Marino escreveu:ATENÇÃO, no site da MB foi publicado na resenha um extrato de uma revista, que não conheço, chamada Defesa Latina.
Sugiro ler, com muita atenção, muito carinho, muito cuidado, devagar mesmo, decorando, imprimindo, deixando como protetor de tela, os dados publicados.
https://www.mar.mil.br/menu_v/sinopse/C ... 092009.htm
Consegui acessar...
O Degenar (Cosme Degenar Drumond) era sócio da T&D, está escrevendo para outras mídias, em particular, para esta revista. Ele é muito bem informado, tem acesso a grandes nomes, tanto nas FFAA quando no MD. O interessante é que ele teve permissão para liberar estes números...
Estes números foram aprovados pelo MD, não se trata de projetos ou desejos de cada uma das Forças e que foi somado e colocado na forma de matéria, é mais do que isso, é o que foi aprovado.
Já que vazou e estou convencido que foi "vazamento aprovado", então o debate neste fórum deve subir de tom e de nível. Se antes falava-se sobres questões de natureza política das decisões, agora tem que se falar da implicação geopolítica destes números e do tipo de equipamento que se propõe comprar.
Não quero esmiuçar nada agora, devemos apenas nos ater a importância do que apareceu nesta matéria. Não se prendam a valores e custos, já se tem consciência plena de tudo isto e se foi aprovado, então é porque tais custos foram muito bem absorvido por quem é de direito. Vamos nos prender a essência de tudo isto, que é cara que estará nossas FFAA a médio e longo prazo.
Já tiveram o cuidado de comparar tudo isso com as FFAA de países maiores, as ditas potências (não falo em super-potência)????
Conseguem compreender o que se prende e o quanto isso vai gerar enorme mal-estar?
Não se trata apenas de ter FFAA de "porte elevado", trata-se de um elemento que faz toda a diferença: o sub nuclear. Quantos países tem este equipamento e FFAA com o tamanho pretendido?
Alguém imagina que um país que ontem era nanico, que cresceu, e ambiciona ter FFAA desta envergadura, teria "aceitação" natural por aí? De outra forma, alguém imagina que as potências viriam tudo isso com naturalidade e depois diriam apenas "bem-vindo a grupo" sem fazer nada?
Quantos países no mundo aceitariam tal coisa? Quantos países aceitariam e estariam dispostos inclusive a nos ajudar a atingir este objetivo?
Junte todas estas perguntas, tire algumas conclusões e me responda mais uma: conseguem compreender porque nossas compras são mais interessantes se centradas em tais países que "nos apoiam e estão dispostos a nos ajudar"? Juntando "todos" estes países, qual sobra?
Continuando...
O ministro NJ realmente partiu para o ataque na apresentação que vez no Senado, disse com todas as letras que os alemães fizeram isso e aquilo e deixaram de fazer aquilo outro. Já viram que não vem uma resposta dos alemães desmentindo tudo isso, e nem confirmando? Por quê? Isto é coisa dos alemães ou parte interessada em melar o acordo com os franceses que não seja necessariamente alemã? Pense!!!
Por que alguém tentaria melar a compra dos Scorpene para o Brasil e não para o Chile (a luta lá foi dura também, mas não como está sendo aqui)? O que está em jogo é o Scorpene ou o SSN??? Se for o SSN, então querem impedir acesso ao mesmo ou a tudo o que se propõe fazer (os tais números divulgados)?
Agora tracem um paralelo de tudo isso com o FX-2, juntem tudo e procurem pela melhor alternativa (e não pelo melhor caça). Concluam!!!!
A coisa é tão grandiosa que muitos ainda não se dão conta, vários especialistas e militares afirmam que se trata de mais um delírio de noites de verão. É assim mesmo, quem está acostumado a comer mulher feia a vida toda, o dia que surge um baita "avião", se assusta e até brocha. Quem é conservador apela pra São Tomé, que é ousado reza pra outro "santo". É isso!!!
Como só estou perguntando e não querendo responder nada, apenas provocar o bom debate, dou mais duas variáveis pra se pensar:
1) A END nasceu como uma forma de se "regularizar" as compras militares, esta era a essência enquanto estava sendo elaborada. O tempo permitiu mudar muita coisa e agregar mais coisas interessantes, mesmo que não fosse implementada nem a médio prazo, apenas uma "normatização".
2) A END evolui e até sofreu ligeiras, mas profundas modificações (comparem a primeira divulgada com a que está no site do MD hoje, tem "vírgula" que fez uma diferença danada). Neste meio tempo veio o pré-sal, fez-se de tudo para omitir a informação, mas vazou e rápido. Foi necessário "atualizar" as coisas e "adiantar" as ambições. A END é praticamente a mesma (com as modificações que falei), mas a implementação foi alterada, a diferença maior virá no que vai para o Congresso aprovar.
A equação para se entender tudo é: END + pré-sal + intensa pressão externa. A equação demonstra o tamanho da importância de tudo isso, já a solução é o risco que se corre quando se busca a ousadia de querer ser grande de fato.
Orestes