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Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 3:01 pm
por DDNN
henriquejr escreveu:
O Sig Sauer 551 é o mesmo empregado por unidades de Pronto-Emprego dos BINFAE e pelo PARA-SAR????
Se é tão bom assim (a ponto de ser considerado o melhor fuzil já produzido!) porque a FAB não adota este fuzil como padrão, no lugar dos HK 33A? E o que faz dele o melhor fuzil já produzido?
Desculpe por tantas perguntas Beraldi, fiquei curioso com sua afirmação!
E o mesmo,

Simplesmente por questão de $$$ [003]
Fuzil SIG alem de ser um dos melhores, tambem são um dos mais caros.
Sem contar que os carregadores e acessorios não são compativeis a padrão OTAN --- A pesar que as HK G33 tambem usam carregador proprio.

Aqui surgiu outro exemplo de incorporação, a propria FAMAE Chilena e fruto de fabricação das SIG em Chile, pela FAMAE (Imbel deles). Hoje a FAMAE acabou desenvolvendo a partir desta coopera a propria linha de produtos, que ate exporta e concede licença para outros paises, que são as Taurus MT40, MT30 que nos conhecemos.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 3:42 pm
por Vitor
SGT GUERRA escreveu:
DDNN escreveu:Uma solução que EB poderia adotar e de permitir que fabricantes de outros paises venha a ser instalar no Brasil, especialmente aqueles de primeiro mundo.
Td bem que são firmas extrangeiras, mas ja imaginou uma situação de guerra ou de extrema necessidade. Mesmo que a fabrica pertence a capital extrangeiro, as instalações ficam aqui....

Eles tem que contratar operarios locais e tambem não se leva uma fresadora CNC num Fiorino de um dia para outro.

Quanto a incentivo de EB em pequenas emprenderores, quem le R105 nas condições para obter TR (registro de fabricantes de produtos controlados) pode ver que isso foi feito sob medida para firmas grandes. Pequeno emprendedor, especialmente aquelas apenas na area de desenvolvimento, e IMPOSIVEL.

A verdade seja dita, EB ja mudou alguma coisa. Algumas medidas de bom senso esta sendo adotada, como de reconhecer banco de provas de outros paises. Mas ainda tem muita coisa a mudar.
Na decada de 80 o Brasil estava em oitavo lugar em concessão de licença para material bélico. Só estavaatrás das potências. Entregou de mão beijada indutrias estatais. Se isso não for incentivar eu não sei o que é.

A IMBEL não é uma empresa que visa concorrênca com a iniciativa privada. O poblema é que a inicitiva pivada quer lucro.


"ah, mas se tivesse liberado armapara todo mundo tinha mercado"


Tem logica, mas na republica sindicalista brasileira que aumenta 25% do efetivo do EB e diminui 49% de verbas pode pensar assim?

Uma empresa tem que dar lucro! Meu deus! Que conceito absurdo!! :shock:

:roll: :roll:

Lucro é um sinal que a empresa está operando de maneira sustentável, obtendo mais recursos do que consume. É com lucros que vem o dinheiro para pesquisas e renovação do maquinário sem ter que se individar.

Na década de 80 nossa economia estava uma merda, a nossa indústria militar vivia de subsídios por ser queridinha da ditadura, no momento que o dinheiro "fácil" acabou, afundou.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 4:23 pm
por A.K. for T-7
henriquejr escreveu:
A.K. for T-7 escreveu:Ah, só mais um detalhe: a Taurus, ofereceu ao EB nos anos 80 o Galil, e nos anos 90 ofereceu a "porcaria" do Sig Sauer 551 (considerado por muitos como o melhor fuzil de assalto fabricado no mundo até hoje).
O Sig Sauer 551 é o mesmo empregado por unidades de Pronto-Emprego dos BINFAE e pelo PARA-SAR????

Se é tão bom assim (a ponto de ser considerado o melhor fuzil já produzido!) porque a FAB não adota este fuzil como padrão, no lugar dos HK 33A? E o que faz dele o melhor fuzil já produzido?

Desculpe por tantas perguntas Beraldi, fiquei curioso com sua afirmação!
Como já bem respondido pelo DDNN, é o fuzil da elite da FAB, sim. A intenção é comprá-lo e torná-lo padrão com o tempo. No começo foi só comprado um pequeno lote para o Para-SAR, depois expandiu para os BINFAE. Sua adoção, depende de $$$, e os recursos da FAB estão direcionados para outras prioridades no momento.

Na verdade acontecem duas coisas: a primeira é que a Infantaria nunca foi tão privilegiada dentro da FAB, então suas prioridades costumam ficar no final da lista. A segunda é que os HK33 da FAB foram comprados lá para trás, nos anos 70-80, quando a HK fabricava suas armas como se fosse a Alemanha pré-Segunda Guerra, ou seja, armas para durar por toda a eternidade.

Os HK33 da FAB foram comprados junto com as primeiras MP5 do DPF, lá pelos idos de 1968, logo que o HK33 foi lançado, e estas são armas que simplesmente não se acabam. Para se ter uma idéia, um engenheiro da HK esteve lá na ANP em visitação técnica, há pouco tempo atrás, por causa dos G36 e das MG4. O cara ficou espantado com algumas de nossas MP5 do primeiro lote (1968), que desde a criação do DPF são utilizadas exclusivamente para instrução: um levantamento da equipe de manutenção do DPF nos registros das armas verificou que algumas delas já tinham passado dos 800.000 disparos. Isto mesmo que você está lendo, OITOCENTOS MIL DISPAROS. Isso não tem paralelo no mundo, segundo o engenheiro da HK. Ele disse que a HK nunca mais vai fabricar armas assim, pois as armas não se acabam e a empresa não vende mais [003] Mas essas "veinhas" estão 100% funcionando ainda: quando você as desmonta e solta a cabeça do ferrolho do transportador, os roletes de trancamento caem na sua mão, de tão gastos que estão (não ficam mais presos no ferrolho). Mas é só você dar uma escovada, jogar um ONLA e montar de volta que ela funciona igual uma zero quilômetro.

Bom, voltando ao SIG 551, eu tive a oportunidade de testá-lo e atirar bastante com ele logo que foram comprados, num evento patrocinado pela FAB em 1998 na Base Aérea de SP, chamado 1º Open de Tiro Policial: uma espécie de campeonato de IPSC para gerar uma integração entre os policiais e os militares da FAB - é, isso mesmo, a FAB está ANOS-LUZ na frente do EB com relação a isso... Pudera a DFPC fosse gerida por eles... Mas como ía dizendo, a arma funciona que parece uma Ferrari, justinha, precisa. Para você ter uma idéia, até os estojos ejetados agrupam num montinho. Imagine os disparos... 8-] E para completar o 551 que eu estva usando estava com uma Trijcon ACOG. Maravilhoso. Para resumir, o SIG 551 é um mecanismo de AK-47 aperfeiçoado e fabricado pelos suíços, com precisão suíca. Não precisa dizer mais nada. A arma é de aço e com peso de arma de alumínio. A caixa de culatra de aço estampado tem um tipo de acabamento que deixa ela como se fosse meio emborrachada, meio plastificada (não sei nem explicar, para você ter uma idéia) e abre como se fosse a do M-16, dividindo-se em upper e lower completos. O ferrolho tem dois enormes ressaltos de trancamento, como no AK47, com a alavanca de manejo no transportador e uma película de borracha no vazado por onde ela corre, que fecha a passagem de sujeira para dentro do mecanismo, não deixando um buraco aberto como no AK. O pistão é de curso longo como o do AK, mas, diferente deste, tem regulador de gases de três posições. O cano é martelado a frio com aquela precisão suiça, e tem acabamento de cromo duro na parte raiada e na câmara. Ele tem uns ressaltos para resfriamento, que funcionam como uma barreira para a propagação do calor. É o Rolls Royce dos fuzis de assalto.

PS: este é o fuzil de assalto padrão do Exército Suíço, ou seja, é fabricado com o máximo de qualidade pois ele é dada a cada cidadão suíço do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos, que mantém esta arma EM CASA, para ser utilizada em caso de mobilização para a guerra. Então todo cidadão tem condições de verificar a qualidade com que está sendo fabricada a arma que ele vai utilizar para defender o país dele se o bicho pegar, e pode verificar in loco com que tipo e qualidade de arma seu exército - que é bancado por eles - está gastando sua grana. Ele recebe esta arma aos 18 anos, junto com todo seu equipamento (mochila, coturno, uniforme, cinto e suspensório, bornais, etc), e vai devolvê-la só quando atingir os 45 anos - se quiser, pois lhe é dada a opção de comprá-la ao final de seu tempo de serviço. Esta arma vai ser usada só por ele não só durante o serviço militar obrigatório, onde ele receberá sua formação básica de combatente, mas também nos exercícios de mobilização e nos treinamentos dos reservistas, onde ele vai atirar bastante com ela. Ela também pode ser utilizada nas competições de tiro de fuzil a 300m, muito populares por lá, competições estas tanto patrocinadas pela iniciativa privada (clubes de tiro) como também pelo próprio exército suíço. Resumindo: é primeiro mundo mesmo...

Advertência aos leitores:

O autor deste post em momento algum diz que isto deve ocorrer no Brasil, que deve ocorrer distribuição gratuita de armas de fogo para toda a população. São culturas diferentes, histórias diferentes, realidades sociais diferentes, governantes diferentes e forças armadas diferentes. De qualquer maneira isto foi escrito por profissionais acostumados a este risco, supervisionados por uma equipe de psicólogos e monitorados por equipe de emergência médica. NÃO TENTE ISTO EM CASA.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 4:46 pm
por Guerra
É muito bom ver que você não está pregando sozinho no deserto, que o pessoal enxerga a realidade, aquilo que está ocorrendo no dia a dia, as dificuldades daqueles que querem se dedicar aos esportes de tiro ou ao colecionismo e são tratados como criminosos ou terroristas em potencial.
O problema Beraldi é que a lei abrange todos.
Repito: não é desqualificando os outros que se passa automaticamente a ter razão.
Olha Beraldi, eu esperava essa frase de qualquer um aqui do DB menos de você. Você não escreve uma frase sem tentar desqualificar os militares.
Você precisa aceitar que as políticas do EB em relação às armas e munições estão enganadas e resultam num "tiro no pé", em prejuízo para própria Instituição, o que leva toda a sociedade junto.
Mas eu aceito. Quem não aceita é o EB. O que eu não aceito é dizer que o EB não tem motivos. E é ai que sua técnica de desqualificação causa a confusão. O EB faz o que acha que esta certo, e você acha que o EB faz para te sacanear e começa a dizer que esta tudo errado.
Quando a policia me para na rua e pede documentos eu não posso dizer que policia é atrasada. Eu não posso dizer que na Inglaterra a policia tem outro tipo de abordagem e aqui no Brasil a policia tem mentalidade atrasada e não quer usar.
Imagina eu dizer que a policia esta fora da realidade....então, é nessa realidade que o EB vive. Entendeu?

É mais uma mentira sua querendo me desqualificar ou desacreditar. Desde que estive na LAAD deixei claro que o EB iria reformar os M964 para o padrão M964A1, que seria adotado como uma solução intermediária até que se decidisse o detino do MD97 após sua última atualização que deve ocorrer até outubro, sendo que, inclusive, eu descrevi quais eram todas as atualizações que seriam feitas no MD97.
Que mentira rapaz, ta doido? Foi o que entendi nesses enigmas que vc lança no fórum.
E ainda acrecentei que, se isso do MD97 não desse certo, já havia o interesse de uma aproximação da IMBEL com a HK, que resultaria provavelmente numa parceria envolvendo o HK G36 ou o HK416.
Pois é, porque isso não foi feito antes? Tanto por parte da IMBEL como por parte da Taurus?
Para mim é porque existia outras prioridades e o dinheiro ficou curto. A aviação é uma delas.
E disse também que a Taurus estava pendente dos testes de Marambaia para propor o pacote fechado do Tavor para o EB, mas que isso não foi solicitado pelo EB, era mais uma tentativa Free-Lance como ela fez no final dos anos 80 com o Galil e o Nelmo fez na mesma época com o LAPA, o que, por si só, já desmente sua colocação com relação ao fato de a indústria civil não oferecer boas opções de armas ao EB. Desde quando o Galil ou o LAPA 03 eram "porcarias oferecidas pela indústria civil ao EB"????
Final dos anos 80 eu já estava no EB. E nessa época o EB já estava vendendo o almoço pra comprar a janta. Eu não vou repetir aquela ladainha sobre a FT-90. Um dos objetivos era a troca do calibre , porque naquela época trocar o calibre era sinônimo de status. O problema que todo projeto tem tempo para começar e acabar, e nenhum projeto começa ou acaba sem dinheiro. É por isso que eu disse, depois que os fabricantes (e alguns aventureiros) viram que a fonte secou...vazaram.
O fato é que antes da coisa apertar todo mundo ganhou dinheiro com o armamento que quis do jeito que quis, inclusive a TAURUS.
E a opção em descartar o Galil e o LAPA 03 foi do EB, que preferiu gastar $$$ público fazendo a "maravilha" do MD2, ao invés de pegar um produto bom e comprovado (Galil) ou optado por desenvolver mais um revolucionário (Lapa 03) que teria evoluído para algo bem melhor que o MD97 que temos hoje (cria do MD2).


MD-2 era um projeto alternativo da IMBEL. Tanto que ele só apareceu final dos anos 90. E nenhuma empresa privada quis fabricar fuzil barato pro EB. Eu nunca vi estudo nenhum sobe o que vou dizer, mas a lógica é que nos anos 90, o único fuzil barato capaz de ser fabricado no Brasil era da IMBEL, porque parte do lucro voltava para o fundo do EB.

Pois é, era para ser só mais um desmentido sobre sua colocação sobre eu omitir as coisas que eu mesmo iniciei, mas acabou sendo um desmentido maior... Um desmentido sobre a postura do EB com relação a indústria civil de armas e sobre o tipo de material que é oferecido ao EB...
Para mim as armas da Taurus que estão no EB são uma bosta. É minha opinião. Agora se eles ofereceram um canhão de prótons quando o EB estava sem dinheiro, isso é outros quinhentos.
É mentira minha que a ENGESA pegou a fabrica de munição da IMBEL, rachou de ganhar dinheiro, e depois devolveu falida?
É mentira que até um fabricante de cofres se meteu a fabricar blindado? É mentira que tinha arma do EB sendo fabricante em industria de quintal?
Ah, só mais um detalhe: a Taurus, ofereceu ao EB nos anos 80 o Galil, e nos anos 90 ofereceu a "porcaria" do Sig Sauer 551 (considerado por muitos como o melhor fuzil de assalto fabricado no mundo até hoje). Hoje ela oferece o excelente Tavor. A proposta foi sempre a mesma: o EB só precisa assinar o papel falando que está interessado em comprar, em adotar a arma proposta como fuzil padrão, e a Taurus se vira com o resto: fecha o contrato de produção sob licença com o fabricante orginal, compra o maquinário necessário, treina o pessoal da linha de produção, envia os seus engenheiros para estudar e aprender o processo, traduz os manuais, fornece toda a literatura, garante o estoque de peças de reposição, garante a manutenção, cria os cursos de armeiros para o pessoal do Mat Bel, produz a arma e entrega na porta do quartel. Tudo que a "noiva" precisa fazer é dizer sim. Mas essa noiva é cabeça dura...
Beraldi, eu vou te contar um segredo de estado, que eu posso até ser processado. Os anos 90 não existiram para o EB. Sei que nos anos 90 vc estava na academia, talvez por isso não tenha sentido na pele a dificuldade dos anos 90. Porque as escolas não sofreram tanto, mas a tropa meu amigo... eu só não vou ficar falando aqui porque quero esquecer os anos 90, e curte o que parece uma nova fase do EB.
Eu sei que vc va dizer: "tinha dinhiro sim..." talveztinha, mas esquceram de repassar ao EB.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 4:56 pm
por Guerra
Vitor escreveu:
Uma empresa tem que dar lucro! Meu deus! Que conceito absurdo!! :shock:

:roll: :roll:

Lucro é um sinal que a empresa está operando de maneira sustentável, obtendo mais recursos do que consume. É com lucros que vem o dinheiro para pesquisas e renovação do maquinário sem ter que se individar.

Na década de 80 nossa economia estava uma merda, a nossa indústria militar vivia de subsídios por ser queridinha da ditadura, no momento que o dinheiro "fácil" acabou, afundou.
Já viu que valu a pna o tempo que dediquei a screver sobre esse assunto!!! Parece que alguém entendeu o porque da industria belica ter ido a falência e ter levado junto tudo que é projeto de fuzil, metralhadora e estiligue.

Foi isso que aconteceu. O estado abriu mão de lucro para as empresas privadas. O que estA acOntecendo agora nõ é diferete. E se o governo daqui um meses disser não tem mais grna, vai ser a GENI IMBEL qu vai ser a salvação de novo.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 5:14 pm
por A.K. for T-7
SGT GUERRA escreveu:
É muito bom ver que você não está pregando sozinho no deserto, que o pessoal enxerga a realidade, aquilo que está ocorrendo no dia a dia, as dificuldades daqueles que querem se dedicar aos esportes de tiro ou ao colecionismo e são tratados como criminosos ou terroristas em potencial.
O problema Beraldi é que a lei abrange todos.
Repito: não é desqualificando os outros que se passa automaticamente a ter razão.
Olha Beraldi, eu esperava essa frase de qualquer um aqui do DB menos de você. Você não escreve uma frase sem tentar desqualificar os militares.
Guerra,

A lei não abrange todos da forma que você está colocando. Basta facilitar o acesso aos atiradores, colecionadores e policiais ativos e inativos. É uma legislação específica para um público específico. Não é porque liberou para este público que toda população vai ter acesso. Hoje já não é assim. Todos são cadastrados, fiscalizados e tem seus registros atualizados ano a ano. E só este universo de pessoas já representa algo em torno meio milhão de indivíduos: é um ENORME mercado potencial para sustentar tranquilamente uma indústria de armas que queira produzir e vender bem sem depender exclusivamente de compras do EB, que acontecem a cada década. Não conheço policial, atirador, caçador ou colecionador que compre UMA arma só. Compram muitas, e compram sempre. E sempre tem um lançamento, um modelo novo, uma novidade. Isso mantém qualquer empresa grande o suficiente para abastecer o EB com armas mais baratas (volume de produção maior), testadas, seguras e aprovadas (pois na relação empresa - cidadão existe uma coisa chamada Código de Defesa do Consumidor, que por si só já serviria para enterrar o MD97 e proibir sua fabricação), e sempre no estado da arte, pois o atirador, o policial, estão sempre antenados no que há de mais moderno lá fora e iriam demandar um produto similar, e quem se daria bem por tabela era o EB, que teria tal produto fabricado no seu quintal, para atender a demanda do mercado.

Quanto a desqualificar, eu não estou desqualificando os militares em geral. Não mesmo, mesmo porque me considero um, apesar de você não aceitar isso. Já te disse isso mais de uma vez. Estou desqualificando os militares de mente atrasada, pensamento retrógrado, avesso à mudanças e à integração com a sociedade civil. Da mesma forma que brigo diariamente com os colegas (não só da PF, mas da PC e PM) que tem mentalidade similar e prestam um desserviço à população equivalente a este prestado pelos gestores do DFPC.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 5:14 pm
por ZeRo4
Opaaaaa... pera aeee!!! o objetivo de uma Empresa Estatal nem sempre é o lucro não! e uma empresa nos moldes da Imbel muito menos. Eu estou vendo que muitos aqui vão discutir, discutir e discutir e vão chegar no mesmo ponto que eu estou dizendo a tempos...

No dia que 99% dos Brasileiros desejar participar de competições com armas de fogo, não será o EB que irá barrar... mas é algo GRADATIVO! O problema MAIOR é da Sociedade! é óbvio que o EB tem culpa no cartório, assim como outras instituições tem também.

A título de exemplo, a Polícia Federal, aqui no RJ, está criando uma enorme dificuldade para Agentes Penitenciários comprarem suas armas, não sei como anda a situação em outros Estados, mas aqui eles estão exigindo tudo que se exige de um comprador civil, ou seja, certidões, avaliações técnicas e psicológicas, taxas e assim vai, tenho colegas que acabaram de sair de um curso de formação, uma colega já foi ameaçada de morte e está andando desarmada por um capricho da Polícia Federal, também acho que isso influi direto na idéia que eu tanto falo que é a cultura sobre armas de fogo, que o Brasileiro não tem e nem quer ter.

O problema é que somos um pequeno grupo de "frustrados" que gostaríamos de ter melhores opções e acesso mais "relaxado" as armas de fogo, mas a verdade é que, infelizmente, para grande maioria da população tanto faz, tanto fez... logo será muito difícil o EB mudar a sua posição.

[]s

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 6:34 pm
por Vitor
SGT GUERRA escreveu:
É muito bom ver que você não está pregando sozinho no deserto, que o pessoal enxerga a realidade, aquilo que está ocorrendo no dia a dia, as dificuldades daqueles que querem se dedicar aos esportes de tiro ou ao colecionismo e são tratados como criminosos ou terroristas em potencial.
O problema Beraldi é que a lei abrange todos.
Repito: não é desqualificando os outros que se passa automaticamente a ter razão.
Olha Beraldi, eu esperava essa frase de qualquer um aqui do DB menos de você. Você não escreve uma frase sem tentar desqualificar os militares.
Você precisa aceitar que as políticas do EB em relação às armas e munições estão enganadas e resultam num "tiro no pé", em prejuízo para própria Instituição, o que leva toda a sociedade junto.
Mas eu aceito. Quem não aceita é o EB. O que eu não aceito é dizer que o EB não tem motivos. E é ai que sua técnica de desqualificação causa a confusão. O EB faz o que acha que esta certo, e você acha que o EB faz para te sacanear e começa a dizer que esta tudo errado.
Quando a policia me para na rua e pede documentos eu não posso dizer que policia é atrasada. Eu não posso dizer que na Inglaterra a policia tem outro tipo de abordagem e aqui no Brasil a policia tem mentalidade atrasada e não quer usar.
Imagina eu dizer que a policia esta fora da realidade....então, é nessa realidade que o EB vive. Entendeu?

É mais uma mentira sua querendo me desqualificar ou desacreditar. Desde que estive na LAAD deixei claro que o EB iria reformar os M964 para o padrão M964A1, que seria adotado como uma solução intermediária até que se decidisse o detino do MD97 após sua última atualização que deve ocorrer até outubro, sendo que, inclusive, eu descrevi quais eram todas as atualizações que seriam feitas no MD97.
Que mentira rapaz, ta doido? Foi o que entendi nesses enigmas que vc lança no fórum.
E ainda acrecentei que, se isso do MD97 não desse certo, já havia o interesse de uma aproximação da IMBEL com a HK, que resultaria provavelmente numa parceria envolvendo o HK G36 ou o HK416.
Pois é, porque isso não foi feito antes? Tanto por parte da IMBEL como por parte da Taurus?
Para mim é porque existia outras prioridades e o dinheiro ficou curto. A aviação é uma delas.
E disse também que a Taurus estava pendente dos testes de Marambaia para propor o pacote fechado do Tavor para o EB, mas que isso não foi solicitado pelo EB, era mais uma tentativa Free-Lance como ela fez no final dos anos 80 com o Galil e o Nelmo fez na mesma época com o LAPA, o que, por si só, já desmente sua colocação com relação ao fato de a indústria civil não oferecer boas opções de armas ao EB. Desde quando o Galil ou o LAPA 03 eram "porcarias oferecidas pela indústria civil ao EB"????
Final dos anos 80 eu já estava no EB. E nessa época o EB já estava vendendo o almoço pra comprar a janta. Eu não vou repetir aquela ladainha sobre a FT-90. Um dos objetivos era a troca do calibre , porque naquela época trocar o calibre era sinônimo de status. O problema que todo projeto tem tempo para começar e acabar, e nenhum projeto começa ou acaba sem dinheiro. É por isso que eu disse, depois que os fabricantes (e alguns aventureiros) viram que a fonte secou...vazaram.
O fato é que antes da coisa apertar todo mundo ganhou dinheiro com o armamento que quis do jeito que quis, inclusive a TAURUS.
E a opção em descartar o Galil e o LAPA 03 foi do EB, que preferiu gastar $$$ público fazendo a "maravilha" do MD2, ao invés de pegar um produto bom e comprovado (Galil) ou optado por desenvolver mais um revolucionário (Lapa 03) que teria evoluído para algo bem melhor que o MD97 que temos hoje (cria do MD2).


MD-2 era um projeto alternativo da IMBEL. Tanto que ele só apareceu final dos anos 90. E nenhuma empresa privada quis fabricar fuzil barato pro EB. Eu nunca vi estudo nenhum sobe o que vou dizer, mas a lógica é que nos anos 90, o único fuzil barato capaz de ser fabricado no Brasil era da IMBEL, porque parte do lucro voltava para o fundo do EB.
Então EB só queria algo cujo dinheiro fosse bumerangue, que voltase para os próprios bolsos? A ganância barata saiu cara.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 7:09 pm
por Guerra
Então EB só queria algo cujo dinheiro fosse bumerangue, que voltase para os próprios bolsos? A ganância barata saiu cara.
Não é ganancia. Se fosse ganancia muita gente não tinha ganhado dinheiro facil como ganhou. A situação obrigou isso.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 7:23 pm
por henriquejr
A.K. for T-7 escreveu:
henriquejr escreveu: O Sig Sauer 551 é o mesmo empregado por unidades de Pronto-Emprego dos BINFAE e pelo PARA-SAR????

Se é tão bom assim (a ponto de ser considerado o melhor fuzil já produzido!) porque a FAB não adota este fuzil como padrão, no lugar dos HK 33A? E o que faz dele o melhor fuzil já produzido?

Desculpe por tantas perguntas Beraldi, fiquei curioso com sua afirmação!
Como já bem respondido pelo DDNN, é o fuzil da elite da FAB, sim. A intenção é comprá-lo e torná-lo padrão com o tempo. No começo foi só comprado um pequeno lote para o Para-SAR, depois expandiu para os BINFAE. Sua adoção, depende de $$$, e os recursos da FAB estão direcionados para outras prioridades no momento.

Na verdade acontecem duas coisas: a primeira é que a Infantaria nunca foi tão privilegiada dentro da FAB, então suas prioridades costumam ficar no final da lista. A segunda é que os HK33 da FAB foram comprados lá para trás, nos anos 70-80, quando a HK fabricava suas armas como se fosse a Alemanha pré-Segunda Guerra, ou seja, armas para durar por toda a eternidade.

Os HK33 da FAB foram comprados junto com as primeiras MP5 do DPF, lá pelos idos de 1968, logo que o HK33 foi lançado, e estas são armas que simplesmente não se acabam. Para se ter uma idéia, um engenheiro da HK esteve lá na ANP em visitação técnica, há pouco tempo atrás, por causa dos G36 e das MG4. O cara ficou espantado com algumas de nossas MP5 do primeiro lote (1968), que desde a criação do DPF são utilizadas exclusivamente para instrução: um levantamento da equipe de manutenção do DPF nos registros das armas verificou que algumas delas já tinham passado dos 800.000 disparos. Isto mesmo que você está lendo, OITOCENTOS MIL DISPAROS. Isso não tem paralelo no mundo, segundo o engenheiro da HK. Ele disse que a HK nunca mais vai fabricar armas assim, pois as armas não se acabam e a empresa não vende mais [003] Mas essas "veinhas" estão 100% funcionando ainda: quando você as desmonta e solta a cabeça do ferrolho do transportador, os roletes de trancamento caem na sua mão, de tão gastos que estão (não ficam mais presos no ferrolho). Mas é só você dar uma escovada, jogar um ONLA e montar de volta que ela funciona igual uma zero quilômetro.

Bom, voltando ao SIG 551, eu tive a oportunidade de testá-lo e atirar bastante com ele logo que foram comprados, num evento patrocinado pela FAB em 1998 na Base Aérea de SP, chamado 1º Open de Tiro Policial: uma espécie de campeonato de IPSC para gerar uma integração entre os policiais e os militares da FAB - é, isso mesmo, a FAB está ANOS-LUZ na frente do EB com relação a isso... Pudera a DFPC fosse gerida por eles... Mas como ía dizendo, a arma funciona que parece uma Ferrari, justinha, precisa. Para você ter uma idéia, até os estojos ejetados agrupam num montinho. Imagine os disparos... 8-] E para completar o 551 que eu estva usando estava com uma Trijcon ACOG. Maravilhoso. Para resumir, o SIG 551 é um mecanismo de AK-47 aperfeiçoado e fabricado pelos suíços, com precisão suíca. Não precisa dizer mais nada. A arma é de aço e com peso de arma de alumínio. A caixa de culatra de aço estampado tem um tipo de acabamento que deixa ela como se fosse meio emborrachada, meio plastificada (não sei nem explicar, para você ter uma idéia) e abre como se fosse a do M-16, dividindo-se em upper e lower completos. O ferrolho tem dois enormes ressaltos de trancamento, como no AK47, com a alavanca de manejo no transportador e uma película de borracha no vazado por onde ela corre, que fecha a passagem de sujeira para dentro do mecanismo, não deixando um buraco aberto como no AK. O pistão é de curso longo como o do AK, mas, diferente deste, tem regulador de gases de três posições. O cano é martelado a frio com aquela precisão suiça, e tem acabamento de cromo duro na parte raiada e na câmara. Ele tem uns ressaltos para resfriamento, que funcionam como uma barreira para a propagação do calor. É o Rolls Royce dos fuzis de assalto.

PS: este é o fuzil de assalto padrão do Exército Suíço, ou seja, é fabricado com o máximo de qualidade pois ele é dada a cada cidadão suíço do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos, que mantém esta arma EM CASA, para ser utilizada em caso de mobilização para a guerra. Então todo cidadão tem condições de verificar a qualidade com que está sendo fabricada a arma que ele vai utilizar para defender o país dele se o bicho pegar, e pode verificar in loco com que tipo e qualidade de arma seu exército - que é bancado por eles - está gastando sua grana. Ele recebe esta arma aos 18 anos, junto com todo seu equipamento (mochila, coturno, uniforme, cinto e suspensório, bornais, etc), e vai devolvê-la só quando atingir os 45 anos - se quiser, pois lhe é dada a opção de comprá-la ao final de seu tempo de serviço. Esta arma vai ser usada só por ele não só durante o serviço militar obrigatório, onde ele receberá sua formação básica de combatente, mas também nos exercícios de mobilização e nos treinamentos dos reservistas, onde ele vai atirar bastante com ela. Ela também pode ser utilizada nas competições de tiro de fuzil a 300m, muito populares por lá, competições estas tanto patrocinadas pela iniciativa privada (clubes de tiro) como também pelo próprio exército suíço. Resumindo: é primeiro mundo mesmo...

Advertência aos leitores:

O autor deste post em momento algum diz que isto deve ocorrer no Brasil, que deve ocorrer distribuição gratuita de armas de fogo para toda a população. São culturas diferentes, histórias diferentes, realidades sociais diferentes, governantes diferentes e forças armadas diferentes. De qualquer maneira isto foi escrito por profissionais acostumados a este risco, supervisionados por uma equipe de psicólogos e monitorados por equipe de emergência médica. NÃO TENTE ISTO EM CASA.
Perfeita sua explanação Beraldi, resumiu tudo que eu queria saber!

O interessante é que o Chile já utiliza este fuzil a um bom tempo, e é o fuzil padrão deles!!! Infelizmente, levando em consideração as armas produzidas pela FAMAE da qual já tive acesso (CT.40 e MT.40), a qualidade deixa muito a desejar. Mas também seria querer demais o Chile produzir uma Sig com a mesma qualidade dos Suiços neh. Provavelmente a produção desses fuzis no Chile deve priorizar a economia (em detrimento da qualidade) de forma a baratiar o preço final da arma.

Sobre as HK 33 da FAB, realmente, até hoje, o único comentário negativo que ouvi sobre ele diz respeito sobre um aquecimento excessivo do guarda-mão depois de uma certa quantidade de tiros.
Interessante notar que a FAB foi bastante pioneira em relação as suas co-irmãs na escolha de um fuzil padrão moderno, somente hoje em dia (quase 30 anos depois) os Fuzileiros Navais (uma tropa profissional e que deveria ser referencia no uso de equipamentos modernos) estão substituindo seus velhos FAL por um fuzil praticamente contemporâneo ao HK-33, o M-16A3. Isso sem falar nos SIG 551!

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 9:50 pm
por Guerra
Um texto interessate sobre a IMBEL na ISTOÉ dinheiro
Você manteria em atividade uma empresa que em mais de duas décadas nunca deu lucro? Que tem uma dívida de R$ 120 milhões e prejuízo de R$ 171,1 milhões acumulados nos últimos cinco anos? Mais ainda: que está com o pagamento de salários atrasado, inadimplente com o convênio médico dos funcionários — que fazem greves freqüentes — e sem matéria-prima ou encomendas para produzir? O governo brasileiro mantém. E o nome dessa empresa é Imbel, Indústria de Material Bélico do Brasil, que fabrica pistolas, fuzis, nitroglicerina, dinamite, pólvora e outros equipamentos militares. Agora ameaçada de falência, a Imbel vem enfrentando problemas desde a década de 80, quando o orçamento das Forças Armadas foi reduzido devido ao fim do regime militar. “Nosso principal cliente é o Exército brasileiro”, diz o Coronel Alfredo Maurício de Araújo, diretor da estatal, em sua sala repleta de armas antigas penduradas na parede, em Piquete, interior de São Paulo. A empresa também vende para o mercado civil e internacional, mas isso não é suficiente para manter as contas em dia. “Sempre tivemos a receita menor que as despesas”, resigna-se Araújo. Para tentar achar uma solução para a companhia, o governo federal criou há dois meses um grupo de estudos com representantes dos ministérios da Defesa, do Planejamento e da Fazenda. O objetivo é encontrar um meio de tornar a empresa menos vulnerável economicamente.

Mas por que insistir em uma estatal que jamais viu a cor azul no balanço? Por uma questão de segurança nacional, segundo especialistas civis. “Nenhum fabricante de armamento bélico em nenhum país do mundo tem lucro”, afirma o professor Rui Barbosa, pesquisador associado do Núcleo de Análise Interdisciplinar de Políticas e Estratégia da Universidade de São Paulo. “Todo país precisa ser independente em armamento, já que nunca se sabe quando poderá haver um conflito”, complementa Gunther Rudzit, coordenador do curso de Relações Internacionais da Faap, de São Paulo. A questão, de fato, é grave. Se a Imbel falir, as Forças Armadas perderão o fornecedor de 15% dos artigos bélicos que consome e terá que gastar anualmente R$ 30 milhões em importações para manter seu suprimento em dia.

A saída para a Imbel seria incrementar as vendas para o mercado civil. A estatal já vende insumos para fabricação de armas para a americana Springfield Armory. E também abastece os donos dos tanques da Engesa, antiga fabricante de veículos militares que foi à falência em 1990. “Mas essas vendas são inconstantes, dependem do Itamaraty”, afirma o coronel Araújo. Ele explica que, se um dos países clientes se envolve num conflito armado, o governo brasileiro suspende o fornecimento para não se tornar uma espécie de patrocinador de crises internacionais.


Enquanto a empresa não melhora sua saúde econômica, quem sofre são os 1,8 mil funcionários de suas cinco fábricas. Em Piquete, cidade de 15 mil habitantes, a única indústria é a Imbel, que emprega 500 pessoas. “Se ela fechar as portas, a cidade deixa de existir”, diz José Roberto Chagas, atual vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas de Lorena, Piquete e Região. Os comerciantes locais reclamam que as vendas caíram pelo menos 30%, porque os salários dos operários estão atrasados. “A gente está vivendo das compras de quem é aposentado, já que a cidade tem muitos pensionistas”, afirma Eide Miranda, dona das duas quitandas em Piquete. Mesmo quando os salários são pagos em dia a situação da cidade é de penúria, já que 86% dos funcionários da Imbel recebem até R$ 400 por mês. Gilmar Severino, operador de produção há 17 anos, por exemplo, ganha R$ 324 líquidos para sustentar a mulher Zenilda e os dois filhos, Graziele de 10 anos e Jonathan, de 3 anos. Com a lente do óculos quebrada há mais de um ano, Severino não sabe se terá dinheiro nem para o supermercado do mês. “Se a Imbel falir, o jeito é ir para a roça”, afirma ele.

“O problema da Imbel é a má gestão. Há generais fantasmas ganhando fortunas sem trabalhar”, denuncia o sindicalista Chagas. A empresa nega, embora confirme que a folha de pagamento ultrapasse R$ 2,6 milhões mensais, o que daria um custo médio por funcionário de R$ 1,4 mil — bem mais que os R$ 324 do contracheque de Severino.
Só lembrando que qundo o dono da ENGESA era presidente da IMBEL ele jura que a empresa dava lucro.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 10:05 pm
por Guerra
ZeRo4 escreveu:Opaaaaa... pera aeee!!! o objetivo de uma Empresa Estatal nem sempre é o lucro não! e uma empresa nos moldes da Imbel muito menos
O problema é que muita gente começou a apertar o figado da IMBEL para ela dar lucro.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 10:37 pm
por Bourne
Na teoria, a IMBEL atua em um mercado bem interessante, tem uma posição privilegiada e concorrentes privados. Portanto, não há por que não dar lucro e acaba sendo benéfico para a própria sobrevivência da empresa no longo prazo, tal como a qualidade de seus quadros, base industrial e produtos.

Se fosse uma INFRAERO que administra os aeroportos, tudo bem. Não precisa ter lucro por que cumpre uma função especial. Não sei se esse é o melhor exemplo, mas é o que veio mente no momento.

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 11:06 pm
por A.K. for T-7
“Nenhum fabricante de armamento bélico em nenhum país do mundo tem lucro”, afirma o professor Rui Barbosa, pesquisador associado do Núcleo de Análise Interdisciplinar de Políticas e Estratégia da Universidade de São Paulo.
Sério??? E a Taurus, Mectron, Colt Military, FNH USA, ATK, Lockheed Martin, British Aerospace, SAAB Dynamics, Nexter, etc, etc, etc, etc...Pessoal, acho que acabamos de encontrar mais um Godoy.
A saída para a Imbel seria incrementar as vendas para o mercado civil.
Acho que já li sobre esta idéia em algum lugar... Ah, lembrei! No meu post anterior... E em dezenas antes dele.
“O problema da Imbel é a má gestão. Há generais fantasmas ganhando fortunas sem trabalhar”, denuncia o sindicalista Chagas. A empresa nega, embora confirme que a folha de pagamento ultrapasse R$ 2,6 milhões mensais, o que daria um custo médio por funcionário de R$ 1,4 mil — bem mais que os R$ 324 do contracheque de Severino.
???????????????????????????????? :shock:

PS: esta última foi brincadeirinha, Guerra...

Re: Novo Fuzil para o EB

Enviado: Ter Ago 11, 2009 11:12 pm
por Moccelin
Cara, saindo do mérito do tópico e fugindo um pouco da discussão das últimas N páginas, eu achei um ABSURDO o salário de um Engenheiro na Imbel... É RIDICULAMENTE BAIXO... E o pior, no lugar que eu ví (edital do último concurso) era obrigatório 2 anos de experiência!!!