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Estou meio confuso: creio que li neste mesmo tópico que a propulsão do SSN seria diretamente da turbina, sem motor elétrico...

E creio que, nisso de demora do SSN e possíveis inimigos, o horizonte para nos atacarem será necessariamente ANTES dele estar plenamente operacional, depois complica bastante pois invasão é pelo mar, ao menos na quantidade de forças necessárias para nos dar uma sova...

Mas como se retirar o "movimento" do reator? Via vapor? E depois gerar enegia pra manter o sub?

Me parece mais logico, o uso de motor eletrico para a movimentação. Apenas a fonte de geração de enegia é que muda (diesel) para um reator nuclear, mantendo todo o expertise atual da MB, sem degraus que podem ser prejudiciais ao projeto já tão alongado no tempo

Para ter efeito devastador sobre a sociedade inimiga precisaria ser transmitido ao vivo o afundamento.

Tem que manter uma equipe da Globo News permanentemente dentro do SSN.

joao fernando escreveu:Mas como se retirar o "movimento" do reator? Via vapor? E depois gerar enegia pra manter o sub?

Quem tira a energia do calor do reator é exatamente a turbina mencionada pelo Túlio. E o eixo dela pode ser acoplado a um sistema de redução (geralmente por engrenagens) e acionar diretamente o hélice, sem nenhum motor elétrico no meio. Apenas em casos especiais (reator desligado, navegação com o máximo de furtividade em baixa velocidade, etc...) se usa um motor elétrico pequeno acionado por baterias e também acoplado ao sistema de redução para o acionamento do hélice.

Este é o sistema mais comum em submarinos nucleares, pois até algum tempo atrás os sistemas de controle de potência para motores elétricos de grande porte eram muito complexos e caros, e tinham limitações de potência. os próprios motores em si eram também bastante pesados.

Atualmente existem motores elétricos e controles eletrônicos bem mais leves e capazes de potências muito elevadas, tornando possível a eliminação do sistema de redução. Isto é uma grande vantagem, pois o sistema de redução em si é uma das maiores fontes de ruído do sub nuclear (junto com as bombas de circulação de água). Mas como o hélice não pode girar rápido demais, para evitar cavitação, as limitações de peso e espaço para o motor geralmente acabam levando à impossibilidade de instalar motores com a capacidade de absorver o máximo da potência disponível no reator e transmití-la para o hélice, então a velocidade máxima do sub em imersão tende a ser algo menor (digamos, de 35 para 30 nós). Mas ela é obtida com a geração de um menor nível de ruído.


Leandro G. card

joao fernando escreveu:

pampa_01 escreveu:João Fernando, deixa eu fazer outra pergunta.
Qual seria o resultado de uma ação destas em Washinton DC? Qual seria a reação dos EUA a +- 6000 de seus soldados mortos?
E pq fariamos isso?

Mas essa é a duvida: de uma tacada só, mostra o custo de uma guerra, para a sociedade inimiga. Dai pensam melhor em cair foram ou seguir adiante, com muito mais baixas

Seriamos aniquilados e anexados.

Não seríamos nem aniquilados nem anexados.
Quem tem brioco tem medo.
Quem vai prá guerra, mormente no quintal alheio, tá disposto a sofrer perdas.

Primeiro que eles não mandariam um PA passear em águas infestadas de SSNs. E para infestar basta um, e esse um pode estar em qualquer lugar de qualquer oceano da Terra.

Essa é a arma do SSN, estar em qualquer lugar e ser ameaça crível para qualquer navio, de qualquer país.

Os chineses rotineiramente emergem seus SSNs ao lado dos PAs americanos quando estes estão em manobras perto do Japão.

É relativamente fácil afundar um navio destes (PA) com a arma certa, ou seja, um SSN.

Teríamos o apoio interesseiro de outras potências, como Rússia e China, principalmente a segunda.
Restaria saber até onde o Brasil estaria disposto a se comprometer com estes apoiadores e abrir mão da eterna aba americana.

Também seria interessante saber se já disporíamos de ogivas nucleares para colocar em mísseis de cruzeiro (SCALP-N, BRAHMOS, CLUB-N ...) lançáveis pelos SSNs.

Os argentinos preferiram não arriscar o tudo ou nada.
Mas foi oferecido apoio.

Ainda há pouco tempo os novos submarinos portugueses afundaram tudo e todos num exercicio naval (incluindo PA Norte-Americano e um submarino nuclear da mesma marinha)

LeandroGCard escreveu:Quem tira a energia do calor do reator é exatamente a turbina mencionada pelo Túlio. E o eixo dela pode ser acoplado a um sistema de redução (geralmente por engrenagens) e acionar diretamente o hélice, sem nenhum motor elétrico no meio. Apenas em casos especiais (reator desligado, navegação com o máximo de furtividade em baixa velocidade, etc...) se usa um motor elétrico pequeno acionado por baterias e também acoplado ao sistema de redução para o acionamento do hélice.

Este é o sistema mais comum em submarinos nucleares, pois até algum tempo atrás os sistemas de controle de potência para motores elétricos de grande porte eram muito complexos e caros, e tinham limitações de potência. os próprios motores em si eram também bastante pesados.

Atualmente existem motores elétricos e controles eletrônicos bem mais leves e capazes de potências muito elevadas, tornando possível a eliminação do sistema de redução. Isto é uma grande vantagem, pois o sistema de redução em si é uma das maiores fontes de ruído do sub nuclear (junto com as bombas de circulação de água). Mas como o hélice não pode girar rápido demais, para evitar cavitação, as limitações de peso e espaço para o motor geralmente acabam levando à impossibilidade de instalar motores com a capacidade de absorver o máximo da potência disponível no reator e transmití-la para o hélice, então a velocidade máxima do sub em imersão tende a ser algo menor (digamos, de 35 para 30 nós). Mas ela é obtida com a geração de um menor nível de ruído.


Leandro G. card

Era mais ou menos nesta linha o que eu tinha lido. Ademais, a furtividade se sobrepõe a uns poucos nós a mais em velocidade no quesito tática. Claro, fica entendido que quanto maior a velocidade de cruzeiro, maior o raio onde pode estar o sub após sua última detecção, que pode ser deixando sua base ou quando do ataque/afundamento de um navio inimigo, indício seguro de que há um sub por ali. Mas eu ainda fico com a furtividade...

No site da WEG (tradicional fabricante brasileira de motores elétricos, inclusive dos motores dos nossos submarinos) há um PDF muito interessante sobre a tecnologia de motores elétricos de ímã permantente, neste caso motores pequenos e médios, mas deve acontecer a mesma coisa no caso de motores maiores, como no caso do SNA:

-Menor nível de ruído;
-Menor elevação de temperatura;
-Maior vida útil;
-Redução de 47% em volume;
-Redução de 36% em massa;

http://catalogo.weg.com.br/files/wegnet ... ues-br.pdf


abraços]

E esse motores elétricos podem ser para os Scorpéne/Marlin...

Túlio escreveu:Estou meio confuso: creio que li neste mesmo tópico que a propulsão do SSN seria diretamente da turbina, sem motor elétrico...

E creio que, nisso de demora do SSN e possíveis inimigos, o horizonte para nos atacarem será necessariamente ANTES dele estar plenamente operacional, depois complica bastante pois invasão é pelo mar, ao menos na quantidade de forças necessárias para nos dar uma sova...

Depende da planta, os SSN´s da Classe RUBI/Ametista usam motores elétricos, o restor move turbo geradores elétricos, e a energia deles aciona o motor elétrico.

A outra possibilidade é o reator mover diretamente uma turbina e ela move o hélice. Nesse caso é normal e existência de um pequeno motor elétrico movido a bateria para emergências.

Cada sistema tem vantagens e desvantagens, nos grandes submarinos nucleares a turbina reina absoluta.

[]´s

Túlio escreveu:E esse motores elétricos podem ser para os Scorpéne/Marlin...

Serão para os SBR, podendo inclusive ser para as duas primeiras unidades. Certamente equiparão a terceira e a quarta. Existe tb a possibilidade de que estes motores de indução por imãs permanentes sejam alvo de off-set para as composições do trem bala VCP RIO.
Estão sendo sondados desde 2008 pela Alshton, e pela Bombardier, pplicações em transporte urbano. Metrô/VLTs.

Que bom, ao que parece nossa força de Submarinos irá dominar o senário no AS, uma pena a força de superfície não contar com a mesma sorte, mas como disse o Túlio, dos males o menor, o PROSUB foi mantido!

Não teríamos fotos atualizadas das obras de Itaguaí, teríamos?

Não sei se o video já foi postado, então vou postar para quem quiser ver o andamento das obras na base de Itaguai.