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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 11:06 am
por FOXTROT
terra.com.br

Lula cobra igualdade armamentista entre países e defende Irã
11 de abril de 2010


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não se pode admitir que "um grupo de países esteja armado até os dentes e outros desarmados".

Washington receberá amanhã e na terça-feira a Cúpula de segurança nuclear, convocada pelo presidente americano, Barack Obama, e à qual devem assistir líderes de 47 países, entre eles o presidente Lula. "Vou perguntar ao presidente Obama qual é o significado de seu recente acordo com Medvedev (Dmitri, o presidente russo) sobre a desativação de ogivas nucleares", disse Lula em entrevista publicada neste domingo pelo jornal espanhol El País.

Os Estados Unidos e a Rússia assinaram no último dia 8 um novo tratado de desarmamento, que reduzirá o número de ogivas nucleares em posse de cada país a um máximo de 1.550 e a 800 seus vetores de lançamento, em um prazo de sete anos. "Desativação de quê? Porque desativar o que já estava vencido não faz sentido. Eu tenho em minha casa uma gaveta de remédios vencidos.Ou falamos sério sobre desarmamento ou não podemos admitir que haja um grupo de países armados até os dentes e outros desarmados", afirmou Lula.

O presidente disse também que o Paquistão "tem bomba atômica, Israel também" e acrescentou que "é compreensível que os que se sintam pressionados por essa situação pensem em criar a sua". E acrescentou: "Não temos direito de colocar ninguém contra a parede, praticar a tática do tudo ou nada".

Lula defende conversa com o Irã

Neste contexto, o líder brasileiro afirma que explicou a Obama, ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e à chanceler alemã, Angela Merkel, que "é preciso conversar com o Irã".

"É um grande país, com uma cultura própria, que criou uma civilização. É preciso que os iranianos saibam que podem enriquecer urânio para fins pacíficos e que os demais devem ter tranquilidade de que será para fins pacíficos", disse Lula.

Para ele, "não se pode partir do preconceito que Ahmadinejad (Mahmoud, o presidente iraniano) é um terrorista e que é preciso isolá-lo". E acrescentou: "Temos de negociar. Quero conversar com ele sobre estes temas até o último minuto. E o único limite à posição do Brasil é com relação às resoluções das Nações Unidas, que meu país cumprirá", afirmou.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 11:07 am
por EDSON
11/04/2010 - 10h47
Brasil, um país com ambições peculiares no campo nuclear civil
O Brasil, um dos convidados à primeira cúpula de segurança nuclear em Washington, nesta segunda e na terça-feira, conta com um ambicioso programa nuclear civil.

Somou-se tarde, em 1998, ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), sem subscrever o protocolo adicional que reforça o controle por parte da Agência Internacional de Energia Atômica, AIEA.

A possibilidade de que material nuclear caia em mãos terroristas é a principal obsessão dos Estados Unidos, e motivo pelo qual o presidente Barack Obama convocou a reunião de cúpula em Washington.

"Não queremos que o tema desta reunião (o terrorismo nuclear) se converta no quarto pilar do tratado, não queremos que seja incorporado ao TNP", advertiu, no entanto, na sexta-feira, o porta-voz do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, Marcelo Baumbach.

Mas o caso brasileiro é peculiar por outras razões.

O Brasil anunciou em 2004 a construção de uma usina de enriquecimento de urânio em Resende para seus dois reatores nucleares em funcionamento.

Depois, surpreendeu a AIEA ao negar a seus inspetores a visita às centrífugas da usina, mediante lonas que ocultavam os equipamentos.

O Brasil pretextou que essas centrífugas representavam um novo protótipo desenhado no país, enquanto algumas fontes argumentaram que talvez sua tecnologia tivesse sido copiada de países europeus.

Durante meses, esse conflito foi motivo de tensão dentro da AIEA e chegou a ser feito um paralelismo em relação ao caso iraniano, que se nega a abrir totalmente suas instalações à Agência.

No final de 2004, houve um acordo sobre o tamanho dessas lonas que ocultavam as centrífuga. Isso permitiu, oficialmente, preservar os zelosos interesses brasileiros, ao mesmo tempo em que os inspetores conseguiram aceder a essas instalações.

"Não é provável que esse acordo único (entre Brasil e a AIEA) seja levado à cúpula, uma vez que o regime de não proliferação já tem problemas suficientes", explicou à AFP Maria Rost Rublee, especialista em não proliferação da Universidade de Auckland (Nova Zelândia).

"A principal preocupação é Irã e Coreia do Norte; ninguém quer reviver velhas pendências, além das que já estão na agenda" da comunidade internacional, ressalta a especialista num e-mail.

A reunião que começa nesta segunda-feira com um jantar de trabalho ameaça com outro tipo de polêmica, como a ausência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Rublee coloca o Brasil na lista de países como o Japão, isto é, com capacidade para explorar a construção de armas nucleares, mas sem interesse oficialmente em fazê-lo.

Que o Brasil não seja um problema a ser levantado em Washington não significa que não prossiga uma política ativa de defesa de seus interesses.

O presidente Lula prevê reunir-se, precisamente, com o primeiro-ministro japonês durante sua visita a Washington, antes do início da cúpula, informaram fontes diplomáticas à AFP e que preferiram não ter o nome divulgado.

As ambições do Brasil destacam-se uma vez mais numa região cujos membros, Cuba incluída, assinaram há quatro décadas a declaração de Tlatelolco (México), segundo a qual a América Latina não será nunca uma zona de armamento nuclear.

Argentina, Chile e México também participarão da cúpula. A Argentina, com dois reatores, é um país sem grandes ambições nucleares por falta de dinheiro, segundo Rublee. O Chile depende dos Estados Unidos para a reciclagem de seu urânio enriquecido.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 11:21 am
por EDSON
O que faz a grandeza de uma sociedade não é a glória militar ou o poderio de armas.

Os Astecas , Maias e Incas que o diga, mas apósto que gostariam de ter inventado a pólvora. Grandes sociedades bem evoluídas que foram literalmente apagadas da memória. 8-]

Isto é a maior bobagem que eu já li por aí. Que mundo este idióta acha que vivemos?

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 12:13 pm
por Penguin
Participação por país no Tratado de Não-Proliferação Nuclear

Imagem

Verde claro: Assinados e ratificados
Verde escuro: Aderiram

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 12:26 pm
por marcelo l.
O artigo do Ricupero nada se estranha, cada um sabe a quem serve, o cão não deve morder a mão que o alimenta...

Cada dia que fica claro que a usina hidrelétrica de Belmonte tem tudo para não sair do papel...a alternativa viável é 4 usinas nucleares...o que levaria o país a um novo patamar tanto no campo da segurança quanto de pesquisa.

O Brasil definitivamente entraria nessa área em outro patamar...isso irrita muita gente que é apoiada pelos de sempre pelos interesses que todos nós conhecemos.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 12:47 pm
por orestespf
O senhor Rubens Ricupero está politizando o tema mais do que deveria. Ele foi um dos responsáveis pela assinatura do TNP, agora teme que este assunto entre em pauta e que o mesmo seja cancelado; claro, o alvo de crítica seria ele, então se antecipa à discussão e opta pelo ataque da desconstrução. Só que ele se torna alvo assim mesmo, pois em momento algum o governo (atual) conjectura cancelar o TNP, apenas não aceita assinar o protocolo adicional sem que as ditas potências nucleares excluam de uma vez por todas suas armas nucleares.

O Sr. Ricupero, ao adentrar neste tema, fazendo uma defesa irrestrita a manutenção do TNP, acaba por introduzir a discussão a nível nacional, inclusive forçando os candidatos à presidência, nestas eleições que se aproximam, a debater sobre o assunto. Se ele ficasse quieto, não tomasse partido e não polarizasse o assunto, por certo não haveria discussão sobre o assunto. Se ele erra ao falar besteiras sobre o assunto, por politizar o assunto antes da hora, ele também acerta ao promover o debate e por forçar que o assunto relacionado ao TNP seja discutido de maneira ampla. Claro, ele está dando um tiro no pé no que diz respeito as suas convicções, mas faz um favor ao país ao puxar o assunto e praticamente fazer com que possamos rever nossas decisões no passado. Assim sendo, parabenizo o Sr. Ricupero por tamanha inteligência limitada que possui; os limitados também contribuem para o país.

Outro erro do ex-ministro é associar o desenvolvimento das tecnologias nucleares que já possuímos com produção e aquisição de artefatos bélicos nucleares; são duas coisas absolutamente distintas. Seria ótimo que ele entrasse no mérito do papel discriminatório que representa o TNP, que separa países entre potências nucleares e não nucleares. Sim, discriminatório porque ter ou não artefatos nucleares não é um indexador que permite classificar um país em suas qualidades, limitações e defeitos. Por exemplo, pode-se comparar França com Coréia do Norte? Pode-se comparar EUA com Índia ou Paquistão? Ou até mesmo, é possível comparar Israel com Coréia do Norte? As desigualdades sociais e econômicas são maquiadas pela presença ou não dos artefatos nucleares, assim sendo, só resta a discriminação daqueles que não os possui.

Seria interessante ver o ex-ministro entrar nesta seara do debate que está propondo, pois ele, querendo ou não, obriga que o cidadão comum decida se um país grande territorialmente, rico em todos os sentidos, com economia indo de vento em popa, deveria ou não ser discriminado quando comparado com as potências da mesma classe de equivalência atingidas (e por atingir) pelo Brasil. Verá o Sr. Ricupero, que a população brasileira, ao tomar conhecimento e se sentir esclarecida sobre o tema, não aceitará tal discriminação, obrigando o governante no poder (seja qual for) a rever a assinatura do TNP (e não apenas ao protocolo adicional). Claro, um dado governo pode postegar esta decisão, mas não por muito tempo.

Assim sendo, parabenizo o Sr. Ricupero pelo brilhantismo de sua estupidez!!!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 1:09 pm
por DELTA22
E tem candidato a presidente dizendo que "O Brasil não tem dono"... Como assim??? Vai privatizar tudo de vez??? :twisted: :lol:

[]'s a todos.

PS.: Orestes... [100]

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 1:22 pm
por Hader
As dores do parto são sempre incômodas. Ou alguém aqui acha que vamos escapar da atração gravitacional de uns e outros assim fácil? Muita gente boa já morreu tentando. A luta pela independência se dá, sempre, no front interno. O inimigo sempre está ao lado, nunca na frente oposta. É uma luta contra o insidioso. Preparem-se para muito mais. O manancial de onde brotam estas pérolas está cheio até a borda. Bem nutrido e asseado, fortemente implantado no seio do sistema nervoso da sociedade. Um trabalho lento e diligente levado a efeito por décadas (embora acelerado em certos períodos). E tem gente que acredita que "somos esquecidos e relevados pela política externa dos fulanos...". Quem olha de fora não faz idéia de como a coisa toda funciona por dentro.
A trave tem que ser longa e forte para aguentar o peso.
[]'s

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 4:58 pm
por cvn73
Mais subsídio para a discussão.
Brasil possui ambições peculiares no campo nuclear civil
Jordi Zamora,

VANDERLEI ALMEIDA/AFP/ARQUIVO
Imagem
Usinas nucleares Angra I e Angra II, no Rio de Janeiro: Brasil tem ambicioso programa nuclear civil

Washington - O Brasil, um dos convidados à primeira cúpula de segurança nuclear em Washington, que acontece entre segunda e terça-feira, conta com um ambicioso programa nuclear civil.

Somou-se tarde, em 1998, ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), sem subscrever o protocolo adicional que reforça o controle por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A possibilidade de que material nuclear caia em mãos terroristas é a principal obsessão dos Estados Unidos, e motivo pelo qual o presidente Barack Obama convocou a reunião de cúpula em Washington.

"Não queremos que o tema desta reunião (o terrorismo nuclear) se converta no quarto pilar do tratado, não queremos que seja incorporado ao TNP", indicou na sexta-feira o porta-voz do presidente Luiz Inacio Lula da Silva, Marcelo Baumbach.

Mas o caso brasileiro é peculiar por outras razões.

O Brasil anunciou em 2004 a construção de uma usina de enriquecimento de urânio em Resende para seus dois reatores nucleares em funcionamento.

Depois, surpreendeu a AIEA ao negar a seus inspetores uma visita às centrífugas da usina, colocando lonas para ocultar os equipamentos.

Na época, o Brasil explicou que essas centrífugas representavam um novo protótipo desenhado no país, enquanto algumas fontes argumentaram que talvez sua tecnologia tenha sido copiada de países europeus.

Durante meses, o conflito foi motivo de tensão dentro da AIEA e chegou a ser comparado, dentro das devidas proporções, ao caso iraniano, que se nega a abrir totalmente suas instalações aos inspetores da agência.

No final de 2004, houve um acordo sobre o tamanho das lonas que ocultavam as centrífugas. Isso permitiu, oficialmente, preservar os interesses brasileiros, ao mesmo tempo em que os inspetores puderam finalmente vistoriar as instalações.

"É improvável que esse acordo único (entre Brasil e a AIEA) seja levado à cúpula, uma vez que o regime de não-proliferação já tem problemas suficientes", explicou à AFP Maria Rost Rublee, especialista em não-proliferação da Universidade de Auckland (Nova Zelândia).

"A principal preocupação são Irã e Coreia do Norte; ninguém quer reviver velhas pendências, além das que já estão na agenda" da comunidade internacional, ressaltou a especialista.

A reunião, que começa na segunda-feira com um jantar de trabalho, ameaça criar outro tipo de polêmica, com a ausência do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Rublee coloca o Brasil na lista de países similares ao Japão, isto é, com capacidade de explorar a construção de armas nucleares, mas sem interesse oficial em fazê-lo.

No entanto, que o Brasil não seja um problema a ser levantado em Washington não significa que o país não pretenda dar prosseguimento a uma política ativa de defesa de seus interesses.

O presidente Lula, inclusive, deve se reunir com o primeiro-ministro japonês durante sua visita a Washington, antes do início da cúpula, informaram à AFP fontes diplomáticas que preferiram não ter o nome divulgado.

As ambições do Brasil destacam-se uma vez mais numa região cujos membros, Cuba incluída, assinaram há quatro décadas a declaração de Tlatelolco (México), segundo a qual a América Latina não será nunca uma zona de armamento nuclear.

Argentina, Chile e México também participarão da cúpula. A Argentina, com dois reatores, é um país sem grandes ambições nucleares por falta de dinheiro, segundo Rublee. O Chile, por sua vez, depende dos Estados Unidos para a reciclagem de seu urânio enriquecido.
http://portalexame.abril.com.br/meio-am ... 48153.html

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 5:17 pm
por Francoorp
Mais uma vez este elemento, Rubens Ricupero, pensei que depois daquela que ele disse diante à TV via Satélite quando era ministro, ele tivesse sido banido do mundo político brasileiro pra sempre, mas como não somo um país serio, ai esta ele falando bobagens, como sempre fez alias, dizendo um monte de palavras e frases entreguistas ao interesse estrangeiro, querendo convencer as pessoas de que existe um futuro justo sem armas nucleares... mentira!! Pois as grandes potências usarão sempre a chantagem nuclear contra as nações que não possuem estas armas, não deixarão de possuí-las nunca, apesar de reduzi-las em quantidade, mas de aumentar a potência destrutiva e assim multiplicando a letalidades daquelas “poucas” que sobrarem...

Pior que este elemento é um dos que dizem que os Yankees estão procurando um “mundo sem armas nucleares”… prega somente ilusões aos ingênuos!!

Pois na realidade o que tudo indica, é que estão realmente fazendo Rússia e USA, é desativando as velhas e obsoletas testadas dos anos da Guerra fria, mas na frente de jornalistas comprados, vem com este papo “O mundo sem armas nucleares…”, tudo propaganda, tudo blábláblá, e o senhor Ricupero está fazendo o colaboracionista à nação estrangeira!!

Pra mim o Brasil deveria era abandonar este tratado, e começar a ir atrás dos próprios meios, ai teremos argumentos válidos para contrapor aos deles, sem ter que escutar nunca mais em mesa diplomática o discurso:
“-Devemos recordar aos senhores brasileiros que possuímos um grande exército e um grande e devastador arsenal militar, então os convidamos à re-considerar a vossa posição sobre este acordo que aqui propomos…”

Se eles tem Nukes, nós também possuímos o direito de ter, base esta do direito internacional de reciprocidade!!

Abaixo à submissão aos povos detentores de Nukes!

Outro ponto importante é aquele dos que falam que basta saber fazer estas armas, para se ter um poder de dissuasão…
Isso é relativo! Uma intervenção política diplomática daria sim tempo para uma hipotética realização destas armas aqui no Brasil, mas uma preparação de invasão do nosso território, Por uma super potência, geraria uma série de ataques preventivos que nós limitaria muito à produção destas armas… ou em caso de conflito militar ativo, contra o Brasil, nossas instalações de preparação da “bomba” seriam sistematicamente bombardeadas, e continuamente sob ataque, o que poderia ser um golpe fatal ao nosso “programa nuclear”, abrindo assim a conquista do nosso território por parte do inimigo e ACABANDO com a nossa capacidade de “dissuasão” de SOMENTE SABER FAZER a “Dita Arma”!!

Então creio que saber fazer não corresponda ao mesmo Índice de dissuasão do que possuir fisicamente estas armas em nossos arsenais, podendo assim falar de igual para igual com as potência do Mundo… ao contrário desta submissão aos estrangeiros pregada pelo senhor Ricupero!!

Não creio que teríamos embargo, pois ao contrário da Coréia do Norte, somos uma democracia, temos cultura ocidental, e temos um maior número de acordos bi-laterais, com países variados, o que aumenta o nosso peso na diplomacia internacional…

Quanto a uma possível comparação ao Irã, que tem “alguns embargos” internacionais, na maior parte deles de produtos industriais, mais precisamente da indústria mecânica de precisão, e isso nós temos aqui, uma grande indústria de precisão mecânica.

E este embargo médio que sofre o Irã seria até possível para nós, pois assim como eles, nós possuímos grandes reservas de recursos minerais, e o mundo precisa de matérias primas, mas possuímos ao contrário deles, uma alta produção de produtos agro-industriais, coisa que é devastador aos países que sofrem embargo, sendo este o maior setor de pressão na história dos embargos comerciais, que seria inútil contra de nós, impedindo assim o escalar do embargo contra o Brasil, ficando no “embargo médio”.

Além de que possuímos um média produção industrial, que pode ser maior e em maiores setores, dependendo das encomendas governamentais, e se o Brasil neste caso específico, sofresse um embargo, perderia mercado no Ocidente mas ganharia na China, país que tem uma população em preda fanática à religião ocidental do consumismo desenfreado, e precisará de mais e mais recursos, alimentos e até mesmo produtos industriais, e temos o precedente de que este país protege a Coréia do Norte, Irã, Birmânia, etc., e isso é uma garantia de apoio e comércio com o nosso país em caso de embargo internacional.

Mas creio que a ONU analisando esta situação, veria uma vantagem maior em não ativar embargue algum contra o Brasil em caso de denúncia do TNP, mas sim de aceitar o Brasil no Clube Atômico Internacional… tendo que nós engolir !!!

E em caso de realização deste embargue total do mundo contra nós, como dizem, viveríamos isolados comercialmente… e daí ??? O que tem o mundo que serve assim fundamentalmente para a sobrevivência da nossa população, que não temos aqui ??? Água doce, biodiversidade, agroindústria, indústria, energia, matéria-prima, ou será que é a tecnologia que não somos capazes de desenvolver, pois os seres humanos e cérebros deles são superiores aos nossos???

Lembrando que em caso de embargue internacional não deveríamos mais obedecer aos acordos assinados com a OMC, e a primeira retaliação do nosso país seria, sem dúvida alguma, a nacionalização de todas as empresas estrangeiras e multinacionais ao interno do território nacional, e com tudo o que tem “dentro”, inclusive os projetos de gaveta, o que nós daria uma base inicial para a substituição dos componentes importados, por meio de uma nova linha na produção interna, além de uma nova base científica para o desenvolvimento tecnológico nacional, em todos as áreas!

Vejo assim esta situação do TNP, “eles tem, nós também !!!”, Justiça seja feita, pois os únicos deuses estão no céu e não na terra !!

E para saber quem está errado ou certo entre nós, serviria o fato em si, mas os embargos não nascem assim “da noite pro dia” como dizem e pregam na TV, serve um número muito grande de variáveis e análises diplomáticas para se chegar a um pedido formal de embargue, e nesse processo todo, podemos ficar fora dos mesmos, e alguns países possuem o direito de veto, como a Rússia e a China, pois existe uma grande possibilidade de ser completamente inútil contra de nós, além dos interesses recíprocos, e ainda de ter o efeito contrário, pois o risco de total independência do nosso país em relação às necessidades de importação, desenvolvimento, produção, e militar, aumentaria consideravelmente!!

Valeu, e acho que estou me repetindo demais neste assunto!! :mrgreen:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 5:46 pm
por Carlos Mathias
Cara, que felicidade em ler que os brasileiros estão cientes da necessidade de se ter a proteção das armas nucleares.

Esse é o único argumento respeitado pelas potências nucleares.

Ao lixo com o TNP.
Destampa o buraco la no Cachimbo e tira da caixa o brinquedo de fazer foguinho. 8-]

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 6:27 pm
por Bender
Hader escreveu:As dores do parto são sempre incômodas. Ou alguém aqui acha que vamos escapar da atração gravitacional de uns e outros assim fácil? Muita gente boa já morreu tentando. A luta pela independência se dá, sempre, no front interno. O inimigo sempre está ao lado, nunca na frente oposta. É uma luta contra o insidioso. Preparem-se para muito mais. O manancial de onde brotam estas pérolas está cheio até a borda. Bem nutrido e asseado, fortemente implantado no seio do sistema nervoso da sociedade. Um trabalho lento e diligente levado a efeito por décadas (embora acelerado em certos períodos). E tem gente que acredita que "somos esquecidos e relevados pela política externa dos fulanos...". Quem olha de fora não faz idéia de como a coisa toda funciona por dentro.
A trave tem que ser longa e forte para aguentar o peso.
[]'s
Isto que voce escreveu,é exatamente a sintese de meu pensamento atual. [009]

Ps:Orestes eu quero fazer um curso para aprender a elogiara as pessoas com tanta finesse e perspicacia como voce faz :mrgreen: [009]

Abraços.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 6:31 pm
por Carlos Mathias
Ps:Orestes eu quero fazer um curso para aprender a elogiara as pessoas com tanta finesse e perspicacia como voce faz
Bater com jornal dobrado, ou algo assim.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 6:32 pm
por Hader
Bender escreveu:
Hader escreveu:As dores do parto são sempre incômodas. Ou alguém aqui acha que vamos escapar da atração gravitacional de uns e outros assim fácil? Muita gente boa já morreu tentando. A luta pela independência se dá, sempre, no front interno. O inimigo sempre está ao lado, nunca na frente oposta. É uma luta contra o insidioso. Preparem-se para muito mais. O manancial de onde brotam estas pérolas está cheio até a borda. Bem nutrido e asseado, fortemente implantado no seio do sistema nervoso da sociedade. Um trabalho lento e diligente levado a efeito por décadas (embora acelerado em certos períodos). E tem gente que acredita que "somos esquecidos e relevados pela política externa dos fulanos...". Quem olha de fora não faz idéia de como a coisa toda funciona por dentro.
A trave tem que ser longa e forte para aguentar o peso.
[]'s
Isto que voce escreveu,é exatamente a sintese de meu pensamento atual. [009]

Ps:Orestes eu quero fazer um curso para aprender a elogiara as pessoas com tanta finesse e perspicacia como voce faz :mrgreen: [009]

Abraços.
É uma honra para mim Bender!

Quanto ao Mestre dos Terreiros...well...ele tem a coisa no DNA... É concorrência desleal.

[]'s

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Dom Abr 11, 2010 6:39 pm
por Bender
O Marino já comentou brilhantemente com o fígado :mrgreen: que é como eu faria,e Orestes com a delicadesa contundente de uma moto-niveladora :mrgreen: mas fina e educada, :shock: então nem vou enfiar mais nenhum palito de dentes no zoinho deste tal de Ricupero.

Mas levantaria aqui uma questão fundamental sucitada pela leitura do post do colega Francorp,é preciso urgentemente que se promova uma aceleração nos progarmas de lançadores de satélites,este governo por mais que tenha tomado algumas atitudes primeiras e pontuais,ficou devendo no que tange ao programa de veículos lançadores,foi pouco efetivo nesta seara,mesmo fazendo mais que o governo anterior.

Este programa se reveste de importância estratégica fundamental para o Brasil,e não é atoa que é sempre o mais obstaculizado tanto externamente como internamente.(atentem para o post do colega Hader!)

O país precisa acelerar estes programas,para podermos ter em mãos independente do artefato que viajará na cabeça,a capacidade de retaliar do nosso próprio território qualquer agressão sofrida.

Mais importante do que quaisquer caças que venham a ser adiquiridos,este programa se equivale ao poder de dissuasão pretendida com os SNBr,que será enorme.

É preciso de verbas mais substanciais e esforço concentrado neste vetor.

Sds.