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Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 4:28 pm
por Marino
FCarvalho escreveu:
Marino escreveu:Novos blindados para o Exército

Os 37 veículos que chegaram ontem serão distribuídos entre Rio Grande do Sul e Paraná

RAFAEL DIVERIO

Mais modernos carros de combate da frota brasileira, os 37 veículos que desembarcaram ontem no Porto de Rio Grande, no sul do Estado, representam uma nova tecnologia de viaturas do Exército nacional. Eles serão distribuídos entre o Rio Grande do Sul e o Paraná e ficarão alocados em quarteis para realizar operações.

Integrantes do projeto Leopard – um contrato de compra e apoio do Ministério da Defesa brasileiro com o governo alemão –, os carros compõem o sexto lote de aquisições. Previsto para ser finalizado em janeiro de 2012, o programa prevê a compra de 249 veículos, além do fornecimento de equipamentos de simulação, rádios, ferramentas, suprimentos, manuais, treinamentos e o suporte logístico para todos os materiais de emprego militar.
Marino, a MB no seu plano de reeequipamento prevê, salvo engano, a compra de cerca de 26 CC's para a FFE/CFN. Não se sabe se estes serão MBT's ou veículos do tipo SSK, como os atuais.

Então, se a idéia é realmente possuir os MBT's, porque então a MB não aproveitar a presença da KWM no sul e empenhar-se na aquisição de alguns Leo 1A5 e veículos auxiliares para composição de doutrina desde já.

Ou se pretende começar tudo do zero, outra vez como no caso dos SSK?

abs.
Eu não sei qual CCs a MB pretende comprar.
EU concordo com vc, os Leo seriam muito melhores que os atuais SK-105.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 6:42 pm
por Carlos Mathias
Aí sim no lugar dos SK-105 :) , que prá mim são muito fracos :x .

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 7:52 pm
por Carlos Lima
Carlos Mathias escreveu:Aí sim no lugar dos SK-105 :) , que prá mim são muito fracos :x .
x2!

Realmente... a MB poderia entrar de carona com o EB nessa :)

[]s
CB_Lima

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 7:58 pm
por prp
Não cabe nos pranchões [054]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 9:23 pm
por Túlio
Não, parece que a encrenca é nos LANCHÕES... :wink: 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qua Nov 02, 2011 10:44 pm
por brasil70
Imaginem a MB com Leo2?

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Qui Nov 03, 2011 2:27 am
por Enlil
RobsonBCruz escreveu:
Túlio escreveu:CM e JL: a idéia é poupar peso, a blindagem já é - em tese - suficientemente capaz sem adicionar areia, vidro, etc. A idéia do ar comprimido criaria resistência adicional (a flecha querendo entrar, o ar querendo sair) praticamente sem aumento de peso. Uma variação seria usar CO2 sob pressão (como nos extintores de incêndio) nos espaços vazios, sairia igualmente sob pressão mas resfriaria muito mais a ponta do penetrador. Agora imaginem, a cada camada perfurada um ciclo aquecimento/resfriamento, como ficaria a rigidez da ponta da flecha? Aliás, essa do CO2 me apareceu inicialmente como uma idéia de ERA, só que neste caso o CO2 estaria na forma LÍQUIDA: A SHAPED CHARGE impacta e manda seu plasma incandescente, este atinge a ERA, perfura a chapa de cobertura e dá de cara com um monte de CO2 ainda líquido (o plasma viaja a uns belos km/s) a uns 70 graus negativos, isso resfria um bocado e esse tipo munição depende exclusivamente do CALOR para ser efetivo. Daí perfura nova camada e novo ciclo de forte resfriamento, até onde irá? E por não ser EXPLOSIVA, a tendência - novamente em tese - seria a chapa ERA atingida não danificar as demais. Ademais, como um plus, CO2 evita/combate incêndios...

Knight7: na verdade se está justamente discordando do peso e ainda por cima das dimensões. Motivos acima. DUVIDO que os CCs que substituirão Abrams, Leo2 & quetales serão do mesmo peso e tamanho, essa gente viu na prática o que custa abastecer um motor de 1500 HP em campanha e peças para carros assim são necessariamente maiores e mais pesadas/caras, o que complica/encarece a logística. O T-95 é protótipo e segue uma tendência válida PARA A RÚSSIA, com seus imensos espaços abertos e planos, o que absolutamente NÃO É o nosso caso. Não sei de onde tiraste a idéia dos tales 50 anos e discordo frontalmente da aquisição de mais lixo ianque/europeu...

É a minha opinião. 8-]
Nas minhas limitações, estou impressionado!
Assim vocês vão acabar "projetando" o nosso futuro MBT, restando apenas montar o protótimpo para os testes.
Parabens!
X2, pensei a mesma coisa!

O debate está muito interessante e o nível excelente!


[]'s.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sex Nov 04, 2011 4:22 pm
por knigh7
helio escreveu:Amigos
Volto a esclarecer o que já tinha dito:
É perfeitamente normal uma OM de cavalaria operar com numero incompleto de blindados.
O ideal seriam 28 carros, mas como não dá, serão 13. Eu pessoalmente prefiro isto a ter um esquadrão de M41 preenchendo.

Abraços

Hélio
Seria então interessante ao EB ir atrás de uns 40 Leo1A5, pelo menos a fim de completar as unidades dos RCB.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sáb Nov 05, 2011 1:42 am
por knigh7
Mais outra liquidação de CC a vista:


Programa alemão reduz força militar --------------------------------------------------------------------------------
Forças armadas reduzidas a mínimos históricos
02.11.2011



O programa de redução das forças armadas da República Federal Alemã foi finalmente terminado e as reduções foram apresentadas no passado mês de Setembro pelo ministro da defesa do país.

O principal objetivo dos alemães, é reduzir o numero de efetivos mas ao mesmo tempo aumentar a capacidade de projeção de forças

possibilitando a colocação de mais tropas em missões internacionais. A reestruturação vai permitir um aumento de 33% no numero de forças destacadas passando de 7500 para 10000.

1970 – 2011 redução de 96%
O exército é o ramo que enfrenta as reduções mais graves e em alguns casos mesmo dramáticas. Os efetivos passam de 75000 para 57500. O numero de comandos de divisão passa de cinco para apenas três e o número total de brigadas do exército passará de onze para oito.
O numero de batalhões de carros de combate será fixado em seis.
A redução nas forças blindadas é ainda mais significativa quando se compara com a estrutura militar apenas da Alemanha Federal. Neste caso, dos 82 batalhões de carros de combate da Republica Federal, que existiam nos anos 70, apenas seis se mantêm. Calcula-se que a RDA possuisse forças blindadas quase equivalentes (ainda que equipadas com material soviético de qualidade inferior), pelo que a redução real é de cerca de 150 batalhões para apenas 6. Uma redução de 96%.
O exército da República Federal, o mais poderoso de todos os exércitos da União Europeia, ficará com 205 carros de combate Leopard-2.

A redução será compensada com o aumento de equipamento mais ligeiro, nomeadamente com a introdução de maior numero de viaturas blindadas de transporte de pessoal MRAV como o Boxer.
O exército alemão perderá parte da sua componente aérea com a transferência dos helicópteros pesados para a Luftwaffe. Restarão apenas 80 NH-90 e 40 helicópteros de ataque «Tiger».

Mas a própria força aérea não deixará de ser «vítima» de cortes. Para começar o pessoal sofrerá um corte de 38% no número de efetivos. Todos os meios aéreos ficarão num único comando operacional (ao contrário do que existe hoje). A força terá apenas três esquadras de caças Typhoon, num total de 140 aeronaves. A força de transporte contará com 40 Airbus A400M, o que forçará a Alemanha a vender os 13 exemplares excedentes, já que vai adquirir 53.

A marinha alemã ficará reduzida 13000 militares (uma redução de 20%). A força de submarinos ficará em apenas seis unidades do tipo U212. U numero de navios de superfície aumentará, resultado da extraordinária automatização dos navios, permitindo uma grande redução nas respetivas guarnições. A marinha ficará com quatro navios do tipo F123 «Brandenburg», três F124 «»Sachsen e quatro F125 «Baden». A somar a estes onze navios do tipo fragata, haverá mais cinco corvetas K130 e corvetas Stealth K131.

Vários dos navios e lanchas rápidas serão retiradas de serviço, o que também acontecerá com os navios de vigilância electrónica, que se tornaram reduntantes com o aumento de capacidades provido pela utilização de aeronaves de vigilância P3 «Orion», cujo numero não será reduzido.
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... NrNot=1123

Caso oferecam com um bom suporte no pós-venda da KMW, caso tenham um bom preço, e principalmente pelo fato de que o EB não iniciará o desenvolvimento de um MBT nessa década (não há nenhuma indicativa disso vondo do Exército) e também porque estamos com Regimentos de Cavalaria incompletos, seria uma alternativa interessante caso nos ofereçam em condições que eu citei.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sáb Nov 05, 2011 12:45 pm
por Carlos Mathias
Seria mesmo.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Sáb Nov 05, 2011 11:07 pm
por Luiz Bastos
Galera.

Aos saudosos do Osório.



O tanque EE-T1 Osório e a falência da Engesa em 1993
Enviado por luisnassif, sab, 05/11/2011 - 12:00
Por aliancaliberal

Do DefesaBR

OSÓRIO EE-T1 UMA LIÇÃO IMPORTANTE

No início dos anos 80, o Exército Brasileiro necessitava de um veículo blindado sobre largartas para ser seu principal tanque de batalha, conhecido como MBT - Main Battle Tank.

À época, a ENGESA (Engenheiros Especializados S/A) era a maior indústria de blindados da América Latina, especializada em veículos leves sobre rodas (produziu 7.000 veículos, entre eles o EE-9 CASCAVEL e o EE-11 URUTU).


O Brasil figurava então entre os maiores exportadores de armamentos (5 mil unidades), e a Engesa vendia seus produtos, principalmente, para o Oriente Médio.

O EB solicitou em 1982 que a Engesa projetasse um MBT para as suas necessidades. A aquisição estaria assegurada dentro de certos parâmetros. Assim, apresentou 2 condições tidas como essenciais para o adequado deslocamento pelas rodovias, pontes e ferrovias do País.

A primeira condição era de que o veículo não deveria ultrapassar o peso de 36 ton, que seria mesmo ideal para um tanque leve e não um MBT. A segunda condição era relativa à largura, no máximo de 3,20 metros, que era o limite das ferrovias brasileiras.

Talvez o EB estivesse mais interessado no aspecto de custo de manutenção e estivesse premido por uma atribuição defensiva, de não intervenção externa, campo que aí sim seria mais apropriado para um MBT.

Nesse quadro, e pensando ter tido negociações satisfatórias com o EB, a Engesa determinou a seus engenheiros que desenvolvessem um projeto de MBT de 42 ton, vindo a investir US$ 50 milhões ao todo.

Isso serviria para mantê-lo próximo ao primeiro time internacional (de pesos entre 44 e 65 ton), já que também estaria interessada em uma mega concorrência que seria aberta na Arábia Saudita.

Como o requisito de peso não foi obedecido e ainda havia ao fundo pesadas mudanças políticas, o MBT EE-T1 Osório nem chegou a pertencer ao Exército Brasileiro, embora pudesse ter vindo a receber 1 Osório a cada 10 vendidos à Arábia Saudita, caso a Engesa tivesse vencido tal concorrência.

Mas isso tudo foi naquela época. Como ele é até hoje considerado por muitos como um dos melhores Carros de Combate que já existiram, pode ser que o próprio EB ainda venha a anunciar a construção de uma nova versão do Osório para se livrar da eterna dependência externa, mas ciente do desafio da inovação e enfrentando seus custos.

UMA LIÇÃO IMPORTANTE


Por um lado, um MBT desse porte seria um ponto forte nas melhores concorrências para exportação a diversos Países. Por outro lado, era um salto muito arriscado para uma empresa que já se destacava em um nicho de mercado mais simples, blindados leves sobre rodas.

A empresa investiu sozinha US$ 100 milhões entre a concepção e os 3 primeiros e únicos protótipos (P-0, P-1 e P-2). O MBT EE-T1 Osório, nome dado em homenagem ao patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro, tinha um design bastante avançado e sofisticado, com excelentes poder de fogo e mobilidade.

A tecnologia obtida junto a fornecedores de diferentes origens era a melhor da época. Tanto que já contava com computador no controle de tiro, telêmetro laser e todo o sistema de armas era de primeira linha.

O EE-T1 Osório foi oferecido ao mercado em 2 versões, as quais visavam atender a clientes de patamares financeiros diferentes A versão com canhão de 105 mm, mais acessível, seria a versão padrão para o Brasil.

A versão com canhão de 120 mm e optrônicos mais avançados seria a direcionada para a concorrência da já rica exportadora de petróleo Arábia Saudita. O P-2 deveria ter recebido o nome EE-T2, mas isso nem chegou a acontecer, formalmente, tendo recebido um nome árabe, que era Al Fhad.

Em termos táticos, tinha a vantagem de possuir uma silhueta baixa, o que somente o revelava ao inimigo a uma distancia inferior a 1 milha. Devido à poderosa e inovadora blindagem, seu baixo peso e motorização excelente lhe conferiam a melhor mobilidade da época nos mais adversos terrenos, próprio para engajamento a longas distâncias.

Com o desinteresse do EB, a empresa procurou vendê-lo à Arábia Saudita como última e decisiva cartada. Teriam sido duas encomendas com 702 unidades, com um valor de US$ 7,2 bilhões, após vitória em dura concorrência contra os melhores MBTs do mundo, à época. Essa disputa praticamente tinha apontado o Osório como o melhor MBT do mundo e ainda por cima mais barato.

...........

Para ficar mais claro como era superior o Osório perto dos concorentes à época adiciono.

......................

Protótipos, ensaios e testes iniciais

A Engesa fixara a preparação do primeiro protótipo para um ano após o início do projeto. Para ganhar tempo, eles entregaram o desenvolvimento da torre à Vickers, inglesa, sob a supervisão de engenheiros brasileiros, enquanto que o chassi era desenvolvido nas dependências de uma filial da Engesa em São José dos Campos, São Paulo.

Simultaneamente, testes de blindagem eram realizados no CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial), com a utilização de canhões de 25 mm suíços, comprados pela própria Engesa, em túnel balístico com modelos reduzidos de blindagem e aumento de velocidade dos projéteis, imitando-se assim o disparo de armas de 105mm e 120mm.

O primeiro chassi ficou pronto antes da torre, em setembro de 1984. A Engesa então acoplou-lhe uma torre falsa e o submeteu a testes de resistência, rodagem e ensaios dinâmicos, a fim de consertar defeitos no conjunto. Os que foram descobertos foram sanados, e os parâmetros da suspensão hidropneumática, acertados.

Em maio de 1985 chegou a "torre padrão" equipada com o canhão 105mm raiado. Ela foi imediatamente acoplada ao chassi e testada. Em Julho deste mesmo ano, o Osório seguia para a Arábia Saudita a bordo de um 747 para seus primeiros testes no deserto. A intenção era enviar o protótipo com torre de 120mm (ainda não terminada) contudo os outros concorrentes já estavam apresentando seus modelos e a Engesa decidiu-se por levar o protótipo que já tinha, para analisar o desempenho do chassi no deserto. Lá, encontrou-se com o britânico Challenger que também estava em fase de testes. O desempenho do Osório foi positivo, revelando deficiências em especial no motor, mas eram falhas sanáveis. A equipe voltou ao Brasil contente com estes testes.

O Exército colaborava, e o CTEx (Centro Tecnológico do Exército) mantinha uma ligação com a equipe, mantendo engenheiros junto à Engesa, que a instruíam principalmente sobre a manutenção. A fábrica do motor efetuou modificações no propulsor que resolveram os problemas apresentados no deserto. Nisso, o Exército Brasileiro iniciou vários testes com o Protótipo equipado com a Torre Padrão.

Os testes foram para elaboração do RTEx (Relatórios técnicos experimentais) e RTOp (Relatórios técnicos operacionais), testes elaborados para avaliar-se o que for necessário em um veículo. O protótico foi aprovado pelo Exército Brasileiro após estes testes, que foram:

* Rodagem de 3.269 Km, sendo 750 no campo de provas da Marambaia - RJ (Terreno acidentado), além de tiro, 50 disparos no total. Os resultados empolgaram os militares brasileiros.

Em princípio de 1986, a Vickers entregou a segunda torre, com canhão de 120mm. Imediatamente foi incorporada ao chassi e testado em RTEx e RTOp. Como seu predecessor, foi aprovado com louvor. A próxima fase era analisar o seu desempenho frente aos seus concorrentes.

Atuação no deserto e sucesso inicial

Em Julho de 1987, o protótipo com o canhão de 120mm seguiu para a Arábia Saudita, para a nova fase da competição. Os quatro veículos se confrontariam em vários testes. Os veículos eram: O Britânico Challenger [1], o Americano M1 Abrams [2], o Francês AMX-40 [3] e o Brasileiro EE-T1 Osório.

Os testes consistiam em:

* 2.350 Km de rodagem, sendo 1750 Km em deserto. A guarnição que operaria o tanque era do Exército Saudita, escolhida por sorteio. Neste teste, analisar-se-ia também o consumo de combustível que deveria ser no máximo de 2,1 Km/l em deserto e 3,4 Km/l em estrada.
* Rampas: Superar trincheiras de 3m de largura; arrancada, partindo do repouso em rampa de 65% de inclinação, rodar em rampa lateral de inclinação 30%, aceleração e frenagem no plano e em rampas.
* Resistência e manutenção: Remoção e colocação de lagartas em 40 minutos (10 para a retirada, 30 para a colocação), 6 horas com motor em funcionamento constante e veículo parado, 6 Km de marcha-a-ré e reboque de um carro de combate de 35 ton por 15 Km. O Osório rebocou o Abrams, muito mais pesado do que 35 ton.
* Tiro: 149 disparos. 82 com veículo e alvo estacionados a 4000m de distância; os demais com veículo estacionado e alvo em movimento e veículo e alvo em movimento a 1500m de distância.

Foram reprovados os dois veículos europeus na disputa (O Challenger e o AMX-40), e o Osório, juntamente com o Abrams foram declarados passíveis de compra. Sendo que, aparentemente o que mais impressionara nos testes fora o Osório, mostrando-se superior ao Abrams, e mais barato.

A euforia brasileira foi enorme. O contrato chegou a ser preparado com previsão de se construir inclusive uma linha de montagem na Arábia Saudita. Militares Sauditas vieram ao Brasil para receber treinamento em tecnologia de blindados. O Exército Brasileiro estava exultante, pois o contrato incluía no preço final um acréscimo de 10% para o Exército Brasileiro (assim, a cada dez unidades vendidas para os sauditas uma seria entregue ao Exército Brasileiro, paga pelos Árabes). O negócio era da ordem de bilhões de dólares. Cada unidade do Osório de série custaria 1,2 milhões de dólares.

Em 1988 em Abu Dhabi, o Osório tornou a derrotar os mesmos três adversários acrescidos do C-1 Ariete Italiano, mostrando sua competência. Os únicos veículos de sua categoria contra os quais o Osório não competiu foram os tanques russos. Como a guerra fria vingava, não havia muitos tanques russos para se fazer comparativos.

Para atender a essa futura demanda, a Engesa planejava expandir seu parque em cerca de 1.200 metros quadrados, aumentar seu maquinário, expandir seu quadro em 500 ou mais funcionários, trazendo empregos, divisas e tecnologia. A vitória e as vendas para os sauditas eram dadas como certas, e uma pré-série começava a ser construída, para exportação. Outros mercados ainda eram sondados: O Iraque se interessou no veículo, tendo inclusive o ministro da defesa iraquiano vindo ao país para conhecer o carro.

Ataque Politico Americano

Finalmente, os Estados Unidos agiram, alegando que o Brasil não respeitava acordos internacionais e, principalmente, que negociava com nações tidas como inimigas, fizeram com que a Arábia Saudita hesitasse em fechar o acordo com a Engesa. Hesitação que se tornou recusa com a eclosão da operação Tempestade no Deserto contra o Iraque em 1991, fazendo com que os laços entre os Estados Unidos e a Arabia Saudita se estreitassem de tal forma, que os sauditas decidiram ignorar a capacidade bélica demonstrada pelo EE T1 Osório e assinar o acordo com seu principal aliado, os próprios Estados Unidos.

Dada a natureza da empreitada, dos obstáculos enfrentados e, principalmente, pelo risco de se investir quase todos os seus recursos num projeto voltado para compradores estrangeiros, a Engesa acumulou várias dívidas. Mas, nesse momento, demonstrou-se os verdadeiros riscos da empreitada: a não disposição do governo brasileiro em investir nesse ramo e a conseqüente falta de compradores para o EE T1 Osório.

A falta de disposição do governo brasileiro demonstrou-se, principalmente, pela pequena atuação tanto na política em prol do produto, tanto quanto na ajuda financeira diante da situação precária da Engesa. A ausência de dinheiro para o Exercito Brasileiro em adquirir o EE T1 Osório foi interpretada pelo mercado como sendo, na verdade, uma falta de interesse do mesmo no produto. Levando a conclusão de que se nem o próprio Exercito Brasileiro compra o tanque, então os compradores de outros certamente não iriam comprá-lo. O primeiro Osório de pré-série foi vendido como sucata, seus equipamentos devolvidos (canhão, optrônicos, motor, transmissão...) aos fabricantes para aliviar as dívidas. Patrimônio foi vendido e em 1993 a Engesa faliu. Era o fim da linha.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Dom Nov 06, 2011 4:39 am
por marcelo bahia
Esse mito sobre a maligna interferência americana contra a Engesa já foi devidamente derrubado por Reginaldo B. aqui mesmo.

Sds.

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Dom Nov 06, 2011 7:13 pm
por Reginaldo Bacchi
Este artigo do Luiz Nassif, com exceção da grotesca afirmação sobre a conspiração dos Estados Unidos da America contra o Osório, não diz nada que ja não tenha sido dito no meu artigo na Tecnologia & Defesa nº 84 de 2000.

Choveu no molhado!!!

Bacchi

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Dom Nov 06, 2011 7:18 pm
por Túlio
Não é do Nassif, é do DefesaBR... :wink: 8-]

Re: quando chegam os leo 1A5 para o EB?

Enviado: Dom Nov 06, 2011 7:36 pm
por Enlil
O DefesaBR é o site mais viajandão em defesa nacional que conheço. Até parece eu montando uma Força Aérea há 15 anos atrás...



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