Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Sáb Nov 05, 2011 1:42 am
por knigh7
Mais outra liquidação de CC a vista:
Programa alemão reduz força militar --------------------------------------------------------------------------------
Forças armadas reduzidas a mínimos históricos
02.11.2011
O programa de redução das forças armadas da República Federal Alemã foi finalmente terminado e as reduções foram apresentadas no passado mês de Setembro pelo ministro da defesa do país.
O principal objetivo dos alemães, é reduzir o numero de efetivos mas ao mesmo tempo aumentar a capacidade de projeção de forças
possibilitando a colocação de mais tropas em missões internacionais. A reestruturação vai permitir um aumento de 33% no numero de forças destacadas passando de 7500 para 10000.
1970 – 2011 redução de 96%
O exército é o ramo que enfrenta as reduções mais graves e em alguns casos mesmo dramáticas. Os efetivos passam de 75000 para 57500. O numero de comandos de divisão passa de cinco para apenas três e o número total de brigadas do exército passará de onze para oito.
O numero de batalhões de carros de combate será fixado em seis.
A redução nas forças blindadas é ainda mais significativa quando se compara com a estrutura militar apenas da Alemanha Federal. Neste caso, dos 82 batalhões de carros de combate da Republica Federal, que existiam nos anos 70, apenas seis se mantêm. Calcula-se que a RDA possuisse forças blindadas quase equivalentes (ainda que equipadas com material soviético de qualidade inferior), pelo que a redução real é de cerca de 150 batalhões para apenas 6. Uma redução de 96%.
O exército da República Federal, o mais poderoso de todos os exércitos da União Europeia, ficará com 205 carros de combate Leopard-2.
A redução será compensada com o aumento de equipamento mais ligeiro, nomeadamente com a introdução de maior numero de viaturas blindadas de transporte de pessoal MRAV como o Boxer.
O exército alemão perderá parte da sua componente aérea com a transferência dos helicópteros pesados para a Luftwaffe. Restarão apenas 80 NH-90 e 40 helicópteros de ataque «Tiger».
Mas a própria força aérea não deixará de ser «vítima» de cortes. Para começar o pessoal sofrerá um corte de 38% no número de efetivos. Todos os meios aéreos ficarão num único comando operacional (ao contrário do que existe hoje). A força terá apenas três esquadras de caças Typhoon, num total de 140 aeronaves. A força de transporte contará com 40 Airbus A400M, o que forçará a Alemanha a vender os 13 exemplares excedentes, já que vai adquirir 53.
A marinha alemã ficará reduzida 13000 militares (uma redução de 20%). A força de submarinos ficará em apenas seis unidades do tipo U212. U numero de navios de superfície aumentará, resultado da extraordinária automatização dos navios, permitindo uma grande redução nas respetivas guarnições. A marinha ficará com quatro navios do tipo F123 «Brandenburg», três F124 «»Sachsen e quatro F125 «Baden». A somar a estes onze navios do tipo fragata, haverá mais cinco corvetas K130 e corvetas Stealth K131.
Vários dos navios e lanchas rápidas serão retiradas de serviço, o que também acontecerá com os navios de vigilância electrónica, que se tornaram reduntantes com o aumento de capacidades provido pela utilização de aeronaves de vigilância P3 «Orion», cujo numero não será reduzido.
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... NrNot=1123
Caso oferecam com um bom suporte no pós-venda da KMW, caso tenham um bom preço, e principalmente pelo fato de que o EB não iniciará o desenvolvimento de um MBT nessa década (não há nenhuma indicativa disso vondo do Exército) e também porque estamos com Regimentos de Cavalaria incompletos, seria uma alternativa interessante caso nos ofereçam em condições que eu citei.
Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Sáb Nov 05, 2011 11:07 pm
por Luiz Bastos
Galera.
Aos saudosos do Osório.
O tanque EE-T1 Osório e a falência da Engesa em 1993
Enviado por luisnassif, sab, 05/11/2011 - 12:00
Por aliancaliberal
Do DefesaBR
OSÓRIO EE-T1 UMA LIÇÃO IMPORTANTE
No início dos anos 80, o Exército Brasileiro necessitava de um veículo blindado sobre largartas para ser seu principal tanque de batalha, conhecido como MBT - Main Battle Tank.
À época, a ENGESA (Engenheiros Especializados S/A) era a maior indústria de blindados da América Latina, especializada em veículos leves sobre rodas (produziu 7.000 veículos, entre eles o EE-9 CASCAVEL e o EE-11 URUTU).
O Brasil figurava então entre os maiores exportadores de armamentos (5 mil unidades), e a Engesa vendia seus produtos, principalmente, para o Oriente Médio.
O EB solicitou em 1982 que a Engesa projetasse um MBT para as suas necessidades. A aquisição estaria assegurada dentro de certos parâmetros. Assim, apresentou 2 condições tidas como essenciais para o adequado deslocamento pelas rodovias, pontes e ferrovias do País.
A primeira condição era de que o veículo não deveria ultrapassar o peso de 36 ton, que seria mesmo ideal para um tanque leve e não um MBT. A segunda condição era relativa à largura, no máximo de 3,20 metros, que era o limite das ferrovias brasileiras.
Talvez o EB estivesse mais interessado no aspecto de custo de manutenção e estivesse premido por uma atribuição defensiva, de não intervenção externa, campo que aí sim seria mais apropriado para um MBT.
Nesse quadro, e pensando ter tido negociações satisfatórias com o EB, a Engesa determinou a seus engenheiros que desenvolvessem um projeto de MBT de 42 ton, vindo a investir US$ 50 milhões ao todo.
Isso serviria para mantê-lo próximo ao primeiro time internacional (de pesos entre 44 e 65 ton), já que também estaria interessada em uma mega concorrência que seria aberta na Arábia Saudita.
Como o requisito de peso não foi obedecido e ainda havia ao fundo pesadas mudanças políticas, o MBT EE-T1 Osório nem chegou a pertencer ao Exército Brasileiro, embora pudesse ter vindo a receber 1 Osório a cada 10 vendidos à Arábia Saudita, caso a Engesa tivesse vencido tal concorrência.
Mas isso tudo foi naquela época. Como ele é até hoje considerado por muitos como um dos melhores Carros de Combate que já existiram, pode ser que o próprio EB ainda venha a anunciar a construção de uma nova versão do Osório para se livrar da eterna dependência externa, mas ciente do desafio da inovação e enfrentando seus custos.
UMA LIÇÃO IMPORTANTE
Por um lado, um MBT desse porte seria um ponto forte nas melhores concorrências para exportação a diversos Países. Por outro lado, era um salto muito arriscado para uma empresa que já se destacava em um nicho de mercado mais simples, blindados leves sobre rodas.
A empresa investiu sozinha US$ 100 milhões entre a concepção e os 3 primeiros e únicos protótipos (P-0, P-1 e P-2). O MBT EE-T1 Osório, nome dado em homenagem ao patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro, tinha um design bastante avançado e sofisticado, com excelentes poder de fogo e mobilidade.
A tecnologia obtida junto a fornecedores de diferentes origens era a melhor da época. Tanto que já contava com computador no controle de tiro, telêmetro laser e todo o sistema de armas era de primeira linha.
O EE-T1 Osório foi oferecido ao mercado em 2 versões, as quais visavam atender a clientes de patamares financeiros diferentes A versão com canhão de 105 mm, mais acessível, seria a versão padrão para o Brasil.
A versão com canhão de 120 mm e optrônicos mais avançados seria a direcionada para a concorrência da já rica exportadora de petróleo Arábia Saudita. O P-2 deveria ter recebido o nome EE-T2, mas isso nem chegou a acontecer, formalmente, tendo recebido um nome árabe, que era Al Fhad.
Em termos táticos, tinha a vantagem de possuir uma silhueta baixa, o que somente o revelava ao inimigo a uma distancia inferior a 1 milha. Devido à poderosa e inovadora blindagem, seu baixo peso e motorização excelente lhe conferiam a melhor mobilidade da época nos mais adversos terrenos, próprio para engajamento a longas distâncias.
Com o desinteresse do EB, a empresa procurou vendê-lo à Arábia Saudita como última e decisiva cartada. Teriam sido duas encomendas com 702 unidades, com um valor de US$ 7,2 bilhões, após vitória em dura concorrência contra os melhores MBTs do mundo, à época. Essa disputa praticamente tinha apontado o Osório como o melhor MBT do mundo e ainda por cima mais barato.
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Para ficar mais claro como era superior o Osório perto dos concorentes à época adiciono.
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Protótipos, ensaios e testes iniciais
A Engesa fixara a preparação do primeiro protótipo para um ano após o início do projeto. Para ganhar tempo, eles entregaram o desenvolvimento da torre à Vickers, inglesa, sob a supervisão de engenheiros brasileiros, enquanto que o chassi era desenvolvido nas dependências de uma filial da Engesa em São José dos Campos, São Paulo.
Simultaneamente, testes de blindagem eram realizados no CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial), com a utilização de canhões de 25 mm suíços, comprados pela própria Engesa, em túnel balístico com modelos reduzidos de blindagem e aumento de velocidade dos projéteis, imitando-se assim o disparo de armas de 105mm e 120mm.
O primeiro chassi ficou pronto antes da torre, em setembro de 1984. A Engesa então acoplou-lhe uma torre falsa e o submeteu a testes de resistência, rodagem e ensaios dinâmicos, a fim de consertar defeitos no conjunto. Os que foram descobertos foram sanados, e os parâmetros da suspensão hidropneumática, acertados.
Em maio de 1985 chegou a "torre padrão" equipada com o canhão 105mm raiado. Ela foi imediatamente acoplada ao chassi e testada. Em Julho deste mesmo ano, o Osório seguia para a Arábia Saudita a bordo de um 747 para seus primeiros testes no deserto. A intenção era enviar o protótipo com torre de 120mm (ainda não terminada) contudo os outros concorrentes já estavam apresentando seus modelos e a Engesa decidiu-se por levar o protótipo que já tinha, para analisar o desempenho do chassi no deserto. Lá, encontrou-se com o britânico Challenger que também estava em fase de testes. O desempenho do Osório foi positivo, revelando deficiências em especial no motor, mas eram falhas sanáveis. A equipe voltou ao Brasil contente com estes testes.
O Exército colaborava, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) mantinha uma ligação com a equipe, mantendo engenheiros junto à Engesa, que a instruíam principalmente sobre a manutenção. A fábrica do motor efetuou modificações no propulsor que resolveram os problemas apresentados no deserto. Nisso, o Exército Brasileiro iniciou vários testes com o Protótipo equipado com a Torre Padrão.
Os testes foram para elaboração do RTEx (Relatórios técnicos experimentais) e RTOp (Relatórios técnicos operacionais), testes elaborados para avaliar-se o que for necessário em um veículo. O protótico foi aprovado pelo Exército Brasileiro após estes testes, que foram:
* Rodagem de 3.269 Km, sendo 750 no campo de provas da Marambaia - RJ (Terreno acidentado), além de tiro, 50 disparos no total. Os resultados empolgaram os militares brasileiros.
Em princípio de 1986, a Vickers entregou a segunda torre, com canhão de 120mm. Imediatamente foi incorporada ao chassi e testado em RTEx e RTOp. Como seu predecessor, foi aprovado com louvor. A próxima fase era analisar o seu desempenho frente aos seus concorrentes.
Atuação no deserto e sucesso inicial
Em Julho de 1987, o protótipo com o canhão de 120mm seguiu para a Arábia Saudita, para a nova fase da competição. Os quatro veículos se confrontariam em vários testes. Os veículos eram: O Britânico Challenger [1], o Americano M1 Abrams [2], o Francês AMX-40 [3] e o Brasileiro EE-T1 Osório.
Os testes consistiam em:
* 2.350 Km de rodagem, sendo 1750 Km em deserto. A guarnição que operaria o tanque era do Exército Saudita, escolhida por sorteio. Neste teste, analisar-se-ia também o consumo de combustível que deveria ser no máximo de 2,1 Km/l em deserto e 3,4 Km/l em estrada.
* Rampas: Superar trincheiras de 3m de largura; arrancada, partindo do repouso em rampa de 65% de inclinação, rodar em rampa lateral de inclinação 30%, aceleração e frenagem no plano e em rampas.
* Resistência e manutenção: Remoção e colocação de lagartas em 40 minutos (10 para a retirada, 30 para a colocação), 6 horas com motor em funcionamento constante e veículo parado, 6 Km de marcha-a-ré e reboque de um carro de combate de 35 ton por 15 Km. O Osório rebocou o Abrams, muito mais pesado do que 35 ton.
* Tiro: 149 disparos. 82 com veículo e alvo estacionados a 4000m de distância; os demais com veículo estacionado e alvo em movimento e veículo e alvo em movimento a 1500m de distância.
Foram reprovados os dois veículos europeus na disputa (O Challenger e o AMX-40), e o Osório, juntamente com o Abrams foram declarados passíveis de compra. Sendo que, aparentemente o que mais impressionara nos testes fora o Osório, mostrando-se superior ao Abrams, e mais barato.
A euforia brasileira foi enorme. O contrato chegou a ser preparado com previsão de se construir inclusive uma linha de montagem na Arábia Saudita. Militares Sauditas vieram ao Brasil para receber treinamento em tecnologia de blindados. O Exército Brasileiro estava exultante, pois o contrato incluía no preço final um acréscimo de 10% para o Exército Brasileiro (assim, a cada dez unidades vendidas para os sauditas uma seria entregue ao Exército Brasileiro, paga pelos Árabes). O negócio era da ordem de bilhões de dólares. Cada unidade do Osório de série custaria 1,2 milhões de dólares.
Em 1988 em Abu Dhabi, o Osório tornou a derrotar os mesmos três adversários acrescidos do C-1 Ariete Italiano, mostrando sua competência. Os únicos veículos de sua categoria contra os quais o Osório não competiu foram os tanques russos. Como a guerra fria vingava, não havia muitos tanques russos para se fazer comparativos.
Para atender a essa futura demanda, a Engesa planejava expandir seu parque em cerca de 1.200 metros quadrados, aumentar seu maquinário, expandir seu quadro em 500 ou mais funcionários, trazendo empregos, divisas e tecnologia. A vitória e as vendas para os sauditas eram dadas como certas, e uma pré-série começava a ser construída, para exportação. Outros mercados ainda eram sondados: O Iraque se interessou no veículo, tendo inclusive o ministro da defesa iraquiano vindo ao país para conhecer o carro.
Ataque Politico Americano
Finalmente, os Estados Unidos agiram, alegando que o Brasil não respeitava acordos internacionais e, principalmente, que negociava com nações tidas como inimigas, fizeram com que a Arábia Saudita hesitasse em fechar o acordo com a Engesa. Hesitação que se tornou recusa com a eclosão da operação Tempestade no Deserto contra o Iraque em 1991, fazendo com que os laços entre os Estados Unidos e a Arabia Saudita se estreitassem de tal forma, que os sauditas decidiram ignorar a capacidade bélica demonstrada pelo EE T1 Osório e assinar o acordo com seu principal aliado, os próprios Estados Unidos.
Dada a natureza da empreitada, dos obstáculos enfrentados e, principalmente, pelo risco de se investir quase todos os seus recursos num projeto voltado para compradores estrangeiros, a Engesa acumulou várias dívidas. Mas, nesse momento, demonstrou-se os verdadeiros riscos da empreitada: a não disposição do governo brasileiro em investir nesse ramo e a conseqüente falta de compradores para o EE T1 Osório.
A falta de disposição do governo brasileiro demonstrou-se, principalmente, pela pequena atuação tanto na política em prol do produto, tanto quanto na ajuda financeira diante da situação precária da Engesa. A ausência de dinheiro para o Exercito Brasileiro em adquirir o EE T1 Osório foi interpretada pelo mercado como sendo, na verdade, uma falta de interesse do mesmo no produto. Levando a conclusão de que se nem o próprio Exercito Brasileiro compra o tanque, então os compradores de outros certamente não iriam comprá-lo. O primeiro Osório de pré-série foi vendido como sucata, seus equipamentos devolvidos (canhão, optrônicos, motor, transmissão...) aos fabricantes para aliviar as dívidas. Patrimônio foi vendido e em 1993 a Engesa faliu. Era o fim da linha.
Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Dom Nov 06, 2011 4:39 am
por marcelo bahia
Esse mito sobre a maligna interferência americana contra a Engesa já foi devidamente derrubado por Reginaldo B. aqui mesmo.
Sds.
Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Dom Nov 06, 2011 7:13 pm
por Reginaldo Bacchi
Este artigo do Luiz Nassif, com exceção da grotesca afirmação sobre a conspiração dos Estados Unidos da America contra o Osório, não diz nada que ja não tenha sido dito no meu artigo na Tecnologia & Defesa nº 84 de 2000.
Choveu no molhado!!!
Bacchi
Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?
Enviado: Dom Nov 06, 2011 7:36 pm
por Enlil
O DefesaBR é o site mais viajandão em defesa nacional que conheço. Até parece eu montando uma Força Aérea há 15 anos atrás...
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