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Enviado: Sáb Ago 18, 2007 2:21 pm
por WalterGaudério
fabioglobo10 escreveu:LeandroGCard escreveu:Na verdade, a capacidade STOL tem muito mais a ver com as características da asa do que com a forma de propulsão. Detalhes como perfil, carga alar, tipo e tamanho dos sistemas de hipersustentação, etc... são os fatores que determinam a velocidade de pouso de uma aeronave. E para a decolagem o empuxo disponível soma-se a estes fatores, o que em princípio até favorece os motores a jato.
E aí temos um detalhe importante. A Embraer é uma especialista em projeto de asas, seus engenheiros tem grande experiência no desenvolvimento de asas que são ao mesmo tempo relativamente pequenas (o que é bom para o desempenho em velocidade de cruzeiro) e com alta capacidade de sustentação em baixas velocidades. Eles conseguem isto com o uso extensivo de sistemas de hipersustentação elaborados, área que parecem conhecer muito bem.
Assim, não acho difícil que eles consigam manter a excelente capacidade STOL do Hércules enquanto obtém melhor desempenho em outros parâmetros de performance. Mas isto se a capacidade STOL for realmente importante para os clientes que eles imaginam atender com o C-390, pois a Embraer também é excelente em detectar e atender as reais necessidades dos mercados em que entra.
Abraços,
Leandro G. Card
Excelente post! Segundo a última edição da RFA, a asa do C-390 será essencialmente a mesma do EMB-190 mas com pequenas alterações em suas superfícies de controle e dispositivos de hipersustentação de forma a otimizar o desempenho da nova aeronave em determinadas missões. Mesmo assim acho muito difícil o C-390 conseguir atingir o mesmo desempenho que o C-130, pois o mesmo possui asas com envergadura bem maior, bem como a área alar. De qualquer forma o C-390 será uma cargueiro formidável para sua classe.
Também acredito que as asas serão reforçadas para aguentarem os esforços maiores que presumidamente sofrerão desempenhando missões militares e transportando grande quantidade de material (19 ton.).
Olha, embora eu não conheça chongas do projeto 390, não passa pela minha cabeça que uma capacidade STOL minimamente razoável deixe de ser integrada ao roll de capacidades técnicasdo 390.
Acho que o 390 será chacoalhado de dispositivos de hipersustentação.
sds
Walter
Enviado: Dom Ago 19, 2007 1:22 pm
por fabioglobo10
cicloneprojekt escreveu: Olha, embora eu não conheça chongas do projeto 390, não passa pela minha cabeça que uma capacidade STOL minimamente razoável deixe de ser integrada ao roll de capacidades técnicasdo 390.
Acho que o 390 será chacoalhado de dispositivos de hipersustentação.
sds
Walter
Tomara... mas o jeito mesmo é esperar para ver!
Saudações.
Enviado: Dom Ago 19, 2007 1:34 pm
por WalterGaudério
fabioglobo10 escreveu:cicloneprojekt escreveu: Olha, embora eu não conheça chongas do projeto 390, não passa pela minha cabeça que uma capacidade STOL minimamente razoável deixe de ser integrada ao roll de capacidades técnicasdo 390.
Acho que o 390 será chacoalhado de dispositivos de hipersustentação.
sds
Walter
Tomara... mas o jeito mesmo é esperar para ver!
Saudações.
Pois é. Não nos esqueçamos que o 390 ainda nem é, oficialmente, um projeto, e sim um ante-projeto que aindas será bem detalhado.
sds
Walter
Enviado: Ter Ago 28, 2007 11:31 am
por A-29
Olha a movimentação de bastidores:
do Valor Economico via Notimp
Correios poderão ter aviões de carga
Daniel Rittner e Cristiano Romero
O governo planeja criar uma companhia aérea, subsidiária da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), para fazer o transporte de cartas e encomendas postais. Com esse objetivo, está em negociações com a Embraer para comprar até 19 aeronaves. A fabricante de jatos já desenvolveu um modelo cargueiro, batizado inicialmente de C-390, que usa estrutura e equipamentos tecnológicos adotados no E-190, da nova família de aviões para passageiros.
A idéia da subsidiária surgiu porque os Correios gastam anualmente R$ 450 milhões com o pagamento de transporte aéreo de cargas a empresas como Skymaster, Beta e VarigLog - alvos de investigações na CPI dos Correios, em 2005 - e porque há dificuldades na renovação dos contratos, que deve ser feita todos os anos. Nos últimos meses, a ECT e o Ministério das Comunicações, pasta à que a estatal é vinculada, propuseram parcerias com TAM, Gol e com a própria VarigLog, mas não houve interesse. Passou-se então ao planejamento de uma nova empresa, que daria mais agilidade à entrega de encomendas postais e poderia impulsionar a Rede Postal Noturna, serviço que funciona durante a madrugada.
A nova companhia funcionaria como uma empresa privada, mas de controle acionário da ECT, a exemplo do que fez o Banco do Brasil com suas seguradoras. O governo buscaria um sócio privado, teria a maior fatia do capital total da nova empresa e, por meio de um acordo de acionistas, manteria a prerrogativa de nomear seus gestores. Livre das amarras da Lei 8.666 (que regula as licitações no serviço público), esse modelo asseguraria, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, uma gestão profissional e ágil.
"Não podemos ficar reféns de um operador [de transporte aéreo de cargas]", afirmou ao Valor o presidente dos Correios, Carlos Henrique Almeida Custódio. "É uma empresa de logística, que no futuro pode englobar outros modais, como ferrovias, e já nasce com faturamento anual perto de R$ 500 milhões", completou.
Para o ministro Hélio Costa, o projeto - que faz parte do PAC das Comunicações e depende ainda da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - ataca a possibilidade de um "apagão postal" no futuro e busca aproveitar novos nichos criados pelo crescimento do comércio eletrônico (que, no primeiro semestre, segundo a e-bit, chegou a R$ 2,6 bilhões, 49% a mais do que no mesmo período de 2006). Com uma empresa dedicada exclusivamente à logística de transporte, a ECT ganharia mais rapidez para a entrega de produtos comprados pela internet, argumentou o ministro. "Queremos transformar o comércio eletrônico em carro-chefe dos Correios", disse.
A preocupação do ministro é modernizar a ECT num ambiente competitivo e que passa por profunda transformação. Costa chegou a conversar sobre uma possível parceria com a VarigLog, mas a empresas anunciou na semana passada uma associação com a americana Fedex . Em outro negócio, a TNT Express, transportadora de cargas pertencente ao correio holandês, comprou a gaúcha Mercúrio, maior companhia de transportes rodoviários do país.
As conversas com a Embraer tiveram início há cerca de quatro meses. O ministério foi apresentado ao projeto da empresa para produzir um avião cargueiro, mas recebeu da fabricante de jatos a informação de que o protótipo precisa de uma lista de encomendas para ganhar viabilidade comercial. Os Correios comunicaram a disposição de adquirir 19 aviões para sua nova empresa de logística.
Numa comparação com o Boeing 737-700, concorrente do C-390 em uma eventual encomenda, o cargueiro da Embraer sai em vantagem no quesito produtividade. A carga total do avião, segundo informações repassadas à ECT, é de 16.982 quilogramas. A carga total do 737-700 alcança 12.004 kg. Ou seja, a capacidade do C-390 da Embraer é 41% maior. Se optasse pelo avião da Boeing, a ECT teria que comprar 23 aviões, em vez de 19, indicam estudos aos quais o Valor teve acesso.
De acordo com o presidente dos Correios, o protótipo brasileiro tem uma vantagem adicional: pode pousar em todos os aeroportos do país, inclusive em pistas curtas e não-pavimentadas do interior, sem que haja comprometimento da segurança. O protótipo do C-390 possui, por exemplo, uma rampa traseira para transportar os mais variados tipos de carga. Pode ser usado como uma aeronave militar.
Hélio Costa informou que o governo, por meio dos Ministérios das Comunicações e da Defesa, pretende dar um empurrão inicial à viabilização do projeto. O avião poderia estar voando em aproximadamente dois anos. "Ele terá um custo 30% menor do que seu correspondente no mercado", estimou o ministro.
Com a frota de aviões próprios, a ECT poderá dedicar-se também à entrega de encomendas internacionais, principalmente na América do Sul, e fazer frente à competição cada vez maior que sofre de empresas como TNT e DHL (da Alemanha). "A crise acabou gerando também oportunidades", afirmou Custódio, referindo-se à CPI que atingiu a ECT e abalou o país.
Hummmm
Não sei se isso vai pra frente, mas se a FAB emendar nessa idéia o pedido de algumas unidades é bem provável que o projeto deslanche.
Enviado: Ter Ago 28, 2007 12:25 pm
por Moccelin
19 pra ECT... Mais uns 21 pra FAB... Será que já dá motivo pra Embraer tocar o projeto??? Ou a quantidade que eu coloquei pra FAB é muito grande???
Enviado: Ter Ago 28, 2007 12:29 pm
por PRick
As coisas andam tão ruins nesta área, que o SEDEX não está podendo ser anviado durante os finais de semana na modalidade mais rápida, as CIAS Aéreas não estão interessadas neste tipo de carga, quando lucram muito mais com as outras "cargas".
E isto viabiliza o C-390, não só como avião militar, mas como ser capaz de competir na área de transporte de carga civil também.
Este modelo novo de empresa já está sendo aplicado pela Petrobrás, no setor petroquímico. O Estado entra com o Capital, mas fica como acionista minorítário, com direito de veto para venda do controle acionário, algo como foi feito com a Embraer.
[ ]´s
Enviado: Ter Ago 28, 2007 12:31 pm
por PRick
vilmarmoccelin escreveu:19 pra ECT... Mais uns 21 pra FAB... Será que já dá motivo pra Embraer tocar o projeto??? Ou a quantidade que eu coloquei pra FAB é muito grande???
É pequena, a FAB tem hoje 23 C-130, eram 24 aeronaves. A FAB precisa de pelo menos da mesma quantidade de C-390.
[ ]´s
Enviado: Ter Ago 28, 2007 12:46 pm
por WalterGaudério
PRick escreveu:As coisas andam tão ruins nesta área, que o SEDEX não está podendo ser anviado durante os finais de semana na modalidade mais rápida, as CIAS Aéreas não estão interessadas neste tipo de carga, quando lucram muito mais com as outras "cargas".
E isto viabiliza o C-390, não só como avião militar, mas como ser capaz de competir na área de transporte de carga civil também.
Este modelo novo de empresa já está sendo aplicado pela Petrobrás, no setor petroquímico. O Estado entra com o Capital, mas fica como acionista minorítário, com direito de veto para venda do controle acionário, algo como foi feito com a Embraer.
[ ]´s
Embora não seja especialista nisto, considero que do ponto de vista jurídico a sasída seja mesmo essa. Embora eu tb não queira mais uma empresa estatal, acho que pode haver uma saudável convergência de fatos.
Vejamos; A FAB talvez precise de umas 25 unidades+19 dos correios, talvez..., e considerando o preço de US$ 55mi já teríamos aí uns US$ 2bi
, se o desenvolvimento do programa sair por Us$ 600/700 mi...
Poderia haver ganhos tb com a economia em peças de reposição/manutenção, pois o governo poderia estipular que todas essas aeronaves fossem compradas em um só contrato, e fossem cobertas pelo mesmo contrato CLS, o que derrubaria os custos...
sds
Walter
Enviado: Ter Ago 28, 2007 1:27 pm
por Alitson
PRick escreveu:vilmarmoccelin escreveu:19 pra ECT... Mais uns 21 pra FAB... Será que já dá motivo pra Embraer tocar o projeto??? Ou a quantidade que eu coloquei pra FAB é muito grande???
É pequena, a FAB tem hoje 23 C-130, eram 24 aeronaves. A FAB precisa de pelo menos da mesma quantidade de C-390.
[ ]´s
A meu ver a FAB precisa de 24 C-390 + 06 KC-390, além de um REVO de porte, umas 6 unidades, como os já estudados KC-330/310 ou 767TT.
[]s
Enviado: Ter Ago 28, 2007 1:32 pm
por WalterGaudério
Alitson escreveu:PRick escreveu:vilmarmoccelin escreveu:19 pra ECT... Mais uns 21 pra FAB... Será que já dá motivo pra Embraer tocar o projeto??? Ou a quantidade que eu coloquei pra FAB é muito grande???
É pequena, a FAB tem hoje 23 C-130, eram 24 aeronaves. A FAB precisa de pelo menos da mesma quantidade de C-390.
[ ]´s
A meu ver a FAB precisa de 24 C-390 + 06 KC-390, além de um REVO de porte, umas 6 unidades, como os já estudados KC-330/310 ou 767TT.
[]s
Assino embaixo. Com preferência pelo KC 330 MRTT
Walter
Enviado: Qui Ago 30, 2007 8:05 pm
por Vector
Bureaucrats take down MTA-
Site Russian Press,Aleksey Nikolskiy,29/Aug/2007,Wednesday
Multi-billion contract with India teeters on edge One of the major international projects so much looked forward to by the Russian aviation industry risks falling apart because of bureaucratic delays. Agreed to during Vladimir Putin's visit to India, the schedule for preparing documents to begin developing the military transport plane MTA (Multirole Transport Aircraft) has been knocked off course, and the Indians are thinking about an alternative to the Russian plane. Oleg Demchenko, president of the Irkut Corporation, called the situation critical: "The bureaucrats have messed things up, so that for two years we have been unable to conclude an intergovernmental agreement," and Russia may lose this project, with India deciding to develop the plane with the Brazilian corporation Embraer, Italy's Alenia, or Spanish CASA. A source in the Defense Ministry said the Russian Air Force has taken a passive view of the program, and the lack of clear signals from command that it is planning to buy large numbers of the aircraft contributed most to the Indian partners' skepticism. All of which may lead to a situation in which Russia loses what little it has of transport aircraft building, because the MTA is the only project of this type which can secure financing from a foreign partner, and the plane itself still claims a unique niche on world markets and, should it be developed, could be sold to third countries, said Konstantin Makiyenko, an expert with the Center for Analysis of Strategies and Technologies. If India turns its back on Russia, Embraer would gladly take Irkut's place. A few months ago it presented a project for a similar plane, the C- 390. As a result, bureaucrats and the military will not only kill the multi-billion project but could leave Russia's Air Force without an aircraft it so badly needs, because the An-12 will soon be written off, Makiyenko said. He cannot recall anything like this stupendous bureaucratic saga. There is nothing to compare it with, the expert said, because the scale of the undertaking is unprecedented. A manager at one of the aircraft building plants estimated it at $5 billion to start with.
Enviado: Qui Ago 30, 2007 9:02 pm
por Túlio
Pois o que eu não engulo são essas tales de 19t, a EMBRAER é useira e vezeira em começar falando pequeno e aparecer com kôza grande...
Para mim, são vinte e tantas...
Só para exemplificar, começou com o EMB170 e parou (parou MESMO???) no 195...