cortar dinheiro aí." Então, onde pode haver cortes? "Em nada. Vamos trabalhar para isso: para não ter corte nenhum".
Enviado: Qui Jan 10, 2008 11:14 am
por Zanako
Iiiii, tava demorando.....
Enviado: Qui Jan 10, 2008 11:29 am
por alex
"Não tenho onde cortar", afirma Juniti Saito
Discordo.
Enviado: Qui Jan 10, 2008 11:42 am
por Sniper
alex escreveu:"Não tenho onde cortar", afirma Juniti Saito
Discordo.
E o que você queria? Que o Comandante da Aeronáutica viesse a público e batesse palma para os cortes do governo enquanto os seus subordinados e inclusive ele estão a vários anos sem aumento salarial, perdendo benefícios e vivendo mal, os aviões estão no chão ou por ja terem mais de 3 ou 4 décadas de uso ou por falta de dinheiro para peças de reposição e combustível?
As vezes acho que algumas pessoas aqui vivem em um outro mundo...
Enviado: Qui Jan 10, 2008 11:46 am
por Luiz Bastos
Os cortes, sejam de que dimensão forem, não afetarão o projeto que é a menina-dos-olhos da FAB: a compra dos jatos F-X, de ataque e defesa. O projeto, de 2003, já venceu. O processo de escolha está praticamente começando do zero, com a expectativa de só estar concluído em 2015, com a chegada dos aparelhos.
Não terá havido erro de interpretação da reportagem ? O ano é este mesmo? Depois querem falar mal do Chaves e dos equipamentos russos. O maluquete recebeu 24 caças em 2 anos e nós estamos há mais de 6 só pra escolher.... e no final tenho certeza que vai sair errado. É sempre assim. Fui
Enviado: Qui Jan 10, 2008 12:04 pm
por Dieneces
A leitura do artigo merece mais vagar . É uma questão de "timing" me parece o termo mais importante . Em seis meses essas questões resultantes do fim do prazo de validade da CPMF (e não cancelamento como facciosamente alguns retemperam) estarão resolvidas com o reacomodamento orçamentário e fiscal . Outro dado importante é que diz Saito nada mudar no "FX-2" , até porque é um projeto que se dará em 6,7 anos sua implementação efetiva , com custos diluídos em longo período , consequentemente . Menos histeria , precipitação e pânico e mais serenidade . Salvo melhor juízo.
Enviado: Qui Jan 10, 2008 1:55 pm
por Carlos Mathias
Mas também Dieneces, com o Chávez cutucando nossas costelas o cara vai anunciar em público que o FX-Z foi prá cacete? É claro que não, mas vai. Será adiado, para quando? O futuro a Deus pertence, porque o presente parece que tá na mão do DEMO.
E quer saber? TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMA!
F-5M imponente... Será que já não era uma previsão esse dourar de pílulas?
Enviado: Qui Jan 10, 2008 2:02 pm
por talharim
Dieneces escreveu :
até porque é um projeto que se dará em 6,7 anos sua implementação efetiva , com custos diluídos em longo período , consequentemente
O FX-1 Também e foi cancelado.
Enviado: Qui Jan 10, 2008 2:18 pm
por Immortal Horgh
Carlos Mathias escreveu:Mas também Dieneces, com o Chávez cutucando nossas costelas o cara vai anunciar em público que o FX-Z foi prá cacete? É claro que não, mas vai. Será adiado, para quando? O futuro a Deus pertence, porque o presente parece que tá na mão do DEMO.
E quer saber? TOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOMA!
F-5M imponente... Será que já não era uma previsão esse dourar de pílulas?
Talvez esse seja um diferencial agora. A exposição da situação das forças armadas na mídia, pode pressionar o governo. Não que isso possa evitar o corte, mas se fará o máximo para evitar isso.
[ ]s
Enviado: Qui Jan 10, 2008 2:20 pm
por Carlos Mathias
Anuncia-se os "novos supersônicos Mirage 2000, os mais modernos da América Latina" e pronto, acabou o FX.
Alguém poderia puxar a descarga?????