Fórum Defesa Brasil

O EB vai gastar uma fortuna por ano para manter a logistica dos Leo 1 A5. Não é viavel manter mais uma. Esse foi sempre o nosso problema. Porque a logistica dos dois são totalmente diferente.

Guerra escreveu:

cb_lima escreveu: Mas então o que fazer se pelo visto os 1Be são bem limitados e não estão inclusos nos contratos logístocos dos A5?

Então vc acha viavel montar mais uma cadeia logistica só para os M 60 (sendo que não estamos conseguindo nem manter a do Leo) mesmo sabendo que nosso carro principal vai ser o leopard?

Entendo o EB querer padronizar com os Leo, mas até aonde entendi dessa conversa a compra do 1A5 não agrega benefícios para resolver os problemas logísticos dos 1Be com o agravante de ser um carro 'único' o que deve trazer mais ainda problemas logísticos no futuro o que não parece ser o caso do M60.

Que problema a logistica do leopard vai trazer no futuro?

Guerra ele disse que o Be vai trazer problemas logisticos, o Be. O Paulo Bastos ja disse, não ha peças pro sistema de estabilização do canhão, e não vai ser modernizado.

Se uma segunda cadeia não é possivel então tanto os Be quanto os M-60 devem ser aposentados.




Um abraço e t+

Pablo Maica escreveu:Se uma segunda cadeia não é possivel então tanto os Be quanto os M-60 devem ser aposentados.

Nisso eu concordo. Agora, peça disponivel para o M60 sempre teve (pelo menos é o que eu acho), pela o que eu sei aqui no Brasil nunca teve estoque dessas peças

Nunca faltou peça, faltou competência e dinheiro, o bichão bebe muito!!!

Pablo Maica escreveu:

Guerra escreveu: Então vc acha viavel montar mais uma cadeia logistica só para os M 60 (sendo que não estamos conseguindo nem manter a do Leo) mesmo sabendo que nosso carro principal vai ser o leopard?

Que problema a logistica do leopard vai trazer no futuro?

Guerra ele disse que o Be vai trazer problemas logisticos, o Be. O Paulo Bastos ja disse, não ha peças pro sistema de estabilização do canhão, e não vai ser modernizado.

Se uma segunda cadeia não é possivel então tanto os Be quanto os M-60 devem ser aposentados.

Um abraço e t+

Obrigado pela ajuda Pablo

[]s
CB_Lima

Guerra

Quanto aos M60
É sabido que o EB nunca deu muito valor aos M60. Vieram por leasing e posteriormente foram doados pelos EUA. Nesta época o Brasil adquiriu sobressalentes(se não me engano uma compra de 5 milhões de dólares). Talvez pelo interesse maior aos Leopard 1Be(apesar de estes terem vindo em péssimo estado), não se tratou com o intuito de ter uma longevidade nos M60. A compra de sobressalentes foi feito de forma equivocada. Tem até aquele famoso caso(vc com certeza deve conhecer) de que num M60 que necessitava trocar uma barra de torção esquerda, ao verificar no inventário de sobressalentes constataram que só haviam adquirido barras de torção do lado direito! Para resolver o problema simplestmente canibalizaram um M60. Eu, o Paulo e o Bacchi estivemos visitando o Parque de Curitiba( aonde se faz a manutenção dos M60) e deparamos com pelo menos 2 duzias deles sendo canibalizados.
O EB,mesmo sabendo que o Leopard 1Be era muito mais complicado e sofisticado de manter optaram por este modelo.

Não concordo com vc quanto a dificuldade logistica de manter os M60: um país que até o ano passado mantinha uma cadeia logistica de 3 CC (Leo,M60 e M41), é muito mais fácil manter de apenas 2 carros(Leo 1A5 e M60), afinal experiencia e capacitação nós já temos.
Os sobressalentes do M60 são mais baratos que do 1A5, e sempre é bom lembrar que o Leopard 1 não tem mais peças de reposição na Alemanha. Para entregar os 220 para o EB, a Alemanha teve que canibalizar outros para o overhaul. Ao contrário o M60 tem sobressalentes à vontade nos EUA, basta entrar via FMS.
Sabemos também que até a munição 105mm é pouco disponível na Europa, e não há disposição de voltar a fabricar(já houve tentativa de fabricar sob licença no Brasil,mas não houve interesse por parte da Alemanha).
Segundo o contrato de assistencia com a KMW, teremos 5 anos de operacionalidade, depois disto já não sei como será a manutenção dos 1A5. Talvez este será o tempo necessário para
que possamos pensar num substituto, um projeto nacional.

Abraços

Hélio

Caro Hélio, então temos 5 anos de manutenção pela frente...e só !
E aquela fábrica para manutenção desses Leopard que viria ou vem para Santa Maria ?
Será que não seria para depois desses 5 anos ? Ou nem vem mais ?

Abraços

saullo escreveu:Caro Hélio, então temos 5 anos de manutenção pela frente...e só !
E aquela fábrica para manutenção desses Leopard que viria ou vem para Santa Maria ?
Será que não seria para depois desses 5 anos ? Ou nem vem mais ?

Abraços

Saullo, a questão dos blindados é apenas a "pedra fundamental" da KMW, eles prentendem expandir e muito o portifolio aqui no Brasil.



Um abraço e t+

Gen. Lessa quando comandante do BGP.

Pablo Maica escreveu:

saullo escreveu:Caro Hélio, então temos 5 anos de manutenção pela frente...e só !
E aquela fábrica para manutenção desses Leopard que viria ou vem para Santa Maria ?
Será que não seria para depois desses 5 anos ? Ou nem vem mais ?

Abraços

Saullo, a questão dos blindados é apenas a "pedra fundamental" da KMW, eles prentendem expandir e muito o portifolio aqui no Brasil.



Um abraço e t+

Pablo
O contrato contempla 5 anos, entretanto ele pode ser renovado. Entretanto gostaria de lembrar vcs que ao contrário dos produtos estadunidenses que são feitos el larguissima escala (póde-se dizer que é o país do desperdicio), a Alemanha não tem mais estoque de sobressalentes do Leopard 1.
A fábrica da KMW pode a principio fabricar ou coordenar a fabricação nacional da alguns componentes, mas todos aqui sabemos que dentro de algum tempo o EB será obrigado a canibalizar os Leo 1A5. Para postergar isto, estão sendo aproveitadas as carcaças dos Leo 1Be, e estocar o maiuor numero de peças possível.
O objetivo da KMW no Brasil quer me parecer que através deste convenio, enfiar a cunha para quem sabe no futuro proximo fazer modernizações de blindados(caso do M113) ou até de fabricar um blindado nacional.

Abraços

Hélio

helio escreveu:Quanto aos M60
É sabido que o EB nunca deu muito valor aos M60. Vieram por leasing e posteriormente foram doados pelos EUA. Nesta época o Brasil adquiriu sobressalentes(se não me engano uma compra de 5 milhões de dólares). Talvez pelo interesse maior aos Leopard 1Be(apesar de estes terem vindo em péssimo estado), não se tratou com o intuito de ter uma longevidade nos M60. A compra de sobressalentes foi feito de forma equivocada. Tem até aquele famoso caso(vc com certeza deve conhecer) de que num M60 que necessitava trocar uma barra de torção esquerda, ao verificar no inventário de sobressalentes constataram que só haviam adquirido barras de torção do lado direito! Para resolver o problema simplestmente canibalizaram um M60. Eu, o Paulo e o Bacchi estivemos visitando o Parque de Curitiba( aonde se faz a manutenção dos M60) e deparamos com pelo menos 2 duzias deles sendo canibalizados.
O EB,mesmo sabendo que o Leopard 1Be era muito mais complicado e sofisticado de manter optaram por este modelo.

Helio, o EB nunca teve uma logistica completa de blindados. Em todas as compras houve cenões. A unica aquisição decente foi essa do Leo 1 A5, que pelo menos foi planejada. Essa compra dos M 60 foi tão equivocada quanto a dos Leo 1A1.

Não concordo com vc quanto a dificuldade logistica de manter os M60: um país que até o ano passado mantinha uma cadeia logistica de 3 CC (Leo,M60 e M41), é muito mais fácil manter de apenas 2 carros(Leo 1A5 e M60), afinal experiencia e capacitação nós já temos.

O EB nunca teve uma cadeia logistica decente. Os M 41 só ficaram esse tempo todo porque a manutenção era muito simples. Quando muito se trocava umas mangueiras resecadas e o blindado estava pronto. O memso se aplica ao M 113 memso repontecializados nunca teve peças. Os M 113 nunca estiveram 100% disponiveis.

Os sobressalentes do M60 são mais baratos que do 1A5, e sempre é bom lembrar que o Leopard 1 não tem mais peças de reposição na Alemanha. Para entregar os 220 para o EB, a Alemanha teve que canibalizar outros para o overhaul. Ao contrário o M60 tem sobressalentes à vontade nos EUA, basta entrar via FMS.

Então o EB foi enganado. Porque até onde eu sei foi montado toda uma estrutura logistica para esses leopard 1 a5 que abrange desde dos lubrificantes a especialização de pessoal.

Sabemos também que até a munição 105mm é pouco disponível na Europa, e não há disposição de voltar a fabricar(já houve tentativa de fabricar sob licença no Brasil,mas não houve interesse por parte da Alemanha).
Segundo o contrato de assistencia com a KMW, teremos 5 anos de operacionalidade, depois disto já não sei como será a manutenção dos 1A5. Talvez este será o tempo necessário para
que possamos pensar num substituto, um projeto nacional.

Então vc afirma que os EUA poderiam oferecer algo melhor para os M 60. Formação de especialistas, formação de mecanicos, peças de reposição, simuladores, munição, armazenamento, manuais, transporte, oficinas moveis, lubrificantes, ferramentas, e principalmente uma empresa interessada em dar a assitencia em pelo menos mais de 5 anos.

Pablo Maica escreveu:Saullo, a questão dos blindados é apenas a "pedra fundamental" da KMW, eles prentendem expandir e muito o portifolio aqui no Brasil.



Um abraço e t+

Existe alguma empresa americana disposta a fazer a mesma coisa?

gil eanes escreveu:

Eu tenho uma foto dele me entregando uma medalha

helio escreveu:Pablo
O contrato contempla 5 anos, entretanto ele pode ser renovado. Entretanto gostaria de lembrar vcs que ao contrário dos produtos estadunidenses que são feitos el larguissima escala (póde-se dizer que é o país do desperdicio), a Alemanha não tem mais estoque de sobressalentes do Leopard 1.
A fábrica da KMW pode a principio fabricar ou coordenar a fabricação nacional da alguns componentes, mas todos aqui sabemos que dentro de algum tempo o EB será obrigado a canibalizar os Leo 1A5. Para postergar isto, estão sendo aproveitadas as carcaças dos Leo 1Be, e estocar o maiuor numero de peças possível.
O objetivo da KMW no Brasil quer me parecer que através deste convenio, enfiar a cunha para quem sabe no futuro proximo fazer modernizações de blindados(caso do M113) ou até de fabricar um blindado nacional.

Abraços

Hélio

E os americanos tinham uma oferta melhor. Seria isso?

Guerra desculpe, mas parece que você possui um forte sentimento anti-EUA.

Concordo com o que você falou sobre o fato de nunca termos uma cadeia logística verdadeiramente eficiente para nossos blindados, tal qual esta sendo feito com a KWM atualmente, mas esse acordo poderia perfeitamente ser feito com alguma empresa estadunidense para a manutenção, que fariam tudo isso que você falou. Basta pagar!

Quando tínhamos um acordo militar com eles, independente dos problemas que esse nos trazia, tínhamos acesso a uma continua remessa de peças de reposição, que garantiam uma disponibilidade dos nossos veículos maior que o que temos atualmente.

Estivemos (eu, Helio e Bacchi) no PqRMnt/5, de Curitiba, em novembro de 2008, e vimos alguns M60 em situação bem ruim, no tempo e sem nenhuma proteção ou preparação para isso, mas, devido a sua robustez, acredito que com os componentes disponíveis eles possam ser postos em operação.

O problema aí é um só: Apesar das qualidades do M60 o EB não o quer devido às dificuldades de deslocamento desses carros, por isso optou-se por um carro mais leve, o Leo 1A5!

Apesar de muito "entendido" aqui achar que temos plenas condições de operarmos blindados pesados como Leo II, o EB não quer arcar com os custos extras de manobra que esses "monstros" exigem.


Abraços,
Paulo Bastos