Fórum Defesa Brasil

Como os grupos se comunicam sem um rádio operador?

irlan escreveu:Como os grupos se comunicam sem um rádio operador?

Os GCs tem um rádio simples tipo "handie-talkie", que fica com o sargento. Antigamente, nos anos 1970-80, usava-se o "ERC-104".



Já o pelotão usa um rádio mais poderoso, que exige um operador especializado, para comunicação com a companhia e o batalhão. Este, naqueles tempos, era o ERC-110.

Talvez algum colega militar possa dar mais detalhes sobre isso.

Clermont escreveu:

FCarvalho escreveu:

É o futuro GC mecanizado brasileiro, bastanto trocar o "Rifleman Scout" pelo líder do GC, e o "Rifleman ROp" (aliás, GCs brasileiros não tem rádio-operador) por um cabo líder de esquadra, e o "section leader" por outro cabo líder de esquadra.

Não seria de interesse para o fortalecimento e maior flexibilidade do GC brazuca se o "Rifleman Scout", que no nosso caso se trata de um sargento, possa atuar na função ao mesmo tempo em que comanda o GC? Apesar de que na tradicionalíssima hierarquia do EB, acho, seria bem improvável dar-se essa função para algum soldado ou cabo, como se fosse boa ou importante demais para este nível do pessoal. Ou então dar-se esta mesma função a um dos cabos "section leader"?

Acredito ser muito oportuna a funcionalidade e a capacidade dos nossos GC's disporem desta possibilidade de poder contar com um dos membros com essa função/qualificação, o que de certo deixaria o GC menos dependente de apoio deste tipo em relação ao Pel/Cia. E as armas praticamente poderiam ser a mesma do resto da tropa.

No mais, o que se tem aí neste desenho, e não figura no nosso GC são as duas mtl lev e os dois granadeiros, que no nosso caso, aquelas são substituídas pelo FAP's, enquanto os demais, sequer existem na composição do GC tradicional, a não ser para as FE's.

Ainda me pergunto o porque de não se tentar fazer estudos práticos em relação a esta formação acima, que para a minha humilde ignorância no assunto, seria a mais cabível para a nossa realidade. E com a possibilidade de podermos fabricar na prática todo o armamento do GC aqui.

Quanto aos rádios, penso que ao menos os cb's deveriam dispor, também, de meios de comunicação, do tipo daqueles que tem "fones de boca", o mesmo com o sargento lider do GC. Não é previdente deixar a um único membro do GC a total condição de comunicar-se com o resto da tropa, visto que o mesmo pode eventualmente extraviar-se ou ser morto, e indisponibilizar o rádio, e aí como é que fica o resto da tropa?

Material como estes aqui inclusive já são utilizados por aqui, apesar de somente por algumas tropas de pronto emprego, FE's e/ou a serviço da ONU:



abs.

Ainda tem o cara do rádio? Na época que era pesado e especializado tudo bem, mas hoje é do tamanho de um celular e são baratos.

Putz pensava que esses caras fossem indispensáveis...caramba...ando jogando muito Call of duty...;D

Estes novos rádios digitais são caríssimos. Os HTs que usamos aqui na PM/RN custaram cerca de 8 mil reais cada um, isso a uns 6 anos atrás, quando foi implantado o sistema de comunicação digital no CIOSP. Mas tem recursos interessantes, como rastreador GPS (na central é possivel visualizar a localização exata de todos os HTs), possibilidade de comunicação individual entre dois rádios (sem que toda rede copie a transmissão), criptografia, etc...

Bourne escreveu:Ainda tem o cara do rádio? Na época que era pesado e especializado tudo bem, mas hoje é do tamanho de um celular e são baratos.

O futuro pelotão de fuzileiros mecanizados brasileiro prevê a função de rádio-operador.

A imbel tem um projeto de rádio também que acho que vai nesse sentido de rádio portátil e "de oreia" para equipar o GC.

Desses radinhos que o cara coloca na orelha, tipo atendente de telemarketing...

Clermont escreveu:

Bourne escreveu:Ainda tem o cara do rádio? Na época que era pesado e especializado tudo bem, mas hoje é do tamanho de um celular e são baratos.

O futuro pelotão de fuzileiros mecanizados brasileiro prevê a função de rádio-operador.

Clermont, isto já é tido como certo? Está definido? Como justificar um radio-operador em tempos de comunicações digitais e micro-sensores? Qual o papel de um soldado com um trambolho desses as costas em nível GC? Isso não seria um contra-senso?



A Imbel atualmente só fabrica estes três tipos de material de comunicação:
http://www.imbel.gov.br/index.php/pt/fe ... nu-48/fmce

abs.

jumentodonordeste escreveu:A imbel tem um projeto de rádio também que acho que vai nesse sentido de rádio portátil e "de oreia" para equipar o GC.
Desses radinhos que o cara coloca na orelha, tipo atendente de telemarketing...

Bom duas coisas a saber. Uma, é que enquanto a Imbel for uma sucursal do IME e do EB para produção local de equipamentos militares, estará fadada a estar sempre correndo atrás do prejuízo, com o pires na mão; e dois, nestes últimos dois ou três anos, tanto o EB como o CFN-MB tem recebido a rodo, ainda que pouco notado pela maioria, diversos tipos de sistemas de comunicação do exterior. E isso não é porque passamos a considerar defesa ou a arma de Comunicações tão importante quanto os pé de poeira.

Ainda temos uma imensa lacuna na área de comunicações militares no Brasil, desde as mais básicas para os GC's até as estratégicas. E material de comunicações continua não sendo prioridade em nenhum dos planos de reequipamento do EB, ou de qualquer outras ffaa no Brasil. Aliás, os recursos que estão trazendo materiais novos para cá pouco ou nada tem haver com o orçamento do MD.

Depois o povo ainda se faz de surpreso que estamos sendo espionados. Durma-se com mais essa.

abs.

FCarvalho escreveu:Clermont, isto já é tido como certo? Está definido? Como justificar um radio-operador em tempos de comunicações digitais e micro-sensores? Qual o papel de um soldado com um trambolho desses as costas em nível GC? Isso não seria um contra-senso?

Como eu disse antes, rádio-operadores não existem ao nível do GC, mas somente ao nível do pelotão. Isto é, o comandante do pelotão tem um soldado (ou cabo) rádio-operador no grupo de comando.

Essa previsão pode ser vista aqui

http://www.cdoutex.eb.mil.br/images/rev ... estre2.pdf

no capítulo que trata sobre a organização da futura infantaria mecanizada.

Sobre a razão de ser de um radio-operador dentro do pelotão, os profissionais militares poderiam responder com certeza. Eu presumo que, apesar do avanço tecnológico, talvez se considere que o comandante do pelotão ficaria sobrecarregado se, além de liderar sua fração, ainda tivesse que se preocupar em controlar, pessoalmente, toda a atividade de comunicação com o escalão superior.

Esse é um assunto técnico que só "cobra criada" compreende direito, mas existem várias redes de transmissões dentro de uma unidade: logística, ligação com artilharia, com o comando de companhia, de batalhão, talvez ligação com elementos aéreos. Talvez seja preciso trocar freqüencias de transmissão, de tempos em tempos, para evitar escuta pelo inimigo; talvez seja preciso enviar ou receber mensagens com algum grau de criptografia. Ou seja, eu acho que o trabalho de um rádio-operador é bem especializado.

ok clermont, grato pela resposta. vamos ver se alguém responde. falar sobre questões que envolvam as comunicações militares por aqui no fórum é fato raro, muito raro mesmo.

abs.

Deve ter a ver com potencia de transmissão. O rádio de uso nas costas, grande, pode ter mais potencia e baterias maiores, o que aumenta o alcance, ou permite a comunicação em lugares sem sinal (morros, vales e depressão do terreno)

Srs, ontem passando pelo pedágio da rodovia Regis Bittencourt próximo a Juquiá-SP, dei de cara com um Guarani em cima de um prancha parado no pedágio, o bicho impressiona pelo tamanho e beleza, muito bonito mesmo, alguém saberia pra onde ia este exemplar.

Centauro

22 de julho de 2013
Iveco mostrará novo veiculo da DSEI

A Iveco Defence Vehicles estará expondo na feira DSEI 2013 International Defence & Security Exhibition, United Kingdom, a se realizar de 10 a 13 de setembro, uma série de viaturas de emprego militar. A maior novidade será o SUPERAV 8x8 (Foto: Iveco), um veículo blindado desenvolvido para dar suporte a operações litorâneas, e que está sendo atualmente oferecido para o programa MPC do U. S. Marine Corps.



http://www.segurancaedefesa.com/SuperAV_Iveco8x8.html


Será que a Iveco estará expondo também o Guarani


arcanjo