GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#3691 Mensagem por Crotalus » Sex Mar 25, 2011 11:10 am

rodrigo escreveu:Brasil vota a favor do envio de relator especial da ONU ao Irã

GENEBRA - O Brasil muda sua posição em relação ao Irã e votou na manhã desta quinta-feira, 24, a favor de uma resolução no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, proposta pelos Estados Unidos para investigar as violações do governo de Mahmoud Ahmadinejad.

A proposta de enviar um relator especial ao país do Oriente Médio para investigar as denúncias de violações de direitos humanos foi proposta por Washington e foi votada e aprovada hoje.

Nos últimos 10 anos, o Brasil se absteve em votações que condenavam o Irã ou era contrário a resoluções, como no caso das últimas sanções aprovadas no Conselho de Segurança da ONU, em junho. Nas abstenções anteriores, na Assembleia-geral das Nações Unidas, a alegação brasileira era a de que esse não era o fórum adequado para a discussão. Em 2010, o Brasil aplicou as sanções aprovadas para tentar interromper o avanço do programa nuclear iraniano, mas foi contrário na votação com a justificativa de que as medidas "não eram um instrumento eficaz".

A criação de uma relatoria especial para investigar abusos de direitos humanos no Irã não é uma condenação em si, mas chega perto disso. Até hoje oito países passaram por isso, entre eles Sudão, Coreia do Norte e Camboja. No entanto, a avaliação brasileira é que o CDH é o local adequado para essa discussão e a criação de um relator especial, uma medida eficaz.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6590,0.htm
EDITADO PELA MODERAÇÃO: Mudei as cores para Azul... []s ... CB_Lima

A mudança de rumo de nossa diplomacia em função do projeto nuclear iraniano tem muito a ver com o acidente da usina atômica de Fukushima no Japão. Porque a partir deste acidente as centrais elétricas nucleares assinaram seu fim. De qualquer maneira a produção de eletricidade a partir do átomo no Irã teria que acabar, como vão acabar em todo o mundo. Então nosso MRE Patrióta está se antecipando e dando um peão para não perder sua dama e preparar um ataque ao rei! Para nós, que temos apenas duas usinas nucleares, será mais fácil acabar com nosso projeto de usinas atômicas. Entretanto NÃO VAMOS ACABAR COM NOSSO PROJETO NUCLEAR EM FUNÇÃO DO NOSSO SBN. Vamos continuar pesquisando e aperfeiçoando nosso propulsor para nosso submarino atômico.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3692 Mensagem por DELTA22 » Sex Mar 25, 2011 11:51 am

24 de março, 2011 - 15:47 (Brasília) 18:47 GMT

Brasil
Obama 'perdeu oportunidade' ao não dar apoio explícito ao Brasil, diz Amorim

Júlia Dias Carneiro

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, “perdeu uma grande oportunidade" em sua visita ao Brasil ao não dar apoio explícito ao ingresso do país no Conselho de Segurança da ONU, na opinião do embaixador Celso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores.

"Ele teria criado uma aliança mais sólida e isso teria contribuído para uma relação de confiança profunda", disse Amorim à BBC Brasil, afirmando que agora "vai continuar tudo como estava".

Para Amorim, se os Estados Unidos estão preocupados com a crescente presença comercial da China no Brasil, o país deve tomar medidas concretas para abrir seu mercado a produtos brasileiros – como o etanol – e reduzir o desequilíbrio comercial nas relações bilaterais.

"É desta maneira que você neutraliza a influência dos outros", diz Amorim. "O Brasil tem o maior superavit comercial com a China. O maior deficit comercial é com os Estados Unidos".

Ministro das Relações Exteriores durante os oito anos do governo Lula, Amorim recebeu a BBC Brasil em seu apartamento em Copacabana, na Avenida Atlântica, onde já organizou seus livros, gravatas e a coleção de obras de arte e esculturas de diversos países que acumulou durante a carreira diplomática.

Ele agora divide seu tempo entre Rio de Janeiro, Brasília e os convites internacionais que recebe, como o que o levará a Washington nesta sexta-feira para uma palestra.

O embaixador se diz muito satisfeito "por ter sido ministro de um governo que transformou o Brasil", e vem recebendo convites "para falar na Harvard ou falar na UNE (União Nacional dos Estudantes)”. “Pretendo atender aos dois", diz o embaixador.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - O senhor escreveu um artigo para a revista Foreign Policy antes da visita de Obama dizendo que seria uma decepção se ele não aproveitasse a ocasião para apoiar concretamente a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU. Ele veio e manifestou apenas “apreço” pelo pleito do Brasil. O senhor está decepcionado?

Celso Amorim - Acho que a democracia brasileira fez o que pôde. Não sei nem se eu teria conseguido tanto. A Condoleezza (Rice, Secretária de Estado durante o governo George W. Bush) várias vezes conversou comigo sobre o assunto, mas ele nunca tinha figurado num comunicado conjunto. Isso é um avanço.

Agora, quando se compara com o que os americanos fizeram em relação à Índia, evidentemente é decepcionante. Qual é o sinal que os Estados Unidos estão dando? Qual é a diferença fundamental entre Brasil e Índia?

A Índia é mais populosa que o Brasil, mas o Brasil em compensação tem três vezes o território indiano. Ambos são democracias estáveis, com influência regional. A diferença fundamental é que a Índia tem bomba atômica e o Brasil não tem. Como você pode ser ao mesmo tempo a favor da não proliferação (de armas nucleares), e, no caso de dois países que são razoavelmente comparáveis, apoiar um país e não apoiar o outro?

Para falar a verdade, não vou dizer que eu fiquei decepcionado porque eu não tinha grandes expectativas de que Obama viesse a fazer isso. Mas acho que, do ponto de vista norte-americano, ele perdeu uma grande oportunidade. Os EUA continuam imbuídos daquela visão de hemisfério. Traduzido em bom português, hemisfério, no fundo, é o quintal. E no quintal você tem que tratar todos mais ou menos igual.

O fato de ele não entender que o Brasil tem hoje um trânsito internacional mundial... Isso você vê na opinião das outras pessoas. Por que convidaram a mim e uma semana depois ao presidente Lula para falar na Al-Jazeera? Quando isso acontecia antes? O Brasil está ali, é tido como um exemplo.

BBC Brasil - Mas quais oportunidades o senhor acha que Obama perdeu em sua visita?

Amorim - A grande coisa que ele podia ter feito era dar um apoio explícito e claro ao Brasil. Um reconhecimento de que o Brasil pode contribuir no mundo. Ele teria criado uma aliança mais sólida, e isso teria contribuído para uma relação de confiança profunda. Essa coisa assim, com a xícara meio cheia, meio vazia... Vai continuar tudo como estava.

O Obama simbolicamente é um presidente muito importante, porque é o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Tem um apelo natural para a população brasileira, o que é bom. Antes da visita, analistas americanos diziam que essa era grande coisa que ele poderia fazer, uma vez que na área comercial os avanços seriam limitados.

Os EUA estão vivendo um momento de dúvida sobre o próprio poder. Mesmo na questão da Líbia, apesar de estarem engajados, há dúvida de quem está liderando.

Os EUA precisarão de outros países, precisarão discutir mais. Você não pode pensar que a pluralidade no mundo se obtém pela terceirização. "Ah, você faz isso, mas faz do jeito que eu quero." Não. "Você faz isso, então vou ter que levar em conta a sua opinião." É uma realidade diferente, e países como o Brasil, a Turquia, a Índia, totalmente diversos, podem atuar. Então, acho que ele perdeu essa oportunidade.

BBC Brasil - Em abril, a presidente Dilma Rousseff faz sua primeira visita de Estado à China. Há notícia de que os Estados Unidos se preocupam com a crescente influência da China na América Latina e nos países africanos. Como o Brasil se encaixa nesse contexto?

Amorim - Se os Estados Unidos estão preocupados com isso, podia ter feito duas coisas: uma é apoiar o Brasil para o Conselho de Segurança. Outra é abrir o mercado de etanol. Porque é dessa maneira que você neutraliza a influência dos outros. Não é só ficar preocupado em teoria.

As pessoas criticam que o nosso comércio com a China não é bom do ponto de vista qualitativo. Mas o Brasil tem, como país individual, o maior superavit comercial com a China. O maior deficit comercial é com os Estados Unidos.

Quando dizem que a bola está no nosso campo, eu discordo totalmente. A bola ainda está do lado dos americanos, eles é que têm que fazer os gestos que resultem numa mudança. Eles que abram os seus mercados, não como a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) queria fazer – porque ia abrir muito parcialmente o mercado americano e fazia exigências tremendas.

BBC Brasil - O Brasil exporta principalmente commodities para a China, e importa manufaturados. Há uma grita em setores da indústria brasileira, que se sentem prejudicados pela entrada de produtos chineses...

Amorim - Primeiro, é preciso reconhecer que, quando falamos de commodities hoje, não é como no início do século 20, quando eram produtos de baixíssimo valor agregado. Seja no agronegócio, no etanol, em outros produtos, há um alto grau de pesquisa tecnológica agregado ali.

Mas veja bem. Os grandes deficits comerciais que o Brasil tem hoje não são com a China, são com os países desenvolvidos, os países produtores de manufaturados, EUA, Alemanha... O maior deficit que o Brasil tem é com os EUA, de quase US$ 10 bilhões. E o maior superávit que os EUA tem no mundo é com o Brasil.

Se eles querem mudar a relação, o que tem que ser reformado é por aí. Facilitar a importação do etanol brasileiro, concluir a Rodada de Doha. Com isso, ele nos conquistaria no bom sentido. Ainda que a China esteja comprando commodities, a gente precisa vender para sustentar o nível de vida que se alcançou no Brasil. Se ele (Obama) não faz isso, aí não pode evitar que a influência chinesa aumente.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_jc.shtml
24 de março, 2011 - 16:45 (Brasília) 19:45 GMT

Para Amorim, é preciso diálogo para ter influência sobre Irã

Júlia Dias Carneiro

Da BBC Brasil no Rio de Janeiro

O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim acredita que o diálogo é a única maneira de influenciar o Irã, acusado por parte da comunidade internacional de violar direitos humanos e buscar desenvolver armas nucleares.

"Para você ter esse tipo de influência, você tem que ter um diálogo", disse Amorim em entrevista à BBC Brasil, afirmando que não é possível "bater forte e dialogar ao mesmo tempo".

O embaixador afirmou ainda que a aproximação com o Irã durante o governo Lula possibilitou que o Brasil intercedesse em casos como o de Sakineh Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento, e da francesa Clotilde Reiss, acusada de espionagem no país.

Ministro das Relações Exteriores durante os dois mandatos de Lula, Amorim recebeu a BBC Brasil em seu apartamento em Copacabana na última quarta-feira, um dia antes de o Brasil ter votado a favor da nomeação de um relator da ONU para investigar a situação de direitos humanos no Irã.

O voto favorável no Conselho de Direitos Humanos da ONU sinalizou uma mudança na posição do Brasil, que até então vinha se abstendo em decisões sobre o Irã.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil - A presidente Dilma Rousseff deu sinais de que será mais dura na defesa de direitos humanos nos países com que o Brasil se relaciona. Antes de assumir o mandato, ela mostrou posição diferente da do presidente Lula ao falar sobre direitos humanos no Irã...

Celso Amorim - A manifestação dela nem foi sobre o Irã, foi específica sobre a situação daquela senhora, a Sakineh (Ashtiani, condenada à morte por apedrejamento no Irã). Queira Deus que a situação dela melhore e que ela possa ser libertada. Não sei o que influiu no fato de ela não ter sido assassinada até hoje. Mas se teve uma coisa que contribuiu, foi o pedido do presidente Lula. Não terá sido a única.

Para você ter esse tipo de influência, você tem que ter um diálogo. Nós defendemos os direitos humanos ativamente. Atuamos em várias situações evitando agravamentos, inclusive ajudando a soltar pessoas. Outro dia, o presidente da sociedade baha’i me agradeceu porque fizemos gestões fortes em favor de baha’is condenados à morte.

Nós tínhamos condições de fazer essas gestões. Se estivéssemos permanentemente condenando o Irã, sei lá se eles teriam resolvido atender a um pedido nosso.

Eu tinha liberdade para pegar o telefone, como fiz, para falar com o ministro sobre a questão da Sakineh (...). Soltamos a (professora) francesa Clotilde Reiss – e foi o Brasil, não há a menor dúvida.

Como conseguir isso se se assume uma postura só de condenação? Você tem que optar. Não dá para fazer as duas. Acho que o presidente (francês Nicolas) Sarkozy tentou fazer as duas, bater forte e dialogar ao mesmo tempo. Os iranianos não dialogaram.

BBC Brasil - A imprensa procura ressaltar as diferenças entre os governos de Dilma e Lula. Há uma continuidade na política externa do governo Dilma, ou ela está tomando rumos próprios?

Amorim - É bom que tome rumos próprios. Cada pessoa é uma pessoa, cada momento é um momento. O momento é da Dilma. Há continuidade nas linhas básicas, mas cada situação é uma situação. À medida que o Brasil se torna maior, ele não vai ter menos problemas, vai ter mais problemas. Os momentos variam, a sensibilidade pode variar em relação à maneira de fazer determinada coisa, e cada um fará a seu modo, isso é natural.

Mas acho que em grande parte o desejo da imprensa de fazer uma separação é porque ela nunca aceitou o Lula. A verdade é essa. Nunca aceitou nossas atitudes independentes. Quando fomos à Síria a primeira vez, fui perguntado: “Mas vocês perguntaram a Washington se podia?” É achar que o Brasil tem que ser pequeno, caudatário.

Nessa questão de direitos humanos, é perfeitamente respeitável a opinião da presidenta, até pela sensibilidade pessoal que ela tem para isso. Eu nunca fui torturado, mas devo dizer que o presidente Lula foi preso e eu perdi meu lugar na Embrafilme porque autorizei um filme que tratava de tortura durante o governo militar.

Mas quando você lê a mídia brasileira, pegam isso para dizer que o Brasil não tem que se meter com o Irã, não tem que se meter com o Oriente Médio. Eles querem o Brasil pequenininho. No máximo cuidando um pouco aqui na região, sempre com uma postura agressiva em relação aos fracos e submissa em relação aos fortes.

Não é isso que queremos, e eu acho que a presidenta Dilma também não quer.

BBC Brasil - Como analista, como o senhor avalia as posições que o Brasil tomou em relação à Líbia, ao se abster no voto do estabelecimento de uma zona de exclusão aérea e ao pedir o cessar-fogo no país?

Amorim - Achei que foi um gesto correto, mas também corajoso, porque tomado na véspera da visita do presidente Obama. Havia a preocupação de proteger os civis. A tentação do lado ocidental é sempre agir com a força. A força às vezes tem que estar no horizonte, mas a melhor arma é aquela que você não precisa disparar.

Como você disparou, a zona de exclusão aérea já está gerando reação. Primeiro, está fazendo do próprio Khadafi um mártir, e mostrando que ele está liderando uma luta antiimperialista. A Liga Árabe apoiou, mas quem está lá é França, Estados Unidos, Itália dando apoio logístico, Reino Unido... Então é um grupo de países ocidentais bombardeando árabes e muçulmanos. Pelas reações que leio nos jornais, isso já está tendo efeito no resto do mundo árabe.

Acho que nesses casos a gente não pode procurar apenas satisfazer a nossa consciência moral. Sim, deve satisfazê-la, mas de uma maneira que obtenha resultados reais, que melhore a situação dos líbios. E não simplesmente ir para casa e dizer, dei um tiro no malvado. Você não sabe se o malvado matou mais dez por causa do tiro que você deu.

BBC Brasil - O senhor acredita que as revoluções no mundo árabe vão representar uma grande transformação na geopolítica do Oriente Médio?

Amorim - Eu acho que sim. O caso da Líbia hoje é muito dramático, por causa do uso da força e da repressão do governo. Mas a Líbia não é um país com grande influência no Oriente Médio. Tem mais influência na África, na verdade, porque financiou muita gente, deu apoio a Mandela.

Quem terá muita influência é o Egito. A maneira como as coisas caminharem no Egito terá uma grande influência no conjunto da região, principalmente na relação Israel-Palestina, que é o problema central. Essa mudança vai ter impacto no Oriente Médio e vai ter impacto no mundo. E é um fato novo.

Isso pode soar meio chocante, mas a Líbia de certa maneira veio a calhar para os países ocidentais. Porque até então todas as rebeliões importantes estavam se realizando contra regimes apoiados ostensivamente pelo Ocidente. Egito, Tunísia, Iêmen, Bahrein, onde há bases americanas.

Embora Khadafi fosse ultimamente cortejado pelos ocidentais por causa do petróleo e outros interesses, não se pode dizer que ele é um regime apoiado pelo Ocidente. A Líbia tirou as atenções dos outros países. Não estou dizendo que o Ocidente tenha provocado isso. Mas veio a calhar, e é uma situação que ainda por cima permite dizer que os países estão lutando pelos direitos humanos.

BBC Brasil - Os países do BRIC apresentaram voto alinhado nas Nações Unidas. Houve articulação política para tomar uma decisão conjunta?

Amorim - Eu não estou mais envolvido, não posso dizer o que efetivamente aconteceu. Mas certamente deve ter havido muita consulta entre eles. E certamente a posição de um pode ter influenciado a de outro. Acho que a posição da Alemanha também teve deve ter tido influência e tornou a nossa posição mais confortável.

BBC Brasil -A posição de abstenção do Brasil pode ser prejudicial ao pleito do país por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU? O país não terá que tomar decisões mais firmes se for para o conselho?

Amorim - Fui muito perguntado sobre isso quando votamos contra a resolução do Irã. Ali era um caso diferente, porque tínhamos feito um esforço a partir do estímulo do Ocidente e recebemos uma reação que desconsiderou totalmente o que tínhamos feito. Tínhamos mesmo que votar contra.

Mas vou repetir o que eu disse na época: se para entrar no Conselho de Segurança for preciso dizer sim a tudo, é melhor não entrar. Aquilo é para você levar a sua percepção do mundo. E a percepção do Brasil é basicamente a de tentar, sempre que possível, resolver as situações com alguma negociação.

BBC Brasil - E qual é o papel que o Brasil desempenha nesse novo panorama no Oriente Médio?

Amorim - Acho que o Brasil tem uma oportunidade. Do ponto de vista da relação com esses países, tem uma contribuição a dar, sobretudo se souber dar com humildade. Não pode chegar lá dizendo como as coisas têm que ser, mas pode se abrir, mostrar como nós consolidamos a democracia no Brasil, como foi o processo de uma Constituinte no Brasil. Nós também cometemos erros, não estou dizendo que a nossa experiência é perfeita, mas a democracia no Brasil está consolidada.

Ao ajudar e aumentar nossa presença, isso fortalece vários aspectos. Desde que começamos a aproximação com os países árabes, em seis anos o comércio se multiplicou por quatro vezes. A gente sabia que a parte comercial é importante, mas você não pode querer buscar só defender os interesses comerciais. As coisas vêm num conjunto.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_jc.shtml




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Re: GEOPOLÍTICA

#3693 Mensagem por DELTA22 » Sex Mar 25, 2011 12:10 pm

rodrigo escreveu:Brasil vota a favor do envio de relator especial da ONU ao Irã

GENEBRA - O Brasil muda sua posição em relação ao Irã e votou na manhã desta quinta-feira, 24, a favor de uma resolução no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, proposta pelos Estados Unidos para investigar as violações do governo de Mahmoud Ahmadinejad.

A proposta de enviar um relator especial ao país do Oriente Médio para investigar as denúncias de violações de direitos humanos foi proposta por Washington e foi votada e aprovada hoje.

Nos últimos 10 anos, o Brasil se absteve em votações que condenavam o Irã ou era contrário a resoluções, como no caso das últimas sanções aprovadas no Conselho de Segurança da ONU, em junho. Nas abstenções anteriores, na Assembleia-geral das Nações Unidas, a alegação brasileira era a de que esse não era o fórum adequado para a discussão. Em 2010, o Brasil aplicou as sanções aprovadas para tentar interromper o avanço do programa nuclear iraniano, mas foi contrário na votação com a justificativa de que as medidas "não eram um instrumento eficaz".

A criação de uma relatoria especial para investigar abusos de direitos humanos no Irã não é uma condenação em si, mas chega perto disso. Até hoje oito países passaram por isso, entre eles Sudão, Coreia do Norte e Camboja. No entanto, a avaliação brasileira é que o CDH é o local adequado para essa discussão e a criação de um relator especial, uma medida eficaz.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 6590,0.htm
O Brasil votou a favor, mas mandou recados claros para todos, até para quem tem Guantánamo no currículo... Aliás, a falácia de que o Brasil "mudou de posição" (e se é que mudou, isso ocorreu desde 2001 - Governo FHC) como prega a imprensa, cai ao ler o voto abaixo.

A íntegra do voto brasileiro:
Sr. Presidente,

- O Brasil acredita que todos os países, sem exceção, têm desafios a superar na área de direitos humanos.
- A Presidenta Dilma Rousseff deixou claro, em seu discurso de posse, que acompanhará com atenção os avanços na situação de direitos humanos em todos os lugares, a começar pelo Brasil.
- Consideramos que o sistema das Nações Unidas de direitos humanos, a despeito de suas imperfeições, oferece oportunidades para a promoção de melhorias nos Estados Membros das Nações Unidas.
- O Brasil formulou convite permanente para todos os mecanismos de direitos humanos. Hoje, não há visitas pendentes de Relatores Especiais ao meu país.

IRÃ NO SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS
Sr. Presidente,
- Na extinta Comissão, em mais de uma oportunidade o Brasil votou a favor do mandato sobre a situação dos direitos humanos no Irã.
- Em 2001, entretanto, o Brasil se absteve diante de resolução cujo objetivo era renovar o mandato sobre o Irã, em função do compromisso assumido na época pelo governo iraniano de aumentar sua cooperação com o sistema.
- Após emitir convite permanente para visitas de Relatores Especiais temáticos, o Irã recebeu seis desses Relatores.

DESDOBRAMENTOS RECENTES
- Desde o final de 2005, entretanto, e a despeito solicitações dos Relatores Especiais temáticos, nenhuma visita foi realizada ao país.

MOTIVAÇÃO PARA A RESOLUÇÃO
- Ainda que o Brasil reconheça a prontidão das autoridades iranianas em receber visita da Alta Comissária, consideramos que a presente resolução é reflexo de uma avaliação compartilhada de que a situação dos direitos humanos no Irã merece a atenção do Conselho. Essa resolução também deve ser vista como a expressão de um entendimento comum de que é importante, necessário e imperativo que todos os Estados Membros das Nações Unidas colaborem com os Relatores Especiais e com outros mecanismos do Conselho de Direitos Humanos.
- O Brasil estimula o Irã a demonstrar seu compromisso e renovar sua cooperação com o Conselho de Direitos Humanos, inclusive com o novo mandato para relator especial que acaba de ser estabelecido. É motivo de especial preocupação para nós a não-observância de moratória sobre a pena de morte, não apenas no Irã, mas em todos os países que ainda praticam a execução de pessoas como forma de punição.

COERÊNCIA NO SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS
Sr. Presidente,
- O Brasil estimula outros países a cooperarem com todos os mecanismos decorrentes de resoluções e decisões adotadas pelo Conselho.
- O Brasil espera que os principais patrocinadores desta iniciativa apliquem os mesmos padrões a outros casos de não-cooperação com o Sistema de Direitos Humanos das Nações Unidas.
- O Brasil também espera que o presente mandato possa contribuir para o avanço da situação de direitos humanos no Irã e que, ao mesmo tempo, abra caminho para ações coerentes e consistentes quando nos encontrarmos frente a outras situações.

O VOTO BRASILEIRO
- Por todas as razões acima expostas, o Brasil vota a favor do projeto de resolução L.25.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3694 Mensagem por J.Ricardo » Sex Mar 25, 2011 2:02 pm

Amigo Crotalus, só uma dica, a cor verde nos textos é de uso exclusivo da moderação. :wink:




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Re: GEOPOLÍTICA

#3695 Mensagem por Carlos Lima » Sex Mar 25, 2011 3:59 pm

J.Ricardo escreveu:Amigo Crotalus, só uma dica, a cor verde nos textos é de uso exclusivo da moderação. :wink:
x2! :)

[]s
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Re: GEOPOLÍTICA

#3696 Mensagem por Renato Grilo » Sex Mar 25, 2011 4:43 pm

Tráfico e contrabando usam a Marinha paraguaia para combater a Polícia Federal na fronteira
Não é possível! como o Brasil pode aceitar uma afronta dessas.

Não vai ser feito nada à respeito disso?




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Re: GEOPOLÍTICA

#3697 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 25, 2011 7:36 pm

J.Ricardo escreveu:Veja o que dá essa política externa bunda-mole praticada pelo Brasil:
Tráfico e contrabando usam a Marinha paraguaia para combater a Polícia Federal na fronteira

Em e-mails aos quais o site de VEJA teve acesso, agentes da Delegacia Especial de Polícia Marítima de Guaíra denunciam ataques sofridos nos últimos meses
Bruno Abbud
Policiais brasileiros chegaram a disparar 60 tiros de fuzil HK G36, mas tiveram de recuar
Às 17h14 da sexta-feira, 18 de março, um agente da Polícia Federal que atua na cidade paranaense de Guaíra, fronteira com o Paraguai, enviou um e-mail pedindo socorro à Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) em Brasília. Ele informou que, em pelo menos três ocasiões recentes, oficiais da Marinha paraguaia trocaram tiros com policiais brasileiros – segundo ele, para acobertar traficantes e contrabandistas no Rio Paraná, que marca a divisa com a cidade paraguaia de Salto del Guaira.

Nesta quarta-feira, o presidente da Fenapef, Marcos Wink, decidiu agir. “A Marinha do Paraguai está atirando contra agentes brasileiros e ninguém faz nada”, diz ele. Wink procurou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Relator da CPI que investigou, em 2006, o tráfico de armas no Brasil, Pimenta poderia servir de ponte até o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. “Queremos espalhar para o mundo a realidade na fronteira”, afirma Wink, indignado.

Em e-mails aos quais o site de VEJA teve acesso, agentes da Delegacia Especial de Polícia Marítima (DEPOM) de Guaíra informam que a Marinha paraguaia tem recebido propina de traficantes e contrabandistas para disparar armas de grosso calibre contra policiais brasileiros. O objetivo seria permitir – em troca de propina – que o tráfico de drogas continue a agir impunemente na região.

Violência em Guaíra: trecho do caderno que registra os plantões da Polícia Federal descreve o tiroteio no Rio Paraná

Um dos ataques registrados pela Fenapef aconteceu por volta das 12h do dia 17 de março, uma quinta-feira: dois agentes da PF em Guaíra embarcaram numa lancha para iniciar a patrulha rotineira no Rio Paraná quando avistaram um bote de alumínio, pintado de verde e equipado com um motor, deslizando rumo ao Paraguai. Imediatamente, exigiram ao piloto que parasse e, durante a revista, flagraram uma carga de pneus contrabandeados. Como de praxe, apreenderam o bote e seguiram para a delegacia em Guaira para registrar a ocorrência.

A 200 metros do atracadouro, em águas brasileiras, os agentes perceberam que uma lancha da Marinha do Paraguai, com cabine fechada, acelerava na direção do barco apreendido, que era escoltado pela PF. Quando os paraguaios chegaram a cem metros de distância, começaram a disparar com uma metralhadora calibre ponto 30, própria para derrubar helicópteros, instalada na proa e apontada na direção dos policiais brasileiros. Eles revidaram com 60 tiros de fuzil HK G36, arma muito menos potente, e acabaram rapidamente com a munição. Tiveram de recuar. A lancha da Marinha paraguaia se aproximou e levou de volta o bote criminoso.

Num e-mail enviado em 21 de março, um dos agentes que de Guaíra afirma que nos últimos dois anos houve no mínimo cinco confrontos entre a Marinha paraguaia e a PF, reclama das condições precárias das embarcações brasileiras e revela que integrantes da Polícia Federal recomendaram o abafamento da ocorrência do tiroteio no Rio Paraná. Também conta que uma licitação, aberta para a compra de uma lancha blindada para a PF de Guaíra, foi interrompida sem motivos aparentes.

Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada em maio de 2010 confirma que não foi a primeira vez que forças brasileiras e paraguaias protagonizaram um tiroteio na região. Nela, um delegado da PF afirmou terem ocorrido, desde março daquele ano, mais de 20 confrontos entre a Marinha paraguaia e agentes federais brasileiros em Foz do Iguaçu. Em um só dia três tiroteios foram registrados.

Em 16 de agosto de 2010, num documento de circulação interna da Polícia Federal ao qual o site de VEJA teve acesso, um policial federal de Guaíra avisou ao chefe da delegacia da PF na cidade que a Marinha paraguaia havia ganhado dos traficantes um motor de popa de 300 hp com o objetivo de perseguir a lancha da polícia brasileira.

A Marinha paraguaia passou a vigiar a fronteira com o Brasil em março de 2005, depois que um advogado avisou o Ministério Público do Paraguai que a polícia facilitava o contrabando feito por embarcações na região. A Fenapef informou que os tiroteios estão cada vez mais frequentes porque os policiais brasileiros estão frustrando muitas travessias de barcos criminosos pelo Rio Paraná. De 2007 a 2011, 163 embarcações foram apreendidas pela Polícia Federal na fronteira paranaense. Falta agora descobrir a identidade dos bandidos escondidos dentro de fardas e camuflados em embarcações oficiais das Forças Armadas do Paraguai.
reportagem completa em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... -fronteira

Mais de uma vez este tipo de noticia foi postada aqui, nos últimos dois anos e de lá para cá absolutamente nada aconteceu.

O MRE continua bloqueando qualquer tentativa de resolução do problema, enquanto o MJ se omite e o MD de mãos atadas nada faz por falta de uma "ordem presidencial" que nunca virá.

O congresso faz que não é consigo e demonstra mais uma vez a leniência de sempre com assuntos que não sejam "politicos". Enfim, ninguém que sujar as mãos com o caso.

Pior, o sindicato não tem pra quem recorrer, a não ser para o partido da situação, que não quer nem saber de causar algum imbrólio ao irmanito menor de idade paraguaio, conforme a cartilha paternalista do lulismo "paz e amor".

Está mais uma vez caracterizada a politização e o aparelhamento ideológico da DPF.

Latimável e vergonhoso.

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Re: GEOPOLÍTICA

#3698 Mensagem por romeo » Sex Mar 25, 2011 8:23 pm

Lenta ruptura do Brasil com o Ira...

http://translate.google.com.br/translat ... rmd%3Divns




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DELTA22
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Re: GEOPOLÍTICA

#3699 Mensagem por DELTA22 » Sex Mar 25, 2011 8:39 pm

O Gabriel Elizondo, correspondente da Al Jazeera no Brasil, reproduz o pensamento corrente na mídia brasileira, a de que tudo mudou entre Brasil e Irã e na política externa brasileira em geral.

Particularmente acho que nada mudou. Essa questão do Brasil votar no Conselho dos Direitos Humanos pelo envio de observadores da ONU em nada muda a relação entre os dois países que tem base, não no acordo nuclear, mas em fatores econômicos/comerciais. Vejamos, senão, o caso dos EUA que condenam sempre a China por violação dos DDHH mas não rompe relações e não abandona seus interesses.

Concordo com a opinião, em uma reportagem que li hoje, da professora de Relações Internacionais da UnB e UNESP, Cristina Pecequilo, que acredita que, caso o Brasil condene veementemente o Irã, as relações entre os países podem ser alteradas, mas que isso não acontecerá se a atitude brasileira for apenas em torno de uma investigação, como foi proposto pela resolução aprovada e apoiada pelo Brasil.

[]'s a todos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3700 Mensagem por romeo » Sex Mar 25, 2011 9:01 pm

Concordo contigo caro Delta22...

A politica externa brasileira continua apontando para o mesmo norte... O norte do Lula era magnetico e o da Dilma e geografico... Mas a direcao geral permanece a mesma. O que mudou foi o estilo.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3701 Mensagem por Luiz Bastos » Sex Mar 25, 2011 9:21 pm

FCarvalho escreveu:
J.Ricardo escreveu:Veja o que dá essa política externa bunda-mole praticada pelo Brasil:
reportagem completa em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil ... -fronteira

Mais de uma vez este tipo de noticia foi postada aqui, nos últimos dois anos e de lá para cá absolutamente nada aconteceu.

O MRE continua bloqueando qualquer tentativa de resolução do problema, enquanto o MJ se omite e o MD de mãos atadas nada faz por falta de uma "ordem presidencial" que nunca virá.

O congresso faz que não é consigo e demonstra mais uma vez a leniência de sempre com assuntos que não sejam "politicos". Enfim, ninguém que sujar as mãos com o caso.

Pior, o sindicato não tem pra quem recorrer, a não ser para o partido da situação, que não quer nem saber de causar algum imbrólio ao irmanito menor de idade paraguaio, conforme a cartilha paternalista do lulismo "paz e amor".

Está mais uma vez caracterizada a politização e o aparelhamento ideológico da DPF.

Latimável e vergonhoso.

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Meus camaradas e compatriotas. Desde 1872 não se via tamanha falta de respeito com o Brasil e seu povo.Nossos heróis imperiais, anônimos ou não, que deram suas vidas nos campos de batalha campais, navais e na famosa travessia da ponte de itororó devem estar decepcionados com a inercia de nosso povo de agora. Não me levem a mal, mas se uma coisa destas está acontecendo ha mais de 2 anos e o governo não se mete, é hora dos PF tomarem a responsabilidade nas mãos e partirem pro revide. A hora que afundarem um lancha destes corruptos paraguaios e prende-los, do nosso lado da fronteira, a coisa vai aparecer no noticiário internacional, já que nossa mídia é mediócre demais e ainda é capaz de ficar do lado dos paraguas. Peçam armas mais pesadas para a marinha e vão a luta. Guerra é guerra. Se eu estivesse lá, pegava emprestada ao exercito uma daquelas lanchas suecas que foram fazer demonstração e ficaram apodrecendo no Para e levava pra lá. Colocava ela em operação novamente e deixava camuflada. Na hora que eles viessem se engraçar pro nosso lada mandava a torreta .30 pra cima deles. E pra melhora a autoestima ainda passava com a lancha sobre o barco deles. Recolhia os sobreviventes e davam-lhes uma saraivada de porradas bem dadas e ainda fazia eles desfilarem pela cidade com os contrabandistas carregando o produto do contrabando. Filmava tudo e enviava pras televisões estrangeiras. Pegava um dos mais antigos que já estivessem pra se aposentar de bucha e pronto. A honra da PF estaria lavada e os paraguas da Marinha fluvial não se meteriam a besta por um bom tempo. O que ocorre é que eles perderam o respeito pelo Brasil depois da era Lula. Fui :mrgreen:




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Re: GEOPOLÍTICA

#3702 Mensagem por romeo » Sex Mar 25, 2011 11:20 pm

Todos os Reis do Coronel.... Ensaio fotografico.

http://translate.googleusercontent.com/ ... N166wRdJ-w




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Re: GEOPOLÍTICA

#3703 Mensagem por Penguin » Sáb Mar 26, 2011 9:10 am

ONU e Casa Branca saúdam novo tom na política externa do País
Para a embaixadora dos EUA na ONU, o Brasil precisa ser incentivado a tomar mais decisões como o voto de 5ª-feira
26 de março de 2011 | 0h 00


Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A cúpula da ONU comemora o que chama de "um novo tom" na política externa brasileira e contraria a tentativa do Brasil de tentar dar a impressão de que não há ruptura em relação às posições tomadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as decisões da atual presidente Dilma Rousseff.

Na quinta-feira, o Brasil reverteu oito anos de apoio ao Irã e votou a favor do envio de um relator para investigar os abusos de direitos humanos pelo governo de Mahmoud Ahmadinejad. A embaixadora do Brasil na ONU, Maria Nazareth Farani Azevedo, tentou reduzir a importância do voto, dizendo que não se tratava de uma ação contra o Irã e indicando que o voto era "coerente" com as posições brasileiras.

Ao explicar seu voto, o Brasil teve dois cuidados: o de não criticar o governo do ex-presidente Lula e o de não deixar transparecer que os últimos oito anos haviam sido um erro. Pelo menos na retórica, a meta era a de demonstrar continuidade.

"A nova posição reflete diretamente a marca na política externa da presidente (Dilma) que parece querer mostrar força na questão dos direitos humanos", afirmou o presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o tailandês Sihasak Phuangketkeow, ao Estado. Ele lembrou que a preocupação de Dilma com direitos humanos vem de sua "história pessoal e do fato de ela ter sofrido também com a repressão", em uma referência ao fato de a presidente ter sido presa durante o regime militar no Brasil. "Ela agora quer mostrar sua preocupação com a agenda de direitos humanos."

No gabinete da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, o sentimento era o de que a mudança de posição do Brasil e o "novo tom" tinham sido "para melhor".

Incentivos. A embaixadora dos EUA na ONU, Eileen Donahoe, também confirmou ao Estado que a decisão do Brasil de apoiar a resolução "foi muito bem recebida" na Casa Branca. Barack Obama havia feito pessoalmente o pedido a Dilma para votar pela resolução. "Temos de incentivar o Brasil a tomar mais decisões como essa", afirmou.

O governo americano comemorou a mudança da posição do Brasil sobre o Irã, mas admitiu que essa atitude por si só não credenciaria o País a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

"O Brasil mostrou a liderança que tanto esperávamos", afirmou a embaixadora ao Estado. "O que vimos foi um show de liderança da presidente (Dilma) e o governo americano apreciará muito isso", declarou.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3704 Mensagem por Penguin » Sáb Mar 26, 2011 9:24 am

União Brasil-Portugal: quem topa?
25 de março de 2011 | 12h58
Fernando Dantas

Curiosa sugestão da coluna Lex do Financial Times (que gosta de vez em quando de publicar comentários jocosos em tom sério): a melhor solução para a crise portuguesa é que o país seja anexado por sua ex-colônia, o Brasil.

Lex observa que o Brasil cresce há uma década a uma taxa média de 4% (é um pequeno exagero, 4% é a média dos oito anos de Lula), enquanto a economia portuguesa está estagnada. Além disso, o Brasil exibe déficits público e externo muito inferiores, e um spread de risco para suas captações bem menor.

O melhor de tudo, porém, para Lex, é que Portugal deixaria a “velha e cansada” União Europeia (UE) para ingressar nos Brics, o “centro emergente do poder global”.

Para a coluna, o “velho colonizador iria se ressentir da perda de status”, mas as vantagens da anexação pelo Brasil mais do que compensariam. E Portugal seria uma “província” (“Estado” ficaria mais preciso, caro Lex) grande no Brasil, mas muito longe de dominante – teria 5% da população e contribuiria com 10% do PIB.

Resta ver agora se os portugueses, em meio a sua desgastante crise, estão com estômago para o humor britânico.

http://blogs.estadao.com.br/fernando-da ... quem-topa/




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Re: GEOPOLÍTICA

#3705 Mensagem por tflash » Sáb Mar 26, 2011 12:00 pm

Penguin escreveu:União Brasil-Portugal: quem topa?
25 de março de 2011 | 12h58
Fernando Dantas

Curiosa sugestão da coluna Lex do Financial Times (que gosta de vez em quando de publicar comentários jocosos em tom sério): a melhor solução para a crise portuguesa é que o país seja anexado por sua ex-colônia, o Brasil.

Lex observa que o Brasil cresce há uma década a uma taxa média de 4% (é um pequeno exagero, 4% é a média dos oito anos de Lula), enquanto a economia portuguesa está estagnada. Além disso, o Brasil exibe déficits público e externo muito inferiores, e um spread de risco para suas captações bem menor.

O melhor de tudo, porém, para Lex, é que Portugal deixaria a “velha e cansada” União Europeia (UE) para ingressar nos Brics, o “centro emergente do poder global”.

Para a coluna, o “velho colonizador iria se ressentir da perda de status”, mas as vantagens da anexação pelo Brasil mais do que compensariam. E Portugal seria uma “província” (“Estado” ficaria mais preciso, caro Lex) grande no Brasil, mas muito longe de dominante – teria 5% da população e contribuiria com 10% do PIB.

Resta ver agora se os portugueses, em meio a sua desgastante crise, estão com estômago para o humor britânico.

http://blogs.estadao.com.br/fernando-da ... quem-topa/
Assim os britânicos podiam voltar a ser a única metrópole ultrapassada pela colónia.

Dá trabalho e não é útil comparar números mas em termos de comparação, Portugal é bem mais independente do Brasil do que o Reino unido dos EUA. Vem na linha de uma certa imprensa britânica que demostra muita lusofobia, Vê-se nos ataques às instituições portuguesas, nomeadamente na justiça em que não se compreende como é que nós temos a coragem de prender cidadãos britânicos ou alegar que eles possam cometer crimes.




Kids - there is no Santa. Those gifts were from your parents. Happy New Year from Wikileaks
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