Índia Atrasa Decisão do MMRCA
Com agências e Business Week
O bilionário Programa MMRCA (Mediun Multi-Role Combat Aircraft ) da Força Aérea da Índia não completará uma das etapas e arrisca um aumento nos custos de mais de 1 Bilhão de Dólares, já que os fabricantes deverão reapresentar sua propostas.
A Força Aérea da Índia ainda está realizando os testes de voo nos competidores do Programa MMRCA. Participam as empresas: Boeing (F/A-18E/F) e Lockheed Martin Corp (F-16IN), ambas dos EUA, a empresa MiG (MiG 29) da Rússia, a SAAB (Gripen NG) da Suécia, o consórcio europeu Eurofighter (EF-2000) e a Dassault Aviation com o Rafale. Após dois anos das propostas apresentadas ao governo indiano, estas expiram no dia 28 de Abril, para o lote de 126 aviões que o governo informou preliminarmente custar 10 Bilhões de Dólares. O Ministério da Defesa solicitou aos concorrentes que reapresentem suas propostas com validade para mais um ano, informou o porta-voz do Ministério.
“As empresas foram informadas pelo governo, que deveriam apresentar novas ofertas com validade por mais um ano,” afirmou o porta-voz. “Elas têm a opção de aumentar ou reduzir o valor das suas ofertas.”
O atraso no processo de seleção aquisição do que a Índia define como “Medium Multi-Role Combat Aircraft” (MMRCA), poderá afetar o custo total ao governo, afirmou Mrinal Suman, um oficial general do Exército Indiano e analista de compras militares. “Os eventos recentes indicam que o custo destes aviões aumenta entre 7 a 10% a cada ano,” afirmou Suman.
A falha da Índia em definir o caça nos planejados dois anos “indica que essa é a maior e mais complexa compra de armamento realizada pela Índia,” afirmou Suman, que monitora as compras de armamentos para a Confederation of Indian Industry.
Escândalos do Passado
Considerações políticas têm atrasado a decisão pelo ministro da Defesas A.K. Antony, afirmou Rahul Roy-Chaudhury, pesquisador sênior para o Sul da Ásia no International Institute for Strategic Studies (IISS), de Londres.
“Antony tem conduzido de uma maneira clara e limpa para que não possa ocorrer alegações de corrupção, devido aos escândalos anteriores” que foram o motivo da derrota do Partido do Congresso nas eleições de 1989, afirmou Roy-Chaudhury. Esses escândalos ocorreram após as alegações que membros do governo receberam propinas na compra de sistemas de artilharia suecos e submarinos alemães.
Desde os anos 80 nenhum governo da Índia realizou compras de armas em competições abertas.
Enquanto os atrasos podem aumentar os preços para a Índia, as pressões da competição e a variação cambial poderão conter os aumentos, afirmou Suman.
A compra pela Índia dos novos caças é para substituir os caças russos MiG 21, em especial, que datam dos anos 70. Nos últimos 3 anos, 21 caças MiG foram perdidos por quedas, afirmou Antony em uma declaração enviada ao Parlamento Indiano.
Testes no Himalaia
A Força Aérea da Índia tem conduzido testes de vôo nos seis caças competidores em um aeroporto na região do Himalaia, para os testes de alta temperatura em uma base no estado de Rajasthan e em clima tropical na região de Bangalore, afirmou Kar. “Os testes terminarão brevemente, possivelmente no fim do mês de Maio,” completou Kar.
A Força Aérea “indicará ao governo dois ou três opções que atendem as necessidades operacionais e técnicas e então será a vês dos políticos tomarem a decisão,” afirmou Roy-Chaudhury. As empresas americanas - Boeing, fabricante do F/A-18 Super Hornet e a Lockheed-Martin, que produz o F-16 - podem ter vantagem do desejo da Índia de estreitar laços estratégicos com os Estados Unidos.
A Lockheed-Martin “planeja atualizar sua proposta comercial para garantir o maoir valor aos indianos,” afirmou o porta-voz da companhia Giese em um e-mail. A Boeing está trabalhando em resposta que contemple os requisitos da extensão da proposta, afirmou o porta-voz Brian Nelson em um e-mail.
A sueca SAAB AB não fará alterações em sua proposta para vender o Gripen, afirmou Eddy de la Motte, que é o gerente da campanha de venda na Índia. Os outros competidores - a francesa Dassault Aviation SA, a russa United Aircraft Corp. e o consórcio Eurofighter não comentaram os seus planos.