NOTÍCIAS POLÍTICAS
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- Túlio
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Não, para virar tanque tinha que servir pra lavar roupa também...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Guerra
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Esse negocio de Tank e CC, me lembra a eleição do nome do guarani.Bourne escreveu:Usa alemão
Kampfwagen carro de combate, carro de asalto, tanque
Panzerwagen carro blindado, carro de combate, carro de asalto, tanque
Panzer armadura, tanque, tanqueta, caparazón, coraza, cota de mallas
Ou, simplesmente, chama carro de combate, o famoso CC
O nome não importa. Qualquer nome que fosse eleito no final não faria diferença no produto final. No final vamos estar elegendo um blindado. Que é o que importa.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Deputado Felipe Maia acusa governo de aprovar MP eleitoreira
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Está aí um partido que só terá o meu voto no dia em que a massa cinzenta de meu crânio estiver escoando pelo meu nariz.
- Clermont
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O PT na hora do lobo.
Fernando Gabeira, O Estado de S. Paulo, 28.09.12.
A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow.
Como projeto destinado a mudar a cultura política do País, o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na Floresta Amazônica.
Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente.
O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando-as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart.
A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados.
Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público?
Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. Ninguém comprou ninguém, eram apenas empréstimos entre aliados. Teses que se tornam risíveis diante da origem e do volume do dinheiro. O PT salvando o PP de José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry da fúria dos credores?
O relatório de Joaquim Barbosa apresenta o mensalão como uma evidência reconhecida pela maioria do Supremo, dos órgãos de comunicação e dos brasileiros. Como ficará a tática do PT diante dessa realidade? Negar a evidência? É um tipo de reação que, mesmo em tempo de prosperidade econômica, não funciona quando os fatos são inequívocos.
Ao longo de minhas viagens observei que o mensalão não havia afetado as eleições municipais. Mas o processo está em curso. Algumas cidades já estão afetadas, como São Paulo e Curitiba. Nesta ocorre algo bastante irônico: o candidato Gustavo Fruet (PDT) é acusado de ter o apoio do PT e por isso perde votos. Fruet foi um dos deputados que investigaram o mensalão na CPI dos Correios.
A reação do PT diante da possível condenação de seus líderes vai ser decisiva. Encontrará forças para reconhecer seu erro, aceitar o julgamento do STF e iniciar um processo de autocrítica? Tudo indica que não. A teoria conspiratória domina suas declarações. O mensalão foi uma invenção da mídia golpista, dizem alguns. Na nota dos partidos aliados, que deviam ser chamados de partidos submissos, acusa-se uma manobra da oposição, como se tudo isso tivesse sido construído por ela, que descansa em berço esplêndido.
Numa entrevista raivosa, um dos réus, Paulo Rocha (PT-PA), alega que as denúncias do mensalão ocorrem porque Lula abriu o mercado brasileiro aos países árabes. A tese conspiratória é tão clássica que os judeus não poderiam ser esquecidos.
O ex-presidente Lula parece viver realmente a hora do lobo. Percorre o Brasil atacando adversários e diz que, tal como venceu o câncer, vai derrotar os candidatos de oposição. Se o ressentimento e o rancor brotam com tanta facilidade dos lábios do líder máximo, o que esperar do exército virtual de combatentes pagos para atirar pedras?
Este é um momento crítico na história do PT. Deve contestar estas evidências com a mesma eloquência com que contestou outras. Mas as de agora são transmitidas ao vivo, foram submetidas ao exame de ministros do Supremo, estão coalhadas de fatos, depoimentos, provas.
Ao contestar as evidências o PT não inventa um caminho. Paulo Maluf foi acusado durante anos de desviar dinheiro para o exterior e sempre negou. A condenação e a eventual prisão de líderes não afastam o PT do poder, mas transformam o encontro nos jardins da casa de Maluf em algo mais que uma simples oportunidade fotográfica. O PT não só verteu milhões para os caixas do partido Maluf, como aceitará a tática malufista de negar as evidências, mesmo quando são esmagadoras.
Em defesa de Maluf pode-se dizer que ele nunca prometeu a renovação ética da política brasileira. Usa apenas um mesmo e fiel assessor de imprensa para rebater críticas nos espaços de cartas de leitores. Descendente de árabes, Maluf jamais, ao que me consta, culpou uma conspiração sionista por sua desgraça. Sempre foi o Maluf apenas, sem maiores mistificações.
Montado numa máquina publicitária, apoiado por uma miríade de intelectuais, orientado por competentes marqueteiros, o PT viverá em escala partidária a aventura individual de Maluf: negar as evidências. Até o momento nada indica que assumirá a realidade. Seu caminho deve ser negar, negar, como o marido infiel nas peças de Nelson Rodrigues - por sinal, o inventor da expressão "óbvio ululante".
O mensalão não é um cadáver no armário, invenção de opositores ou da imprensa. Nasceu, cresceu e implodiu nas entranhas do governo. É difícil sentar-se em cima dos fatos. Ele são como uma baioneta: espetam.
Fernando Gabeira, O Estado de S. Paulo, 28.09.12.
A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow.
Como projeto destinado a mudar a cultura política do País, o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na Floresta Amazônica.
Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente.
O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando-as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart.
A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados.
Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público?
Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. Ninguém comprou ninguém, eram apenas empréstimos entre aliados. Teses que se tornam risíveis diante da origem e do volume do dinheiro. O PT salvando o PP de José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry da fúria dos credores?
O relatório de Joaquim Barbosa apresenta o mensalão como uma evidência reconhecida pela maioria do Supremo, dos órgãos de comunicação e dos brasileiros. Como ficará a tática do PT diante dessa realidade? Negar a evidência? É um tipo de reação que, mesmo em tempo de prosperidade econômica, não funciona quando os fatos são inequívocos.
Ao longo de minhas viagens observei que o mensalão não havia afetado as eleições municipais. Mas o processo está em curso. Algumas cidades já estão afetadas, como São Paulo e Curitiba. Nesta ocorre algo bastante irônico: o candidato Gustavo Fruet (PDT) é acusado de ter o apoio do PT e por isso perde votos. Fruet foi um dos deputados que investigaram o mensalão na CPI dos Correios.
A reação do PT diante da possível condenação de seus líderes vai ser decisiva. Encontrará forças para reconhecer seu erro, aceitar o julgamento do STF e iniciar um processo de autocrítica? Tudo indica que não. A teoria conspiratória domina suas declarações. O mensalão foi uma invenção da mídia golpista, dizem alguns. Na nota dos partidos aliados, que deviam ser chamados de partidos submissos, acusa-se uma manobra da oposição, como se tudo isso tivesse sido construído por ela, que descansa em berço esplêndido.
Numa entrevista raivosa, um dos réus, Paulo Rocha (PT-PA), alega que as denúncias do mensalão ocorrem porque Lula abriu o mercado brasileiro aos países árabes. A tese conspiratória é tão clássica que os judeus não poderiam ser esquecidos.
O ex-presidente Lula parece viver realmente a hora do lobo. Percorre o Brasil atacando adversários e diz que, tal como venceu o câncer, vai derrotar os candidatos de oposição. Se o ressentimento e o rancor brotam com tanta facilidade dos lábios do líder máximo, o que esperar do exército virtual de combatentes pagos para atirar pedras?
Este é um momento crítico na história do PT. Deve contestar estas evidências com a mesma eloquência com que contestou outras. Mas as de agora são transmitidas ao vivo, foram submetidas ao exame de ministros do Supremo, estão coalhadas de fatos, depoimentos, provas.
Ao contestar as evidências o PT não inventa um caminho. Paulo Maluf foi acusado durante anos de desviar dinheiro para o exterior e sempre negou. A condenação e a eventual prisão de líderes não afastam o PT do poder, mas transformam o encontro nos jardins da casa de Maluf em algo mais que uma simples oportunidade fotográfica. O PT não só verteu milhões para os caixas do partido Maluf, como aceitará a tática malufista de negar as evidências, mesmo quando são esmagadoras.
Em defesa de Maluf pode-se dizer que ele nunca prometeu a renovação ética da política brasileira. Usa apenas um mesmo e fiel assessor de imprensa para rebater críticas nos espaços de cartas de leitores. Descendente de árabes, Maluf jamais, ao que me consta, culpou uma conspiração sionista por sua desgraça. Sempre foi o Maluf apenas, sem maiores mistificações.
Montado numa máquina publicitária, apoiado por uma miríade de intelectuais, orientado por competentes marqueteiros, o PT viverá em escala partidária a aventura individual de Maluf: negar as evidências. Até o momento nada indica que assumirá a realidade. Seu caminho deve ser negar, negar, como o marido infiel nas peças de Nelson Rodrigues - por sinal, o inventor da expressão "óbvio ululante".
O mensalão não é um cadáver no armário, invenção de opositores ou da imprensa. Nasceu, cresceu e implodiu nas entranhas do governo. É difícil sentar-se em cima dos fatos. Ele são como uma baioneta: espetam.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
O texto chega a ser didático de tão claro. E não acho que Gabeira possa ser desqualificado como mais um representante das "elites dominantes". Em fim, como o autor mesmo disse, continuarão negando o óbvio eternamente, ou a dizer que outros também o fizeram, que são vítimas de uma conspiração golpista, etc., etc. ...Clermont escreveu:O PT na hora do lobo.
Fernando Gabeira, O Estado de S. Paulo, 28.09.12.
A Hora do Lobo é um filme de Ingmar Bergman. Os antigos a chamavam assim porque é a hora em que a maioria das pessoas morre... e a maioria nasce. Nessa hora os pesadelos nos invadem, como o fizeram com o personagem Johan Borg, interpretado por Max von Sydow.
Como projeto destinado a mudar a cultura política do País, o PT fracassou no início de 2003. Para mim, que desejava uma trajetória renovadora, o PT sobrevive como um fósforo frio. Entretanto, na realidade, é uma força indiscutível. Detém o poder central, ocupou a máquina do Estado, criou um razoável aparato de propaganda e parece que o dinheiro chove em sua horta com a regularidade das chuvas vespertinas na Floresta Amazônica.
Mas o PT está diante de um novo momento que poderia levá-lo a uma crise existencial, como o personagem de Bergman, atormentado pelos pesadelos. Pode também empurrá-lo mais ainda para o pragmatismo que cavou o abismo entre as propostas do passado e a realidade do presente.
O PT sempre usou duas táticas combinadas para enfrentar as denúncias de corrupção. A primeira é enfatizar seu objetivo: uma política social que distribui renda e reduz as grandes desigualdades nacionais. Diante dessa equação que enfatiza os fins e relativiza os meios, alguns quadros chegam a desprezar as críticas, atribuindo-as às obsessões da classe média, etiquetando-as como um comportamento da velha UDN, partido marcado pela oposição a Getúlio Vargas e pela proximidade com o golpe que derrubou João Goulart.
A segunda é criar uma versão corrigida para os fatos negativos, certo de que a opinião pública ficará perdida na guerra de versões. Esta tática é a que enfatiza o desprezo da política moderna pelas evidências, como se o confronto fosse uma guerra em que a verdade é vitimada por ambos os lados.
Acontece que essa fuga das evidências encontra seu teste máximo no julgamento do mensalão. O ministro Joaquim Barbosa apresenta as acusações com grande riqueza de detalhes. As teses corrigidas foram sendo atropeladas pelos fatos. Não era dinheiro público?
Ficou claro que sim, era dinheiro público circulando no mensalão. Ninguém comprou ninguém, eram apenas empréstimos entre aliados. Teses que se tornam risíveis diante da origem e do volume do dinheiro. O PT salvando o PP de José Janene, Pedro Correa e Pedro Henry da fúria dos credores?
O relatório de Joaquim Barbosa apresenta o mensalão como uma evidência reconhecida pela maioria do Supremo, dos órgãos de comunicação e dos brasileiros. Como ficará a tática do PT diante dessa realidade? Negar a evidência? É um tipo de reação que, mesmo em tempo de prosperidade econômica, não funciona quando os fatos são inequívocos.
Ao longo de minhas viagens observei que o mensalão não havia afetado as eleições municipais. Mas o processo está em curso. Algumas cidades já estão afetadas, como São Paulo e Curitiba. Nesta ocorre algo bastante irônico: o candidato Gustavo Fruet (PDT) é acusado de ter o apoio do PT e por isso perde votos. Fruet foi um dos deputados que investigaram o mensalão na CPI dos Correios.
A reação do PT diante da possível condenação de seus líderes vai ser decisiva. Encontrará forças para reconhecer seu erro, aceitar o julgamento do STF e iniciar um processo de autocrítica? Tudo indica que não. A teoria conspiratória domina suas declarações. O mensalão foi uma invenção da mídia golpista, dizem alguns. Na nota dos partidos aliados, que deviam ser chamados de partidos submissos, acusa-se uma manobra da oposição, como se tudo isso tivesse sido construído por ela, que descansa em berço esplêndido.
Numa entrevista raivosa, um dos réus, Paulo Rocha (PT-PA), alega que as denúncias do mensalão ocorrem porque Lula abriu o mercado brasileiro aos países árabes. A tese conspiratória é tão clássica que os judeus não poderiam ser esquecidos.
O ex-presidente Lula parece viver realmente a hora do lobo. Percorre o Brasil atacando adversários e diz que, tal como venceu o câncer, vai derrotar os candidatos de oposição. Se o ressentimento e o rancor brotam com tanta facilidade dos lábios do líder máximo, o que esperar do exército virtual de combatentes pagos para atirar pedras?
Este é um momento crítico na história do PT. Deve contestar estas evidências com a mesma eloquência com que contestou outras. Mas as de agora são transmitidas ao vivo, foram submetidas ao exame de ministros do Supremo, estão coalhadas de fatos, depoimentos, provas.
Ao contestar as evidências o PT não inventa um caminho. Paulo Maluf foi acusado durante anos de desviar dinheiro para o exterior e sempre negou. A condenação e a eventual prisão de líderes não afastam o PT do poder, mas transformam o encontro nos jardins da casa de Maluf em algo mais que uma simples oportunidade fotográfica. O PT não só verteu milhões para os caixas do partido Maluf, como aceitará a tática malufista de negar as evidências, mesmo quando são esmagadoras.
Em defesa de Maluf pode-se dizer que ele nunca prometeu a renovação ética da política brasileira. Usa apenas um mesmo e fiel assessor de imprensa para rebater críticas nos espaços de cartas de leitores. Descendente de árabes, Maluf jamais, ao que me consta, culpou uma conspiração sionista por sua desgraça. Sempre foi o Maluf apenas, sem maiores mistificações.
Montado numa máquina publicitária, apoiado por uma miríade de intelectuais, orientado por competentes marqueteiros, o PT viverá em escala partidária a aventura individual de Maluf: negar as evidências. Até o momento nada indica que assumirá a realidade. Seu caminho deve ser negar, negar, como o marido infiel nas peças de Nelson Rodrigues - por sinal, o inventor da expressão "óbvio ululante".
O mensalão não é um cadáver no armário, invenção de opositores ou da imprensa. Nasceu, cresceu e implodiu nas entranhas do governo. É difícil sentar-se em cima dos fatos. Ele são como uma baioneta: espetam.
Infelizmente, mais um partido que se junta à vala comum da mediocridade política brasileira.
[]´s,
JT
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Afronta ao Supremo e ao estado de direito (Editorial).
O Globo, 04.10.12.
Aceitamos qualquer veredicto da Justiça, contanto que seja a nosso favor — de forma bastante direta, este é o significado da iniciativa do mensaleiro Valdemar Costa Neto (PR-SP), já condenado pelo Supremo, e do advogado Marcio Thomaz Bastos de anunciarem a ida à Corte Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra veredictos da mais alta instância da Justiça brasileira.
Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, de histórica ligação com o PT lulista, defendeu, sem sucesso, o réu José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural, instituição considerada pelo STF peça essencial da máquina de lavagem de dinheiro montada a fim de tentar legalizar o dinheiro público desviado para abastecer o esquema do mensalão.
Bastos e outros advogados de defesa consideram que os réus sem foro privilegiado — a grande maioria — são prejudicados por não terem como apelar a alguma instância superior, pois o STF é a última.
Podem apenas, por meio de embargos, pedir esclarecimentos sobre sentenças ou reivindicar revisão do julgamento, caso tenham obtido no mínimo quatro votos no Pleno. A valer a crítica, toda autoridade com foro privilegiado teria seus direitos de defesa desrespeitados.
Reclamam — e levantariam a questão na OEA — que o julgamento do caso em bloco os prejudicou. O pedido de desmembramento do processo foi encaminhado diversas vezes ao STF, inclusive na primeira sessão do julgamento, reivindicação sempre rejeitada pelos ministros.
E com razão, pois fragmentar o processo inviabilizaria o julgamento de forma organizada de crimes cometidos. Só numa avaliação do conjunto da denúncia do Ministério Público Federal seria possível cada juiz votar com o máximo conhecimento dos fatos.
Sem considerar que transferir a maioria dos réus para a primeira instância significaria inocentá-los, a priori, dada a conhecida lerdeza dos tribunais. Não seria feita justiça, ao contrário. E desmembrar ou não processos é prerrogativa da Corte. No caso, o STF decidiu mantê-lo unificado.
Os advogados também não podem dizer que não tiverem o mais amplo direito de defesa. Durante cinco anos, por exemplo, testemunhas foram ouvidas em todo o país, com a ajuda dos tribunais regionais, e sempre em dias e horários diferentes, para permitir o acesso de qualquer advogado dos réus aos depoimentos.
Querer recorrer de decisões tomadas no processo do mensalão a instâncias internacionais é desrespeitar a Justiça e, em particular, o Supremo Tribunal Federal, equiparando-o a uma Corte chavista, sem qualquer independência, e ainda nivelar o Brasil a uma dessas ditaduras africanas onde o poder é unitário e vertical.
A advocacia precisa se acostumar com um Judiciário de fato independente, como estabelece a Constituição.
O Globo, 04.10.12.
Aceitamos qualquer veredicto da Justiça, contanto que seja a nosso favor — de forma bastante direta, este é o significado da iniciativa do mensaleiro Valdemar Costa Neto (PR-SP), já condenado pelo Supremo, e do advogado Marcio Thomaz Bastos de anunciarem a ida à Corte Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra veredictos da mais alta instância da Justiça brasileira.
Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, de histórica ligação com o PT lulista, defendeu, sem sucesso, o réu José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural, instituição considerada pelo STF peça essencial da máquina de lavagem de dinheiro montada a fim de tentar legalizar o dinheiro público desviado para abastecer o esquema do mensalão.
Bastos e outros advogados de defesa consideram que os réus sem foro privilegiado — a grande maioria — são prejudicados por não terem como apelar a alguma instância superior, pois o STF é a última.
Podem apenas, por meio de embargos, pedir esclarecimentos sobre sentenças ou reivindicar revisão do julgamento, caso tenham obtido no mínimo quatro votos no Pleno. A valer a crítica, toda autoridade com foro privilegiado teria seus direitos de defesa desrespeitados.
Reclamam — e levantariam a questão na OEA — que o julgamento do caso em bloco os prejudicou. O pedido de desmembramento do processo foi encaminhado diversas vezes ao STF, inclusive na primeira sessão do julgamento, reivindicação sempre rejeitada pelos ministros.
E com razão, pois fragmentar o processo inviabilizaria o julgamento de forma organizada de crimes cometidos. Só numa avaliação do conjunto da denúncia do Ministério Público Federal seria possível cada juiz votar com o máximo conhecimento dos fatos.
Sem considerar que transferir a maioria dos réus para a primeira instância significaria inocentá-los, a priori, dada a conhecida lerdeza dos tribunais. Não seria feita justiça, ao contrário. E desmembrar ou não processos é prerrogativa da Corte. No caso, o STF decidiu mantê-lo unificado.
Os advogados também não podem dizer que não tiverem o mais amplo direito de defesa. Durante cinco anos, por exemplo, testemunhas foram ouvidas em todo o país, com a ajuda dos tribunais regionais, e sempre em dias e horários diferentes, para permitir o acesso de qualquer advogado dos réus aos depoimentos.
Querer recorrer de decisões tomadas no processo do mensalão a instâncias internacionais é desrespeitar a Justiça e, em particular, o Supremo Tribunal Federal, equiparando-o a uma Corte chavista, sem qualquer independência, e ainda nivelar o Brasil a uma dessas ditaduras africanas onde o poder é unitário e vertical.
A advocacia precisa se acostumar com um Judiciário de fato independente, como estabelece a Constituição.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Relator vota pela condenação de José Dirceu e mais 7 por corrupção
O relator fez um longo voto sobre o ex-ministro que, segundo Joaquim Barbosa, foi o chefe do esquema.
O relator do processo do mensalão no STF, ministro Joaquim Barbosa, votou pela condenação por corrupção ativa dos três réus que integravam a cúpula do PT no governo Lula. Embora também tivesse condenado também o tesoureiro do partido, o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, absolveu o então presidente do PT. Ele encerra o voto nesta quinta-feira (4).
Um crime: corrupção ativa e dez réus. Entre eles, integrantes da cúpula do PT na época do mensalão: José Genoíno, Delúbio Soares e o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu. O relator fez um longo voto sobre o ex-ministro que, segundo Joaquim Barbosa, foi o chefe do esquema.
“Considero que o conjunto probatório contextualizado coloca o então ministro chefe da Casa Civil em posição central, posição de organização e liderança da prática criminosa, como mandante das promessas de pagamentos de vantagens indevidas aos parlamentares que viessem a apoiar as votações de seu interesse”.
O relator leu depoimentos de Marcos Valério e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, sobre José Dirceu. Afirmou que Delúbio tentou protegê-lo, mas depois admitiu a ligação do ex-ministro com o operador do esquema.
Joaquim Barbosa afirmou que Valério agendava encontros de José Dirceu com dirigentes do BMG e Banco Rural. “O encontro de José Dirceu como presidente do BMG, acompanhado de Valério e Delúbio Soares, ocorreu no dia 20 de fevereiro de 2003, quatro dias depois, senhor presidente, foi disponibilizado na conta da SMP&B, a soma de R$ 12 milhões. Esse montante foi usado, de acordo com o próprio representante da SMP&B, Marcos Valério, na distribuição de recursos para pessoas indicadas por Delúbio Soares”.
O relator também falou sobre o papel de José Genoíno, ex-presidente do PT, que assinou empréstimos em nome do partido. “O acusado executou o delito de corrupção ativa relativamente aos corréu Roberto Jefferson, mantendo com ele diálogos diretos sobre os montantes que seriam repassados em nome do Partido dos Trabalhadores”, fala Barbosa.
O relator condenou oito dos dez réus: José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério e os dois sócios, o advogado das empresas dele e a ex-funcionária Simone Vasconcellos e absolveu a também ex-funcionária de Marcos Valério, Geiza Dias e o ex-ministro Anderson Adauto.
Em seguida, o revisor começou a votar. Ricardo Lewandowski condenou quatro integrantes do núcleo operacional. Seguiu o relator e absolveu Geiza Dias e Anderson Adauto, e ao contrário de Joaquim Barbosa, inocentou, ainda, Rogério Tollentino e José Genoíno. Alegou falta de provas contra o ex-presidente do PT.
“O Ministério Público não conseguiu nem de longe apontar de forma concreta, os ilícitos que teriam sido praticados por José Genoíno”, fala o ministro do STF, Ricardo Lewandowski.
Só falta a decisão sobre o ex-ministro, José Dirceu, para o revisor concluir o voto sobre corrupção ativa. Ricardo Lewandowski retoma a leitura na sessão de amanhã (4). Em seguida, votam os outros oito ministros.
O relator fez um longo voto sobre o ex-ministro que, segundo Joaquim Barbosa, foi o chefe do esquema.
O relator do processo do mensalão no STF, ministro Joaquim Barbosa, votou pela condenação por corrupção ativa dos três réus que integravam a cúpula do PT no governo Lula. Embora também tivesse condenado também o tesoureiro do partido, o relator do processo, ministro Ricardo Lewandowski, absolveu o então presidente do PT. Ele encerra o voto nesta quinta-feira (4).
Um crime: corrupção ativa e dez réus. Entre eles, integrantes da cúpula do PT na época do mensalão: José Genoíno, Delúbio Soares e o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu. O relator fez um longo voto sobre o ex-ministro que, segundo Joaquim Barbosa, foi o chefe do esquema.
“Considero que o conjunto probatório contextualizado coloca o então ministro chefe da Casa Civil em posição central, posição de organização e liderança da prática criminosa, como mandante das promessas de pagamentos de vantagens indevidas aos parlamentares que viessem a apoiar as votações de seu interesse”.
O relator leu depoimentos de Marcos Valério e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, sobre José Dirceu. Afirmou que Delúbio tentou protegê-lo, mas depois admitiu a ligação do ex-ministro com o operador do esquema.
Joaquim Barbosa afirmou que Valério agendava encontros de José Dirceu com dirigentes do BMG e Banco Rural. “O encontro de José Dirceu como presidente do BMG, acompanhado de Valério e Delúbio Soares, ocorreu no dia 20 de fevereiro de 2003, quatro dias depois, senhor presidente, foi disponibilizado na conta da SMP&B, a soma de R$ 12 milhões. Esse montante foi usado, de acordo com o próprio representante da SMP&B, Marcos Valério, na distribuição de recursos para pessoas indicadas por Delúbio Soares”.
O relator também falou sobre o papel de José Genoíno, ex-presidente do PT, que assinou empréstimos em nome do partido. “O acusado executou o delito de corrupção ativa relativamente aos corréu Roberto Jefferson, mantendo com ele diálogos diretos sobre os montantes que seriam repassados em nome do Partido dos Trabalhadores”, fala Barbosa.
O relator condenou oito dos dez réus: José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério e os dois sócios, o advogado das empresas dele e a ex-funcionária Simone Vasconcellos e absolveu a também ex-funcionária de Marcos Valério, Geiza Dias e o ex-ministro Anderson Adauto.
Em seguida, o revisor começou a votar. Ricardo Lewandowski condenou quatro integrantes do núcleo operacional. Seguiu o relator e absolveu Geiza Dias e Anderson Adauto, e ao contrário de Joaquim Barbosa, inocentou, ainda, Rogério Tollentino e José Genoíno. Alegou falta de provas contra o ex-presidente do PT.
“O Ministério Público não conseguiu nem de longe apontar de forma concreta, os ilícitos que teriam sido praticados por José Genoíno”, fala o ministro do STF, Ricardo Lewandowski.
Só falta a decisão sobre o ex-ministro, José Dirceu, para o revisor concluir o voto sobre corrupção ativa. Ricardo Lewandowski retoma a leitura na sessão de amanhã (4). Em seguida, votam os outros oito ministros.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A ironia máxima é ouvir dizer que o Lewandowski e o Toffoli são comprados pelo PT, porque foram indicados durante o governo do PT.
E o Joaquim Barbosa ? E a Rosa Weber ? E o Luís Fux ? Faltou grana para comprar ? Todos eles foram indicados pelo PT.
E o Joaquim Barbosa ? E a Rosa Weber ? E o Luís Fux ? Faltou grana para comprar ? Todos eles foram indicados pelo PT.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Ou não estavam a venda.Boss escreveu: Faltou grana para comprar ?
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Uai, mas todo mundo que o PT indica é comprado, pelo menos quem fala do Lewandowski usa esse "argumento".
Mas não se vê na mídia nada lembrando quem indicou o Joaquim Barbosa, o "Batman" da sociedade.
Mas não se vê na mídia nada lembrando quem indicou o Joaquim Barbosa, o "Batman" da sociedade.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Eu não so fã do Lewandowski mas acho a perseguição que andam fazendo contra ele infundada.
Assim como acho errado tentar idolatrar o barbosa como se o resto do STF inteiro não presta-se.
Apesar que da pra entender frente a onda de sentimento de impunidade pelo qual o país passa no momento. Ver alguém pagando por crimes e sendo politico é a desforra pra muitos.
Quero ver como ficará a vida dos inocentados. Uns 5 já o foram.
Quanto aos culpados, que a pena seja efetivada de acordo.
PS: Detalhe que o lewandowski foi o maior defensor do ficha limpa! Mas a memoria da população é curta.
Assim como acho errado tentar idolatrar o barbosa como se o resto do STF inteiro não presta-se.
Apesar que da pra entender frente a onda de sentimento de impunidade pelo qual o país passa no momento. Ver alguém pagando por crimes e sendo politico é a desforra pra muitos.
Quero ver como ficará a vida dos inocentados. Uns 5 já o foram.
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PS: Detalhe que o lewandowski foi o maior defensor do ficha limpa! Mas a memoria da população é curta.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Olha... eu não sei de qual mídia você está falando, mas aqui no Rio vejo a imprensa lembrar a toda hora que foram os governos do PT que indicaram 8 ministros do STF. Claro que a maioria fala isso para atestar a isenção da corte frente aos ataques de dirigentes petistas e ameaças descabidas de recursos a cortes internacionais. Mas frizam bastante a origem das indicações, inclusive sobre Barbosa ter sido "apadrinhado" por Frei Betto.Boss escreveu:Uai, mas todo mundo que o PT indica é comprado, pelo menos quem fala do Lewandowski usa esse "argumento".
Mas não se vê na mídia nada lembrando quem indicou o Joaquim Barbosa, o "Batman" da sociedade.
Também não vi nenhuma acusação na imprensa quanto a Lewandowski ser "comprado" pelo PT. Vejo sim insinuações de sua "afinidade" com as versões do PT para o mensalão. Diga-se de passagem que ontem suas contradições foram apontadas pelos demais ministros em várias oportunidades, ainda no plenário, o que só faz reforçar a tese da "afinidade". O que é bem diferente de ser comprado.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Além do que, a ser verdade a indicação do do. Barbosa pelo Frei Betto Casaldáliga, este foi um dos primeiros a se afastar do governo Lula, alguma razão teve...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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