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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 11:35 am
por marcelo bahia
Explicação bem humorada sobre as causas da crise econômica!! :mrgreen:


Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 11:45 am
por Sterrius
huahuahua muito boa a explicação.

Agora alguem consegue ver semelhança entre essa formula de imoveis e a nossa formula de imoveis?

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 12:04 pm
por DELTA22
delmar escreveu:
Slotrop escreveu:LLX chegou a centavos em 2008, MMX chegou perto disso, quem comprou perto da minima teve um lucro extraordinário.
Essa conversa de longo prazo em bolsa no Brasil é coisa de quem ficou com dinheiro preso la por que não realizou o prejuizo quando deveria ou papo de corretor. O negocio é trabalhar com stop gain e stop loss, lucrou no objetivo vendeu, chegou no maximo prejuizo, vendeu tb.
Quem botou dinheiro na bovespa antes de 2008 quando ela tava em quase 70k pensando em longo prazo se f*d*u, quem botou dinheiro final do ano passado com o mesmo objetivo se f*d*u de novo.
Estamos falando a mesma coisa, quem gosta de arriscar no jogo pode comprar as LLX e as MMX. Podem voltar ao nível anterior e o investidor ganha uma nota, mas pode cair ainda mais e ele perde. Pode até virar pó. Elas não são nenhuma Petrobras ou Vale. Eu não compro, mas isto sou eu, alguém pode comprar e de repente ganhar. Vale a máxima, quanto mais arriscado o negócio maiores as chances de lucro, ou de perder tudo.
Também acho arriscado investir em ações do Grupo "X", como é chamado. É preciso primeiro esperar que essas empresas comecem a dar lucro. Segundo o Eike, isso ocorrerá até o fim do ano, mas não sei... EU, não compraria agora.

[]'s a todos.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 12:05 pm
por akivrx78
marcelo bahia escreveu:
P44 escreveu:A única pátria dos donos das multinacionais é o dinheiro.
:lol: :lol: :lol:

Disse tudo!!

Sds.
Concordo mas não tem muito o que fazer, acredito que vão manter apenas a produção para o mercado interno, para exportação ou sai do Japão ou vai perder mercado para os rivais.

Como a moeda japonesa não existe centavos, 76 ienes = US1 pode se dizer que em moeda convertida em seu valor real de poder de compra, 76 ienes = 0,76 centavos, no Brasil US$1 = R$1,60 o que seria da economia brasileira se US$1 fosse = a R$0,76 centavos?
Acho que toda a industria iria a falência....

A coisa esta feia pela alta da moeda, os fabricantes de produtos eletrônicos também começaram as fusões para sobreviver...
http://techcrunch.com/2011/06/29/hitach ... ega-merge/
Esta semana saiu um boato que a Hitachi estaria negociando uma fusão total com a Mitsubishi.

Com o dólar em queda e o Euro se desvalorizando, dês da crise de 2008 os investidores correram para moedas alternativas como o rentável real ou o estável iene que dificilmente tem grandes oscilações no mercado.

Se hoje 120 ienes fosse = US$1 a economia japonesas não estaria em crise, mas sim em crescimento de no minimo 4%....

Imagem
Poder de compra da moeda, Com uma moeda de 100 ienes vc não compra nem um cafezinho no Japão, da para comprar 3 balas.....

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 12:44 pm
por GustavoB
marcelo bahia escreveu:
P44 escreveu:A única pátria dos donos das multinacionais é o dinheiro.
:lol: :lol: :lol:

Disse tudo!!

Sds.
Dos fundamentalistas do capital, de modo geral.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 1:34 pm
por Grifon
Novos temores sobre a França derrubam Bolsas no Brasil e nos EUA

Novos temores no mercado, desta vez sobre a situação da França, trouxeram mais um dia de queda às Bolsas de Valores mundiais.

Às 13h02, o Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, tinha desvalorização de 1,22%, aos 50.543 pontos, bem abaixo da queda nas Bolsas dos Estados Unidos. O Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caía 3,46%.

No mesmo horário, o dólar comercial era negociado por R$ 1,626, estável, após cair para R$ 1,603 durante a manhã. A taxa de risco-país marca 214 pontos, com aumento de 4,90% ante a pontuação anterior.

Depois de um dia de fortes altas após o anúncio do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) de que vai manter os juros norte-americanos em patamar histórico de baixa pelo menos até 2013, os investidores voltaram às vendas hoje, impulsionados pelo medo de possíveis problemas no setor bancário francês.

Além disso, o mercado se preocupa com um possível rebaixamento da nota da dívida francesa --que hoje é AAA, sinalizando um dos ativos mais seguros do mundo.

Por conta disso, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, voltou mais cedo de suas férias nesta quarta e prometeu cortar o grande endividamento do país.

Apesar disso, ele não anunciou nenhuma nova medida de austeridade, e seus comentários não foram suficientes para evitar que as ações dos bancos franceses afundassem na Bolsa de Paris hoje.

As três principais Bolsas europeias também caem. Em Londres, o índice Financial Times registra variação negativa de 3,05%. Em Paris, o CAC-40 cai 5,45%. Já em Frankfurt, o DAX aponta queda de 5,22%.

Os investidores se concentraram ainda na grande exposição das instituições financeiras da França a títulos de dívida de países europeus com problemas.

"A França tem US$ 350 bilhões em papéis da dívida italiana em seus bancos", afirmou Dave Rovelli, diretor da Canaccord Adams, à Reuters.

Na Bolsa de Paris, as ações do Société General, em que os investidores concentraram sua atenção, chegaram a cair mais de 20%. Os papéis do BNP Paribas passaram dos 10% de queda.

Na Ásia, as Bolsas de Valores fecharam em alta, seguindo a tendência da véspera nos mercados norte-americanos.

Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,05%. O índice MSCI das ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançava 1,18% às 8h06 (horário de Brasília), puxado pelo setor de recursos naturais, que disparava mais de 3,5%. O índice referencial acumula queda de cerca de 12% em agosto.

TERÇA-FEIRA

Ontem, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em forte recuperação, após a pior queda desde outubro de 2008 na véspera.

O Ibovespa, o termômetro dos negócios da Bolsa paulista, subiu 5,10%, atingindo os 51.150 pontos. O giro financeiro foi de R$ 10,33 bilhões. O aumento foi o maior desde outubro de 2009. Ainda assim, a Bolsa paulista registra queda de 13% no mês.

Ainda ontem, nos Estados Unidos, o índice Dow Jones subiu 3,98% e chegou a 11.239,77 pontos e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, subiu 5,29%, para 2.482,52 pontos. O índice ampliado Standard & Poor's 500 avançou 4,74%, para 1.172,53 pontos.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/95 ... -eua.shtml

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 3:44 pm
por PRick
Estão vendo, o próprio mercado está dizendo que a crise não é para todos. A Bovespa reverteu a tendência de queda, e já está no azul de novo. O Dólar voltou aos 1,60. Quer dizer em plena onda de boatos, o Dólar não consegue ir além de 1,60 Reais e a Bolsa está ficando estável.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 5:05 pm
por PRick
10/08/2011 13h00 - Atualizado em 10/08/2011 13h54
Bolsas europeias fecham em queda puxadas por setor bancário francês
Bolsa de Milão fechou com uma queda de 6,65%
Ações do Société Générale chegaram a cair 21%.

Da Reuters

O principal índice das ações europeias terminou em forte queda nesta quarta-feira (10), puxado por um forte movimento de vendas no setor bancário. Os papéis do francês Société Générale, por exemplo, chegou a desabar 21% na mínima do dia, em meio a rumores sobre o banco.

O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente, caiu 3,82%, aos 911 pontos. Já o índice francês CAC 40 teve baixa de 5,45%.

Na Itália, o índice FTSE Mib da bolsa de Milão fechou com uma queda de 6,65%, a pior cifra registrada desde abril de 2009. A bolsa de Madri também fechou em forte baixa de 5,49%. A bolsa de Paris também teve forte queda de 5,45%, seguida de Frankfurt, com baixa de 5,13%. A bolsa de Londres terminou perdendo 3,05%

Um porta-voz do Société Générale negou categoricamente todos os rumores relacionados à solidez financeira do banco, mas as ações da instituição ainda assim fecharam em queda de 14,7%, após tocarem a mínima em dois anos e meio e registrarem a maior queda percentual diária em duas décadas.

Credit Agricole desabou 11,8%, enquanto o índice europeu para bancos recuou 6,7%.

"Estamos ficando sem países 'AAA'. Se a França tiver um downgrade, isso levantaria questões sobre outros países também. Fundamentalmente, as finanças públicas não estão muito sólidas", disse o economista-chefe da Generali Investments, Klaus Wiener, que gerencia 330 bilhões de euros (469 bilhões de dólares) em ativos.

http://g1.globo.com/economia/mercados/n ... ances.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 6:09 pm
por Túlio
A BOVESPA fechou em leve alta, +0,48%...

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Ago 10, 2011 7:01 pm
por PRick
Túlio escreveu:A BOVESPA fechou em leve alta, +0,48%...
Pois é, em 2008 a coisa foi muito pior. Afinal, tivemos quebra real de bancos, etc... Tínhamos reservas em torno de 200 bilhões, agora, nossos números são todos melhores e temos 350 bilhões em reservas.

As pessoas estão vendo os fundamentos e a situação econômica de cada país e estão escolhendo de forma seletiva onde vão colocar seus recursos. Outro sintoma que já havia assinalado, é a explosão da cotação do ouro. 8-] 8-]

Alguém se lembra como foi em 1999. :twisted: :twisted:

A Globo tenta esconder essas coisas, mas olhem esse video. Reparem o que ocorreu na Bovespa.

http://g1.globo.com/videos/globo-news/a ... eos/page/1

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 11, 2011 5:03 am
por akivrx78
Credibilidade, cara de pau e dívida
10.08.2011| 16:32
Para entender o furor sobre a decisão da Standard & Poor’s, agência de classificação de risco, em diminuir os títulos da dívida pública dos Estados Unidos, você tem de se lembrar de duas ideias aparentemente (mas não de fato) contraditórias. A primeira é que os Estados Unidos não são mais aquele país estável e confiável que era. A segunda é que a S&P tem uma credibilidade menor ainda, e é o último lugar ao qual alguém deveria ir para ter perspectivas sobre a nossa nação.

Vamos começar com a falta de credibilidade da S&P. Se há uma única expressão que melhor descreve a decisão da agência de rebaixar os Estados Unidos, essa expressão é “cara de pau” – tradicionalmente definida pelo exemplo do jovem que mata os pais e, depois, implora por perdão, porque ele está órfão.

O enorme déficit de orçamento dos Estados Unidos é, afinal de contas, principalmente resultado da crise econômica que se seguiu à crise financeira de 2008. E a S&P, junto com outras agências de classificação de risco, desempenhou um papel importante em provocar essa crise, dando a classificação AAA para os ativos lastreados por hipotecas que se transformaram em lixo tóxico.

Mas o mau julgamento não parou aí. Notoriamente, a S&P deu ao Lehman Brothers, cujo colapso provocou um pânico global, uma classificação A até no mês em que ele faliu. E como a agência de classificação de risco reagiu depois de que o banco faliu logo após ter dado a ele uma nota A? Emitindo um relatório no qual negou ter feito algo de errado.

Daí, essas pessoas agora estão se pronunciando sobre a credibilidade dos Estados Unidos da América?

Espere, ainda vai ficar melhor. Antes de rebaixar a dívida dos Estados Unidos, a S&P enviou ao Tesouro dos Estados Unidos um esboço preliminar do comunicado à imprensa. Os funcionários do Tesouro rapidamente avistaram um erro de US$ 2 trilhões nos cálculos da S&P. E era o tipo de coisa que qualquer especialista em orçamento faria direito. Após discussão, a S&P admitiu que estava errada – e rebaixou os Estados Unidos mesmo assim, depois de retirar uma parte da análise econômica do seu relatório.

Como vou explicar logo abaixo, as estimativas orçamentárias não devem ter muito peso em qualquer caso. Mas o episódio dificilmente inspira confiança na análise da S&P.

De uma maneira mais ampla, as agências de classificação de risco nunca nos deram razão alguma para que levássemos a sério as análises delas para a solvência nacional. É verdade que, em geral, os países que declararam moratória foram rebaixados antes que isso ocorresse. Mas, nesses casos, as agências de classificação de risco estavam apenas seguindo os mercados, que já haviam rejeitado esses devedores com problemas.

E naqueles raros casos em que as agências de classificação de risco rebaixaram os países que, como os Estados Unidos agora, ainda tinham a confiança dos investidores, elas foram consistentemente erradas. Considere, particularmente, o caso do Japão, que a S&P rebaixou em 2002. Bem, nove anos depois, o Japão ainda é capaz de pedir dinheiro emprestado e a um preço barato. A partir de sexta-feira, de fato, a taxa de juros japonesa sobre os títulos de 10 anos foi de apenas 1%.

Portanto, não há razão para levar a sério o rebaixamento dos Estados Unidos, anunciado na sexta-feira. São as últimas pessoas em cujo julgamento devemos confiar.

E os Estados Unidos ainda têm grandes problemas.

Esses problemas têm muito pouco a ver com a aritmética orçamentária a curto prazo ou mesmo com a de médio prazo. O governo dos Estados Unidos não está tendo problemas em contrair empréstimos para cobrir o déficit atual. É verdade que estamos acumulando dívida e teremos de pagar juros. Mas se você fizer as contas realmente, em vez de falar os enormes números com uma voz assustadora, você descobre que os déficits, mesmo muito grandes ao longo dos próximos anos, terão um impacto bem pequeno na sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos.

Não, o que faz com que os Estados Unidos pareçam ser pouco confiáveis não é a matemática orçamentária, é a política. E, por favor, não vamos repetir as declarações comuns de que os dois lados são culpados. Nossos problemas são quase totalmente unilaterais – especificamente, são causados pelo surgimento de um extremismo de direita que está preparado para criar crises repetidas em vez de dar uma polegada que seja em relação às suas demandas.

A verdade é que, na economia básica, os problemas fiscais de longo prazo dos Estados Unidos não devem ser tão difíceis de serem corrigidos. É verdade que uma população em envelhecimento e o aumento nos custos com saúde provocam um aumento mais rápido, sob as políticas atuais, dos gastos do que as receitas fiscais. Mas os Estados Unidos têm custos com a saúde muito maiores do que qualquer outro país desenvolvido, e impostos muito baixos em relação aos padrões internacionais. Se pudéssemos nos aproximar, mesmo que parcialmente, das normas internacionais nessas duas frentes, os nossos problemas de orçamento estariam resolvidos.

Então, por que não podemos fazer isso? Porque temos um poderoso movimento político neste país que gritou “painéis da morte” em face dos modestos esforços de utilizar os fundos do Medicare de forma mais eficaz, e que preferiu que corrêssemos o risco de uma catástrofe financeira, em vez de concordar com um centavo a mais nas receitas adicionais.

A verdadeira questão que os Estados Unidos enfrentam, mesmo em termos puramente fiscais, não é se vamos cortar um trilhão aqui ou ali dos déficits. A questão é se os extremistas que estão bloqueando qualquer tipo de política responsável podem ser derrotados e marginalizados.

http://www.opovo.com.br/app/colunas/pau ... vida.shtml

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 11, 2011 5:17 am
por akivrx78
Economia | 10.08.2011
Crise atual é apenas "mais uma", avalia especialista
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Perdas no mercado financeiro já ocorrem há muito tempo

Werner Abelshauser, da Universidade de Bielefeld, diz que o mundo já assistiu a vários crashs nas bolsas. Esta seria a primeira vez, porém, que os governos estariam envolvidos na recuperação de suas economias.

Apesar do pânico mundial gerado com a crise na Europa e nos Estados Unidos, turbulências na economia com reflexos nas bolsas de investimentos não são novidade. Quedas e especulações financeiras existem desde que o dinheiro passou a fazer parte das relações comerciais.

Um dos primeiros registros de crise financeira data do século 17, quando houve a chamada crise das tulipas na Holanda. Grandes interesses e ganância levaram à pobreza milhares de holandeses que apostaram suas economias em bulbos de tulipa.

Werner Abelshauser, especialista em história da economia global e professor na Universidade de Bielefeld, acredita que crises mundiais, inclusive recentes mas já superadas, acabam sendo esquecidas com o passar dos anos. "Em 1990 houve a crise do Japão, que agora caiu no esquecimento. Depois houve o colapso dos modelos suecos na crise financeira de 1991/92. Alguns anos mais tarde tivemos a crise asiática, que atingiu os tigres e novos tigres asiáticos", lembra o professor. "Em seguida houve mais uma crise japonesa e, na virada do século, a crise 'pontocom', da internet".

Para o especialista, a atual crise financeira que envolve as maiores economias do mundo será apenas mais uma, mas de impacto global. "Um reflexo da globalização", explica Abelshauser, por causa das interligações dos mercados financeiros –, o que segundo o especialista não é um fenômeno clássico deste século. O professor relembra o boom sem precedentes da expansão de créditos e aberturas de empresas em 1873, que levou um dos maiores bancos europeus em Viena a suspender seus negócios na bolsa de valores, com consequências mundiais.

"Desde que entramos na globalização, já no século 19, há crashs em centros financeiros. O de Viena, em 1873, desencadeou o de Berlim, que levou ao crash de Nova York. Isso mostra que este efeito dominó já é conhecido", avalia o professor.

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Abelshauser: crises são esquecidas com passar do tempo

Atuação limitada

Pela primeira vez, no entanto, os governos dos países estão envolvidos na crise dos mercados. E sua capacidade de atuação está limitada devido aos seus altos endividamentos. Ele ressalta que a crise do mercado financeiro em 2008 foi controlada pelas nações envolvidas, que resgataram seus bancos. "Com isso, os países ficaram expostos e acabaram aumentando vertiginosamente suas dívidas".

Abelshauer acredita que a crise se encontra atualmente em um segundo patamar, no qual os próprios Estados se veem sob desconfiança dos investidores. "Agora, o problema é que os países não podem intervir com tanta facilidade pois não dispõem mais da mesma credibilidade de 2008, 2009", ressalta.

O fato de Estados não poderem mais agir como salvadores porque eles próprios estão envolvidos em problemas financeiros é um reflexo da inacreditável dinâmica que se desenvolveu nos mercados financeiros nas últimas décadas, explica o professor.

Para o especialista, é preciso frear os mercados através do estabelecimento de limites para negociações especulativas. E se não houver um comprometimento dos mercados neste sentido, aí entram os governos, sugere.

"Em 1980, no encontro econômico do G7 em Veneza, já houve uma sugestão assim do então chanceler federal alemão Helmut Schmidt. Ele advertiu para a ameaça representada pelo crescente capital errante no mercado mundial. Por isso, sugeriu que o G7 tomasse medidas para controlar estes capitais", conta Abelshauer. "Então foi criada uma comissão e tudo foi novamente esquecido porque os americanos e britânicos, cujo modelo de negócio é justamente esse, resistiram com veemência".

Perdas volumosas

Nas recentes turbulências, os mercados de ações perderam mais de 2,5 trilhões de dólares em apenas uma semana – uma soma gigantesca. Mas isso também não é novidade, afirma o professor. Ele lembra que, em 19 de outubro de 1987, o Dow Jones, índice da bolsa norte-americana, registrou, em um dia, a maior perda de sua história – 22% –, devido a uma falha no sistema de computação. Hoje, o dia que ficou conhecido como a "Segunda-feira Negra" está praticamente esquecido.

Autora: Monika Lohmüller (ms)
Revisão: Roselaine Wandscheer

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 11, 2011 5:37 am
por akivrx78
Investimento
Os fundos que lhe oferecem 10% até ao final do ano

Luís Leitão
11/08/11 00:30

Conheça os mercados e os produtos financeiros que devem merecer a sua confiança até ao final do ano.

Desde o início do ano as acções europeias já desvalorizaram 5%. A sustentar esta correcção temestado uma grande incerteza em redor da crise soberana na zona euro e umenorme vazio de ideias de Bruxelas para resolver o problema.

Para os investidores mais pessimistas, este quadro pintase de negro e a queda prenunciada dos mercados até Julho só tenderá a avolumar-se. Para os mais optimistas, cada correcção é uma oportunidade para comprar a preços mais baixos e para reforçar posições já existentes. Mas para todos aqueles que foquem o seu horizonte temporal no longo prazo e numa estratégia centrada na diversificação do risco há quatro mercados que merecem ser estudados: Japão, BRIC, EUA e Europa. Isto porque, de acordo comas estimativas de 350 especialistas em acções e gestores de fundos de investimento consultados pela Reuters, estes quatro mercados deverão valorizar, em média, 10% até ao final do ano.

Na Europa, os recentes eventos podem até apontar para uma região algo debilitada, mas as oportunidades de investimento estão a ferver. Os balanços de muitas empresas estão sólidos e o potencial de recuperação é elevado, assim que a nuvem soberana desaparecer do horizonte, perspectivam os especialistas. O mesmo sucede no mercado norte-americano, com as acções a cotarem com fundamentais apelativos. Nesse sentido, a aposta dos investidores deve ser vincada em fundos que saibam captar o melhor das duas regiões e possam evitar armadilhas de percurso. O europeu Allianz RCM Euroland Equity Growth e o norte-americano ING US High Dividend podem fazer esse papel.

Para não perder o comboio do crescimento dos emergentes, os investidores podem recorrer ao Parvest Equity BRIC Classic, que centra o seu foco nas maiores economias emergentes: Brasil, Rússia, China e Índia. O Japão é o último mercado da carteira, que deverá apenas merecer a confiança dos investidores numa aposta de longo prazo.

Alocação vendedora

1. Motores do crescimento mundial
O Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) são já responsáveis por três quartos do crescimento mundial. E o Parvest Equity BRIC Classic estará bem posicionado
para captar, dado que no último quinquénio alcançou uma
rendibilidade média anual de 8,7%, mais 2,2 pontos percentuais que a média dos seus pares.

2. Velho continente a duas velocidades
A Europa continua a batalhar contra uma crise soberana que tarda em ficar resolvida. É por isso que a escolha pelo Allianz RCM Euroland Equity Growth pode ser uma escolha acertada, dado que o seu gestor, Matthias Born, centra as suas principais escolhas em grandes empresas que geram grande parte das suas receitas fora do espaço do euro.

3. Império do Meio em recuperação
Desde 15 de Março, quatro dias após a catástrofe natural que assolou o país, que o principal índice accionista do país já subiu 12%. E segundo os analistas, o Topix não ficará por aqui. O JP Morgan Japan Equity, que conta com 23 aos de existência, pode ser uma boa escolha para os investidores que não queiram perder o Japão de vista mas que também não queiram ficar de olhos em bico.

4. Oportunidades por terras do Tio Sam
Segundo projecções do FMI, a economia dos EUA deverá crescer 2,8%este ano. De perto deverá seguir o índice S&P 500, que de acordo com a ‘poll' a Reuters deverá valorizar 8,9%até ao final do ano. Os investidores podem agarrar este crescimento através do fundo ING US High Dividend, que nos últimos dois anos tem sido um dos fundos que melhor tem justificado o risco dos investimentos realizados.

http://economico.sapo.pt/noticias/os-fu ... 24099.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 11, 2011 5:45 am
por akivrx78
AUGUST 10, 2011, 8:54 P.M. ET
Insustentável, crescimento da China vai desacelerar
Imagem
Associated Press
Chinesas cantam hinos patrióticos para celebrar os 90 anos da fundação do Partido Comunista da China, em Pequim.

Por MICHAEL PETTIS

Enquanto a China tenta aos trancos e barrancos reequilibrar a economia, um número pequeno mas crescente de economistas chineses começa a projetar um crescimento muito menor — de 6% a 7% ao ano — para os próximos anos. Mas a matemática do ajuste sugere que o crescimento deve cair ainda mais, talvez para metade desse nível.

O crescimento chinês nas duas últimas décadas foi sustentado com grandes saltos no investimento direto do Estado. A consequência foram grandes superávits na balança comercial para absorver o excesso de capacidade resultante na indústria.

Tal situação é insustentável. O investimento, sobretudo em infraestrutura e imóveis, é cada vez mais desnecessário. Com a Europa em crise e Japão e Estados Unidos endividados até o pescoço, a demanda de exportações da China vai estagnar.

É possível, para a China, fazer do consumo interno — e não do investimento — o principal motor do crescimento? Sim, mas vai ser muito difícil. Na China, o consumo das famílias responde por cerca de 35% do PIB, mutíssimo menos do que em qualquer outro país. Tamanho desequilíbrio interno não tem precedente histórico.

Em Pequim, há quem reconheça como o desenvolvimento do país foi desequilibrado. Daí o governo estar dizendo que a meta, nos próximos dez anos, é elevar o consumo para 50% do PIB. Até mesmo essa parcela é baixa — deixaria a China na lanterninha do grupo de países do Leste Asiático onde o consumo é baixo.

Mas bater essa meta é complicado, pois exige que o consumo das famílias aumente a um ritmo quatro pontos porcentuais mais acelerado do que o do PIB. Na última década, o consumo das famílias chinesas subiu entre 7% e 8% ao ano; já o PIB cresceu de 10% a 11%. Se a expectativa for a de que o PIB chinês vai crescer de 6% a 7%, o consumo das famílias teria de subir de 10% a 11%.

É difícil um crescimento do consumo dessa ordem, pois há tremendos fatores estruturais trabalhando contra. O modelo de crescimento chinês transfere renda das famílias para empresas, sobretudo na forma de juros artificialmente baixos. Isso derruba drasticamente o custo do crédito para estatais que injetam esse dinheiro barato em megainvestimentos. O crédito fácil também engorda margens de lucro de bancos e permite que absorvam facilmente dívidas podres.

Esse capital barato tem um preço para o cidadão comum. O baixo rendimento de depósitos obriga o chinês a sacrificar o consumo para poupar mais. O resultado é uma queda acentuada da fatia do consumo no PIB. Se a China quiser que o consumo substitua o investimento como motor do crescimento, esse processo de repressão financeira terá de ser revertido. As famílias terão de ter uma parcela cada vez maior do crescimento geral.

Tal inversão é inevitável, mas não será fácil. Investimentos desnecessários e excesso de capacidade significam uma dívida cada vez maior com bancos, o que exige mais transferência de riqueza para manter viável o sistema bancário. Mas se nos próximos anos as famílias seguirem pagando como fizeram até aqui, a China não conseguirá escapar desse modelo.

Precedentes históricos desse acúmulo de dívida são preocupantes. Na história moderna, todo país que viveu muitos anos de "milagre econômico" passou pelo problema do investimento e do endividamento excessivos. Basta olhar para o Japão. A necessidade de derrubar endividamento dificulta o reequilíbrio interno — e o processo sempre demora muito mais do que as projeções mais pessimistas.

Mas é preciso considerar o preço de adiar essa inversão. Ainda que o consumo siga crescendo à taxa registrada na última década (quando o cenário econômico na China e no mundo era efervescente e o peso da dívida muito menor), o crescimento da economia teria de cair para 3% ou 4% para um reequilíbrio. Esse é, em outras palavras, o impacto do corte necessário no investimento, que terá de ser rápido e acentuado.

No pior cenário, o crescimento do consumo cai para menos do que o registrado na última década — talvez devido à expansão mais lenta do PIB —, dificultando ainda mais o reequilíbrio. A única maneira de acelerar o processo seria o governo recapitalizar os bancos com dinheiro público.

A China tem um punhado de decisões difíceis a tomar se quiser dar à economia outro rumo que não o do investimento. Todos os cenários exigem que a economia deixe de crescer tão rápido como até aqui. Tanto Pequim como o mundo terão de se acostumar à nova realidade.

Pettis é professor de finanças da Universidade Pequim e pesquisador sênior do Carnegie Endowment.

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 60512.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Ago 11, 2011 6:24 am
por akivrx78
Economia
Krugman: consequências da crise vão durar décadas

Europa está a destruír «um dos projectos mais fascinantes da história»

PorRedacção PGM
2011-08-10 20:17

O economista Paul Krugman diz que as consequências da actual crise vão perseguir-nos por várias décadas.

No seu blog publicado no «The New York Times), o Nobel da Economia diz claramente que «os decisores políticos falharam em quase todo o lado e parecem determinados a não levar em conta as lições da experiência, quer históricas, quer aquelas que aprendemos nos últimos anos».

Krugman tece duras críticas à fórmula usada, quer nos EUA, quer na Europa, para combater a crise financeira. «Ainda estou a tentar fazer sentido deste falhanço intelectual global. Mas os resultados não estão em causa: estamos a fazer uma confusão total de um problema solucionável com consequências que nos vão assombrar por décadas».

Citando Joe Stiglitz, o economista diz que «quando a crise começou, muitas vozes disseram que tinham aprendido as lições da Grande Depressão e da crise japonesa. Agora sabemos que não tinham aprendido nada».

«Os nossos estímulos foram demasiado fracos, curtos e mal desenhados. Os líderes tentaram negar a fragilidade da economia, talvez com medo de que, se a reconhecêssemos, a pouca confiança que restava, desparecesse. Foi um jogo e nós perdemos. Agora a confiança apareceu: a confiança de que as coisas vão piorar, independentemente do que for feito», cita.

Já no caso da Europa, Krugman escolhe uma citação de Kantoos Economics: «A meta de manter a taxa de inflação controlada tornou-se sagrada ainda que todas as provas apontem que essa é uma escolha fatal. Os decisores políticos europeus e os governadores dos bancos centrais estão a destruir um dos projectos mais fascinantes da história humana, a unidade e amizade entre os países da Europa. Isto é mais que deprimente. Muito mais».

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html