Fórum Defesa Brasil

Justin Case escreveu:Kirk, boa noite.

Veja se você não está analisando o passado com parâmetros atuais.
A logística, há algumas décadas, anos 80, por exemplo, não tinha as mesmas facilidades de hoje.
Naquela época, se você tivesse que solicitar uma determinado item em urgência, isso poderia apressar a resposta em 50%. Se, por exemplo, a peça tivesse que ser fabricada, poderia reduzir de um ano para seis meses.
E tinha o problema do transporte. Uma peça disponibilizada na Europa (e paga pela CABE), poderia ficar aguardando mês(es) até que um C-130 fosse programado para ir buscar os itens de logística europeus. Depois, chegando no Brasil, aguardaríamos que fosse disponibilizado um Buffalo para levar o item para Anápolis. Talvez, se alguém se interessasse, fosse a peça transportada em um avião da FAB para Brasília, onde alguém de Anápolis iria buscar.
Imagine essa logística com toda a capacidade de planejamento e organização típicas do nosso País, naquela época.
Hoje as coisas mudaram. Existe um tal de CLS (logística contratada) com parâmetros rígidos de eficiência (tipo SLA - Service level agreements). Tudo bem mais caro, é claro.
Ou seja: o fato que você citou de haver um necessidade de equipamento e as aeronaves ficarem no solo (AOG) na espera foi (é) muito mais frequente que você possa imaginar. Aconteceu primordialmente por deficiência do nosso sistema logístico, e independe da origem do equipamento/peça.
Abraço,

Justin

Carlos Mathias escreveu:Buááááááááá!!!!!!!

Os caras colocam um monte de besteiras na mídia querendo enganar quem afinal?
Quem está diretamente envolvido no processo, não vai ser influenciado por estas manobrinhas de disse-me-disse, que o amigo do primo do porteiro do auxiliar do motorista do NJ, e etc, etc, etc.
E haja etc's, putz.

Pacotão completo, é?
Será que vem SCALP-EG?
Qual o nível de ameça/dissuasão de uma arma dessa?
Dá para, numa emergência, colocar uma ogiva nuclear de 300 Kt? Daqueeeelas, lembram?

Claudio Xavier escreveu:Bem, o Rafaleco pode até ganhar, mas será que vai levar?
Caso a oposição consiga arrastar o assunto para o Congresso, vai ficar complicado.
O Congresso não decide nada sobre essa compra, mas pode questionar a razão do governo não aceitar o relatório da FAB, os valores envolvidos, as condições e etc.
Pode transformar esta compra, que foi não referendada pela FAB, num grande problema político num ano de eleição, em que oposição vai criticar os gastos excessivos do GF.
Caso essa compra seja empurrada até maio, ela não sai mais esse ano, eu aposto.

Claudio Xavier escreveu:Bem, o Rafaleco pode até ganhar, mas será que vai levar?
Caso a oposição consiga arrastar o assunto para o Congresso, vai ficar complicado.
O Congresso não decide nada sobre essa compra, mas pode questionar a razão do governo não aceitar o relatório da FAB, os valores envolvidos, as condições e etc.
Pode transformar esta compra, que foi não referendada pela FAB, num grande problema político num ano de eleição, em que oposição vai criticar os gastos excessivos do GF.
Caso essa compra seja empurrada até maio, ela não sai mais esse ano, eu aposto.

Carlos Mathias escreveu:Basta o GF levar um relatório final e oficial da FAB.
Vais estar tudo lá, explicado e justificado e pode gerar na verdade embaraços para os concorrentes, quando o assunto forem ToTs sensíveis por exemplo.
Ou quando o assunto for geopolítica, nosso futuro e as implicações estratégicas desta escolha.

Eu acho que o GF deveria usar esta oportunidade para esculhambar de vez esse pessoal do mela-mela.

Carlos Mathias escreveu:É aí que eu acho que deveria haver o esculacho final.