Fórum Defesa Brasil

mauri escreveu: ↑Dom Nov 03, 2024 10:37 am Está escrito lá: O Fundo Soberano da Arábia Saudita estaria cada vez mais próximo de se tornar o principal dono da Avibras — com a perspectiva de assumir até 80% da companhia —, dizem os rumores do setor.

Mas não duvido em uma triangulação não!!

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c99w5x984pno
https://www.infomoney.com.br/economia/f ... no-brasil/
https://noticias.uol.com.br/colunas/jam ... mentos.htm

Bem, lendo a reportagem eu cheguei à conclusão que:
- Uma fonte diz que a Norinco está no páreo;
- A outra diz que na realidade tem grande chance de ser vendido pra um fundo da Arábia Saudita;
- E outra fala que tem um investidor brasileiro de contrato assinado.

Em local algum da reportagem dá a entender que esse "investidor brasileiro" é um testa de ferro dos Árabes...

Mas enfim, reportagem mau escrita e enrolada, falando sobre um assunto mais enrolado ainda.

O problema é o seguinte: o governo aparentemente não quer a empresa vendida para nenhum estrangeiro, mas ao mesmo tempo não pode ou não quer estatizar a mesma, buscando uma "meia solução" na figura de supostos investidores nacionais, que não se sabe se existem de verdade, e se existem, se tem capacidade financeiro de arcar com o negócio sem dinheiro público envolvido.

Eu não conheço nenhuma empresa na BIDS hoje que tenha condições sozinha de bancar a recuperação da Avibras. Mesmo a Embraer. Essa mesma é que não bota a mão nessa cumbuca.

Lembrar que além das dívidas com governo, credores diversos e principalmente bancos, ainda há valores atrasados que tem prioridade a serem pagos aos funcionários, além da reativação da propria capacidade industrial da empresa. Os custos de tudo isso e mais um pouco, afinal a empresa terá de ser, também, capitalizada novamente, faz com que os investimentos ultrapassem facilmente o que foi divulgado até agora.

Qualquer um que se meter com a Avibras agora vai ter despesas na casa do bilhão de reais. Pra começar.

E a Avibras não tem sequer encomendas firmes para seus principais produtos. Ou mesmo os mais primário. De ninguém.

Como é que faz pra resolver isso?

FCarvalho escreveu: ↑Dom Nov 03, 2024 7:29 pm Como é que faz pra resolver isso?

Fecha.

Túlio escreveu: ↑Dom Nov 03, 2024 8:05 pm

FCarvalho escreveu: ↑Dom Nov 03, 2024 7:29 pm Como é que faz pra resolver isso?

Fecha.

Está simplesmente não é uma opção.

Melhor pensar em outra coisa menos pior.

Como já disse antes, a Avibras, se houvesse um mínimo de respeito e hombridade em relação aos programas da Defesa neste país de merda, poderia se tornar fundamental e a base para vários deles que estão minguando aí há anos, dependentes da boa vontade de gente que caga e anda para a Defesa. Leia-se congresso e governo(s).

Bom, sobra torcer - a que ponto chegamos? - para que um milagre, ou na verdade, uma ou mais desgraças em conjunto nos sobrevenha tão logo quanto possível e obrigue os canalhas encastelados entre Brasília e seus currais eleitorais a agir no sentido de prover os recursos necessários às ffaa's para a defesa do país. Avibras incluso, mas não só ela.

É a única forma de obrigar quem nunca quis, e não quer, investir em defesa a fazê-lo, ainda que muito a contra gosto neste arremedo de pais.

Viva-se com isso.

FCarvalho escreveu: ↑Seg Nov 04, 2024 12:51 pm

Túlio escreveu: ↑Dom Nov 03, 2024 8:05 pm
Fecha.

Está simplesmente não é uma opção.

Melhor pensar em outra coisa menos pior.

Túlio escreveu: ↑Seg Nov 04, 2024 1:42 pm

FCarvalho escreveu: ↑Seg Nov 04, 2024 12:51 pm Está simplesmente não é uma opção.
Melhor pensar em outra coisa menos pior.

Infelizmente não há "outra coisa menos pior", o point of no return já foi ultrapassado há anos.

Ademais, tu achas que o filé do pessoal técnico foi trabalhar no McDonald's enquanto espera (um ano e meio... e contando) que a fênix renasça das cinzas a que uma gestão escabrosa a reduziu?

Espero que a tua poltrona seja bem macia...

Quem podia sair da Avibras já saiu faz tempo. E deve estar muito feliz com isso.
O governo é o principal credor da empresa, segundo se diz.
Sendo verdade, e a empresa falir, tem duas opções em relação às perdas para o erário público: aceita que é melhor, ou intervir e colocar a gestão nas mãos de outrem, para ao menos tentar recuperar os prejuízos.
É o que tem pra hoje.