Fórum Defesa Brasil

tykuna escreveu:

bruno mt escreveu:CM, em nivel de poder bélico nada é melhor que a Bomba H. Nunca foi testada intão não sabemos in-loco seu poderio, mas eu te garanto que é gigantesco e muito maior que das nukes.

A Russia testou uma de 50Mtons e os EUA testaram uma de 20Mtons, isso na década de 50. Imagina como deve estar hoje...

Bem menores, porque o aumento da precisão dos mísseis eliminou a necessidade de potências muito grandes. Quando sua bomba podia explodir a quatro ou cinco quilômetros do centro de uma cidade que ocupava uma área de 5 Km de diâmetro você desejaria que ela tivesse potência para arrasar tudo em um raio de pelo menos 10 Km. Da mesma forma para destruir um silo de míssil blindado inimigo caindo a 5 km dele sua bomba teria que ter uma capaciade de destruição maior ainda, daí o desenvolviemnto destes monstros multimegatons na década de 50.

Mas se você tem certeza de que sua bomba cairá exatamente sobre a tampa do silo ou bem no centro da cidade basta o poder para destruir o que está em um raio de dois quilômetros e meio. Como a potência necessária para uma bomba nuclear cresce de forma aproximadamente exponencial com o raio de destruição desejado, uma bomba que destrua tudo em um raio de 10Km tem que ser umas 100 vezes mais potente que outra com raio de destruição 4 vezes menor, mas por outro lado se você só precisa de um raio de destruição 4 vezes menor, sua bomba pode ser 100 vezes mais fraca, levando a bombas menores, mais simples, mais baratas, e à capacidade de levar muitas delas em um só míssil.


Por isso as bombas atômicas atuais em geral tem potências entre 20 e 350 Ktons. Mais do que isso é desperdício e não faz mais sentido.

Prezado CM, dizem também que se "evitou" a de 100MT com receio que poderia interferir no eixo terrestre!

Enorme exagero,

A inércia de nosso planeta é muitas ordens de grandeza maior do que a potência da maior bomba atômica imaginável poderia afetar. O problema da bomba de 100 Mtons é que além de destruir o avião lançador ela poderia afetar localidades habitadas próximas ao local de teste disponível (e é óbvio que não existem muitos lugares onde se pode testar bombas assim!). Além disso, manter a potência nominal não acrescentaria praticamente nada ao conhecimento que se queria obter com o teste, então não havia razão para fazer isso.


Abraços à todos,


Leandro G. Card

CM,
não discordo do poder belico de uma nuke, so acho que o preço pago para se obte-la não vale a pena para uma democracia emergente como o Brasil em uma regiao como a america latina.
O custo politico, na minha opiniao, seria muito maior do que o ganho belico.

Dizer que vamos fazer uma nuke para nos proteger nosso territorio de quem tem uma é dar aval para que TODOS os paises do mundo as obtenham, inclusive nossos vizinhos.
Ja pensou que beleza?

Sobre as PEM, ninguem esta propondo acordos para evita-las, AINDA, porque não existem modelos operacionais conhecidos.
Pode ter certeza que quando eles existirem haverão sim restrições ao seu uso, e quem não investiu antes vai ficar na mão de novo.
E acredito que elas irão conviver com as nukes por um bom periodo, dai acho dificil quem tem uma nuke se desfazer dela; seriam 2 usos distintos: nukes em areas de conflito(jogar nos militares, como voce falou em uma FT por exemplo) e PEM em areas que se possa ter efeito colateral (grandes centros ou regioes habitadas).
Ja disse que para mim, o primeiro bonde a gente perdeu; tomara que esse a gente pegue ainda na estação!

Boss, muito bem lembrado sobre a guerra cibernetica, tinha ate me esquecido disso. Outro front que vale a pena investir; extremamente eficaz e que não gera nenhum onus politico no cenariointernacional.

100% sapão,
A guerra cibernética é mesmo onde se está a investir muitos recursos, há actualmente uma guerra surda entre as grandes potências. Aqui e ali os indícios surgem, é só estar com atenção, nem imaginamos o que se pode fazer com isso.

Não nos esqueçamos que existem armas nucleares táticas que exploram ao máximo o efeito de PEM, além das "de neutróns", com emissão de radiotatividade reforçada.

Uma detonação em altitude é suficiente para queimar/cegar/estragar/esculhambar um grande quantidade de equipamentos eletrônicos como os atuais e seus micro chips.

Testaram uma no atol de Bikini (vários MTon) que deixou o Avaí sem comunicações via rádio por horas, se não me engano.

Sobre ter a arma nuclear hoje, eu quase concordo que realmente não seria bom.
Mas acho que deixar aparecer por baixo do pano um monte de pecinhas que se juntadas viram uma bela arma, isso sim pode se feito.

A Índia fez, testou, defecou e caminhou solenemente para a revolta mundial (que não houve, nem sinal disso aliás).
Hoje os EUA estão lá, babando os caras, e claro que não só por isso, mas por isso TAMBÉM.

O Brasil tem as pecinhas, não tem ?

Boss escreveu:O Brasil tem as pecinhas, não tem ?

Taí uma história cheia de pontas soltas. Existem bombas táticas no arsenal de algumas FEs não maiores que malas médias de viagem. Não acho que o problema maior seja ter ou não ter. Penso que o Brasil as tenha na moita, e que o maior peso nessa história é a capacidade de obtê-las num esquema tipo "pronta-mobilização", ou no estilo israelense: nenhuma palavra sobre o assunto.
É preciso ressaltar que há potências com Sub Nucs capazes de receber itens de adaptação para conduzir Black Ops em escala maior que infil/exfil de human/intel. Porque não essa versatilidade no nosso também?

Temos um livro sobre o nosso SNB:


http://www.defesanet.com.br/10_11/10111 ... ke_br.html

luisabs escreveu:Temos um livro sobre o nosso SNB:


http://www.defesanet.com.br/10_11/10111 ... ke_br.html

Eu li a monografia da autora.
Se o livro for a publicação da mesma, eu ...
Bom, mas pelo menos é uma paisana interessada no tema, e é isso que precisamos.

Marino escreveu:

luisabs escreveu:Temos um livro sobre o nosso SNB:


http://www.defesanet.com.br/10_11/10111 ... ke_br.html

Eu li a monografia da autora.
Se o livro for a publicação da mesma, eu ...
Bom, mas pelo menos é uma paisana interessada no tema, e é isso que precisamos.

Putz, eu iria comprar.

Marino escreveu:

luisabs escreveu:Temos um livro sobre o nosso SNB:


http://www.defesanet.com.br/10_11/10111 ... ke_br.html

Eu li a monografia da autora.
Se o livro for a publicação da mesma, eu ...
Bom, mas pelo menos é uma paisana interessada no tema, e é isso que precisamos.

Putz, eu iria comprar.

Sim CM,
existe umas teorias bem aceitas que uma explosao nuclear no atmosfera colocaria tudo quanto e satelite fora de serviço, e isso é uma vantagem enorme; mas eu esperaria primeiro a gente ter o sub, depois coloca-lo FULL operacional para dai começar a querer caminhar para esse lado...

A questão da India volta exatamente no que falamos, o quanto da "indiferença" dos paises do conselho tem a ver com o fato de que ela possui 2 vizinhos com armas nucleares?
Quem iria condenar a Venzuela ou a Argentina de buscar um artefato nuclear se o brasil tambem o fizesse?

So para acrescentar, a india disse exatamente como o Boss falou, que era um "peaceful nuclear explosive" (fonte wikipedia)...

Como eu disse, agora não.
Mas que se deve ir fazendo pedacinhos, ah isso eu acho que se deve fazer sim.
E como já escrevi aqui, a Índia não tem armas nucleares prontas, montadas, eles levariam no mínimo ~duas horas para montar e lançar. Justamente para evitar algum "trigger happy".

Mas se tivermos SSNs com mísseis de cruzeiro com bom alcance, uma ogiva com peso suficiente(Huhuhuhuhuhuhhahahahahahahaha !), já dá prá brincar.

Acredito que a questão é de não tê-las e óbvio com excelentes vetores nos próximos 30/50 anos quando os recursos naturais, fontes alimentícias e energéticas, espaço físico com começarem a se tornar objetos de extremo luxo.Sou portanto a favor de nos preparamos.Não podemos perder o bonde.Não falo em sermos agressivos, mas sim termos o poder de dizer não.

sapao escreveu:Sim CM,
existe umas teorias bem aceitas que uma explosao nuclear no atmosfera colocaria tudo quanto e satelite fora de serviço, e isso é uma vantagem enorme; mas eu esperaria primeiro a gente ter o sub, depois coloca-lo FULL operacional para dai começar a querer caminhar para esse lado...

A questão da India volta exatamente no que falamos, o quanto da "indiferença" dos paises do conselho tem a ver com o fato de que ela possui 2 vizinhos com armas nucleares?
Quem iria condenar a Venzuela ou a Argentina de buscar um artefato nuclear se o brasil tambem o fizesse?

So para acrescentar, a india disse exatamente como o Boss falou, que era um "peaceful nuclear explosive" (fonte wikipedia)...

Sapão, nenhum país nuclear respeita quem não o é. Vide a invasao do Iraque, qdo somente a operação foi aprovada dp que todos os países da coalisão estava cmpletamente cientes deste fato. Quero ver a Inglaterra, Alemanha,França,Canadá, Holanda e EUA(os mais interessados em nossa Amazônia), mover um palito para invadí-la sabendo deste pequeno impecilho.

Lembre-se do velho provérbio"chinês" que diz que quem tem "C "tem medo,portanto seria de bom tamanho e em defesa do país, não da Venezuela ou mesmo da Argentina, que a tivéssemos...É bom e barato.. E com certeza já estaríamos sentado no CS da ONU.

Outra coisa, dizer que não temos a bomba é uma piada e contrainformação...Pelo que sei são 3 buracos de teste no Caximbo...O que vc faz primeiro a bomba ou o buraco?

Pois é.
Depois de tudo pronto, joga no lixo?