Bolívia

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#346 Mensagem por Guerra » Dom Set 14, 2008 10:34 am

ciclope escreveu:O problema do evo é o mesmo que o do lula no seu primeiro mandato. Era ótimo na oposição mas e uma porcaria na situação!
Retrato da falta de esperiência aliada com a arrogância de ter cido eleito com forte apoio popular.
É o pior e que alem disso esta sob influencia do chavito.

É justamente o contrário. E a diferença dos dois que esta fazendo a Bolivia perder o bonde.
Se ele fosse menos radical e fizesse as coisas mais devagar...Eles estão perdendo uma otima oportunidade




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#347 Mensagem por Bourne » Dom Set 14, 2008 12:28 pm

A Bolivia não tem a maturidade institucional e nem a percepção democrática de que quem ganha a eleição só comanda o barco temporariamente, e é é obrigado a satisfazer e ouvir o que os grupos que estão fora do poder, a fim de manter a estabilidade no país e viabilizar seu governo. Caso contrário, como mostra está acontecendo na Bolívia, o país começa a entrar numa instabilidade perigosa e que pode levar a queda do governo e guerra civil.

No caso do Brasil, este tem a maturidade institucional e percepção democrática para manter a estabilidade e viabilizar o governo. O grande exemplo é a gestão Lula, em que qualquer governo futuro deve agir de forma semelhante procurando acordos entre grupos de interesses que mandam no país. Isso ocorre em qualquer país democrático e sólido.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#348 Mensagem por Paisano » Seg Set 15, 2008 12:25 am

A receita Bush para balcanizar a Bolívia*

Fonte: http://www.tribunadaimprensa.com.br/
Apesar dos equívocos de sua linha editorial nos últimos anos, a "Folha de S. Paulo" ainda é capaz de surpreender e fazer diferença - ao contrário do resto da grande mídia - organizações Globo, "Veja", "Estadão" etc. Um crítico gringo-brasileiro dessa mídia, Colin Brayton, chamou atenção em seu blog irreverente (leia aqui: Sousaphone Tupiwire) para um artigo profético publicado há 15 meses pela "Folha".

Sob o título "A Balcanização da Bolívia", era assinado por Luiz Antonio Moniz Bandeira, jornalista que se tornou cientista político sem perder o vício de escrever para jornais. Desde que lançou o livro "Presença dos EUA no Brasil", no início da década de 1970, tem sido um dos melhores analistas das relações entre os EUA e a América Latina. E em julho do ano passado previu a missão oculta de Philip Goldberg: dividir a Bolívia.

Goldberg é o embaixador que o presidente boliviano Evo Morales expulsou do país devido à ingerência nos assuntos internos da Bolívia em meio à atual crise. A 15 de julho de 2007, Moniz Bandeira tinha ido direto ao ponto, ao alertar: "Esse diplomata tem experiência em conflitos étnicos e tendências separatistas, que irromperam no Leste europeu após a desintegração da Iugoslávia."

A missão e as credenciais

Ele lembrou que de 1994 a 1996, Goldberg trabalhara na questão da Bósnia, no Departamento de Estado; fora assistente especial do embaixador Richard Holbrooke, o artífice da desintegração da Iugoslávia; e servira como chefe da Missão dos EUA em Pristina, Kosovo (2004-06), onde orientou a separação dos Estados da Sérvia e Montenegro, após haver sido ministro conselheiro na Embaixada dos EUA em Santiago do Chile (2001-04).

É bem conhecida a atração particular que a riqueza energética alheia exerce sobre a dupla petrolífera Bush-Cheney. E Moniz alertou então para os recursos naturais de Santa Cruz de la Sierra, "onde estão 2,8 trilhões de pés cúbicos de gás dos 26,7 trilhões de reservas provadas da Bolívia. Se somadas às prováveis, o volume sobe a 48,7 trilhões de pés cúbicos".

A suspeita óbvia em La Paz, como também observara Moniz na época, era de que Golberg tinha sido escolhido a dedo para "conduzir o processo de separação de Santa Cruz de la Sierra, caso ela ocorra após a aprovação da nova Constituição e em meio à exacerbação das tensões étnicas, sociais e políticas, aguçadas pelo choque de interesses econômicos das distintas regiões da Bolívia".

Ante o quadro atual naquele país, só resta dizer que Goldberg cumpriu a missão. A presença fortaleceu a rebelião separatista, ratificando o poder da ação quase sempre desagregadora da diplomacia americana quando a riqueza energética de um país está em jogo. Depois da II Guerra, isso ficou claro a partir do caso conspícuo do golpe da CIA no Irã em 1953, para derrubar Mohamed Mossadegh e instalar Reza Pahlevi no poder.

Dividir para tomar a riqueza

No Iraque a primeira aposta dos EUA após a saída das tropas iraquianas do Kuwait foi no separatismo, de novo através da CIA, que armou e financiou os curdos, depois abandonados à própria sorte por George Bush pai. A idéia do separatismo não vingou em 2003 porque países árabes aliados dos EUA, como a Arábia Saudita, condicionaram o apoio a garantias de que a integridade territorial seria mantida.

Como a prioridade maior é para o controle dos recursos energéticos, o governo Bush não vê incoerência em ficar contra a separação da rebelde Ossétia do Sul, com população de maioria russa, que se declarou independente da Geórgia. Nesse caso só consegue pensar no oleoduto que atravessa a Geórgia, levando o petróleo do Azerbaijão, capaz de reduzir a dependência do Ocidente do produto do Oriente Médio.

Mas do lado de cá do mundo, na nossa América - em oposição à deles, ao norte - a pergunta é se os EUA estão obstinados em retalhar nossos países. Na sua edição do outono de 1999, a importante revista "Foreign Policy" publicou um ensaio sob o título "Too Many Flags?" (Bandeiras demais?), assinado por um pesquisador da Universidade de Harvard, Juan Enriquez-Cabot, reclamando exatamente isso.

Na África, Ásia e África, argumentou Enriquez-Cabot, as nações se dividem em ritmo sem precedentes, mas o hemisfério ocidental tem ficado imune aos impulsos secessionistas. O ensaio alegou que as fronteiras das Américas não são tão estáveis como parecem. E que países pequenos como Luxemburgo, Cingapura e Suíça estão entre os que mais prosperaram depois da II Guerra Mundial.

O porrete sem a fala macia

Entre os exemplos dados por ele estavam as nações indígenas - os maias teriam parte do México e Guatemala; os mapuches, do Chile. Não basta para justificar a paranóia de quem teme complôs contra a Amazônia? Ianomâmis independentes com partes do Brasil e Venezuela, conforme parecem sonhar ONGs da Europa e EUA? Enriquez diz que em países em desenvolvimento os mais pobres dos pobres - maias, mapuches - se perguntam que benefícios reais têm com a atual identidade nacional.

Relacionando o artigo do acadêmico de Harvard a certos dados citados na época pelo "Economist", de Londres, Andrés Oppenheimer, colunista do "Miami Herald" dedicado a questões hemisféricas, apaixonou-se pela idéia. E concluiu que o mapa latino-americano será diferente em 2050. "O mundo tinha 62 países em 1914. Em 1946 o total já era 74. Hoje já pulou para 193", argumentou.

Enriquez vai mais longe. Vê países como corporações no império globalizante do neoliberalismo: "Hoje os governos que querem manter as fronteiras intactas têm de tratar os cidadãos como acionistas, que podem vender as ações, forçar mudanças na administração ou reduzir o tamanho do estado". Quanto mais globalizado o mundo, menos traumática será para os nacionalistas a divisão de seus estados, diz. "A globalização reduz o mundo às suas partes componentes, mesmo quando junta essas partes".

Para ele, os governos do hemisfério só sobreviverão com as atuais fronteiras se derem mais autonomia a grupos regionais sem insistir nas "velhas doutrinas autoritárias obcecadas por soberania". Notaram o horror à soberania alheia? Ted Roosevelt, ao separar o Panamá da Colômbia e roubar o canal, usava porrete ("big stick") e fala macia ("speak softly"). Bush, com a IV Frota no Atlântico Sul, dispensa a conversa.

*Argemiro Ferreira




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#349 Mensagem por pt » Seg Set 15, 2008 8:36 pm

As teorias da conspiração são cada vez mais complexas e complicadas. Vão buscar os mais reconditos e anónimos artigos que ninguém vai confirmar sequer se alguma vez foram escritos, para depois justificarem argumentos.

Se não fosse uma mentira tão clara, o «trote» do mapa do Brasil que aparecia alegadamente nos livros escolares dos Estados Unidos ainda hoje seria verdade absoluta.

Aliás, há gente que ainda hoje acredita e jura que o mapa existe e é verdadeiro.

Se não fosse verdade que todo o regime esquerdista, quando cai na bancarrota, culpa os americanos...
Se não fosse verdade que a Bolivia é o país mais instável de toda a América Latina.
Então poderíamos dar algum crédito às teorias da conspiração.

Além disto, por esta ordem de ideias, poderíamos alegar que isto é tudo montado pelo Brasil, país que mais beneficia com a crise Boliviana, e que foi o país mais prejudicado com as acções de Evo Morales.
Na Internet já em 2006, apareceram apelos para que os departamentos do leste boliviano pedissem a sua integração no Brasil.

Acontece, que para a retórica marxista de governantes que estão a remar contra a corrente da História, é sempre mais conveniente criticar os americanos. Ficava mal ao Chavez em vez de criticar el Alcoolatra Bush, passasse a criticar el Compañero Lula. Criticar o Brasil não dá tanto impacto, e além disso seria visto como ridículo.

Não é improvável que tenha havido contactos entre os norte-americanos e quaisquer partidos da Bolivia, mas os americanos estão mais preocupados com a produção de cocaína que com as questões separatistas de um país que o Bush não consegue apontar no mapa, mesmo que tenha lá o nome dos países escrito a vermelho.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#350 Mensagem por neison w da silva lima » Seg Set 15, 2008 11:16 pm

Apesar das redes de televisao nacionais estarem acompanhando o desenrrolar dos fatos na bolivia, nao se fala dos problemas causados na fronteira com o Acre. Muitos bolivianos estao se refugiando em epitaciolandia e Brasileia, municipios do Acre que fazem fronteira com cobija. esses bolivianos causam muita transgrecoes, pois hã informacoes de que nuitos deles , para se defenderem, portam armas de fogo muitas das quais usadas em guerra.
Outro fato que chama a atencao ~e que o exercito boliviano esta reprimindo movimentos separatistas com forca desproporcional, usando para isso fuzis de guerra. Do lado brasileiro ouve-se muitos disparos de armas automaticas. Existe relatos de que projeteis de fuzil estao alvejando casas do lado brasileiro, como no caso de uma residencia no Bairro Satel loclizado em Epitaciolandia, fato esse realmente comprovado pela policia local. O que chama maior atencao ainda e o fato da fronteira do brasil esta quase que desguarnecida. ver-se um ou dois policiais militares no portal de emtrada para o Estado.
Diante desse perigo real, pergunta-se onde estao as autoridades brasileiras e o exercito brasileiro. Na bolivia seu exercito esta la ao aucance dos olhos dos bolivianos e brasileiros.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#351 Mensagem por Sterrius » Ter Set 16, 2008 1:21 am

Diante desse perigo real, pergunta-se onde estao as autoridades brasileiras e o exercito brasileiro. Na bolivia seu exercito esta la ao aucance dos olhos dos bolivianos e brasileiros.
Enquanto não houver confirmações de alguma "fuga desenfreada" não deverá haver mobilização das forças armadas. Deixando esse serviço pra policia local. (Essa sim que deve apreender as armas dos bolivianos etc, se não consegue pede ajuda a capital ou a PF).

+1 Noticia. Fonte: http://pedrodoria.com.br/
Chávez quer atear fogo no circo boliviano
14/September/2008 · 12:53 · 135 Comentários

Hugo Chávez é do tipo que joga lenha na fogueira. Lula, não. Por isso, é de se levar a sério sua afirmação de que o Brasil não tolerará rompimentos institucionais na Bolívia. O Brasil chega tarde à discussão – como já argumentou com a competência de praxe Sérgio Léo, em sua coluna no Valor Econômico.

A situação da Bolívia é grave: o país sempre foi dividido entre a elite rica (e em geral branca) e os índios pobres (em geral excluídos). A eleição de Evo Morales acirrou essa divisão por atiçar os temores da elite. Evo é, por personalidade, tudo o que Lula não é. Enquanto Lula busca a paz e a harmonia com quem tem poder, Evo – ainda mais insuflado por seu par venezuelano – procura o combate. Nessas horas, não custa tentar entender que o problema real da Bolívia é sua histórica divisão interna e não uma mítica interferência norte-americana.

(Há, diga-se, um consenso entre os especialistas de todo o continente que a quebra institucional boliviana não interessa a ninguém. É incompetência do governo Bush o fato de que não oferece ao governo Morales algum tipo de apoio econômico, empurrando-o para os braços de Chávez, Ahmadinejad e Putin/Medvedev. O assunto é tema de um excelente estudo do Council of Foreign Relations, que tem até Henry Kissinger em seu conselho.)

Começa amanhã a reunião de cúpula da Unasur, em Santiago do Chile, que terá por objetivo apaziguar os grupos. Em negociações do tipo, o esforço se divide em oferecer incentivos para ambos os lados buscarem a paz enquanto se faz ameaças veladas para a possibilidade de briga. O problema é que o mundo e a política não são feitos de pragmatismo. Ambições pessoais, temperamentos estourados e a mais pura incompreensão dos riscos tomam parte das negociações.

A maior dificuldade à mesa é que o Brasil teria de deixar claro que um governo golpista, na Bolívia, não seria reconhecido. Mas o Brasil, dependente do gás boliviano, não tem como fazer esta ameaça.

A América do Sul não é homogênea e os problemas de cada país são seus próprios, particulares, intransferíveis. Às vezes quem ouve Hugo Chávez partindo em defesa de seu par boliviano Evo Morales acredita que algum tipo de integração latino-americana existe.

Chávez convocou seu embaixador em Washington e expulsou o norte-americano em Caracas alegando solidariedade para com Morales e acusando os EUA de participação em uma tentativa de golpe misteriosa. O termômetro das boas relações diplomáticas entre EUA e Venezuela não é este, é outro. É a venda de petróleo para o país de George W. Bush. Esta continua intocada. Quando algo mudar nesse quesito, poderá se levar a sério a intenção de Hugo Chávez de romper com os EUA causando profundo impacto na economia interna norte-americana. Um desafio de verdade. Até lá, Chávez bem o sabe, é só política. E toda política é local.

Chávez está sendo investigado por ter enviado dinheiro para a campanha eleitoral de Cristina Kirchner, na Argentina, e enfrenta eleições estaduais na Venezuela, em novembro. É sempre assim, com Hugo Chávez: quando há eleição por perto, ele arruma alguma maneira de chamar os EUA de intoleráveis. Os suspeitos de sempre caem na história.

Com a Bolívia, não, a coisa é mais séria. Talvez seja reconfortante, para alguns, imaginar que seja tudo parte de um plano norte-americano para desestabilizar governos de esquerda na região. Mas a instabilidade boliviana é só dela própria.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#352 Mensagem por neison w da silva lima » Ter Set 16, 2008 9:53 am

Moradores da fronteira do Acre estão na linha de tiro dos bolivianos

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Por Alexandre Lima
15 de setembro de 2008
Um projétil de fuzil atingiu na madrugada desta segunda-feira, a casa da senhora Shirley Aguilera, no Bairro da Satel localizado na cidade de Epitaciolândia, que também faz fronteira com a Bolívia.

O caso ocorreu por volta de 01h30 da madrugada, no momento em que todos dormiam. “Nós acordamos pelo barulho no telhado da sala, por pouco a bala não atinge o receptor da parabólica” disse a moradora.

Esse não seria o primeiro caso de bala perdida no Bairro da Satel, a localidade fica há menos de 100 metros da cidade de Cobija, que é separada apenas pelo igarapé Encrenca.

No mesmo dia, uma outra casa teria sido atingida por outro projétil de fuzil, provavelmente disparado pelos soldados bolivianos, mas, a proprietária não registrou queixa por achar que não teria importância.

A Polícia Militar, Civil e técnica foram ao local para analisar o projétil e a veracidade do caso. Um tiro de fuzil, pode alcançar até 2000 mil metros em linha reta a matar uma pessoa. Os locais de confronto na cidade de Cobija, não deve ultrapassar 1000 metros.

fonte: http://www.oaltoacre.com




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#353 Mensagem por GustavoB » Ter Set 16, 2008 9:57 am

A Bolivia não tem a maturidade institucional e nem a percepção democrática de que quem ganha a eleição só comanda o barco temporariamente, e é é obrigado a satisfazer e ouvir o que os grupos que estão fora do poder, a fim de manter a estabilidade no país e viabilizar seu governo. Caso contrário, como mostra está acontecendo na Bolívia, o país começa a entrar numa instabilidade perigosa e que pode levar a queda do governo e guerra civil.

No caso do Brasil, este tem a maturidade institucional e percepção democrática para manter a estabilidade e viabilizar o governo. O grande exemplo é a gestão Lula, em que qualquer governo futuro deve agir de forma semelhante procurando acordos entre grupos de interesses que mandam no país. Isso ocorre em qualquer país democrático e sólido.
Foi de grande clareza Bourne




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#354 Mensagem por vmonteiro » Ter Set 16, 2008 2:36 pm

Bourne escreveu:A Bolivia não tem a maturidade institucional e nem a percepção democrática de que quem ganha a eleição só comanda o barco temporariamente, e é é obrigado a satisfazer e ouvir o que os grupos que estão fora do poder, a fim de manter a estabilidade no país e viabilizar seu governo. Caso contrário, como mostra está acontecendo na Bolívia, o país começa a entrar numa instabilidade perigosa e que pode levar a queda do governo e guerra civil.

No caso do Brasil, este tem a maturidade institucional e percepção democrática para manter a estabilidade e viabilizar o governo. O grande exemplo é a gestão Lula, em que qualquer governo futuro deve agir de forma semelhante procurando acordos entre grupos de interesses que mandam no país. Isso ocorre em qualquer país democrático e sólido.
O Brasil tem muita maturidade mesmo, maturidade do "acordão", pra manter a impunidade e corrupção ao enrriquecimento de ums poucos, que entram e saem do cenario, mas mantem sempre o mesma pratica.

Como dizem por a Evo tenta implantar um "choque de gestão" acabando de vez com as diferenças absurdas e toda segregação sofrida pela maioria dos bolivianos, mas a "elite sangue suga" ainda pode dermostrar resistencia, pq apesar de estarem politicamente fora do poder, tem suas reservas de captal amparando essas praticas "terroristas" contra o governo democratico.




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#355 Mensagem por Sterrius » Ter Set 16, 2008 3:32 pm

Também não é assim.

A reclamação sobre a nova constituição do Evo é bem legitima e naquela constituição tem pontos muito sensiveis que pode basicamente apenas trocar a exploração de 1 lado pro outro. Não resolvendo praticamente nada no final das contas.

Fora que a oposição nem foi chamada pra criação da mesma. Como é que vc cria uma constituição e não chama 40% da população pra discutir sobre ela? (Os representantes da oposição que lidam com a parte não indigena).




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#356 Mensagem por Guerra » Ter Set 16, 2008 4:11 pm

vmonteiro escreveu: O Brasil tem muita maturidade mesmo, maturidade do "acordão", pra manter a impunidade e corrupção ao enrriquecimento de ums poucos, que entram e saem do cenario, mas mantem sempre o mesma pratica.

Como dizem por a Evo tenta implantar um "choque de gestão" acabando de vez com as diferenças absurdas e toda segregação sofrida pela maioria dos bolivianos, mas a "elite sangue suga" ainda pode dermostrar resistencia, pq apesar de estarem politicamente fora do poder, tem suas reservas de captal amparando essas praticas "terroristas" contra o governo democratico.
O que seria "maturidade"? Destruir o poder economico? Estatizar tudo e transformar em propriedade do povo? A história mostra que é burrice. E o governo da Bolivia esta pagando o preço por querer reescrever a história.
Temos problemas sim, mas no Brasil não há mais lugar para radicalismo, nem de direita nem de esquerda. Se isso não é maturidade, pelo menos é o que esta tirando o pais da miséria. Coisa que o radicalismo não conseguiu em lugar nenhum do mundo.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#357 Mensagem por vmonteiro » Ter Set 16, 2008 5:16 pm

Sterrius escreveu:Também não é assim.

A reclamação sobre a nova constituição do Evo é bem legitima e naquela constituição tem pontos muito sensiveis que pode basicamente apenas trocar a exploração de 1 lado pro outro. Não resolvendo praticamente nada no final das contas.

Fora que a oposição nem foi chamada pra criação da mesma. Como é que vc cria uma constituição e não chama 40% da população pra discutir sobre ela? (Os representantes da oposição que lidam com a parte não indigena).
Serio, quais pontos sao sensiveis? Poderia por favor me citar pelo menos um deles.

Oposiçao camarada, Evo vem tentando dialogar com os terroristas a anos, oque fazem e sempre tentar desestabilizar e boicotar seu governo com atos de terrorismo, ate referendo ilegal eles praticaram.
Nao ha como dialogar com esses caras, eles tem um posiçao formada, derrubar o presidente, dialogo nao serve a quem tem esse proposito.

Nos ultimos 100 anos ninguem chamou os outros 60% da populaçao pra conversar sobre as praticas de expolio e segregaçao.

A parte nao indigena ja teve sua "fatia no bolo", e a parte rica que detem o captal para exercer seu poder, independente do governo instalado. Oque mais querem? Continuar o expolio?




Senhores, sejamos razoáveis.
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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#358 Mensagem por GustavoB » Ter Set 16, 2008 5:44 pm

A verdade é que

Não importa ser capitalista ou comunista se você está morto.

Haveria muito menos radicalismo se mais gente pensasse nisso.




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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#359 Mensagem por escorpiao610218 » Ter Set 16, 2008 9:17 pm

Sniper escreveu:O que o Brasil podería fazer em caso de ameaça ao nosso fornecimento de gás?

A coisa degringolou de vez na Bolívia, já existem cidades proclamando independência, quebra-quebra nas ruas, presos fugindo de cadeias em meio ao alvoroço, em fim um verdadeiro estado de Anarquia. Atentados, greves e outras "anormalidades" podem prejudicar o fornecimento de gás do Brasil.

Tendo em vista que sem o gás vindo da Bolívia boa parte da nossa indústria para e aparentemente o governo Boliviano não tem condições de manter a segurança dos gasodutos e áreas de exploração, Legalmente o exército brasileiro podería agir na Bolívia para garantir o fornecimento do gás ao Brasil ?

O que diz a nossa constituição a respeito (ou ela não diz nada)?

Abraços!
Escorpiao

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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#360 Mensagem por Bourne » Ter Set 16, 2008 9:35 pm

pt escreveu:Acontece, que para a retórica marxista de governantes que estão a remar contra a corrente da História, é sempre mais conveniente criticar os americanos. Ficava mal ao Chavez em vez de criticar el Alcoolatra Bush, passasse a criticar el Compañero Lula. Criticar o Brasil não dá tanto impacto, e além disso seria visto como ridículo.
Na verdade não é marxista, mas, sim, uma mostruosidade patética que a maioria dos pensadores marxistas de verdade abominam. Ouvi isso de vários marxistas acadêmicos, que leram parte das obras de Marx e tantos outros autores dessa linha ao longo da história.




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