Noticias de Portugal

[Paisano]

Prezado FoxTroop,

O que vou escrever pode até parecer contraditório, mas não é:

O FD, pelo menos desde que eu me registrei, sempre possuiu esse "extremismo". Ele ocorreu quando da exclusão do Rui Elias e atualmente ocorre em relação aos "pérfidos castelhanos".

No entanto, esse "extremismo" é que faz a personalidade singular do FD.

Lá, é possível achar tópicos onde o debate sobre um determinado tema ocorre de forma serena, civilizada e com informações importantes, mas, também, é possível achar outros onde o radicalismo e a intolerância imperam.

E esse tipo de dicotomia é, na minha opinião, a personalidade do FD.

Tais coisas são estranhas? São sim! Mas personalidade é igual bunda: Cada um tem a sua.

É por pensar dessa forma que eu continuo a frequentar o FD sem me importar com os "extremismos".

Um abraço.

[tflash]

Eu não comemoro o 25 de Abril por estar desiludido com a dita geração.

A culpa do que se passa não é do movimento e dos acontecimentos desse dia. A culpa é sim daqueles que prometeram ser melhores e não o são.

Eu nasci na democracia mas não na democracia plena. Eu lembro-me de que o uso de vestuário de uma certa cor me conotava com um partido. Muita gente tentou impor novas ditaduras. Muita gente aproveitou o vazio de poder para se instalar e fazer pior do que quem estava.

Pergunto eu. Será que existe mesmo revisionismo ou pelo contrário, os actos dos ditadores pesam o mesmo mas as acções de quem governa em democracia faz o povo pensar que eles afinal não eram assim tão maus?

Questiono-me agora tal como o próprio Otelo que não teria sido melhor eles estarem quietos e termos tido uma transição suave como na Espanha ou no Brasil?

Uma em que não se mudasse tudo só porque foi feito pela ditadura e em vez disso se mudasse apenas o que era necessário?

Não digo isto como provocação mas o 25 de Abril vai-se diluir na história com o passar do tempo. Será mais uma das várias revoluções em Portugal.

Se já ninguém liga ao 1º de Dezembro que é "só" a restauração da independência, temo que o 25 de Abril vá pelo mesmo caminho. Aja futebol e novelas!

[FoxTroop]

Eu comemoro o 25 de Abril. Não da forma como os comunistas se apropriaram dele, não da forma pseudo-revolucionária com que muitos saem à rua. Não o comemoro também como fim do Império ou como a "Grande Traição" com que os saudosistas e revisionistas tentam agora fazer crer dizendo que a vitória estava logo ali ao virar da esquina.

Comemoro o 25 de Abril, tal como quando pela primeira vez tive um ordenado. Comemoro o 25 de Abril porque o meu Povo o meu País, passou a poder ser ele e fazer o seu caminho, deixando de ser um simples e analfabeto servo. Não acredito que a transição pudesse ocorrer de outra maneira. Existiu um tempo para isso, na transição de Salazar para Caetano, depois, depois o momento passou e a roda seguiu. Depois só havia uma maneira. O que aconteceu depois podemos concordar ou não, mas não tenho dúvidas que não havia alternativa ao golpe.

Se depois disso esturramos a nossa liberdade em más escolhas, em opções ruinosas, votando por puro clubismo, olhando ao imediato sem preocupações que as consequências das nossas acções, a culpa é nossa e não de quem nos deu a liberdade para isso. Porque liberdade implica responsabilidade e máxima liberdade, máxima responsabilidade.

Se o fardo da responsabilidade é demasiado pesado para os nossos ombros, então que nos seja retirada a liberdade e que soframos o destino das bestas, tocadas pelo condutor à ponta de chicote. Ao menos no que vier a acontecer, poderemos sempre dizer imbecilmente, a culpa não é minha.

[soultrain]

Completamente de acordo FoxTroop!!!

[Hader]

Eu comemoro o 25 de Abril. Não da forma como os comunistas se apropriaram dele, não da forma pseudo-revolucionária com que muitos saem à rua. Não o comemoro também como fim do Império ou como a "Grande Traição" com que os saudosistas e revisionistas tentam agora fazer crer dizendo que a vitória estava logo ali ao virar da esquina.

Comemoro o 25 de Abril, tal como quando pela primeira vez tive um ordenado. Comemoro o 25 de Abril porque o meu Povo o meu País, passou a poder ser ele e fazer o seu caminho, deixando de ser um simples e analfabeto servo. Não acredito que a transição pudesse ocorrer de outra maneira. Existiu um tempo para isso, na transição de Salazar para Caetano, depois, depois o momento passou e a roda seguiu. Depois só havia uma maneira. O que aconteceu depois podemos concordar ou não, mas não tenho dúvidas que não havia alternativa ao golpe.

Se depois disso esturramos a nossa liberdade em más escolhas, em opções ruinosas, votando por puro clubismo, olhando ao imediato sem preocupações que as consequências das nossas acções, a culpa é nossa e não de quem nos deu a liberdade para isso. Porque liberdade implica responsabilidade e máxima liberdade, máxima responsabilidade.

Se o fardo da responsabilidade é demasiado pesado para os nossos ombros, então que nos seja retirada a liberdade e que soframos o destino das bestas, tocadas pelo condutor à ponta de chicote. Ao menos no que vier a acontecer, poderemos sempre dizer imbecilmente, a culpa não é minha.

As vezes, pelos turnos no DB, encontramos verdadeiras preciosidades. Coisas como este aniquilador texto do amigo FoxTroop. Coisas que deveriam ser lidas com máximo cuidado e refletidas em silêncio. Parabéns pelo texto Fox. Que aqueles que passarem por estas bandas o leiam com o merecido cuidado e se dediquem à reflexão, pois nele há a essência da verdade que deve alimentar a alma dos que amam a liberdade e compreendem a democracia. Sem mais nobre amigo!

[]'s

[cabeça de martelo]

Completamente de acordo FoxTroop!!!

X2

[JLRC]

Completamente de acordo FoxTroop!!!

X2

X3

[P44]

x4

[tflash]

Excelente comentário. E toca no ponto. As pessoas não querem assumir responsabilidades. Para muito português, um Salazar era mais que bom.

Quantos dos que dizem pelos cafés (e meios mais nobres) que é tudo a mesma cambada e nunca leram um programa partidário, se lhes perguntarem sobre um partido não sabem dizer mais do que se é de direita ou esquerda, não sabendo o significado disso.

Ganham-se eleições autárquicas com alcatroamentos de estradas e rotundas novas, Legislativas com medidas como a despenalização do aborto, casamento gay sem que o povo que vota se preocupe com a forma como vai ser conduzida a economia porque é muito complicado.

Quando é para votar, vota-se naquele porque é do Benfica, porque é daqui da terra e pode fazer qualquer coisa por nós (tal como o Salazar fez no seu distrito), não votam porque tem cara de parvo, porque não deu beijos em crianças e velhas, etc.

Criou-se uma classe politica profissional que cresce cada vez mais e está completamente desfasada da realidade. Muitos não conhecem o conceito de ganhar dinheiro, apenas sabem que tem de gerir orçamentos. O caso mais flagrante é o de que um fulano que começou nas juventudes partidárias, arranjou um "tacho" numa câmara a assinar projectos de casas ilegais com uma licenciatura duvidosa conseguiu chegar a um ministério porque é fotogénico, bom falante e mais grave, ascende a primeiro-ministro da nação.

De quem é a culpa da situação que estamos? É do povo Português no seu todo ainda que eu não a assuma individualmente porque não voto sem conhecer os programas partidários (e já consultei todos desde o BE ao PNR) e ver uns quantos debates. Agora até ficam no youtube.

O mais grave de tudo é que isto já vem da monarquia constitucional, agravou-se na 1ª república, continuou no estado novo e perpetua-se nesta terceira republica.

As revoluções agitam as as coisas mas há sempre uns espertos que conseguem subverter o povo. Só mudam os nomes e os métodos.

[P44]

Aliás a situação actual parece fotocópia dos últimos anos da Monarquia.

e mais "boas noticias"

Intervenção do FMI deve levar a corte de salários no privado
26 de Abril, 2011
por João Paulo Madeira
A intervenção do FMI em Portugal deverá desencadear um corte de salários no sector privado. A troika quer também agilizar as regras do mercado de trabalho e tornar os despedimentos mais fáceis. O artigo constitucional que impede os despedimentos sem justa causa foi abordado nas discussões com sindicatos e patrões.

Dos encontros entre os técnicos estrangeiros e as entidades patronais e sindicais surgiu a indicação de que a intervenção externa deverá resultar num corte dos vencimentos no sector privado, através da redução dos pagamentos por trabalho extraordinários e outros suplementos. João Vieira Lopes, da CCP, admitiu que a troika fez questões sobre como «baixar os custos de contexto».

O Código do Trabalho não permite reduções das remunerações-base, mas há vários campos onde a lei pode actuar, nomeadamente através da legislação fiscal e contributiva: nas horas extraordinárias, no subsídio de alimentação e nas ajudas de custo.

As reformas no mercado de trabalho foram o ponto quente dos encontros entre a troika e os parceiros sociais, na semana passada. E o secretário-geral da UGT, João Proença, admitiu já que a proibição dos despedimentos sem justa causa foi abordada, tendo manifestado a sua discordância face a eventuais mudanças.

Já o presidente da CIP, António Saraiva, defendeu junto dos técnicos destes organismos «alterações aos dispositivos constitucionais que têm impedido a adopção de um enquadramento favorável a uma gestão racional e dinâmica das empresas». O artigo onde se consagra a garantia da segurança do emprego e a proibição dos despedimentos sem justa causa foi debatido na reunião, confirmou o SOL.

Segundo fonte comunitária, será difícil que mudanças na Constituição integrem o acordo entre Portugal e as entidades externas. Mas há precedentes de países que tiveram de fazer mudanças constitucionais para permitir as reformas impostas pelo FMI. Aconteceu recentemente na Geórgia, que introduziu uma cláusula específica para levar a cabo as reformas fiscais solicitadas pelo Fundo.

Em Portugal, as questões mais problemáticas estão relacionadas com a protecção do emprego. E os constitucionalistas ouvidos pelo SOL apontam para a a necessidade de rever a Lei Fundamental. Para Jorge Bacelar Gouveia, é «evidente que a Constituição tem de permitir despedimentos individuais em situações excepcionais, nas quais as contratações de trabalhadores se mostrem ineficientes», nomeadamente na Administração Pública, um «depósito de escolhas partidárias, sem qualquer critério de produtividade».

Já Rui Medeiros entende que as reformas laborais que o FMI quer fazer seriam facilitadas com mudanças na Constituição. Os «constrangimentos» actuais podem «condicionar soluções que se considerem mais adequadas para resolver os problemas estruturais do país e da competitividade», disse ao SOL.

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Int ... t_id=17684

[Paisano]

Torcedor do Porto!!!

[manuel.liste]

¿Realmente alguien piensa que recortar los escasos salarios privados de los portugueses solucionará algo? Si lo hacen, el consumo privado se reducirá, se recaudarán menos impuestos y el Estado no podrá devolver sus deudas

La medida obvia para salir de la crisis es reducir el Estado, recortar gasto y funcionarios públicos. Devolver parte de la riqueza a la sociedad, y dedicar otra parte de reducir las deudas

y desvalorizar el euro

[Paisano]

Só quero lembrar a todos que foram as chamadas "receitas do FMI" que levaram a Argentina praticamente à bancarrota, como, aliás, está bem descrito no texto abaixo:

De fato, como o jornalista Paul Krugman escreveu, o “catastrófico fracasso” (catastrophic failure) resultou das políticas econômicas aplicadas na Argentina com o selo - “made in Washington”. E não sem razão o economia americano Jeffrey Sachs advertiu que o país que “segue a receita do FMI cegamente corre o risco de acabar num abismo”. “O que quero dizer é que, algumas vezes, isso significa não obedecer totalmente ao que o FMI determina” – enfatizou Jeffrey Sachs, salientando: “Basta olhar para a Argentina para ver o que acontece”.

Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/017/17mbandeira.htm

[P44]

Torcedor do Porto!!!

olhe, ide apanhar nos entrefolhos!

(já agora qual era a citação?)

[P44]

Só quero lembrar a todos que foram as chamadas "receitas do FMI" que levaram a Argentina praticamente à bancarrota, como, aliás, está bem descrito no texto abaixo:

De fato, como o jornalista Paul Krugman escreveu, o “catastrófico fracasso” (catastrophic failure) resultou das políticas econômicas aplicadas na Argentina com o selo - “made in Washington”. E não sem razão o economia americano Jeffrey Sachs advertiu que o país que “segue a receita do FMI cegamente corre o risco de acabar num abismo”. “O que quero dizer é que, algumas vezes, isso significa não obedecer totalmente ao que o FMI determina” – enfatizou Jeffrey Sachs, salientando: “Basta olhar para a Argentina para ver o que acontece”.

Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/017/17mbandeira.htm

o que interessa ao FMI É ISTO:

Juros cobrados fazem disparar lucros do FMI
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... ros-do-fmi

FMI deverá lucrar 520 milhões de euros com ajuda a Portugal
http://noticias.portugalmail.pt/artigo/ ... a-portugal

eles querem lá saber de quem sofra!