Thor escreveu:Não sei se algum outro país se interessaria por isso. O Brasil, notadamente um país pacífico, é signatário de um acordo que limita mísseis de cruzeiro a 500kg e 300km. Considero isso um avanço para a manutenção da paz na América do Sul, e duvido que nossa nação mudará para um estilo mais agressivo num curto espaço de tempo.
Quanto aos outros (EUA, Russia, etc), não temos gerencia. Embora um dos principais tópicos do tratado de não-proliferação de armas nucleares seja a destruição dos arsenais, o que se vê é apenas a proibição para que outros o façam; da mesma maneira que há um outro sobre mísseis balísticos ou foguetes espaciais que "possam" servir para carregar eventualmente alguma arma de destruição em massa (VLS, por exemplo) e que apenas as cláusulas de desenvolvimento e teste se aplicam aos países que queiram embarcar nesse restrito grupo. Desse o Brasil não é signatário.
Abraços
Na verdade, o acordo diz que não podemos EXPORTAR armamentos com 500 kg de carga e 300 km de alcance ou mais, mas nunca diz sobre nós termos tal armamento. Além disso, é um contrato informal. A França participa do mesmo e vende seus Storm Shadow e vendia o Taurus KEPD, que possuem 500 km de alcance ou mais, no caso do Storm Shadow, 1000 km.
Nós podemos portar tais armamentos, com tanto que não exportemos. Veja a Rússia, é participante e só não exporta armamentos (apenas mísseis de cruzeiro) com alcance superior a 300 km, mas possui mísseis de cruzeiro, como Kh-22N e Kh-55, com alcance bem maiores que isso.
Luís Henrique escreveu:
Gabriel, quando temos a informação de raio de ação de uma determinada aeronave, normalmente se refere ao MÁXIMO.
Você disse que o Tu-22M possui mais de 2.400 km de raio de ação carregando 24T de armamentos.
Isto você está supondo ou possui informação do raio de ação com carga MÁXIMA de armamentos???
Sim. Com carga típica de armamentos, é dito que segue há 4000 km, que seria em torno de 12 toneladas.
Pergunto isto, porque eu achei a informação de raio de ação de 2.410 km com carga de armas PADRÃO.
Muito provavelmente com 24T o raio de ação será menor.
Eu encontrei 4 alcances. Os raios de ação de 2.400 km e 4000 km, alcance de 5000 km e alcance máximo acima de 7000 km.
Outra coisa, o Su-34 possui raio de ação de + de 1.000 km mas não fala nada de revo.
Com REVO o alcance de translado da aeronave vai de + de 4.000 km para 7.000 km e o Tu-22M3 possui 6.800 km de alcance de translado sem revo.
Podemos supor que o raio de ação do Su-34 com REVO ficaria muito semelhante ao do Tu-22 sem revo.
No que eu pesquisei se fala em REVO sim, pra voltar, sem o uso de tanques externos. 8 toneladas de armamento sem tanque externo ou REVO é praticamente impossível chegar a mais de 1000 km.
Mais uma informação, a maioria dos Su-27/30/35 etc possuem carga de armas de 8T.
Porém já li informações que o Su-34 chega em 12T de armas e peso máximo de 45T, bem acima do peso de um Su-35 que pesa 34,5T.
É dito que o Su-34 possui entre 8 T e 12 T de carga máxima. O Su-34 é mais pesado porque incorpora sistemas mais pesados, sensores maiores, eletrônica maior, 2 pilotos lado a lado, cozinha, banheiro e maior tanque de combustível interno. Pode ver que ele é mais lento que o Su-35, mesmo usando a mesma potência na turbina.
Portanto, ainda que de outra categoria, mas o Tu-22M não é muitas vezes melhor que o Su-34.
Eu pessoalmente acredito que o alcance do Su-34 (que já é enorme) e 8T de armamentos já é o suficiente para 99,9% das missões.
Mas eu creio que a aeronave possui a capacidade de levar até 12T de armamentos e ainda podemos usar o REVO.
Não vejo necessidade nenhuma de uma aeronave maior. Aliás, a realidade é que estamos adquirindo um caça que possui peso máximo de 16,5T.
O Su-34 chega em 45T.
Estamos adquirindo um caça mais otimizado para defesa aérea e não um bombardeiro tático e muito menos estratégico.
Na minha opinião uma aeronave como o Su-34 e não precisaríamos de mais nada.
Ela ainda carrega mísseis ar-ar BVR como o R-77M e mesmo sendo otimizada para ataques poderia vencer aeronaves no combate aéreo BVR.
E ainda por cima é BARATA.
Claro, mas o que apenas UM Tu-22M3 faz, precisaríamos de 3 Su-34 + 1 KC-767. Além do preço de aquisição, façamos as contas de manutenção. 2 turbinas enormes contra 6 turbinas + 2 turbinas enormes, com tripulação de 4 contra tripulação de 10. Sem contar pessoal pra manutenção e entre outros. Além disso, ainda teria a capacidade menor, pois não são capazes de dispararem mísseis de cruzeiro com alcance maiores que 1000 km e se dispararem, talvez 1 míssil contra 8 do Tu-22M3.
As informações sobre carga de armamento e alcance com 24 toneladas foi do [img]Tu-22M3[/img]. Na modernização Russa, incluirão novo motor NK-22 e retiraram o canhão Gsh-23-2 traseiro. Esse motor trará maior potência e gasto de combustível ligeiramente acima do atual NK-25, segundo os Russos. Assim, sua carga alar pode ser maior e o alcance conservado.
Isso
SEM sonda REVO. Imagina com sonda, se adquiríssemos o projeto e projetássemos uma aeronave similar?
Fora que em questão de sensores, o Tu-22M3M supera e MUITO o Su-34, o que compensa seu tamanho.
Se o Su-34 pudesse substituir o Tu-22M3 na missão, os Russos já teriam feito isso, coisa que não farão.
Eu vejo o Su-34 com 96 aeronaves em 4 bases aéreas na Marinha, para missão de patrulha, ASW e ASuW, mas na FAB precisaríamos de um bombardeiro tático e um bombardeiro estratégico com capacidade de saturação de mísseis de cruzeiro sobre o inimigo. Imagina se uma poderosa frota invasora viesse contra o nosso país. Tendo 24 Tu-22BR com capacidade de lançar 10 mísseis anti-navio com velocidade Mach 3 na sua fase final com alcance de 500 km ou mais. Ou em um ataque a um país com poder anti-aéreo forte, já que o Tu-22M3 pode carregar 8 mísseis anti-radiação Kh-31.
Para a FAB e a missão que o Su-34 viria fazer, poderíamos empregar o Gripen nisso, como missão de ataque, atualmente realizada pelos AMX A-1A/B/M.
Abs.