Fórum Defesa Brasil

Enviado por luisnassif, sab, 04/06/2011 - 14:05

Por Filipe Rodrigues

Os neoliberais não entendem que as políticas keynesianas estão interligadas entre o estado bem-estar e as políticas desenvolvimentistas.

Foi assim com as principais economias européias do pós-guerra (Alemanha, França, Inglaterra e Itália), eram economias capitalistas com intervenção estatal (É preciso um equilíbrio, pois mercado e estado em excesso são ruins), entre suas principais características estavam:

- Estímulo as exportações, com economias competitivas no mercado internacional.

- Ao mesmo tempo, espaço para a economia interna (políticas industriais, substituição de importações), ao priorizar e incentivar setores estratégicos da economia.

- Crescimento dos gastos sociais e salários ancorados no crescimento da produtividade

Nos últimos 30 anos, Portugal jamais fez uma política keynesiana, assim como Irlanda, Grécia, Espanha (nos anos 70 essas nações eram consideradas o 3º mundo da Europa).

Esses países abriram mão de uma política de desenvolvimento independente para viverem da mesada da União Européia, os capitais investidos nesses países foram benéficos até certo ponto e funcionou bem até a adoção do Euro em 1999. Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia não tinham uma economia estruturada para suportarem uma moeda tão valorizada, suas moedas antigas eram mais desvalorizadas, o que garantia um grau maior de nacionalização.

Nos últimos 10 anos continuaram a gastar a rodo, pois havia proteção do tesouro europeu e a falsa crença que o 1º mundo havia chegado com uma moeda hipervalorizado (mais ou menos o que nós brasileiros sentimos no início do plano Real), com o estouro da crise econômica e o crescimento da dívida pública a farra acabou e a conta chegou. Portugal e os demais países europeus lembram a Argentina, que teve durante toda a década de 90 uma moeda sobrevalorizada, que fez a crise estorar em 2001, fruto da crença neoliberal de liberdade total ao mercado.

Perto de quatro milhões de eleitores votaram até às 16:00
05 de Junho de 2011, 17:27

Lisboa, 05 jun (Lusa) - Perto de quatro milhões de eleitores tinham votado até às 16:00 de hoje nas eleições legislativas antecipadas, o que representa 41,98% de um total de 9,6 milhões inscritos.

Uma nota do Ministério da Administração Interna (MAI) indica que às 16:00 de hoje, a três horas do fecho das urnas em Portugal Continental e na Madeira, "a afluência média às urnas na eleição da Assembleia de República se estima em 41,98%, a que correspondem cerca de 3.959.217 votantes".

Em setembro de 2009, aquando da anterior eleição da Assembleia da República, a afluência média às 16:00 foi de 43,30%, "a que corresponderam cerca de 4.047.000 votantes", nota o MAI.

Pelas 12:00 de hoje a afluência era de 20,01%, a que correspondiam cerca de 1.887.183 votantes, número também inferior ao registado no sufrágio em 2009 pela mesma hora: 21,29%, um pouco mais do que 1,9 milhões de votantes.

As mesas de voto estão abertas até às 19:00 em Portugal Continental e Madeira, enquanto nos Açores fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa devido à diferença horária.

Nestas eleições para a Assembleia da República, 17 forças políticas apresentaram listas, mas apenas nove partidos e uma coligação concorrem a todos os círculos eleitorais.

Além das cinco forças políticas com representação parlamentar - PS, PSD, CDS-PP, BE e CDU (coligação PCP e PEV) -, concorrem ao sufrágio PCTP-MRPP, Movimento Esperança Portugal (MEP), Movimento Partido da Terra (MPT), Partido Popular Monárquico (PPM), Partido Nacional Renovador (PNR), Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP), Portugal Pró-Vida (PPV), Partido Democrático do Atlântico (PDA), Partido Nova Democracia (PND), Partido Humanista (PH) e o Partido Operário da Unidade Socialista (POUS).

A 15 de junho serão contados os votos dos círculos da Europa e Fora da Europa, que elegem quatro deputados.

Para obter uma maioria absoluta, um partido ou uma coligação precisam de somar 116 deputados.

PPF.

Lusa/Fim

Tal como aconteceu na Espanha, o Partido Socialista português, de tantas tradições, inclusive na luta clandestina contra a ditadura de Salazar sofreu, nas palavras de um de seus líderes, uma “derrota pesada”.

O primeiro-ministro José Sócrates assumiu a derrota nas eleições e apresentou a sua demissão da liderança do PS.

Não é diferente do que aconteceu há pouco na Espanha.

Os partidos de esquerda que chegarm ao poder com o desânimo dos eleitores europeus com a guerra e com os efeitos da crise mundial, embora não pudessem recolver sozinhos estas questões, as aceitaram como parte das regras.

Tornaram-se, assim, sócios das crises que não criaram.

Sobre a Espanha, escrevi que “quando a esquerda não se diferencia da direita, não pode exigir que a população a reconheça. E muito menos conservar a hegemonia eleitoral”.

Os acampados da Espanha são, em Portugal, com seus 13% de desemprego, concentrado nos jovens, a chamada “geração à rasca”.

Quando a esquerda não é esperança, não é esquerda.

cabeça de martelo escreveu:Eu e a minha mulher votamos no PP, agora seja o que Deus quiser.

De qualquer maneira o PP foi a surpresa, já que teve muitos mais votos do que se estava à espera, já o PS perdeu e perdeu feio!

Paisano escreveu:Duas questões:

1ª - Foi o PSD que ganhou ou foi o PS que perdeu as eleições em Tugalandia?

2ª - Em se considerando que não houve uma vitória do PSD, a derrota foi do PS ou do sócas?