Guerra no tráfico no RJ - mais um capítulo
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- interregnum
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Pessoal este texto dá a entender que o governo vai usar a brigada de GLO. Só que a 11ª Brigada de Infantaria Leve não fica em GO e sim em SP. Se bem que é dito que ela foi treinada em GO e não que é localizada lá.
HELENA CHAGAS
Exército pode ficar
Há tempos o governo Lula tenta intervir na segurança do Rio. Mas esbarra sempre no casal Garotinho, com quem a conversa é complicada. Agora, porém, o fato está criado. As tropas ocuparam as favelas e estão em guerra com os traficantes. E o que se discute hoje em Brasília é uma forma de manter a intervenção mesmo depois de recuperadas as armas roubadas.
Uma das idéias examinadas no Planalto e nos Ministérios da Justiça e da Defesa é substituir as tropas que estão agindo neste momento pela brigada do Exército treinada em Goiás especialmente para agir na área da segurança nos grandes centros urbanos em conjunto com as polícias militares. Essas forças especiais estariam mais preparadas para lidar com conflitos com o tráfico, reduzindo ao mínimo possível os riscos para a população inocente.
— Essa é a oportunidade que o governo tem de agir de uma vez por todas para combater o tráfico no Rio. As tropas não podem simplesmente virar as costas e ir embora — diz o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), que participa das conversas no governo.
Segundo Biscaia, há embasamento constitucional e legal para a permanência do Exército por mais tempo nos morros ou até nas ruas, numa operação conjunta com o governo estadual.
Mas é aí que as coisas complicam. Nas tentativas anteriores de se colocar a força-tarefa nas ruas, a governadora Rosinha recusou-se a assinar ofício pedindo a intervenção de forças federais na segurança do Estado. Como isso é requisito essencial, e só restaria a opção da intervenção federal prevista na Constituição — medida extrema que seria uma violência política da União contra o estado — nada feito.
Agora, porém, avalia-se no Planalto que a situação pode ser diferente. Juridicamente, o roubo das armas no quartel do Exército deu a justificativa para as tropas subirem os morros. No limite, enquanto não acharem, podem ficar lá.
Politicamente, há também fortes argumentos. Apesar das manifestações de comunidades das favelas — algumas nitidamente estimuladas e forçadas pelo tráfico ilhado — há indicações de que a maioria da população do Rio aprova a ação. Afinal, as estatísticas mostram redução nos índices de criminalidade nas áreas próximas às favelas ocupadas.
Por tudo isso, há expectativa de que a governadora, percebendo tratar-se de canoa politicamente interessante, nela poderá embarcar, assinando o tal ofício. A menos de uma semana das prévias do PMDB, quando se estará decidindo o futuro da família Garotinho, é bom ficar de olho.
Politicamente, porém, não há dúvidas sobre quem ganha mais com a operação, se bem-sucedida: Lula, que no ano eleitoral de 2006 precisa muito recuperar os votos perdidos no Rio. No morro e no asfalto.
- Renato Grilo
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13/03/2006 - 15h00
Exército inicia nova fase da operação com cerco na favela do Dendê
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da Folha Online, no Rio
A segunda fase da operação do Exército nos morros do Rio de Janeiro começou no início da tarde desta segunda-feira com um cerco nas favelas do Dendê, na Ilha do Governador, e na Vila dos Pinheiros, no complexo da Maré, zona norte do Rio, segundo informações do Comando Militar do Leste.
Os militares cumprem mandados de busca e apreensão nas duas favelas. Segundo o porta-voz do Exército, coronel Fernando Lemos, foram enviados cerca de 150 homens para cada comunidade. Existem suspeitas de que as armas levadas de um quartel, no último dia 3, ou os responsáveis pelo roubo estejam escondidos nas favelas.
O morro do Dendê havia sido ocupado pelo Exército até a última quinta-feira. Segundo o coronel Lemos, a força-tarefa é composta pelo Exército e pela Secretaria de Segurança, na parte operacional. A Polícia Federal, a Aeronáutica e a Marinha cooperam na parte de inteligência.
Apesar da mudança na operação --que passou a ser mais seletiva e pontual--, o Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
Brasil Acima de Tudo
- rodrigo
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Entidades protestam contra carro blindado da PM do Rio
por Claudio Julio Tognolli
Na próxima segunda-feira (13/10), entidades de defesa dos direitos humanos iniciam uma campanha internacional contra a utilização pela polícia do Rio de Janeiro de veículos blindados como o caveirão nas comunidades pobres da cidade. A campanha será lançada simultaneamente no Rio de Janeiro e em Londres pela Amnesty International, Justiça Global, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e pelo Centro de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis.
No Rio, às 11 horas será realizada a apresentação oficial da Campanha na Rua México, 41, 12º andar, sede do Conselho Regional de Serviço Social. Às 15 horas, as organizações se reúnem em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, para a coleta de assinaturas do abaixo assinado contra a utilização do caveirão e de outros blindados pela polícia fluminense.
O caveirão é um carro blindado adaptado para ser um veículo militar. A palavra caveirão refere-se ao emblema do Bope — Batalhão de Operações Policiais Especiais, que aparece com destaque na lateral do veículo.
Segundo as entidades, nas operações realizadas pelo caveirão, a polícia faz ameaças psicológicas e físicas aos moradores, com o intuito de intimidar as comunidades. “O emblema do Bope — uma caveira empalada numa espada sobre duas pistolas douradas — envia uma mensagem forte e inequívoca: o emblema simboliza o combate armado, a guerra e a morte”, dizem.
As entidades também afirmam quer “o tom e a linguagem utilizados pela polícia durante as operações com caveirão são hostis e autoritários. As ameaças e os insultos têm um efeito traumatizante sobre as comunidades, sendo as crianças especialmente vulneráveis. Alto-falantes montados na parte externa do veículo anunciam repetidamente a chegada do caveirão: ‘Crianças, saiam da rua, vai haver tiroteio’. Ou de forma mais ameaçadora: ‘Se você deve, eu vou pegar a sua alma’. Quando o caveirão se aproxima de alguém na rua, a polícia grita pelo megafone: ‘Ei, você aí! Você é suspeito. Ande bem devagar, levante a blusa, vire... agora pode ir...’”.
O governo do Rio de Janeiro alega que um dos principais motivos para a utilização do caveirão é a proteção dos policiais em operações nas comunidades. As entidades alegam que “a polícia tem o direito legítimo de se proteger enquanto trabalha. Mas também tem o dever de proteger as comunidades que está servindo. O policiamento agressivo tem resultado em grande sofrimento para as comunidades pobres do Rio, bem como sua perda de confiança na capacidade do estado de manter e garantir a segurança”.
Para as organizações que promovem a campanha “com o caveirão tornou-se extremamente difícil responsabilizar a polícia em casos de violência. Embora, em teoria, devesse ser possível, através de investigações balísticas, traçar a origem das balas para as armas individuais que as dispararam, na prática este procedimento não é usado e raramente são feitos exames. O anonimato dos policiais quando operam dentro do caveirão agrava o problema. Em conseqüência, os policiais atiram nas comunidades de dentro do caveirão sem medo de serem identificados e processados”.
Para tais organizações, o caveirão é um símbolo das falhas da política de segurança pública do Rio de Janeiro. A campanha, além da remessa de cartões postais à governadora do estado, recolherá assinaturas da população em um abaixo assinado pelo fim do uso do veículo. Como forma de mobilização e de sensibilização, as organizações apresentarão um vídeo com depoimentos de crianças sobre o pavor que sentem do blindado.
Revista Consultor Jurídico, 10 de março de 2006
http://conjur.estadao.com.br/static/text/42596,1
Fico triste ao ver o avanço dos criminosos na mídia.
por Claudio Julio Tognolli
Na próxima segunda-feira (13/10), entidades de defesa dos direitos humanos iniciam uma campanha internacional contra a utilização pela polícia do Rio de Janeiro de veículos blindados como o caveirão nas comunidades pobres da cidade. A campanha será lançada simultaneamente no Rio de Janeiro e em Londres pela Amnesty International, Justiça Global, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e pelo Centro de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis.
No Rio, às 11 horas será realizada a apresentação oficial da Campanha na Rua México, 41, 12º andar, sede do Conselho Regional de Serviço Social. Às 15 horas, as organizações se reúnem em frente à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, para a coleta de assinaturas do abaixo assinado contra a utilização do caveirão e de outros blindados pela polícia fluminense.
O caveirão é um carro blindado adaptado para ser um veículo militar. A palavra caveirão refere-se ao emblema do Bope — Batalhão de Operações Policiais Especiais, que aparece com destaque na lateral do veículo.
Segundo as entidades, nas operações realizadas pelo caveirão, a polícia faz ameaças psicológicas e físicas aos moradores, com o intuito de intimidar as comunidades. “O emblema do Bope — uma caveira empalada numa espada sobre duas pistolas douradas — envia uma mensagem forte e inequívoca: o emblema simboliza o combate armado, a guerra e a morte”, dizem.
As entidades também afirmam quer “o tom e a linguagem utilizados pela polícia durante as operações com caveirão são hostis e autoritários. As ameaças e os insultos têm um efeito traumatizante sobre as comunidades, sendo as crianças especialmente vulneráveis. Alto-falantes montados na parte externa do veículo anunciam repetidamente a chegada do caveirão: ‘Crianças, saiam da rua, vai haver tiroteio’. Ou de forma mais ameaçadora: ‘Se você deve, eu vou pegar a sua alma’. Quando o caveirão se aproxima de alguém na rua, a polícia grita pelo megafone: ‘Ei, você aí! Você é suspeito. Ande bem devagar, levante a blusa, vire... agora pode ir...’”.
O governo do Rio de Janeiro alega que um dos principais motivos para a utilização do caveirão é a proteção dos policiais em operações nas comunidades. As entidades alegam que “a polícia tem o direito legítimo de se proteger enquanto trabalha. Mas também tem o dever de proteger as comunidades que está servindo. O policiamento agressivo tem resultado em grande sofrimento para as comunidades pobres do Rio, bem como sua perda de confiança na capacidade do estado de manter e garantir a segurança”.
Para as organizações que promovem a campanha “com o caveirão tornou-se extremamente difícil responsabilizar a polícia em casos de violência. Embora, em teoria, devesse ser possível, através de investigações balísticas, traçar a origem das balas para as armas individuais que as dispararam, na prática este procedimento não é usado e raramente são feitos exames. O anonimato dos policiais quando operam dentro do caveirão agrava o problema. Em conseqüência, os policiais atiram nas comunidades de dentro do caveirão sem medo de serem identificados e processados”.
Para tais organizações, o caveirão é um símbolo das falhas da política de segurança pública do Rio de Janeiro. A campanha, além da remessa de cartões postais à governadora do estado, recolherá assinaturas da população em um abaixo assinado pelo fim do uso do veículo. Como forma de mobilização e de sensibilização, as organizações apresentarão um vídeo com depoimentos de crianças sobre o pavor que sentem do blindado.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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- Pablo Maica
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Opa irmao, aleluia
50% do salario ja ta bom?
Garotinho 2006
Presidente da republica evangelica do brasil
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Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
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- Clermont
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entidades de defesa dos direitos humanos iniciam uma campanha internacional contra a utilização pela polícia do Rio de Janeiro de veículos blindados como o caveirão nas comunidades pobres da cidade. A campanha será lançada simultaneamente no Rio de Janeiro e em Londres pela Amnesty International, Justiça Global, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência e pelo Centro de Defesa de Direitos Humanos de Petrópolis.
Em tempo de ditadura, quando não oposição legal, tais atitudes acabam sendo a única alternativa para aqueles que se vêem privados de voz. Mas na plena vigência do regime democrático, um cidadão brasileiro que tenta impor sua visão de mundo através da utilização de entidades estrangeiras, pode ser considerado como um traidor.
Quanto ao mérito em si da questão, é de um ridículo tão atroz que eu me pergunto: por quê será que essa gente acha que boa parte da sociedade os considera, simplesmente, "amigos de bandidos"? Outra coisa que me choca é a incapacidade desse pessoal em aprender alguma coisa com a fracassada campanha do desarmamento. Se tivessem aprendido, teriam visto como estão totalmente fora de sintonia com a sociedade brasileira.
O resultado acaba sendo justamente o oposto do que eles poderiam almejar. Ou seja, ao invés de um clima de respeito à lei e de moderação, com atitudes ridículas como essa "luta anti-caveirão", eles só produzem um clima de radicalismo e extremismo do tipo "bandido bom é bandido morto". E daí se entende por que atitudes como massacres ilegais, em larga escala, de prisioneiros acabam sendo defendidas por muita gente decente.
É triste viver num país que a cada dia que passa, vai se dilacerando em meio a radicais e fanáticos, tanto "bonzinhos" quanto "mauzinhos"...
Lembrai-vos de 1964...
- Túlio
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Pessoal,olhem esse video,eu nem sei como o classificar.VALEU
http://media.putfile.com/shoot-out-in-rio-03102006
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Mas esses caras tão de sacanagem, tirar os Caveirões do BOPE? Então manda esses machões dos direitos humanos dos bandidos subirem os morros com flores para os traficantes. E, já que estão lá, curtir aquela maconhinha, pózinho de qualidade, que é o que eles gostam. CAMBADA DE CRIMINOSOS, os traficantes e esses merdas.
Hoje assisti a uma palestra com o Wagner Montes. Esse cara tinha que ser o presidente!
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Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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13/03/2006 - 19h00
PM encontra metralhadora do Exército em favela do Rio
da Folha Online
Uma metralhadora pertencente ao Exército foi encontrada pela Polícia Militar nesta segunda-feira em Manguinhos (zona norte do Rio). Tropas do Exército haviam deixado uma favela do bairro horas antes, bem como outras regiões das zonas norte e oeste da cidade.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a metralhadora é do Exército e deverá ser submetida a exames periciais. O modelo da arma não foi informado. A metralhadora teria sido abandonada por um grupo de homens que fugiu. Foram apreendidos também o carregador da arma e munição, além de maconha.
Nesta segunda, equipes de cerca de 150 militares cercaram as favelas do Dendê, na Ilha do Governador, e da Vila dos Pinheiros, no complexo da Maré (ambas na zona norte do Rio), para cumprir mandados e busca e apreensão, segundo informações do Comando Militar do Leste.
A operação nos morros e favelas ocorre desde que dez fuzis FAL e uma pistola foram roubados de um quartel em São Cristóvão, no último dia 3.
O morro do Dendê estava ocupado pelo Exército até a última quinta-feira (9). Segundo o coronel Lemos, a força-tarefa é composta pelo Exército e pela Secretaria de Segurança, na parte operacional. A Polícia Federal, a Aeronáutica e a Marinha cooperam na parte de inteligência.
Apesar da mudança na operação --que passou a ser mais seletiva e pontual--, o Exército afirma que os trabalhos terminarão apenas quando as armas forem encontradas.
O roubo ocorreu na madrugada do dia 3, uma sexta-feira. Sete homens vestindo roupas camufladas e toucas ninja invadiram o ECT (Estabelecimento Central de Transportes), em São Cristóvão (zona norte do Rio), renderam e agrediram soldados responsáveis pela guarda e roubaram dez fuzis FAL e uma pistola que estavam em armários.
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13/03/2006 - 19h44
Exército admite desconhecer paradeiro de armas roubadas
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O Exército admitiu nesta segunda-feira que, apesar de ter ocupado morros e favelas do Rio e bloqueado rodovias, as armas roubadas de um quartel em São Cristóvão (zona norte do Rio) há dez dias podem ter sido levadas para diversas comunidades da cidade ou sido retiradas do Estado.
O balanço da operação divulgado pelo secretário estadual da Segurança Pública do Rio, Marcelo Itagiba, foi de 228 armas apreendidas, 38 apreensões de drogas e 13 autos de resistência à prisão. Porém, dos dez dias de operação, nenhum dos dez fuzis FAL ou a pistola roubados foram localizados.
Embora as armas não tenham sido recuperadas ainda, o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, general de brigada Hélio Chagas de Macedo Júnior, avaliou a operação como "muito boa".
"Considero muito bom [o resultado] porque a ação está levantando vários aspectos. (...) Até pela aprovação da cidade os efeitos colaterais positivos são bons", afirmou Macedo. Ele disse que a operação terá um resultado "ótimo" se encontrar as armas roubadas.
Inicialmente, o Exército ocupou dez morros e favelas. Depois, a operação foi reduzida para oito favelas e finalmente para seis. Desde domingo (12), as tropas foram retiradas das favelas da Mangueira, Manguinhos, Providência, Complexo do Alemão, Jacarezinho, na zona norte, e Metral, na zona oeste.
O Exército, todavia, negou que a primeira fase da operação, de "presença maciça" nas principais comunidades carentes da cidade, tenha sido um fracasso e afirmou que vai realizar ações pontuais com base em cruzamento de dados do Disque-Denúncia e de outras fontes.
"Não houve retrocesso. Hoje continuamos ações integradas da força-tarefa em unidades que já haviam sido visitadas", afirmou.
Segundo o general Macedo, o efetivo de cerca de 1.200 homens não será reduzido. Na prática, no entanto, a maioria pode estar de sobreaviso nos quartéis. Para as operações na favela do Dendê, Ilha do Governador, e na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, zona norte do Rio, foram deslocados cerca de 200 homens para cada comunidade.
Repercussão
O general destacou a aprovação da população à atuação do Exército e a redução dos índices de criminalidade. Porém, o secretário Itagiba afirmou que não existem dados que comprovem a redução da criminalidade do Estado e que estas informações só serão conhecidas no final do mês.
Sobre a reação das comunidades à presença das tropas, o Exército afirma que parte da resistência é induzida pelos traficantes e também pela mudança na rotina das comunidades. No morro da Providência, zona central do Rio, a saída dos militares foi celebrada com fogos de artifício pelos traficantes.
"O Exército está preparado para isso. Temos que ter o profissionalismo para enfrentar", disse.
Segundo o chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste, os dados de inteligência não foram favoráveis de início e até agora não se encontrou nada de concreto. Ele negou que a saída tenha sido motivada pelo fim do prazo dos mandados de busca e apreensão.
Para Marcelo Itagiba, secretário da Segurança, a situação no Rio não é digna de intervenção e sim de integração das polícias. "Para combater a criminalidade não precisamos de intervenção e sim de integração."
Durante a tarde, um angolano foi preso na Vila dos Pinheiros. Segundo a PM, ele foi detido para averiguações e liberado.
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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228 armas apreendidas, 38 apreensões de drogas e 13 autos de resistência à prisão
Prejuízo muito maior do que os 10 fuzis.
Eu considero muito positiva a reação e considero muito positiva a atitude do EB de manter as operações. Agora vem realmente o que deveria ser feito na teoria. Antes era só a marcação de presença. Os fuzis vão aparecer mais cedo ou mais tarde.
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