Alternativas para fim do FX2

[FCarvalho]

Fosse só a realidade...

abs.

[knigh7]

O KC-390 foi provavelmente o ápice da falácia governamental, com o Ministério da Defesa (ainda na época do Jobim) e Comando da Aeronáutica fazendo eventos pomposos, aqui no Parque Tecnológico de São José dos Campos e até na Fiesp, em SP, prometendo que a meta era ter o máximo possível de empresas nacionais no programa, que o projeto era parte de um tal "Plano Nacional de Defesa", para recuperar a indústria nacional de defesa, etc., etc., etc.

Mas, com os cortes de verba feitos por dona Dilma desde o seu primeiro dia de governo, o F-X2 foi para a gaveta (senão para o lixo) e a Embraer, sem verbas para o KC, para conseguir tocar o projeto precisou "passar o chapéu" mundo afora, em busca de "parceiros de risco" (leia-se: empresas para entrar com dinheiro no projeto). Como resultado, hoje não existe uma única empresa brasileira no programa KC e o "cluster" das empresas do segmento aeronáut ico (também chamado de "APL Aeroespacial") da região de São José dos Campos foi reduzido a quase zero.

Cadê aqueles 1,2Bi que seriam liberados para a Avibras e para a Embraer para os projetos Astros 2020 e KC390?

Olá, BCorreia.

Eu não estou acompanhando o que está sendo liberado para esses 2 projetos, mas sobre o KC390 eu posso comentar.

A verba do Governo total para o desenvolvimento de uma aeronave como o kc390 (R$ 3 bi, um pouco mais de US$1 bi), acaba sendo relativamente baixa para um projeto desse tipo, o que força a uma maior desnacionalização. Com um projeto promissor como esse, com grande potencial, era uma grande chance de alavancar a indústria aeroespacial local.

O artigo dele tem bastante fundamento.

[Viktor Reznov]

A verdade é que somente um membro desse fórum (ou um militar de carreira) na presidência daria oa setor a atenção que merece. Enquanto tivermos esses revanchistas no poder, a situação continuará a mesma, eles continuarão sangrando as nossas forças armadas como vingança pelas suas revoluções falidas.

[Petry]

Eu não acho que é revanchismo. Eu acho que é falta de prioridade e visão, aliada com falta de capacidade de gerir todo uma mega estrutura que tem nossa máquina pública.

[knigh7]

No Governo da Dilma, só não foi paralisado processos de aquisição que seguiam aquele check-list que eu havia colocado aqui (que servem para ativ. de polícia, etc).

E ela não deu calote em contratos assinados pelo antecessor (também só faltava essa).

Os políticos são iguais? Mas existem uns mais iguais que outros...

[bcorreia]

Cadê aqueles 1,2Bi que seriam liberados para a Avibras e para a Embraer para os projetos Astros 2020 e KC390?

Olá, BCorreia.

Eu não estou acompanhando o que está sendo liberado para esses 2 projetos, mas sobre o KC390 eu posso comentar.

A verba do Governo total para o desenvolvimento de uma aeronave como o kc390 (R$ 3 bi, um pouco mais de US$1 bi), acaba sendo relativamente baixa para um projeto desse tipo, o que força a uma maior desnacionalização. Com um projeto promissor como esse, com grande potencial, era uma grande chance de alavancar a indústria aeroespacial local.

O artigo dele tem bastante fundamento.

Sim, mas se não me engano esse valor seria o liberado para esse ano fiscal, não seria o total

edit: malz, é pra 2014

http://www.aereo.jor.br/2013/10/03/gove ... e-avibras/

[knigh7]

BCorreia,

Vc está confundindo o valor que eu citei em Dólar com Real.

[Bourne]

Eu não acho que é revanchismo. Eu acho que é falta de prioridade e visão, aliada com falta de capacidade de gerir todo uma mega estrutura que tem nossa máquina pública.

As forças armadas e a industria de defesa tiveram alguma importância nos anos 1970 e 1980. Mesmo assim, o primeiro a cortar as asas dos generais, almirantes e brigadeiros foi Presidente Geisel. A justificativa "estamos em crise, não temos dinheiro e existem outras prioridades". Isso em um época em que um conflito na América do Sul era factível e o Brasil estava despreparado em relação Argentina.

[bcorreia]

BCorreia,

Vc está confundindo o valor que eu citei em Dólar com Real.

Camarada, eu não estou confundido, perguntei apenas sobre a verba de 1,2bi que o GF estava para liberar para as empresas previamente referenciadas, me enganei, essa verba, se liberada, é prevista para 2014.

Quanto ao valor de 3 Bilhões de reais ser pouco para um projeto dessa magnitude, bom, creio que esse foi o valor apresentado pela Embraer (3068 milhões, pelas notícias), com componentes nacionais na medida do possível, e aparentemente esse foi o projeto aprovado pela FAB, é um avião de transporte com motores com componentes razoavelmente fáceis de se achar no mercado civil, não vejo problemas com relação a isso, inclusive, houveram matérias de que a Embraer com ajuda do COPAC conseguiu reduzir um pouco esse valor de projeto.

[knigh7]

Componentes nacionais na medida do possível? Quando o referido coordenador da Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial (CEDAER) reclamou, está com toda razão. Aliás, naquela posição, ele tem até autoridade para isso.
Mas vou dar exemplos do que poder-se-ia ter mais conteúdo nacional se tivesse mais verba para o desenvolvimento: sistemas hidráulicos, autuadores elétricos, eletroestáticos e eletrônicos, controles elétricos para´o sistema primário de comandos de voo, desenvolvimento da blindagem, etc.

Produtos desse tipo não precisam vir de "empresa líder no mercado internacional".

[bcorreia]

Caro, dá uma olhada lá mesmo no seu texto, verba pequena (se foi o que o governo disponibilizou, ou foi o que a Embraer solicitou) infelizmente gera esse tipo de entraves, dai minha frase "na medida do possível" , eu também concordo com o coordenador, acho que não aproveitar esses projetos para desenvolver o máximo de tecnologias possíveis por aqui é lastimável, mas infelizmente, muita gente no nosso país ainda tem a mentalidade de que o que é de fora é o melhor, soma isso com a Embraer ser uma empresa privada, e como toda empresa privada, infelizmente vai se importar mais com os seus lucros do que com soberania nacional, se ela puder usar algum componente no qual ela esteja familiarizada e que tenha custos menores na hora da implementação, ela vai usar, nesse caso também caberia a contratante do projeto trabalhar junto e forçar esse desenvolvimento desses componentes.

[WalterGaudério]

A alternativa ao fim do FX 2, é acabar com o famigerado, e fazer uma compra direta.

[kirk]

FX-2, novamente com gosto "AMARG" :

http://www.aereo.jor.br/2013/11/18/inde ... a-ha-f-16/

[gabriel219]

Meu Deus, esse pessoal do PA se supera. O site era tão bom quando tinha mais conteúdo do que batalhas ideológicas.

Aliás, a FAB não emitiu uma nota sobre a não compra de caças usados e desmentindo a estória de possível avaliação dos F/A-16 do AMARG?

POWS, se há um leasing em jogo de um tal de Su-35S, iremos de F/A-16?

A solução está ai e acho que ficaria mais caro comprar F/A-16, pois só há versões das mais antigas (Block 30 para baixo) e seu sistema de reabastecimento aéreo é totalmente diferente do nosso, ou seja, só para adotarmos o F/A-16 teríamos que:

1)Mudar todas as cestas de reabastecimento, então o KC-390 e o AMX A-1M que se fo&*.

2)Gastaríamos uma grana para revitalizá-los, deixa-los em condição e moderniza-los.

3)Gastaríamos mais tempo e não viriam até o fim do ano.

Ou seja, não acho a melhor opção que temos. Há opções melhores como (tudo já visando substituição dos Mirage 2000C/D e dos F-5M):

1ª: compra de 36 Mirage 2000, modernização para padrão 2000-9 e compra de 48 Gripens C/D junto com modernização.

2ª: compra de 36 Su-27SK, modernização para um padrão próximo ao do Su-35S e compra de 48 MiG-29 e modernização para um padrão próximo ao do MiG-35.

Temos uma opção melhor: leasing de 12 Su-35S + compra de 36 Su-35S + coprodução nacional + participação no PAK-FA.

[Tchelo]

Será que, exatamente por já cogitar essa hipótese (F-16 AMARG) o governo tenha congelado o KCX? Afinal, se formos de F-16 Desert, precisaremos de abastecedores de "cesta".

Só teorias...rss