EDIT - Caso Boeing-EMBRAER: sua posição?

[Frederico Vitor]

"A Boeing tem deixado claro que faz questão de ter uma posição acionária claramente dominante na nova empresa, para que as decisões estratégicas estejam todas em suas mãos. A Embraer deve possuir alguns direitos específicos. Do ponto de vista da aprovação dos acionistas da Embraer, a compra pela Boeing de uma fatia mais relevante do capital tende a ajudar, desde que o preço agrade os investidores.

Se o governo aprovar a modelagem, as duas companhias ainda terão que discutir todo o detalhamento da operação. A Boeing informou que as conversas prosseguem e Embraer não comentou."

Também acho lastimável depender do "Drácula" para jogar um caminhão de areia nessa negociação toda. Mais uma vez: as esperanças estão nas mãos dos generais que ganharam protagonismo no governo galhofa do Temer. Se eles falarem grosso o “Nosferatu” desautoriza as tratativas de negociação.

[Marechal-do-ar]

Queres saber? Bobear e o Lula é de fato inocente, tá nessa fria porque NUNCA consentiria com tale barbaridade...

O Lula consentiu com um monte de barbaridades da Odebretch, se exportadores de commodities mandasem ele escolher...

[Túlio]

Mas não vendeu elas. E os OGs só se metem se também já não estiverem no bolso dos caras. Não, acho que tem que ser o Lula mesmo.

PS.: NUNCA pensei que escreveria isso...

[Bourne]

Não duvidem de nada. A propaganda de que "existem dois projetos de Brasil" só na cabela dos pelego ou dos sapatenis humanos. Na real os governos são bem mais pragmáticos e resposta aos interesses de gente grande para se manter no poder. A Dilma tinha um pacotão de concessões, seguida de privatizações. Tá tudo lá e outro irá tocar.

Quem manda no país é a "eterna industria nascente" representada pela FIESP. Se eles quiserem o sim, darão o apoio e Brasília e tem um peso razoável. Os exportadores de commodities estão no clube do BBB (bala, biblia e boi). Eles são tão competitivos que só choram em relação a legislação ambiental e falta de infraestrutura. Já a "industria nascente" faz terrorismo, chora o tempo todo, adora o protecionismo e matar os concorrentes internos e externos.

Pelo que leio por ai para o negócio Boeing-Embraer sai. E tem cara de ser mais abrangente do que indicava as informações passadas.

[Frederico Vitor]

Eu ainda acredito que a decisão sairá no resultado de lutas travadas nos bastidores, distantes dos holofotes da mídia. Executivos, investidores, lobistas, generais quatro estrelas, políticos, enfim, as peças estão se movendo no tabuleiro.

Porém, no lado de lá (Boeing) há quem também jogue pesado. Cito o nome: Donna Hrinak, presidente da Boeing na América Latina. Foi embaixadora americana no Brasil de 2000 a 2004, com passagens no México, Bolívia e Venezuela (não posso dizer que efetuou rapinagens diplomáticas em suas passagens como embaixadora americana nesses países, mas posso afirmar que a mulher é esperta tanto quanto uma águia-careca).



Danna conhece bem Brasília e sabe como que funciona as coisas por essas partes do Hemisfério. Ela é espertíssima e deve faturar uma fortuna na Boeing justamente por saber jogar de forma pragmática. Nessa área não há amadores.

[Carlos Lima]

Não duvidem de nada. A propaganda de que "existem dois projetos de Brasil" só na cabela dos pelego ou dos sapatenis humanos. Na real os governos são bem mais pragmáticos e resposta aos interesses de gente grande para se manter no poder. A Dilma tinha um pacotão de concessões, seguida de privatizações. Tá tudo lá e outro irá tocar.

Quem manda no país é a "eterna industria nascente" representada pela FIESP. Se eles quiserem o sim, darão o apoio e Brasília e tem um peso razoável. Os exportadores de commodities estão no clube do BBB (bala, biblia e boi). Eles são tão competitivos que só choram em relação a legislação ambiental e falta de infraestrutura. Já a "industria nascente" faz terrorismo, chora o tempo todo, adora o protecionismo e matar os concorrentes internos e externos.

Pelo que leio por ai para o negócio Boeing-Embraer sai. E tem cara de ser mais abrangente do que indicava as informações passadas.

[]s
CB

[Túlio]

Pelo que leio por ai para o negócio Boeing-Embraer sai. E tem cara de ser mais abrangente do que indicava as informações passadas.

Não entendi isso de "mais abrangente", vão dar mais o que, a Avibrás de brinde?

Ademais, se o projeto é um só, para que se dar ao trabalho de derrubar a Dilma e deixar o Lula inelegível?

[Bourne]

O que interessa para Boeing é a parte de aviação comercial da Embraer. O resto é mixaria e dor de cabeça. O abrangente é no sentido dá um jeito de comprar toda parte de aviação comercial. Ao mesmo tempo que aceita ceder alguma coisa na parte de defesa. Assim o governo não tem como dizer não. E dificilmente diz não porque muita gente quer, especialmente os acionistas da Embraer e outros que veem possibilidade de ganhos no negócio.


Original do Valor

Boeing e Embraer detalham proposta


http://www.valor.com.br/imprimir/notici ... m-proposta

Versão contata de outro site.

Boeing e Embraer apresentam modelo de negócio nos próximos dias, diz Valor

Investing.com – A Boeing e a Embraer (EMBR3) devem apresentar nos próximos dias modelo proposto para a aquisição da área de aviação comercial da fabricante brasileira. De acordo com informações do Valor, as negociações ganharam força nas últimas semanas, o que aumenta a chance do negócio ser concretizado. A publicação ressalta que ainda vão faltar outras importantes etapas antes de bater o martelo.

Na sessão de ontem, na B3, as ações da Embraer encerram em queda de 0,73% a R$ 20,44.

O ponto principal do projeto que será apresentado ao governo brasileiro é demonstrar que foram encontradas soluções para a sustentabilidade de longo prazo nos negócios da área de Defesa da Embraer. Com uma eventual venda para a Boeing, seria a única atividade da fabricante brasileira.

A proposta será da criação de uma nova empresa de aviação comercial, de caráter operacional, que será controlada pela Boeing. O ponto que ainda está em discussão é qual será a participação de cada parte nessa companhia. O jornal apurou que os americanos devem ficar com algo entre 80% e 90% da operação, enquanto a Embraer ficaria com 10% a 20%.

A fabricante norte-americana deixa claro nas negociações que faz questão de ter uma participação acionária claramente dominante na nova empresa. Isso faria com que as decisões estratégicas fiquem em suas mãos. Assim, a Embraer passaria ter alguns direitos específicos. Do ponto de vista da aprovação dos acionistas da Embraer, a compra pela Boeing de uma fatia mais relevante do capital tende a ajudar, desde que o preço agrade os investidores.

https://moneytimes.com.br/boeing-e-embr ... diz-valor/

Não tem projeto. Não existe. O negócio é ficar no poder. Acabou. Não tenho esperanças no "grande líder". Geralmente vai sendo levado para o sistema e, no máximo, surfa na onda. O brasil derruba presidente e constituição por peteleco. E depois se rearranjar e voltar andar de mãos dadas. Olha o Lula e Renan. Ou, mais frequente, os projetos de um governo são abominados pelo próprio, mas aproveitados pelo sucessor.

[Túlio]

Continuo achando o fim da picada, só com Defesa o que sobrar da EMBRAER fica menor que a SAAB. Bem que a citada podia comprar o resto, nem que seja para evitar que a Elbit ponha as mãos no Gripen...

[Zelhos]

Engraçado que até pouco tempo atrás se dizia que a Embraer iria comprar a SAAB. Olha o tamanho do retrocesso.

[Túlio]

Acho melhor eu sossegar o facho, essa info tanto pode ser verdadeira e definitiva quanto um mero balão de ensaio, tipo ver como cambada reage a um paulada dessas; assim, se ficar no "ora veja" seguem em frente com a sandice, já se a coisa enferrusquear apenas desmentem e segue o barco...

[arcanjo]

21/03/2018 - 11:53
Negócio entre Boeing e Embraer demanda estrutura complexa de acordos
Expectativas para a apresentação de uma estrutura para a união entre fabricantes foram retomadas após período de esfriamento

Por Gabriela Freire Valente


Formato em pauta prevê criação de nova empresa com controle entre 80% e 90% da Boeing -Divulgação/Boeing

As expectativas pela apresentação de um modelo de negócio entre Boeing e Embraer foram retomadas, depois de as tratativas entre as companhias terem esfriado. Fontes próximas às negociações relataram ao Lexis 360 que a estrutura em que a fabricante americana controla entre 80% e 90% de uma nova empresa, criada para concentrar a área comercial da brasileira, ainda está sobre a mesa. Apesar de o formato preservar o controle do governo brasileiro sobre o braço de defesa da companhia, o negócio demanda a elaboração de uma série de contratos de cooperação e compartilhamento.

O ponto de maior sensibilidade em debate é a transferência de tecnologia de origem militar e o trabalho de equipes que circulam entre os dois segmentos de operação da Embraer. Em paralelo aos cuidados para não comprometer interesses estratégicos do Estado, o governo federal também se preocupa com a sustentabilidade a longo prazo dos negócios de defesa da companhia.

O braço de projetos militares representa uma margem pequena do faturamento da fabricante e depende de sinergias resultantes do fato de fazer parte da mesma empresa que opera no segmento comercial. Para viabilizar uma operação que atenda o interesse das três partes envolvidas na negociação, uma série de amarrações contratuais será necessária.

Fontes consultadas pelo Lexis 360 afirmaram que detalhes sobre o compartilhamento de serviços de infraestrutura e desenvolvimento de projetos, proteção e licença de marcas e de patentes e até a transferência de engenheiros de uma empresa para a outra, quando necessário, serão determinados.


LEIA MAIS: Drop down é uma das opções no caminho para uma parceria entre Embraer e Boeing. https://www.lexisnexis.com.br/lexis360/ ... r/?pa=news


Segundo informações obtidas pelo jornal Valor Econômico, as equipes das duas fabricantes trabalham para levar ao governo brasileiro uma estrutura detalhada para a junção de operações até a próxima semana.

A movimentação surge depois de as negociações entre Boeing e Embraer desacelerarem em meio ao posicionamento contundente do governo federal sobre a proteção de interesses estratégicos e à intervenção federal no Rio de Janeiro. A troca de comando no Ministério da Defesa — Raul Jungmann era titular da pasta até assumir o Ministério da Segurança Pública, sendo substituído interinamente pelo general do Exército Joaquim Silva e Luna — afetou o andamento das conversas.

Apesar do esfriamento, reuniões continuaram a ocorrer. No início de março, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se encontrou com executivos da Boeing em Nova York e foi após a viagem que as negociações teriam retomado fôlego.

A estrutura que está sendo desenhada comtempla a criação de uma empresa que concentrará as operações comerciais da Embraer, sob o controle da Boeing. A fabricante brasileira ainda teria entre 10% e 20% de participação no negócio e o segmento de projetos militares continuaria sob o guarda-chuva dos atuais acionistas da Embraer.

Parte dos recursos obtidos com a venda do braço civil seria distribuída aos acionistas, via dividendos, e parte ficaria disponível para investimentos na divisão de defesa. Observadores de mercado consideram que é interessante para a Embraer continuar na nova empresa para continuar a receber dividendos. Não realizar a união com a Boeing para se manter no controle integral do negócio, porém, é visto como uma estratégia arriscada.


SAIBA MAIS: Acordo de acionistas. https://www.lexisnexis.com.br/lexis360/ ... A7%C3%B5es


Além da união entre Bombardier e Airbus representar uma ameaça direta ao nicho de jatos para voos de curta distância, especialidade da Embraer, o mercado de aviação impõe desafios ligados à alta competitividade e contratos com prazos longos para fabricação e entrega de aeronaves. “A Embraer não tem nenhum sócio que banque tecnologia necessária para se posicionar”, comentou uma fonte familiarizada com o setor.

Atualmente, cerca de 65% do capital social da fabricante brasileira está pulverizado no mercado. A companhia tem ações negociadas na B3 e no mercado de Nova York (NYSE). Entre os acionistas com participação relevante estão as companhias Brandes (14%,4), Mondrian (10,1%), BNDESPar (5,4%) e Blackrock (5%).

https://www.lexisnexis.com.br/lexis360/ ... trutura-c/

abs.

arcanjo

[FCarvalho]

Não sei nem o que dizer. Ao menos, uma última palavra ainda pode ser dada pelo ministro general do MD, mas teria que haver argumentos mais que pesados para convencer o governo a não entregar a Embraer de graça para os yankees.

Tudo quanto é osso de brigadeiro a inventor da aviação nos cemitérios brasileiros devem estar se retorcendo neste momento.

Serão mais de 60 anos de investimento jogados na lata do lixo da história.

As vezes dá vergonha mesmo de ser brasileiro.

abs.

[Bourne]

Geralmente o Valor tem boas informações no mercado e governo. Eles falam com um público mais específico do mercado financeiro, governo e empresas em geral. Não podem sair jogando informações devido a possibilidade de perder credibilidade.

Se procede não é tão diferente quanto a ideia inicial. A Boeing está atrás da parte comercial. E cede em outros pontos para chegar ao objetivo.

Daqui a pouco aparece que vão manter estrutura no Brasil com forte relação com fornecedores, centros de pesquisa e universidades locais. Ao mesmo tempo que aparece os contratos de fornecimento para algum produto da Boeing que é vendido para FA's norte-americanas. E, digo mais, abre espaço para repasse de equipamento usado, armamento, projetos de modernização e manutenção de muita coisa.

[FCarvalho]

Me pergunto se vale a pena esses perdulicários todos para entregar nas mãos de outrem tudo o que fizemos em termos de industria aeroespacial nos últimos 60 anos, e que não serão recompostos em qualquer futuro previsível.

Além, claro, de explicitamente optarmos por continuar afundando mais ainda na periferia do mundo tecnológico...

abs