Re: Missilhouse do Brasil
Enviado: Sáb Ago 17, 2024 1:11 pm
Sou cético quanto a muitos destes projetos saírem do papel, uma vez que a questão orçamentária da Defesa não é tema de debate na sociedade, e por conseguinte, no congresso e no governo. Sem que Defesa se torne um assunto que ultrapasse a mera questícula de quanto é ou deixa de ser o soldo dos militares, vamos continuar capengando no mesmo discurso de sempre que é a relação entre investimento\custeio e salários e pensões, e não passa disso. E sabemos o porquê.
O limitado e pueril interesse dos políticos no assunto Defesa se restringe a dialogar sobre salários e pensões dos militares como instrumento de diminuição dos custos da máquina pública, e de vez em quando, fala-se de algo além quando o MD e cmtes militares aparecem nas comissões de defesa e RE do congresso para reclamar sobre suas eternas mazelas financeiras e materiais, mas absolutamente ninguém faz caso disso.
O negócio é o seguinte. Temos que arrumar algo concreto para fazer com que Defesa seja um assunto de interesse da sociedade, e pari passu, obrigue os políticos a trazer a mesma para a mesa do marketing eleitoral e, figurativamente, das políticas públicas. Sem isso, nada destas propostas, e tantas outras conhecidas aqui há duas décadas, sairá do status quo.
Vejam o exemplo da "crise" na fronteira com a Venezuela. Depois de passado o tempo que o EB levou para movimentar alguns materiais e tropas em Roraima, simplesmente o assunto morreu na mídia em geral, e em consequência, no interesse do populacho tupiniquim pelo assunto Defesa Nacional. E governo e políticos devem ter dado graças a Deus por isso. Ou seja, sem que o assunto seja fomentado diariamente nas mídias especializadas, e especialmente na grande mídia, para o brasileiro médio, o único interesse nas ffaa's vai continuar sendo porque não houve "gopi" no Brasil, distribuição de cestas básicas, enchente, combate ao narcotráfico, garimpo, ACISO, MMI, etc.
Sejamos realistas. O brasileiro, e em específico o militar brasileiro, é totalmente incrédulo quanto ao Brasil se envolver em qualquer tipo de guerra em prazo visível. E até por isso, qualquer discussão em termos de investimento em Defesa não passa de mera retórica para "quem não tem o que fazer", como quer fazer crer, não raras vezes, a grande mídia em geral. E isso diminui todas as chances dos projetos, do mais básico ao mais avançado, sair do papel por simples e pura inépcia governamental e indiferença social. Simplesmente o assunto não é importante para ninguém, a não ser em ocasiões em que sejamos pegos pelo infortúnio de nossa própria alienação e improbidade.
Defesa só é importante para quem sente a sua falta. E o Brasil em 200 anos como Estado, jamais sentiu necessidade ou falta de uma Defesa Nacional. Com ou sem guerras em andamento aqui e lá fora.
Todos os projetos na área estão submetidos a este aforisma. Viva-se com isso.
O limitado e pueril interesse dos políticos no assunto Defesa se restringe a dialogar sobre salários e pensões dos militares como instrumento de diminuição dos custos da máquina pública, e de vez em quando, fala-se de algo além quando o MD e cmtes militares aparecem nas comissões de defesa e RE do congresso para reclamar sobre suas eternas mazelas financeiras e materiais, mas absolutamente ninguém faz caso disso.
O negócio é o seguinte. Temos que arrumar algo concreto para fazer com que Defesa seja um assunto de interesse da sociedade, e pari passu, obrigue os políticos a trazer a mesma para a mesa do marketing eleitoral e, figurativamente, das políticas públicas. Sem isso, nada destas propostas, e tantas outras conhecidas aqui há duas décadas, sairá do status quo.
Vejam o exemplo da "crise" na fronteira com a Venezuela. Depois de passado o tempo que o EB levou para movimentar alguns materiais e tropas em Roraima, simplesmente o assunto morreu na mídia em geral, e em consequência, no interesse do populacho tupiniquim pelo assunto Defesa Nacional. E governo e políticos devem ter dado graças a Deus por isso. Ou seja, sem que o assunto seja fomentado diariamente nas mídias especializadas, e especialmente na grande mídia, para o brasileiro médio, o único interesse nas ffaa's vai continuar sendo porque não houve "gopi" no Brasil, distribuição de cestas básicas, enchente, combate ao narcotráfico, garimpo, ACISO, MMI, etc.
Sejamos realistas. O brasileiro, e em específico o militar brasileiro, é totalmente incrédulo quanto ao Brasil se envolver em qualquer tipo de guerra em prazo visível. E até por isso, qualquer discussão em termos de investimento em Defesa não passa de mera retórica para "quem não tem o que fazer", como quer fazer crer, não raras vezes, a grande mídia em geral. E isso diminui todas as chances dos projetos, do mais básico ao mais avançado, sair do papel por simples e pura inépcia governamental e indiferença social. Simplesmente o assunto não é importante para ninguém, a não ser em ocasiões em que sejamos pegos pelo infortúnio de nossa própria alienação e improbidade.
Defesa só é importante para quem sente a sua falta. E o Brasil em 200 anos como Estado, jamais sentiu necessidade ou falta de uma Defesa Nacional. Com ou sem guerras em andamento aqui e lá fora.
Todos os projetos na área estão submetidos a este aforisma. Viva-se com isso.
