helio escreveu:Numa hora se fala que ninguém vai comprar o avião além do Brasil, ora se isso é verdade ele será feita com as especificações brasileiras. Grande parte dos componentes será fabricado aqui, e é por isto que a FIESP está interessada.
O senhor Jairo Cândido, diretor-geral do Departamento da Indústria de Defesa da FIESP, é dono da AKAER e já assinou um contrato com a SAAB para fazer as partes estruturais da asa a partir da 36ª célula. Os franceses também oferecem a fabricação das asas e canards aqui, praticamente o mesmo que os suecos ofereceram, só que não firmou acordo com o cartola da FIESP, que manejou sua base para favorecer seus própeios interesses. O que vc vê como força, sermos os únicos clientes, é, seguramente, a receita para o desastre no futuro. Já imaginou as dificuldades de manutenção?
helio escreveu:Como disse bem vindo ao clube, se a Alston francesa comprovadamente depositou propina para brasileiros, se a EMBRAER pagou "comissão" de 10% para os decisores da compra da Aerolineas, tudo faz parte do jogo. Atire a primeira pedra...
Bom, se a Dassault pagou, conseguiu esconder bem. Os norte-americanos investigam o processo há mais de dois anos e não pegaram nada...
helio escreveu:Primeiramente é necessário esclarecer que o Bufalo só foi aposentado por um erro da FAB. As sucessivas modernizações de componentes que sempre foram oferecidos pelo fabricante ao longo do 30 anos de carreira deste magnifico avião, nunca foi implementada. Chegou um ponto que a disponibilidade de peças cessou,pois as disponíveis se referiam aos aviões que sofreram as devidas modernizações ao longo tempo. Declaração da propria FAB.
O Bufalo chegou no fim da vida e as peças que fabricávamos artesanalmente no PAMA de Sampa eram estruturais. O avião morreu porque deixou de ser fabricado.
helio escreveu:40% de comunidade de componentes é um numero bem interessante. Muito mais do que do que necessidade de absorver 0% de comunidade com outros aviões do mercado como no Rafale, pois é m avião unico com poucas quantidades produzidas, caro de operar e utilizado somente por um país.
Os 40% de comunabilidade referem-se, apenas, aos Gripens A/B/C/D. É um índice de M3RDA. A versão do F414 inclusa no caça sueco NÃO É INTERCAMBIÁVEL COM A DO F/A-18E/F. Os Rafales oferecidos ao Brasil possuem 100% de partes intercambiáveis com os fraceses.
helio escreveu:Reafirmo, a inferioridade do Gripen comparado com os 2 outros concorrentes é superada pela maior operacionalidade do vetor, fator primordial para a FAB
Qual operacionalidade? Se fosse Gripen A/B/C/D concordaria consigo. São 220 unidades fabricadas. Com o NG, há um sério risco de sermos os ÚNICOS OPERADORES, o que significa custos de manutenção maiores em virtude da falta de escala. Sob esse ponto de vista, F/A-18E/F e Rafale estão anos-luz à frente do novo caça sueco.
helio escreveu:Desculpe ,mas será culpa exclusiva da FAB se tiveram que engolir os AMX? Será que foi culpa exclusiva da FAB se por contingenciamento de verbas grande parte da frota ficou no chão?Será que só a FAB contribuiu para phuder nestes 30 anos?
Aliás me lembro bem quando há anos vc gostava de criticar o governo FHC por cortar a verba a ponto dos militares fazerem meio periodo às sextas-feiras para economizar o rancho.
O que vc tem a dizer do governo Lula que já por 2 anos seguidos em razão do contingenciamento de verbas não só impôs meio periodo na sexta mas às segundas feiras também?
Várias coisas contribuíram para que o AMX fosse problemático.
1. Para começar, o programa não teve um órgão gestor binacional. O projeto era dirigido pela Superintendência Logística do Ministério da Defesa Italiano
2. Excesso de itens experimentais incluídos na célula. O motor, em lugar de uma versão testada e aprovada, era um modelo reduzido do Spey
3. Má escolha do perfil da asa, bolado para um avião de geometria varíavel, o Tornado, o que obrigou ao redesenho das superfícies móveis, trabalho feito pela Northrop ao custo de US$ 300 milhões
4. Problemas de controle de qualidade. A fuselagem e a asa durava metade do tempo previsto de 4 mil horas. Toda a frota teve de ser reforçada antes de atingir 1800 horas
5. Aumento de custo de 500% no programa, sem contar a desvalorização da moeda nacional.
Em relação ao governo FFHH, há um diferencial. Na época, não se pensava no futuro das FFAA. Hoje, pensa-se nele e há uma espécie de consenso que jogar grana na estrutura atual é jogar recursos no lixo. NÃO FALTA DINHEIRO PARA PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO.
Abração!!!
PEPÊ