Governo Dilma Rousseff
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Re: Governo Dilma Rousseff
E o pessoal esquece que Ana Maria Braga deu forte apoio (pessoal) a Presidenta quando ela teve câncer...
A mulher agora é Presidenta de todos (inclusive da turma do PIG), de quem votou e de quem não votou. Quem perdeu que se conforme e saiba perder, quem ganhou também deve saber entender a importância do cargo que ela ocupa. Dessa "gritaria" infundada eu não participo.
Vamos lembrar em qual jornal o Lula participou logo depois de ser eleito em 2002: JN. Ele esqueceu de tudo que a Globo fez contra ele também???
[]'s.
A mulher agora é Presidenta de todos (inclusive da turma do PIG), de quem votou e de quem não votou. Quem perdeu que se conforme e saiba perder, quem ganhou também deve saber entender a importância do cargo que ela ocupa. Dessa "gritaria" infundada eu não participo.
Vamos lembrar em qual jornal o Lula participou logo depois de ser eleito em 2002: JN. Ele esqueceu de tudo que a Globo fez contra ele também???
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Re: Governo Dilma Rousseff
Quer dizer pegou o jatinho presidencial para cozinhar no programa da Ana Maria Braga...é irresponsabilidade com o dinheiro público isso sim.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Governo Dilma Rousseff
Cortes para todos, menos para os juros
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... juros#more
Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassi ... juros#more
Enviado por luisnassif, seg, 28/02/2011 - 18:44
Mais cedo ou mais tarde, a política econômica vai ter que chegar a um meio termo. Assim não dá. Há que se ser cauteloso, não embarcar em aventuras fiscais, tratar o mercado com racionalidade, para evitar estouros da boiada.
Mas há algo de profundamente irracional nessa estratégia econômica que procura se impor pela racionalidade.
No ano passado foram tomadas medidas prudenciais, em contraposição à política pavloviana de aumentar os juros.
Há sinais desencontrados na economia, com setores aquecidos e outros em processo de desaquecimento, frutos justamente das medidas adotadas. Ora, se existem esses desencontros, é sinal de que o aquecimento é setorial, mais na construção civil, menos na indústria automobilística. O único dado mais generalizante é o do desemprego aberto – que caiu bastante. Mas mesmo na Fazenda há dúvidas sobre os sinais emitidos pelo mercado de trabalho.
Ora, se o aquecimento se dá no mercado automobilístico, estiquem-se os prazos de financiamento – como foi feito. Se se dá no mercado imobiliário, reduzam-se os incentivos e o crédito. Há um conjunto de ferramentas permitindo atuar diretamente sobre os setores aquecidos.
Quando se aumentam os juros, afeta-se a economia como um todo – como se todos os setores estivessem aquecidos. E com todas as contraindicações possíveis:
1. Aumento dos encargos da dívida.
2. Mais cortes nos gastos públicos para garantir a meta de redução da relação dívida/PIB.
3. Mais dólares entrando provocando apreciação cambial e mais custo fiscal, com a necessidade de comprar dólares e ampliar as reservas cambiais.
4. Encarecimento do investimento, pelo aumento da taxa de retorno esperada.
Então, qual a razão?
O governo Dilma conquistou adesões devido ao fato de ser racional, dos agentes econômicos esperarem decisões racionais e responsabilidade na condução da política econômica.
Então qual a razão dessa demora em abrir a discussão sobre os juros? Qual a razão de anunciar o aumento da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) afetando todos os financiamentos do BNDES voltados para ampliação da capacidade produtiva?
Como justificar todos os cortes sem discutir abertamente os efeitos da Selic sobre as contas públicas, já que existe uma relação direta entre ambos? Seria até uma maneira de legitimar os cortes para todos os setores afetados.
A racionalidade exige muitos sacrifícios: inclusive os de investir contra os dogmas irracionais do mercado.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Dá para acreditar
http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/0 ... o-escravo/
Acordo mina programa de combate a trabalho escravo
28/02/2011 - 9:20 - Sem categoria52 Comentários »
E o governo assinou o acordão com a Cosan.
Adiantei, no dia 15 de fevereiro, que o governo federal estava fechando um acordo com o maior produtor de açúcar e álcool do mundo para que ele ficasse fora da “lista suja” do trabalho escravo em definitivo. Pois bem, hoje uma boa reportagem de João Carlos Magalhães, no jornal Folha de S. Paulo, traz a negociação. O título acima foi tirado de lá.
A relação traz o nome das pessoas físicas e jurídicas flagradas com esse tipo de mão-de-obra por equipes de fiscalização, que ficam expostos por dois anos – período durante o qual devem provar que regularizaram a situação e não incorreram novamentre no crime. Durante esse tempo, não conseguem financiamentos públicos e sofrem boicotes de empresas públicas e privadas.
A Advocacia Geral da União, que tem sido célere em defender a “lista suja” diante de ações judiciais que tentam minar um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo (porque permite atacar o bolso, a parte mais sensível do corpo humano), acabou beneficiando a empresa em detrimento ao que vem fazendo desde então.
A pergunta é: por que? E a pedido de quem? Vamos analisar o caso.
A Cosan ganhou manchetes dentro e fora do país quando foi incluída no cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra escrava, conhecido como a “lista suja”, em 31 de dezembro de 2009 por conta da libertação de 42 pessoas em sua usina em Igarapava (SP). Até obter a liminar na Justiça do Trabalho,e depois uma decisão favorável em primeira instância, retirando-a da relação, viu o BNDES, o Wal-Mart, entre outras empresas, suspenderem o relacionamento com ela, além de quedas significativas nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova Iorque. Empresas inseridas na “lista suja” permanecem na relação durante dois anos.
Um acordo semelhante começou a ser costurado no ano passado, fato que beneficiaria um grande produtor de algodão no Estado do Mato Grosso. Contudo, os ministros do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Direitos Humanos, contrários a esse tipo de solução na época, fizeram gestões junto ao advogado geral para que o processo fosse repensado.Ao que tudo indica, as negociações com o grupo matogrossensse cessaram, mas a AGU as manteve com a Cosan desde então. É a primeira vez que essa tipo de acordo é feito.
Na Folha de S. Paulo, há um trecho extremamente elucidativo, quando o advogado geral da União, ministro Luís Inácio Adams, afirma que o acordão foi para resolver uma situação “excepcional”: Segundo Adams, a análise da autuação sofrida pela Cosan em 2007 mostra “fatores que indicam a não intencionalidade” em submeter trabalhadores a tratamento análogo à escravidão.
Não intencionalidade? O advogado está precisando conhecer melhor a jurisprudência sobre o assunto. Trabalho escravo não é fruto de uma patologia sádica de fazendeiros malvados e sim de uma consequência de um processo de corte de custos que transforma seres humanos em instrumentos descartáveis de trabalho na busca pelo lucro fácil. É a economia! “Vou ser mal, vou usar escravos” não é uma frase utilizada. “Vamos cortar custos, custe o que custar”, por outro lado, é largamente ouvida nessas situações. Desde 1995, foram cerca de 40 mil pessoas libertadas em todo o país. Todos os envolvidos afirmaram não saber que usavam escravos, mas também não se preocuparam em estar arrancando o couro dos trabalhadores. Ou seja, péssima justificativa a da AGU.
Segundo a Folha, Adams também disse que a responsabilidade pelas condições encontradas era de uma empresa terceirizada. Outra justificativa sofrível, que confirma que o caso não tem nada de incomum, pois esse é o padrão nas libertações de escravos no país, uma vez que a terceirização ilegal é porta de entrada para o trabalho escravo. Juízes do Trabalho consultados por este blog apontam que o uso de terceirizadas no caso de trabalho escravo é uma artimanha das grandes empresas de se verem livre da responsabilidade legal por seus empregados.
É difícil acreditar que a ordem tenha saído da própria AGU, ou seja, do advogado e não do cliente. Por trás de tudo está o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, articulado pelo governo federal e lançado em junho de 2009. É uma das meninas dos olhos do Palácio do Planalto, que tenta – através dele – garantir melhorias das condições no canaviais e, consequentemente, a imagem de um combustível socialmente limpo dentro e fora do país. Até agora, o Compromisso está no aguardo de um processo vigoroso de monitoramento independente para se mostrar confiável. Enquanto isso, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, não é possível dizer que as condições de trabalho nos canaviais melhoraram nos últimos dois anos.
A Cosan tem todo o direito de entrar na Justiça caso se sinta prejudicada. Cabe à Justiça decidir e ao governo defender suas ações. Quando o governo deixa de exercer o papel que estava cumprindo, fica-se a dúvida. Por que?
Como ter a maior empresa de açúcar e álcool do mundo na “lista suja” e como signatária de um Compromisso avalizado pelo Planalto ao mesmo tempo? Pega mal, né?
Assim nascem os acordões. E assim os instrumentos de proteção da população viram vinagre.
http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/0 ... o-escravo/
Acordo mina programa de combate a trabalho escravo
28/02/2011 - 9:20 - Sem categoria52 Comentários »
E o governo assinou o acordão com a Cosan.
Adiantei, no dia 15 de fevereiro, que o governo federal estava fechando um acordo com o maior produtor de açúcar e álcool do mundo para que ele ficasse fora da “lista suja” do trabalho escravo em definitivo. Pois bem, hoje uma boa reportagem de João Carlos Magalhães, no jornal Folha de S. Paulo, traz a negociação. O título acima foi tirado de lá.
A relação traz o nome das pessoas físicas e jurídicas flagradas com esse tipo de mão-de-obra por equipes de fiscalização, que ficam expostos por dois anos – período durante o qual devem provar que regularizaram a situação e não incorreram novamentre no crime. Durante esse tempo, não conseguem financiamentos públicos e sofrem boicotes de empresas públicas e privadas.
A Advocacia Geral da União, que tem sido célere em defender a “lista suja” diante de ações judiciais que tentam minar um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo (porque permite atacar o bolso, a parte mais sensível do corpo humano), acabou beneficiando a empresa em detrimento ao que vem fazendo desde então.
A pergunta é: por que? E a pedido de quem? Vamos analisar o caso.
A Cosan ganhou manchetes dentro e fora do país quando foi incluída no cadastro de empregadores flagrados com mão-de-obra escrava, conhecido como a “lista suja”, em 31 de dezembro de 2009 por conta da libertação de 42 pessoas em sua usina em Igarapava (SP). Até obter a liminar na Justiça do Trabalho,e depois uma decisão favorável em primeira instância, retirando-a da relação, viu o BNDES, o Wal-Mart, entre outras empresas, suspenderem o relacionamento com ela, além de quedas significativas nas bolsas de valores de São Paulo e de Nova Iorque. Empresas inseridas na “lista suja” permanecem na relação durante dois anos.
Um acordo semelhante começou a ser costurado no ano passado, fato que beneficiaria um grande produtor de algodão no Estado do Mato Grosso. Contudo, os ministros do Trabalho e Emprego e da Secretaria de Direitos Humanos, contrários a esse tipo de solução na época, fizeram gestões junto ao advogado geral para que o processo fosse repensado.Ao que tudo indica, as negociações com o grupo matogrossensse cessaram, mas a AGU as manteve com a Cosan desde então. É a primeira vez que essa tipo de acordo é feito.
Na Folha de S. Paulo, há um trecho extremamente elucidativo, quando o advogado geral da União, ministro Luís Inácio Adams, afirma que o acordão foi para resolver uma situação “excepcional”: Segundo Adams, a análise da autuação sofrida pela Cosan em 2007 mostra “fatores que indicam a não intencionalidade” em submeter trabalhadores a tratamento análogo à escravidão.
Não intencionalidade? O advogado está precisando conhecer melhor a jurisprudência sobre o assunto. Trabalho escravo não é fruto de uma patologia sádica de fazendeiros malvados e sim de uma consequência de um processo de corte de custos que transforma seres humanos em instrumentos descartáveis de trabalho na busca pelo lucro fácil. É a economia! “Vou ser mal, vou usar escravos” não é uma frase utilizada. “Vamos cortar custos, custe o que custar”, por outro lado, é largamente ouvida nessas situações. Desde 1995, foram cerca de 40 mil pessoas libertadas em todo o país. Todos os envolvidos afirmaram não saber que usavam escravos, mas também não se preocuparam em estar arrancando o couro dos trabalhadores. Ou seja, péssima justificativa a da AGU.
Segundo a Folha, Adams também disse que a responsabilidade pelas condições encontradas era de uma empresa terceirizada. Outra justificativa sofrível, que confirma que o caso não tem nada de incomum, pois esse é o padrão nas libertações de escravos no país, uma vez que a terceirização ilegal é porta de entrada para o trabalho escravo. Juízes do Trabalho consultados por este blog apontam que o uso de terceirizadas no caso de trabalho escravo é uma artimanha das grandes empresas de se verem livre da responsabilidade legal por seus empregados.
É difícil acreditar que a ordem tenha saído da própria AGU, ou seja, do advogado e não do cliente. Por trás de tudo está o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar, articulado pelo governo federal e lançado em junho de 2009. É uma das meninas dos olhos do Palácio do Planalto, que tenta – através dele – garantir melhorias das condições no canaviais e, consequentemente, a imagem de um combustível socialmente limpo dentro e fora do país. Até agora, o Compromisso está no aguardo de um processo vigoroso de monitoramento independente para se mostrar confiável. Enquanto isso, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, não é possível dizer que as condições de trabalho nos canaviais melhoraram nos últimos dois anos.
A Cosan tem todo o direito de entrar na Justiça caso se sinta prejudicada. Cabe à Justiça decidir e ao governo defender suas ações. Quando o governo deixa de exercer o papel que estava cumprindo, fica-se a dúvida. Por que?
Como ter a maior empresa de açúcar e álcool do mundo na “lista suja” e como signatária de um Compromisso avalizado pelo Planalto ao mesmo tempo? Pega mal, né?
Assim nascem os acordões. E assim os instrumentos de proteção da população viram vinagre.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Não é o câmbio*
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/nao-e-o-cambio
Fonte: http://www.cartacapital.com.br/economia/nao-e-o-cambio
Não é admissível retardar mais a correção dos erros antigos da política monetária. De tão evidentes eles já não produzem sequer uma discussão séria entre os economistas. A continuidade dos erros passados da política monetária gera os efeitos que estão corroendo a estrutura industrial construída pelos brasileiros ao longo de tantos anos de crescimento econômico. O grande vilão é o real sobrevalorizado, mas o problema não é o câmbio.
O Brasil é uma das poucas nações emergentes que tinham uma indústria com sofisticação superior àquela correspondente ao seu nível de renda. Num certo sentido, era parte do mundo industrializado, distanciando-se dos demais países com mesmo nível de renda e condições semelhantes.
A industrialização permitiu criar esse mercado interno que ajudou a desenvolver o Brasil. A indústria produziu os milhões de empregos que acolheram a mão de obra que foi sendo retirada do setor agrícola com o aumento da produtividade que empolgou o setor, a partir da revolução liderada pela Embrapa. Seu empenho nas pesquisas atraiu as empresas do setor industrial, ampliando os investimentos na inovação tecnológica nos processos de produção e os incentivos para a renovação dos equipamentos. Foi um instrumento decisivo na aceleração do crescimento econômico brasileiro. Parecia que nenhum fator importante comprometeria a higidez do setor industrial, apesar de que algumas vozes já vinham alertando para os prejuízos causados pelo avanço das importações. Economistas perdem muito tempo discutindo se há desindustrialização, se ela é produto da “doença holandesa”, se o câmbio está sobrevalorizado ou não e qual o alcance da sobrevalorização do real.
Não é preciso ser economista para entender uma coisa simples: cinco anos atrás, quando não se falava de desindustrialização, as condições importantes para o trabalho das indústrias eram as mesmas que são hoje. Qual é a única grande diferença entre o que tínhamos naqueles anos e o que temos hoje? É um câmbio extremamente valorizado por uma política monetária que mantém a taxa de juros brasileira no maior nível do mundo. O Brasil continua sendo aquele pernil com farofa à disposição do sistema financeiro internacional, mesmo fora da época das festas.
Todas aquelas discussões não levaram a nada: só agora os mais sabichões começam a entender que a questão-chave que o Brasil tem de resolver não é um problema de câmbio; o que resolve é construir uma política monetária que, num prazo suportável, leve a taxa de juros interna ao nível da taxa de juros externa. Não resolve tentar combater apenas os movimentos de capitais, porque eles encontram sempre mecanismos de ilidir qualquer tipo de controle.
Nossa taxa de câmbio é extremamente valorizada, o que é um grave problema para o equilíbrio do comércio exterior brasileiro. As importações de produtos industriais tornam-se cada vez mais atraentes, impondo uma competição desigual em nosso mercado com os produtos fabricados no Brasil. A produção nacional perde totalmente os estímulos para investir nos setores de exportação, pois nossos preços deixam de ser competitivos nos mercados externos, graças ao real sobrevalorizado.
A única especulação que pode funcionar a nosso favor é aquela que se elimina. A única arbitragem que leva ao equilíbrio é aquela que termina. No Brasil, desafortunadamente, a arbitragem não termina nunca, porque o capital entra e o BC continua sustentando altíssima taxa de juro real. E a sustenta até com alguns argumentos razoáveis para controlar a inflação.
O que é preciso, portanto, é uma coisa muito mais profunda: enfrentar os erros passados da política monetária. Erros que transformaram o Brasil num país que (dizem os mercadistas entusiasmados, sem esconder a ironia) exige a maior taxa de juros do mundo para ter, mesmo assim, uma taxa de inflação de 4,5%! Estamos diante de um fenômeno muito sério, muito grave.
É preciso que mais pessoas- conheçam os fatos e se conscientizem que é importante cobrar do governo. Ele está agindo, mas, se esse processo teratológico continuar por mais tempo, não vamos “desindustrializar”, como diz esta suave palavra da moda, e sim permitir que se destrua a estrutura industrial sofisticada que nós viemos construindo desde praticamente a metade do século XX.
*Delfim Netto - 8 de fevereiro de 2011 às 17:33h
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Re: Governo Dilma Rousseff
Mais uma do governo da cozinheira Dilma.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5833,0.php
Um racha atingiu ontem a Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura em Brasília. A internet foi tomada com diversas manifestações de protesto pela exoneração do diretor da área, Marcos Alves de Souza. O imbróglio deve se radicalizar: 16 pessoas ameaçam afastar-se daquele setor do ministério nos próximos dias, segundo informações obtidas pelo Estado.
O Ministério da Cultura ofereceu a Souza, especialista jurídico em direitos de autores e um dos principais consultores do novo anteprojeto da reforma da Lei de Direitos Autorais, a possibilidade de assumir outra função na Diretoria de Direitos Intelectuais, mas ele recusou. Em seu lugar, foi nomeada a advogada carioca Marcia Regina Vicente Barbosa, de 56 anos, que integrou o Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA) entre 1982 a 1990. Advogada da União, Marcia foi integrante da Consultoria Jurídica do Ministério da Cultura, de 2006 a 2010, e integra a Consultoria Geral da União desde maio de 2010.
O setor de direitos intelectuais do ministério foi organizado durante a gestão de Gilberto Gil/Juca Ferreira - a área, desde a extinção do CNDA, no governo Collor, estava praticamente sendo tocada por uma só pessoa no governo federal, de forma precária. Alguns apontam que, por trás da mudança de gestão, está uma clara inclinação da nova gestão pendendo à defesa irrestrita do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad).
Marcia Regina Vicente Barbosa é amiga do advogado Hildebrando Pontes, considerado um defensor extremado das teses do Ecad. Ela foi secretária executiva do CNDA quando Hildebrando Pontes foi presidente.
O motivo da ameaça de demissão coletiva, segundo informaram servidores do MinC, foi a nova orientação dos direitos autorais do ministério, levada adiante pela ministra Ana de Hollanda. Além de resolver revisar o anteprojeto de lei que reforma os direitos autorais, Ana declarou esta semana à revista Isto É que o debate foi insuficiente - o MinC discute a reforma há 3 anos, e fez 80 encontros nacionais, 7 seminários e pesquisas nas legislações de 20 países. Depois disso, o anteprojeto ainda ficou em consulta pública pela internet, que durou 79 dias e recebeu 8.431 sugestões.
Marcos Souza foi um dos principais alvos dos opositores da reforma a partir de 2009, quando vazou o primeiro esboço do anteprojeto de lei dos direitos autorais. Ele se bateu contra associações como a Abramus e a Academia Brasileira de Letras, que não concordam com o texto. Foi o incumbido de separar as contribuições durante a fase de consulta pública, e sempre disse que a ideia não se destinava a "colher manifestações de caráter plebiscitário", mas aperfeiçoar e enriquecer o texto.
A Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI) é vinculada à Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura. É responsável pela formulação e gestão da política brasileira sobre bens intelectuais no que diz respeito a direitos autorais e conexos. Sua atuação extrapola os limites do País - participa de fóruns mundiais na defesa dos interesses do Brasil, além de assessorar o governo federal na adequação da legislação nacional às convenções e tratados internacionais ratificados pelo País.
Marcos Alves de Souza, que veio do Ministério do Planejamento, não polemizou em sua saída. Localizado ontem pelo Estado, comentou apenas que acha "legítimo" que a nova dirigente do MinC escolha pessoas de sua confiança para cargos de confiança. "É legítimo, da mesma forma que é legítimo que eu não tenha interesse em continuar na equipe da Marcia. Espero continuar ajudando o governo em outro ministério", disse.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 5833,0.php
Um racha atingiu ontem a Diretoria de Direitos Intelectuais do Ministério da Cultura em Brasília. A internet foi tomada com diversas manifestações de protesto pela exoneração do diretor da área, Marcos Alves de Souza. O imbróglio deve se radicalizar: 16 pessoas ameaçam afastar-se daquele setor do ministério nos próximos dias, segundo informações obtidas pelo Estado.
O Ministério da Cultura ofereceu a Souza, especialista jurídico em direitos de autores e um dos principais consultores do novo anteprojeto da reforma da Lei de Direitos Autorais, a possibilidade de assumir outra função na Diretoria de Direitos Intelectuais, mas ele recusou. Em seu lugar, foi nomeada a advogada carioca Marcia Regina Vicente Barbosa, de 56 anos, que integrou o Conselho Nacional de Direito Autoral (CNDA) entre 1982 a 1990. Advogada da União, Marcia foi integrante da Consultoria Jurídica do Ministério da Cultura, de 2006 a 2010, e integra a Consultoria Geral da União desde maio de 2010.
O setor de direitos intelectuais do ministério foi organizado durante a gestão de Gilberto Gil/Juca Ferreira - a área, desde a extinção do CNDA, no governo Collor, estava praticamente sendo tocada por uma só pessoa no governo federal, de forma precária. Alguns apontam que, por trás da mudança de gestão, está uma clara inclinação da nova gestão pendendo à defesa irrestrita do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos (Ecad).
Marcia Regina Vicente Barbosa é amiga do advogado Hildebrando Pontes, considerado um defensor extremado das teses do Ecad. Ela foi secretária executiva do CNDA quando Hildebrando Pontes foi presidente.
O motivo da ameaça de demissão coletiva, segundo informaram servidores do MinC, foi a nova orientação dos direitos autorais do ministério, levada adiante pela ministra Ana de Hollanda. Além de resolver revisar o anteprojeto de lei que reforma os direitos autorais, Ana declarou esta semana à revista Isto É que o debate foi insuficiente - o MinC discute a reforma há 3 anos, e fez 80 encontros nacionais, 7 seminários e pesquisas nas legislações de 20 países. Depois disso, o anteprojeto ainda ficou em consulta pública pela internet, que durou 79 dias e recebeu 8.431 sugestões.
Marcos Souza foi um dos principais alvos dos opositores da reforma a partir de 2009, quando vazou o primeiro esboço do anteprojeto de lei dos direitos autorais. Ele se bateu contra associações como a Abramus e a Academia Brasileira de Letras, que não concordam com o texto. Foi o incumbido de separar as contribuições durante a fase de consulta pública, e sempre disse que a ideia não se destinava a "colher manifestações de caráter plebiscitário", mas aperfeiçoar e enriquecer o texto.
A Diretoria de Direitos Intelectuais (DDI) é vinculada à Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura. É responsável pela formulação e gestão da política brasileira sobre bens intelectuais no que diz respeito a direitos autorais e conexos. Sua atuação extrapola os limites do País - participa de fóruns mundiais na defesa dos interesses do Brasil, além de assessorar o governo federal na adequação da legislação nacional às convenções e tratados internacionais ratificados pelo País.
Marcos Alves de Souza, que veio do Ministério do Planejamento, não polemizou em sua saída. Localizado ontem pelo Estado, comentou apenas que acha "legítimo" que a nova dirigente do MinC escolha pessoas de sua confiança para cargos de confiança. "É legítimo, da mesma forma que é legítimo que eu não tenha interesse em continuar na equipe da Marcia. Espero continuar ajudando o governo em outro ministério", disse.
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Re: Governo Dilma Rousseff
Jatinho=Airbus A319. Mais o helicóptero no Rio.Quer dizer pegou o jatinho presidencial para cozinhar no programa da Ana Maria Braga...é irresponsabilidade com o dinheiro público isso sim.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Governo Dilma Rousseff
Vocês não acham que estão exagerando não?
O que isto tem a ver como o foco?
Queriam que ela viesse de h-130 e no Galeão pegasse uma moto-taxi?
A mulher é a chefe do Estado Brasileiro, e como tal tem certas prerrogativas e direitos que a nós só cabe julgar na horado voto. Democracia funciona assim. Fui
O que isto tem a ver como o foco?
Queriam que ela viesse de h-130 e no Galeão pegasse uma moto-taxi?
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Re: Governo Dilma Rousseff
Luiz Bastos escreveu:Vocês não acham que estão exagerando não?
O que isto tem a ver como o foco?
Queriam que ela viesse de h-130 e no Galeão pegasse uma moto-taxi?
A mulher é a chefe do Estado Brasileiro, e como tal tem certas prerrogativas e direitos que a nós só cabe julgar na horado voto. Democracia funciona assim. Fui
2X...
Eita povo sem noção...
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Re: Governo Dilma Rousseff
Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
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Re: Governo Dilma Rousseff
Voto na opção de onibus e mototaxi
E no post do Luiz Bastos
E no post do Luiz Bastos
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- prp
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Re: Governo Dilma Rousseff
Quer dizer que ela saiu de brasilia e foi lá só dar a entrevista né . mais nada.Vocês não sabem mais o que inventar.rodrigo escreveu:Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
- Gerson Victorio
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Re: Governo Dilma Rousseff
Então vamos detonar todo mundo...juiz, promotor, vereador, prefeito, governador e segue a lista...ou só o presidente não pode?.....a proposito...também sou contribuinte.rodrigo escreveu:Não. Primeiro pelo papel de contribuinte, em um momento em que vejo cortes de orçamentos bilionários, após ampla propaganda de que o Brasil estava indo muito bem, obrigado. Depois, já vi muitos presidentes darem entrevistas, mas sempre com o entrevistador se deslocando para entrevistar. Se ela quer ser popular, cozinhar ovos na televisão e tentar enganar o povão de que, arrogante como sempre foi, é uma pessoa normal, por mim tudo bem, mas sem gastar o dinheiro que está faltando!Vocês não acham que estão exagerando não?
de volta a Campo Grande - MS.
- rodrigo
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Re: Governo Dilma Rousseff
Não sabia que havia um airbus e um helicóptero para cada um, pra poderem fritar ovos no Rio.Então vamos detonar todo mundo...juiz, promotor, vereador, prefeito, governador e segue a lista...ou só o presidente não pode?.....a proposito...também sou contribuinte.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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