NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- rodrigo
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Candidato tucano já busca apoio de parte do PT no Recife
Coelho, do PSDB, trabalha para atrair petistas num eventual 2º turno contra candidato do PSB
Segundo colocado na disputa pela Prefeitura do Recife, o tucano Daniel Coelho já espera contar com o apoio informal de parte do PT pernambucano em eventual segundo turno contra o líder nas pesquisas, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB).
Diante do acirramento do embate entre petistas e o PSB de Campos na reta final da campanha, Coelho disse nessa quinta-feira, 4, que pretende conversar com o candidato do PT, Humberto Costa, e o ex-prefeito João Paulo (vice na chapa petista). Costa aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de voto, distante dez pontos porcentuais, segundo o Datafolha, do candidato do PSDB.
"Formalmente é pouco provável um acordo, até pela polarização que existe no campo nacional entre PSDB e PT. Nosso partido faz oposição ao governo federal. Mas a gente sabe que (...) a militância, os simpatizantes do PT, estão muito ressentidos pela atitude que teve o PSB na campanha. O PSB assumiu o compromisso de apoiar o PT fosse o candidato que fosse. Não cumpriu esse compromisso. E fez campanha muito violenta, especialmente nos últimos dez dias, marcada por agressões", disse Coelho, de 33 anos, deputado estadual em primeiro mandato.
Após romper com os petistas, Campos lançou candidatura própria na eleição da capital pernambucana. A imposição do nome de Humberto Costa no Recife pela direção nacional do PT rachou o partido na capital pernambucana. Segundo o candidato tucano, haverá espaço em seu governo, se eleito, para "ideias" defendidas pelo PT de Pernambuco. "Nunca tive problemas em reconhecer acertos de adversários", disse. "Muitas de nossas propostas foram construídas na tentativa de melhorar algumas coisas feitas pelo próprio PT. Faz parte de política atrasada dizer que em seu palanque só tem acerto e no do adversário, só erro. A gente pode aproveitar as boas ideias."
Os entendimentos entre PSDB e PT começaram há pouco mais de um mês, sigilosamente. Os dirigentes das legendas acertaram ações conjuntas contra a candidatura do PSB na Justiça Eleitoral. Em nenhum momento houve ataques diretos entre tucanos e petistas, apesar de disputarem a segunda vaga no turno final. O foco foi sempre o candidato do PSB. Humberto Costa não quis comentar a proposta de Coelho de uma coalizão contra Júlio, sob o argumento de que estará no segundo turno.
O candidato do PSB também evitou o assunto. "Não vou comentar sobre isso. Só o que diz respeito ao meu partido", limitou-se a afirmar.
Mentor da candidatura de Júlio, o governador disse que só tratará de segundo turno em entrevista após o encerramento da apuração. "A grande aliança para o segundo turno é com o povo. Nosso campo político tem claros o rumo e o roteiro", afirmou.
Sem respaldo. Se concretizada, a decisão de apoio ao PSDB pelo PT liderado por Costa e João Paulo não será respaldada pela ala interna inimiga, sob o comando do atual prefeito, João da Costa. Ele já anunciou que votará em Júlio em um hipotético segundo turno. Rompido com os companheiros quando o PT nacional interveio no diretório, retirando sua candidatura à reeleição aprovada em prévia, João da Costa afirmou que vai "de porta em porta" para pedir votos para Júlio.
Os ataques ao tucano partem do PSB. Coelho passou a ser o empecilho para a meta de Campos eleger Júlio no primeiro turno. Assinadas pela coligação Frente Popular, liderada pelo PSB, inserções na TV e no rádio buscam desmistificá-lo. "Daniel é nova embalagem da velha política", dizem as inserções.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0349,0.htm
Coelho, do PSDB, trabalha para atrair petistas num eventual 2º turno contra candidato do PSB
Segundo colocado na disputa pela Prefeitura do Recife, o tucano Daniel Coelho já espera contar com o apoio informal de parte do PT pernambucano em eventual segundo turno contra o líder nas pesquisas, o candidato do PSB, Geraldo Júlio, apoiado pelo governador Eduardo Campos (PSB).
Diante do acirramento do embate entre petistas e o PSB de Campos na reta final da campanha, Coelho disse nessa quinta-feira, 4, que pretende conversar com o candidato do PT, Humberto Costa, e o ex-prefeito João Paulo (vice na chapa petista). Costa aparece em terceiro nas pesquisas de intenção de voto, distante dez pontos porcentuais, segundo o Datafolha, do candidato do PSDB.
"Formalmente é pouco provável um acordo, até pela polarização que existe no campo nacional entre PSDB e PT. Nosso partido faz oposição ao governo federal. Mas a gente sabe que (...) a militância, os simpatizantes do PT, estão muito ressentidos pela atitude que teve o PSB na campanha. O PSB assumiu o compromisso de apoiar o PT fosse o candidato que fosse. Não cumpriu esse compromisso. E fez campanha muito violenta, especialmente nos últimos dez dias, marcada por agressões", disse Coelho, de 33 anos, deputado estadual em primeiro mandato.
Após romper com os petistas, Campos lançou candidatura própria na eleição da capital pernambucana. A imposição do nome de Humberto Costa no Recife pela direção nacional do PT rachou o partido na capital pernambucana. Segundo o candidato tucano, haverá espaço em seu governo, se eleito, para "ideias" defendidas pelo PT de Pernambuco. "Nunca tive problemas em reconhecer acertos de adversários", disse. "Muitas de nossas propostas foram construídas na tentativa de melhorar algumas coisas feitas pelo próprio PT. Faz parte de política atrasada dizer que em seu palanque só tem acerto e no do adversário, só erro. A gente pode aproveitar as boas ideias."
Os entendimentos entre PSDB e PT começaram há pouco mais de um mês, sigilosamente. Os dirigentes das legendas acertaram ações conjuntas contra a candidatura do PSB na Justiça Eleitoral. Em nenhum momento houve ataques diretos entre tucanos e petistas, apesar de disputarem a segunda vaga no turno final. O foco foi sempre o candidato do PSB. Humberto Costa não quis comentar a proposta de Coelho de uma coalizão contra Júlio, sob o argumento de que estará no segundo turno.
O candidato do PSB também evitou o assunto. "Não vou comentar sobre isso. Só o que diz respeito ao meu partido", limitou-se a afirmar.
Mentor da candidatura de Júlio, o governador disse que só tratará de segundo turno em entrevista após o encerramento da apuração. "A grande aliança para o segundo turno é com o povo. Nosso campo político tem claros o rumo e o roteiro", afirmou.
Sem respaldo. Se concretizada, a decisão de apoio ao PSDB pelo PT liderado por Costa e João Paulo não será respaldada pela ala interna inimiga, sob o comando do atual prefeito, João da Costa. Ele já anunciou que votará em Júlio em um hipotético segundo turno. Rompido com os companheiros quando o PT nacional interveio no diretório, retirando sua candidatura à reeleição aprovada em prévia, João da Costa afirmou que vai "de porta em porta" para pedir votos para Júlio.
Os ataques ao tucano partem do PSB. Coelho passou a ser o empecilho para a meta de Campos eleger Júlio no primeiro turno. Assinadas pela coligação Frente Popular, liderada pelo PSB, inserções na TV e no rádio buscam desmistificá-lo. "Daniel é nova embalagem da velha política", dizem as inserções.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 0349,0.htm
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não entendi. Tem alguma coisa que esta sendo feita que não esta de acordo com o estado de direito?Sterrius escreveu:Quero ver como ficará a vida dos inocentados. Uns 5 já o foram.
Quanto aos culpados, que a pena seja efetivada de acordo.
Tenho pena nenhuma de nenhum envolvido. Quem é inocente que comemore o fato de viver num estaod de direito e poder se defender. Quem é culpado que assuma as consequencias dos seus atos. E que se seja imputado aos culpados todos os prejuizos, inclusive os morais para os inocentes, politicos etc etc. Quem armou o esquema paga a conta.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
E vc queria o que? A midia endeusando o cara que esta inocentando corruptos?Boss escreveu:Uai, mas todo mundo que o PT indica é comprado, pelo menos quem fala do Lewandowski usa esse "argumento".
Mas não se vê na mídia nada lembrando quem indicou o Joaquim Barbosa, o "Batman" da sociedade.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- NettoBR
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Lembram do Chiarelli? Suas considerações finais do debate a prefeito em Ribeirão Preto:
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Lição republicana.
Ruy Fabiano - Blog do Noblat, 06.10.12.
O julgamento do Mensalão não apenas repõe ordem e princípios – finalidade, em suma, da Justiça -, mas também evidencia o quanto o país ainda precisa avançar nesse campo.
Basta ver algumas reações às condenações em curso, que ocupam amplos espaços na mídia.
Muito embora os juízes estejam se atendo rigorosamente aos autos e embasando com fartura de dados os seus votos – o que, óbvio, constitui dever elementar -, recebem insultos por parte de correligionários dos condenados.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, do alto de um trio elétrico, num comício em São Paulo, anteontem, pediu nada menos que uma vaia para o Judiciário.
O fato de ser ilegal a participação de uma central sindical num comício em prol de um partido – no caso, o PT, de Fernando Haddad – tornou-se um detalhe.
No país em que as leis são como gripes – umas pegam, outras não -, essa vem sendo ignorada já há algumas campanhas. A seu lado, estava Lula, que já presidiu a República e ignorou solenemente a mesma lei. O exemplo vem de cima.
Mas não é esse o ponto. O grave é supor que um julgamento é uma causa política ou ideológica. O crime não é de direita, nem de esquerda. É simplesmente um crime. Não importa se o ladrão está a serviço de uma causa ideológica que considere nobre e humanista ou se meramente quer locupletar-se.
Ao roubar, infringe a lei e causa danos a terceiros. Quando na oposição, o PT era implacável com a corrupção alheia, que considerava um mal intrínseco ao capitalismo. Denunciava os adversários mesmo quando não havia evidência de delito.
Pôs a moralidade a serviço de uma causa, brandindo-a como um instrumento de poder, o que, em si, é imoral.
Nessa estratégia, deixou muitos cadáveres políticos pelo caminho, sem qualquer demonstração de remorso, mesmo quando os fatos lhe evidenciaram o equívoco.
Entre algumas de suas vítimas, estavam o deputado Ibsen Pinheiro e o ex-ministro de FHC Eduardo Jorge. São citações aleatórias. Há muitas outras, que não caberiam num só artigo.
Nesse embate em busca do poder a qualquer custo – em que os fins justificam os meios -, pontificaram personagens como José Genoíno e José Dirceu, figuras de proa em numerosas CPIs.
Hoje, estão no banco dos réus, como protagonistas do mais sofisticado escândalo que já se perpetrou contra o Estado, nas palavras de dois procuradores da República (Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel), ratificadas por nove dos 11 ministros do STF (as exceções são conhecidas e não precisam ser nominadas).
O ministro Celso de Mello, decano da Corte, resumiu o assalto num voto belíssimo, que o historiador Marco Antonio Villa considerou um marco reproclamador da República. Concordo.
A diferença é que essa condenação atém-se aos fatos. O juízo de valor de Celso de Mello não é uma abstração, mas uma constatação.
Os correligionários de Genoíno e Dirceu, no entanto – e não estão apenas no PT, mas também em parte da imprensa -, se sentem no direito de pôr toda a Corte sob suspeita.
Seria porta-voz de uma “elite imunda”, inconformada com um governo voltado para os pobres. Ora, como se pode pretender invocar a população pobre quem a surrupiou roubando dinheiro público?
Mais que isso, a acusação, gravíssima, crime de lesa-República, está dizendo que os ministros do STF são desonestos, que não estão fazendo justiça, mas o contrário.
O deputado Paulo Rocha, do PT, chega ao requinte de, após reconhecer a natureza fraudulenta dos empréstimos feitos por seu partido, reclamar que “não foi para isso que os colocamos lá”, referindo-se aos juízes nomeados nos governos Lula e Dilma.
Ele supõe – e esse é apenas um dos sinais da miopia republicana dele e de seu partido – que a nomeação de juízes é um gesto partidário, de benevolência. Não leu a Constituição ou não a entendeu – ou ambas as coisas. A lei diz que o presidente da República indica ao Senado o integrante dos tribunais superiores e este aprova-o ou não. São dois Poderes da República procedendo a composição do terceiro.
Diz a Constituição que as nomeações são impessoais e devem ter como base a improbidade e o notório saber. Notório é um saber percebido pelos demais e não apenas por quem indica ou é indicado. Daí a necessidade, às vezes desatendida, de que o nomeado tenha obras publicadas. Mas esse é outro assunto.
O nomeado não deve nada a quem nomeia. Deve ao público, a quem representa. E sua prestação de serviços é avaliada segundo sua fidelidade à lei, não aos amigos. Nesse sentido, o voto de Rosa Weber, condenando José Genoíno, foi exemplar.
Deixou claro que o admirava, mas não podia ignorar a lambança em que estava metido. As sessões, em que pese a natureza enfadonha do juridiquês, têm sido aulas exemplares de republicanismo, repondo princípios que pareciam extintos.
Um deles é exatamente este: não adianta alegar as razões do roubo; eles não o justificam. Outro: caixa dois é crime – e, com dinheiro público, não é caixa dois: é peculato.
O Supremo faz história e reescreve sua acidentada biografia com letra de ouro. A expressão “doa a quem doer”, que Lula tantas vezes empregou, está sendo posta em prática. E, pelo visto, está doendo em muita gente.
Ruy Fabiano - Blog do Noblat, 06.10.12.
O julgamento do Mensalão não apenas repõe ordem e princípios – finalidade, em suma, da Justiça -, mas também evidencia o quanto o país ainda precisa avançar nesse campo.
Basta ver algumas reações às condenações em curso, que ocupam amplos espaços na mídia.
Muito embora os juízes estejam se atendo rigorosamente aos autos e embasando com fartura de dados os seus votos – o que, óbvio, constitui dever elementar -, recebem insultos por parte de correligionários dos condenados.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, do alto de um trio elétrico, num comício em São Paulo, anteontem, pediu nada menos que uma vaia para o Judiciário.
O fato de ser ilegal a participação de uma central sindical num comício em prol de um partido – no caso, o PT, de Fernando Haddad – tornou-se um detalhe.
No país em que as leis são como gripes – umas pegam, outras não -, essa vem sendo ignorada já há algumas campanhas. A seu lado, estava Lula, que já presidiu a República e ignorou solenemente a mesma lei. O exemplo vem de cima.
Mas não é esse o ponto. O grave é supor que um julgamento é uma causa política ou ideológica. O crime não é de direita, nem de esquerda. É simplesmente um crime. Não importa se o ladrão está a serviço de uma causa ideológica que considere nobre e humanista ou se meramente quer locupletar-se.
Ao roubar, infringe a lei e causa danos a terceiros. Quando na oposição, o PT era implacável com a corrupção alheia, que considerava um mal intrínseco ao capitalismo. Denunciava os adversários mesmo quando não havia evidência de delito.
Pôs a moralidade a serviço de uma causa, brandindo-a como um instrumento de poder, o que, em si, é imoral.
Nessa estratégia, deixou muitos cadáveres políticos pelo caminho, sem qualquer demonstração de remorso, mesmo quando os fatos lhe evidenciaram o equívoco.
Entre algumas de suas vítimas, estavam o deputado Ibsen Pinheiro e o ex-ministro de FHC Eduardo Jorge. São citações aleatórias. Há muitas outras, que não caberiam num só artigo.
Nesse embate em busca do poder a qualquer custo – em que os fins justificam os meios -, pontificaram personagens como José Genoíno e José Dirceu, figuras de proa em numerosas CPIs.
Hoje, estão no banco dos réus, como protagonistas do mais sofisticado escândalo que já se perpetrou contra o Estado, nas palavras de dois procuradores da República (Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel), ratificadas por nove dos 11 ministros do STF (as exceções são conhecidas e não precisam ser nominadas).
O ministro Celso de Mello, decano da Corte, resumiu o assalto num voto belíssimo, que o historiador Marco Antonio Villa considerou um marco reproclamador da República. Concordo.
A diferença é que essa condenação atém-se aos fatos. O juízo de valor de Celso de Mello não é uma abstração, mas uma constatação.
Os correligionários de Genoíno e Dirceu, no entanto – e não estão apenas no PT, mas também em parte da imprensa -, se sentem no direito de pôr toda a Corte sob suspeita.
Seria porta-voz de uma “elite imunda”, inconformada com um governo voltado para os pobres. Ora, como se pode pretender invocar a população pobre quem a surrupiou roubando dinheiro público?
Mais que isso, a acusação, gravíssima, crime de lesa-República, está dizendo que os ministros do STF são desonestos, que não estão fazendo justiça, mas o contrário.
O deputado Paulo Rocha, do PT, chega ao requinte de, após reconhecer a natureza fraudulenta dos empréstimos feitos por seu partido, reclamar que “não foi para isso que os colocamos lá”, referindo-se aos juízes nomeados nos governos Lula e Dilma.
Ele supõe – e esse é apenas um dos sinais da miopia republicana dele e de seu partido – que a nomeação de juízes é um gesto partidário, de benevolência. Não leu a Constituição ou não a entendeu – ou ambas as coisas. A lei diz que o presidente da República indica ao Senado o integrante dos tribunais superiores e este aprova-o ou não. São dois Poderes da República procedendo a composição do terceiro.
Diz a Constituição que as nomeações são impessoais e devem ter como base a improbidade e o notório saber. Notório é um saber percebido pelos demais e não apenas por quem indica ou é indicado. Daí a necessidade, às vezes desatendida, de que o nomeado tenha obras publicadas. Mas esse é outro assunto.
O nomeado não deve nada a quem nomeia. Deve ao público, a quem representa. E sua prestação de serviços é avaliada segundo sua fidelidade à lei, não aos amigos. Nesse sentido, o voto de Rosa Weber, condenando José Genoíno, foi exemplar.
Deixou claro que o admirava, mas não podia ignorar a lambança em que estava metido. As sessões, em que pese a natureza enfadonha do juridiquês, têm sido aulas exemplares de republicanismo, repondo princípios que pareciam extintos.
Um deles é exatamente este: não adianta alegar as razões do roubo; eles não o justificam. Outro: caixa dois é crime – e, com dinheiro público, não é caixa dois: é peculato.
O Supremo faz história e reescreve sua acidentada biografia com letra de ouro. A expressão “doa a quem doer”, que Lula tantas vezes empregou, está sendo posta em prática. E, pelo visto, está doendo em muita gente.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não é o fato de serem comprados. Mas de terem relações íntimas com os acusados e o PT. É o caso de Toffoli. Se ele fosse, no mínimo, coerente pedia para não votar. Ele foi advogado do PT e do próprio Lula.Boss escreveu:A ironia máxima é ouvir dizer que o Lewandowski e o Toffoli são comprados pelo PT, porque foram indicados durante o governo do PT.
E o Joaquim Barbosa ? E a Rosa Weber ? E o Luís Fux ? Faltou grana para comprar ? Todos eles foram indicados pelo PT.
Qual será o seu voto????
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Para se acabar com essa "picuinha" de comprado nao comprado, se tem ou deixa de ter relaçoes com partidos e so instaura a votaçao para ministro do STF.
Seriao 8 anos de mandato e 2 candidatos eleitos por regiao,que daria no total 10 o 11 seria entao indicado pelo presidente da republica. Para evitar que qualquer espertinho tenta-se teria certos requizitos tipo ser aprovado na oab, no minimo 15 anos de serviço, nao ter tido nenhum processo criminal ou deciplinar.
Seriao 8 anos de mandato e 2 candidatos eleitos por regiao,que daria no total 10 o 11 seria entao indicado pelo presidente da republica. Para evitar que qualquer espertinho tenta-se teria certos requizitos tipo ser aprovado na oab, no minimo 15 anos de serviço, nao ter tido nenhum processo criminal ou deciplinar.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ibope, votos válidos: Russomanno, Serra e Haddad, 26% cada um
Atualizado em 06/10/2012 20h33
O Ibope divulgou, neste sábado (6), a sétima pesquisa de intenção de voto sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo após a definição dos candidatos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
Segundo o Ibope, o "empate triplo na véspera da eleição traz indefinição sobre quem disputará o segundo turno em São Paulo".
Celso Russomanno (PRB) – 26% dos votos válidos
Fernando Haddad (PT) – 26%
José Serra (PSDB) – 26%
Gabriel Chalita (PMDB) – 13%
Soninha (PPS) – 5%
Carlos Giannazi (PSOL) – 1%
Levy Fidelix (PRTB) – 1%
Paulinho da Força (PDT) – 1%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 6 de outubro. Foram entrevistadas 1.204 pessoas na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), sob o número número SP-01824/2012.
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/ ... ibope.html
Atualizado em 06/10/2012 20h33
O Ibope divulgou, neste sábado (6), a sétima pesquisa de intenção de voto sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo após a definição dos candidatos. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
Segundo o Ibope, o "empate triplo na véspera da eleição traz indefinição sobre quem disputará o segundo turno em São Paulo".
Celso Russomanno (PRB) – 26% dos votos válidos
Fernando Haddad (PT) – 26%
José Serra (PSDB) – 26%
Gabriel Chalita (PMDB) – 13%
Soninha (PPS) – 5%
Carlos Giannazi (PSOL) – 1%
Levy Fidelix (PRTB) – 1%
Paulinho da Força (PDT) – 1%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.
A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 6 de outubro. Foram entrevistadas 1.204 pessoas na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), sob o número número SP-01824/2012.
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/eleicoes/ ... ibope.html
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Lições garantistas e o Mensalão
(...)
Fonte: Blog do Vlad
http://blogdovladimir.wordpress.com/201 ... -mensalao/
(...)
Fonte: Blog do Vlad
http://blogdovladimir.wordpress.com/201 ... -mensalao/
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
FHC: sociedade é relativamente tolerante com a corrupção.
Lauro Neto, O Globo - 09.10.12.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na noite desta segunda-feira que a sociedade brasileira ainda é relativamente tolerante com a corrupção e citou o mensalão como exemplo. A declaração foi dada durante a I Jornada Ibmec Instituto Unibanco, no Museu Histórico Nacional, em que FHC proferiu palestra sobre educação.
- Se a população não fosse tolerante, não elegeria tantos políticos corruptos - disse o ex-presidente, interrompido por aplausos da plateia. - Por que todo mundo está olhando com uma certa surpresa quase uma coisa banal? O STF está julgando alguns acusados de corrupção. Não sei se é ou não (culpado). Mas, se for, tem que ir para a cadeia. Aqui, não há ninguém preso por corrupção. Se errou, tem que pagar. A pedra angular da democracia é a igualdade de todos perante a lei. Isso é difícilimo, porque aqui tem uns que estão acima da lei.
______________________________
(Mas é claro que a sociedade brasileira tolera a corrupção! A maior prova é que FHC foi reeleito, mesmo depois de ter alterado a Constituição (usando métodos suspeitos) para beneficiar a si mesmo! Isto sem contar que, mesmo com vários políticos do PSDB acusados da sua própria versão de "mensalão", José Serra ainda chegou em primeiro lugar.
Macaco, olha o teu rabo!)
Lauro Neto, O Globo - 09.10.12.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na noite desta segunda-feira que a sociedade brasileira ainda é relativamente tolerante com a corrupção e citou o mensalão como exemplo. A declaração foi dada durante a I Jornada Ibmec Instituto Unibanco, no Museu Histórico Nacional, em que FHC proferiu palestra sobre educação.
- Se a população não fosse tolerante, não elegeria tantos políticos corruptos - disse o ex-presidente, interrompido por aplausos da plateia. - Por que todo mundo está olhando com uma certa surpresa quase uma coisa banal? O STF está julgando alguns acusados de corrupção. Não sei se é ou não (culpado). Mas, se for, tem que ir para a cadeia. Aqui, não há ninguém preso por corrupção. Se errou, tem que pagar. A pedra angular da democracia é a igualdade de todos perante a lei. Isso é difícilimo, porque aqui tem uns que estão acima da lei.
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(Mas é claro que a sociedade brasileira tolera a corrupção! A maior prova é que FHC foi reeleito, mesmo depois de ter alterado a Constituição (usando métodos suspeitos) para beneficiar a si mesmo! Isto sem contar que, mesmo com vários políticos do PSDB acusados da sua própria versão de "mensalão", José Serra ainda chegou em primeiro lugar.
Macaco, olha o teu rabo!)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Agora imaginem um deputado defendendo publicamente gastos em defesa. Suicídio político.