Carlos Lima escreveu:rodrigo escreveu:São mais de U$ 100 milhões pelos 16 mísseis reais e 4 de treino. Não está caro?
Uma parcela do povo acha que sim (eu incluído), uma parcela acha que não.
E atrelado a isso vem o Golden Sentry.
Para quem quer entender melhor do que se trata.
http://www.samm.dsca.mil/chapter/chapter-8#C8.T4.
Eu particularmente acho um disperdício de $$ que poderia ser aplicado no nosso programa de mísseis. Entendo que quando compramos os P-3 anos atrás o Harpoon era a escolha natural porque não existia opção e o MAN-1 não era nem um 'sonho' ainda.
Ok, naquela época o Harpoon fazia todo o sentido.
Hoje como não somos países como a Índia que tem trocentos programas de mísseis diferentes, a nossa prioridade deveria ser 'dar asas' ao MAN-1 (Ar/Sup) e utilizar esse montão de $$$$ para fazer o programa evoluir ainda mais (outros tempos, outras prioridades).
Mas esse é só um ponto de vista.
[]s
CB_Lima
O P-3 está desarmado. Precisamos dos mísseis hoje. A versão ar-mar do MANSUP vai levar, pelo menos, uma década.
Você acha correto usar um vetor caro como o Órion apenas como um esclarecedor até quase o final da sua vida útil na força? Não era essa a crítica quanto ao A-1 AMX? Agora que estamos fazendo diferente, continua a crítica!!!
Além disso, eu gostaria de entender a questão dos
"dois pesos, duas medidas". Existem várias situações análogas à da aquisição do Harpoon, mas só a FAB é a Geni da história.
Exemplo:
"O primeiro e provavelmente o mais importante projeto é o Torpedo Pesado Nacional. Como todos sabemos, a credibilidade de um meio em provocar a dissuasão está diretamente relacionada com a percepção do oponente de que a sua arma é eficaz e confiável.
No passado recente, por conta de escolhas, e durante muito tempo nossos submarinos ficaram “desdentados”. Ao adquirirmos os ‘Oberon’ na Inglaterra com quase todos os seus sistemas ingleses, muito difícil seria escapar de adquirir o TP-MK 24 – Tigerfish, ainda em desenvolvimento, principalmente com os ingleses alardeando que ele estava operacional e provado em combate nas Malvinas, muito embora o único torpedo pesado que eles usaram para afundar o ‘Belgrano’ tenha sido o velho e confiável MK 8 de corrida reta e desenvolvido no início do século XX.
Ao adquirirmos o MK 24, constatamos os problemas relacionados a um sistema em desenvolvimento e resistimos às pressões para adquirirmos as suas versões posteriores, que, na opinião dos ingleses, resolveriam todos os problemas identificados naquele que agora era chamado de TP-MK 24 Mod1."
"(...)
aproveitando uma janela de oportunidade política, solicitamos e recebemos dos americanos uma proposta para nos venderem o melhor torpedo pesado em operação na atualidade, o TP-MK 48.
Resolvido o problema, com ajuda da Marinha americana, do lançamento swin out, hoje este torpedo está integrado e foi lançado com êxito pelos submarinos classe Tupi e Tikuna. Mas permanece o fato de que este é um torpedo americano, e como tal, sujeito às idiossincrasias do governo americano, que, por vezes, modifica sua política de fornecimento de armamentos.
Não podendo contar com o MK 48 para o futuro submarino de propulsão nuclear, a MB decidiu utilizar o mesmo torpedo que os franceses utilizarão no seu mais novo submarino de ataque classe Barracuda. Este torpedo é o F-21 e já está em desenvolvimento há algum tempo. Acontece que este torpedo era para ser um desenvolvimento conjunto ítalo-francês, mas houve desentendimento entre as partes, o que levou à ruptura com os italianos. Os franceses, mediante adaptações ao projeto, partiram para nova parceria, desta vez com os alemães. Muito embora todas as garantias de contrato e dos fabricantes nos permitam ser cautelosamente otimistas no sentido de que a MB terá um torpedo eficaz, confiável e o mesmo adotado na Marinha francesa, o espectro do passado nos obriga a pensar num Plano B."
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11276
Porque no caso dos torpedos, é plenamente admissível comprar um lote de uma arma americana mais moderna do que as disponíveis nos nossos paióis para que nossos meios não fiquem desarmados, e no caso do Harpoon não?
Porque é válido comprar um torpedo estrangeiro, pensando em um "Plano B" de substituição no médio prazo, e no caso do Harpoon não? Note que, no caso do torpedo pesado nacional, o "Plano B" ainda passa pela compra de OUTRO torpedo estrangeiro, antes do nacional.