Noticias de Portugal

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Re: Noticias de Portugal

#3346 Mensagem por tflash » Ter Jan 25, 2011 4:44 pm

Ok. P44, eu estava a meter-me contigo,eu sei que não votavas no Alegre. O Cavaco destruiu mas também é verdade que muito empresário dos anos 80 vivia da mama do estado. Se o estado não desse, apoiasse, financiasse, ninguém fazia nada.

No fim dos anos 80, década de 90 foi quando o país cresceu realmente. Teve muitas coisas erradas, sim, mas o Guterres é que enterrou o país. Eu lembro-me de nem haver uma autoestrada para o porto, das 6 horas e tal que eu passava dentro do carro para ir de férias. Que houve muita gente que pegou nos subsídios da então CEE e comprou carros e fez casas, houve. Mas os culpados não serão quem fez isso? Ouve alguns que aproveitaram e investiram correctamente. Mas isso já foi.

O importante para mim, era o Alegre não chegar a PR, por isso apoiei o Cavaco. Segundo muitos analistas, o PS não vai ter a vida fácil. Eles fizeram a tal campanha suja, o MD chegou a dar um chega para lá mas agora o Cavaco está reforçado pela clara maioria que teve, o PS não se vai poder esticar como esticava. Acho que se houverem novas medidas de austeridade, o governo cai.




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Re: Noticias de Portugal

#3347 Mensagem por P44 » Qua Jan 26, 2011 7:55 am

Acho que se houverem novas medidas de austeridade, o governo cai.
o sr. cavaco SLN silva era o tal que defendia a eleição á 1ª volta para acalmar os mercados...viu-se!

Mercados
Juros da dívida colados aos 7%

* PorRedacção CPS
* 2011-01-25 10:47



«Spread» entre os juros exigidos pela dívida portuguesa e a alemã ultrapassa os 380 pontos base
:arrow: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mer ... -1727.html

---------------------



entretanto...
quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011 | 07:25

Emprego: Alemanha «pede» jovens com formação média e superior

Os democratas-cristãos alemães (CDU/CSU) estão a debater formas de angariar jovens portugueses com formação média e superior para o seu mercado de trabalho, para suprir a falta de quadros na Alemanha e ajudar Portugal a reduzir o desemprego.

O político conservador, esclareceu, no entanto, que «se trata de uma ideia que está a ser debatida a nível da CDU», e também do outro partido do governo os Liberais, «mas não há ainda planos concretos sobre formas dee angariação» por exemplo.
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=490502

se fosse mais novo talvez me safasse... :( :( :(




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Re: Noticias de Portugal

#3348 Mensagem por soultrain » Qua Jan 26, 2011 8:16 am

Mercado de Trabalho
Portugal exporta engenheiros e arquitectos para o Brasil
por Cláudia Garcia, Publicado em 26 de Janeiro de 2011 | Actualizado há 57 minutos
Faltam 70 mil engenheiros por ano no Brasil. Portugal compete por vagas em civil


Há cerca de 200 arquitectos portugueses no Brasil


"No Brasil está a chover muito e Portugal fabrica guarda-chuvas." A metáfora serve neste caso para ilustrar a realidade dos dois países e o interesse de cada um. Por ano, formam-se cerca de 30 mil engenheiros no Brasil, mas são precisos mais de cem mil. Portugal quer colmatar a falta de 70 mil profissionais licenciados, particularmente em engenharia civil, e aumentar o número de arquitectos, para trabalharem nas obras e nos projectos do Campeonato do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016.

O bastonário dos engenheiros portugueses, Carlos Matias Ramos, revelou ao i que tem sido contactado por muitas empresas e profissionais portugueses "no sentido de agilizar o processo e encurtar os tempos" de transferência para o Brasil. "Há engenheiros que querem ir trabalhar para empresas brasileiras, outros para sociedades restritas de empresas portuguesas e ainda em parceria."

As principais áreas previstas no protocolo assinado em 2000 entre a ordem e o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia, Arquitectura e Agronomia) do Brasil, e que está na iminência de ser reformulado, são "engenharia civil, mecânica, química, electrotécnica e agrónoma".

No entanto, o presidente do CONFEA, Marcos Túlio de Melo, lembra que as áreas com mais procura e necessidade urgente de know-how envolvem "os sectores estratégicos do petróleo, gás e construção civil". "Com um crescimento de 7% do PIB ao ano, há uma necessidade muito grande de profissionais que o próprio mercado e sistema educativo brasileiro não suportam porque não se prepararam com a devida antecedência", nota.

A integração de mão-de-obra portuguesa especializada no mercado brasileiro também está a ser tratada pelas autoridades nacionais. O embaixador de Portugal em Brasília tem-se multiplicado em encontros para acelerar o processo de exportação e aumentar o número de protocolos em diferentes áreas. Recentemente, João Salgueiro almoçou com o presidente da Câmara Brasileira da Indústria e Construção Civil (CBIC) e o principal assunto em cima da mesa foi precisamente este, disse ao i fonte da embaixada.

As intenções são claras de ambas as partes. Os encontros entre o presidente do CONFEA e o bastonário dos engenheiros são cada mais frequentes e "a relação é privilegiada", comenta Matias Ramos. O CONFEA tem registo de 1172 engenheiros portugueses que exercem legalmente no país. No entanto, o presidente Marcos Túlio de Melo equaciona que o número real seja muito maior, porque alguns engenheiros estão a desempenhar funções sem estarem inscritos na entidade.

O interesse e a motivação dos engenheiros portugueses por trabalharem no país é "muito recente", sublinha o bastonário. Matias Ramos frisa que o ano com maior representatividade foi 2010. Agora Portugal quer ser o principal parceiro na exportação de mão--de-obra qualificada, tanto a nível individual como empresarial.

Em contrapartida, para o Brasil colaborar com este processo, encurtar os tempos e inserir profissionais no mercado, o CONFEA quer um acordo bilateral a médio--longo prazo. "Quando o mercado europeu estava em ascensão, não houve nenhuma flexibilização e tivemos muita resistência. Queremos discutir com as organizações dos dois países, e com o governo, uma abertura de Portugal, e da Europa em geral, quando retomarem o crescimento."

Carlos Matias Ramos, que tem sido uma das vozes mais sonantes em matéria de exportação de engenheiros para o Brasil, teme apenas que Portugal perca grande parte deles. "Não gosto da emigração de engenheiros, porque perdemos todo o investimento que foi feito", aponta. Para o bastonário, a exportação pode privilegiar uma parceria entre os dois países que "mantenha os engenheiros ligados a Portugal".

Além dos engenheiros, o mercado brasileiro começou a atrair arquitectos portugueses. Neste momento são cerca de 200, mas "estamos numa fase inicial", frisa o bastonário dos arquitectos, João Belo Rodeio. O mercado nacional está "estagnado, há falta de encomenda e há um estrangulamento dos arquitectos". Belo Rodeio explica ao i que os "eventos desportivos dos próximos anos" são o principal motivo de interesse.

Há cerca de ano e meio, a Ordem dos Arquitectos portuguesa e o IAB (Instituto dos Arquitectos do Brasil) assinaram um protocolo que abrange "todo o tipo de projectos" desenvolvidos nos dois países. Os mais jovens responderam em força, mas "há cada vez mais arquitectos portugueses com know-how e estrutura" a apostarem no Brasil. "O Estado português não está a investir, não há projectos novos, corre-se o risco de os ateliês fecharem", alerta Belo Rodeia. No Brasil há arquitectos portugueses que vão trabalhar para ateliês, há ainda os que têm escritório cá e criam outros no Brasil e os que estão associados a construtoras. Belo Rodeia espreita novas oportunidades para os arquitectos portugueses e vai já no primeiro semestre a São Paulo e ao Rio, onde tem vários encontros marcados com entidades brasileiras, embaixadores e cônsules portugueses.





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Re: Noticias de Portugal

#3349 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 26, 2011 8:52 am

O CM é bastonário dos engenheiros portugueses! :shock: 8-] :lol:

Agora a falar a sério, a aposta no mercado brasileiro é normal e ainda bem que há pessoas e empresas que se podem virar para esse mercado para se safarem, porque senão... :(




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Noticias de Portugal

#3350 Mensagem por Bourne » Qua Jan 26, 2011 10:34 am

:shock: :shock: :shock:




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Re: Noticias de Portugal

#3351 Mensagem por FoxTroop » Qui Jan 27, 2011 5:26 pm

quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011 | 07:25

Emprego: Alemanha «pede» jovens com formação média e superior

Os democratas-cristãos alemães (CDU/CSU) estão a debater formas de angariar jovens portugueses com formação média e superior para o seu mercado de trabalho, para suprir a falta de quadros na Alemanha e ajudar Portugal a reduzir o desemprego.

O político conservador, esclareceu, no entanto, que «se trata de uma ideia que está a ser debatida a nível da CDU», e também do outro partido do governo os Liberais, «mas não há ainda planos concretos sobre formas dee angariação» por exemplo.
Diário Digital / Lusa
Tal como no tempo do Botas, os quadros qualificados abalam e só quem não tem como (ou não está para aí virado) é que fica por cá a sustentar a choldra pulhitica que vampiriza o sangue da Nação. Um futuro radioso a todos nos espera, com a massa cinzenta a abandonar o país a este ritmo. Mas é isto que o povo quer, afinal reelegeram o Cavaco.....

Vamos todos cantar.

Depois da fome, da guerra
da prisão e da tortura
este povo português
quer voltar à Ditadura

Já chateia, a liberdade
mais o raio da responsabilidade
Democracia é treta
quero ser oprimido
e levar uma galheta....




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Re: Noticias de Portugal

#3352 Mensagem por tflash » Sex Jan 28, 2011 8:11 am

E o Cavaco só ganhou porque o Salazar está morto!!! :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Noticias de Portugal

#3353 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jan 28, 2011 8:26 am

De quem é a autoria da letra Fox?




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Noticias de Portugal

#3354 Mensagem por P44 » Sex Jan 28, 2011 10:19 am

tflash escreveu:E o Cavaco só ganhou porque o Salazar está morto!!! :twisted: :twisted: :twisted:
como li no jornal, uma criancinha acerca do Cavaco: "Quem é aquele Vampiro?" :twisted:

sugaram-nos tudo...esta escumalha maldita


ps-Ontem vi um anúncio a pedir um DIRECTOR de Qualidade, cargo para o qual pagavam o louco salário de...850€!!! (oitocentos e cinquenta euros)

quem puder que faça as malas e fuja! :evil:




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Re: Noticias de Portugal

#3355 Mensagem por tflash » Sex Jan 28, 2011 2:07 pm

Eu já vi oferecerem o mesmo para um designer mas com um pormenor, era a recibos verdes, ou seja, ganhava mais e tinha mais direitos a arrumar prateleiras de supermercados (sem me chatear tanto!).

Quanto à ditadura, os meus pais eram de esquerda mas agora desejam os tempos de antes do 25 de Abril. Eu acredito que em parte, é o desejo de voltar à juventude mas que tinham um nível de vida melhor que o meu, é indesmentível. A censura e a repressão são mais discretas mas não deixaram de existir. Existem aquelas pessoas que tem uns cartões partidários que colocam os filhos no estado, ganham ajustes directos e não sofrem com burocracias para fazer o que quer que seja.

Para não falar que na época, um presunto caseiro chegava para deixarem uma pessoa em paz mas entretanto os gostos refinaram-se.... :evil: :evil:

Eu não condeno as pessoas que anseiam por esse tempo passado. Na altura os políticos, porque tinham medo de uma revolução ou até por ética pessoal davam alguns direitos que os "democratas" de agora estão a tentar anular. A classe média que floresceu na altura foi destruída nestes últimos dez anos.




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Re: Noticias de Portugal

#3356 Mensagem por soultrain » Sex Jan 28, 2011 6:03 pm

Professor José-Martinho Montero Santalha: “A previsível pertença da Galiza à CPLP”

Posted by Clavis Prophetarum em 2011/01/28

“A previsível pertença da Galiza à CPLP

Sim, realmente a Comunidade de Países de Língua Portuguesa tal como está constituída neste momento dá cabida fundamentalmente a estados independentes. O caso da Galiza, como é um pouco diferente, tem que inventar uma maneira nova de estar presente. Creio realmente que não há, não deve haver, no campo político nenhuma dificuldade decisiva, porque em primeiro lugar a Galiza e Portugal? por exemplo, são ambos membros da União Europeia, quanto que a Galiza forma parte da Espanha e a Espanha também é da União Europeia; enfim, isso levou consigo, como sabemos, à politica supressão das fronteiras que foi para nos uma grande vantagem. (…) a situação política no substancial não mude porque nós não pretendemos deixar de formar parte do Estado Espanhol, mas a comunidade linguística está por cima dessa fronteira”
entrevista ao Professor José-Martinho Montero Santalha, presidente da AGAL

A estrutura atual da CPLP não permite contudo a adesão de uma “região”, como Goa, Malaca e, sobretudo, da geradora matricial da língua portuguesa, a Galiza. A CPLP tem uma missão histórica a cumprir no mundo: o de unir todos os povos de língua portuguesa, estejam eles onde estiverem, independentemente do país onde residam e sem entrar em colisão com este.

Pelo menos na sua fase atual, nada obsta a que uma região (ou no caso galego, uma “nação”) adira à CPLP, aumentando no processo a sua capacidade e esfera de ação e realizando a devida reintegração das comunidades lusófonas dispersas pelo mundo fora numa só comunidade.



José-Martinho Montero Santalha: «A nosa idea é a da tradición máis importante do galeguismo»


Ainda em relaçom com a notícia da criaçom de umha nova Academia Galega, também foi publicada umha entrevista com o presidente da nova entidade: José-Martinho Montero Santalha, catedrático de Didáctica da Língua e da Literatura Galega na Universidade de Vigo.

Martinho Montero Santalha, catedrático da Universidade de Vigo, afirma que foi «unha xornada de moita esperanza, unha luz que se acende en favor da vida da nosa lingua, que pode axudar, xa que temos unha situación moi dramática».

Afirma que esta nova entidade quere ter «irmandade con outras academias e traballar por un futuro mellor e máis próspero para o noso país».

Sobre a situación do idioma, valora que «está morrendo precisamente porque non se aproxima ao portugués, porque a xente non ten a idea clara de cal é o valor real da nosa lingua. A idea que nós defendemos, da unidade lingüística galego-portuguesa, é a da tradición máis importante do galeguismo e da Filoloxía Románica. A xente tería un maior orgullo da súa lingua sabendo que, sen deixar de ser súa, e con maior autenticidade, é un idioma de dimensión mundial e que ten unha vida moi asegurada para o futuro. O mesmo galego que algúns defenden ser unha lingua independente segue a ser hoxe portugués: porque aínda que, poñamos por caso, se escriba galiña con ñ en lugar de con nh é a mesma palabra co mesmo significado».

Fonte: La Voz de Galicia.





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Re: Noticias de Portugal

#3357 Mensagem por P44 » Sáb Jan 29, 2011 8:24 am

Porque fez Cavaco um discurso vingativo?

27.01.2011 - 23:20 Por Paulo Moura



Após o anúncio da sua vitória nas eleições presidenciais, o discurso de Aníbal Cavaco Silva surpreendeu todos pela falta de magnanimidade. Em vez de falar do futuro, o Presidente reeleito referiu-se com rancor aos ex-adversários. Porquê? Foi um deslize ou uma mensagem? Que consequências pode ter um discurso infeliz?

Cavaco Silva só saiu de casa quando foram divulgados os resultados definitivos. Era o vencedor inequívoco e tranquilo de uma corrida de seis candidatos: obteve mais de 52 por cento dos votos, contra menos de 20 por cento de Manuel Alegre, o segundo candidato. Os seus adeptos (e, mais ainda, os adeptos das outras candidaturas) esperavam um discurso magnânimo, próprio de um chefe de Estado. A tradicional promessa de ser "o Presidente de todos os portugueses", depois de uma campanha por vezes agressiva, como são todas. Mas no domingo à noite Cavaco surpreendeu. Em vez de falar do futuro, remoeu as ofensas do passado.

Os outros candidatos fizeram uma campanha de "calúnias, insinuações e mentira", disse ele. "São os políticos e os seus agentes que preferem o caminho da mentira, das calúnias, dos ataques sem sentido." Mas "a honra venceu a infâmia". E logo a seguir, de uma varanda do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, o monumento que simboliza a governação cavaquista, acrescentou que a sua vitória nesta eleição foi a "da verdade sobre a calúnia". E desafiou os órgãos de comunicação social a revelarem "os nomes daqueles que estão por detrás" da "campanha suja".

A História está cheia de maus discursos. Alguns foram esquecidos, outros ficaram eternamente agarrados à reputação de quem os proferiu. Em Portugal, pensemos, por exemplo, no primeiro-ministro Pinheiro de Azevedo. Ninguém se lembra que foi ele que preparou as primeiras eleições para a Assembleia da República. Mas quem se esqueceu do discurso em que, respondendo ao povo que lhe chamava fascista, disse "bardamerda para o fascista"?

Bill Clinton, nos EUA, teve discursos de tomada de posse memoráveis. Mas não tanto como aquele em que explicou, a propósito do seu caso com Monica Lewinsky, que sexo oral não era sexo. A respeito dos presidentes americanos, aliás, há quem edite colectâneas dos melhores discursos, mas também dos piores, porque há a consciência de que estes fazem igualmente história.

O discurso de posse de Abraham Lincoln é tido como um dos melhores de sempre, mas logo a seguir veio Ulysses S. Grant, que fez um dos piores. Terminada a guerra civil, os americanos esperavam palavras inspiradoras sobre um futuro radioso de paz e prosperidade, mas Grant limitou-se a choramingar que era preciso pagar as dívidas da guerra civil, sem deixar de ressalvar que nunca quis ser chefe de Estado.

No caso de alguns presidentes, foi notória a diferença entre os discursos do primeiro mandato e do segundo. Thomas Jefferson foi brilhante da primeira vez e um desastre da segunda, em que passou o tempo a atacar, com voz sussurrante e rancorosa, os ex-adversários e a imprensa.

Mas quais são as consequências de um discurso infeliz? Depende. Podem não ser nenhumas, se os acontecimentos ulteriores o fizeram esquecer. Ou catastróficas, se a conjuntura já é periclitante. Quando Richard Nixon, na fase final das investigações sobre Watergate, disse na televisão "Os americanos têm o direito de saber se o seu Presidente é um escroque. Eu não sou um escroque", foi patético. Para milhões de americanos, ele próprio se tinha definido: era um escroque.

Os motivos por que se faz um mau discurso são vários. Uma precipitação, uma avaliação deficiente das expectativas, um mau conselheiro de comunicação, ou até um propósito estratégico que só mais tarde será compreendido.

Desabafo pessoal

Quanto ao discurso de vitória de Cavaco Silva, só ele sabe o que se passou. Ou nem ele. Terá tido Cavaco um desabafo pessoal, tão pouco consentâneo com a sua forma habitual de agir?

António Costa Pinto, politólogo e historiador, acha que sim. Cavaco não ouviu os conselheiros. "Ter sido apanhado no caso do BPN [Banco Português de Negócios], que está a ser criminalizado, perturbou-o emocionalmente", explica. "Cavaco tem tendência para respeitar as regras, e tudo o que faz se fundamenta em pareceres e estudos. Ele introduz temas, mas tudo muito bem pensado. Não faz nada por impulso, emocionalmente." Até agora. Segundo o investigador do Instituto de Ciências Sociais, os ataques à sua integridade moral, porém, "as informações e críticas sobre as suas relações com um grupo cujas actividades estão a ser criminalizadas" fizeram-no explodir. Conteve-se durante a campanha, mas no fim teve um desabafo."Aconteceu-lhe um pouco o que acontece aos outros políticos", disse Costa Pinto ao PÚBLICO. "Por exemplo, [ao primeiro-ministro, José] Sócrates. Mas ele não estava habituado." E deixou que o discurso resvalasse para o nível de "algo que anima a política nos tempos actuais": o nível da conspiração. Porque, segundo Costa Pinto, "a conspiração existe na vida política democrática". "E os políticos estão razoavelmente bem informados sobre as actividades conspirativas dos adversários. Há uma grande dureza nas vidas internas dos partidos, as candidaturas, os financiamentos, legais e ilegais. É muito duro. Nós temos tendência a subestimar essa dimensão da vida política." E Cavaco tenta não a trazer para o plano do discurso público. Mas houve um deslize, e isso vai ter consequências na imagem que passou a vida a construir, de alguém acima dessas coisas.

Já Susana Salgado, investigadora de media e política e professora na Universidade Nova de Lisboa, não acha que a imagem de Cavaco possa ser muito afectada por este discurso. "A imagem de um político constrói-se durante muito tempo", diz. Não é um episódio isolado que a pode alterar. De qualquer forma, talvez o discurso da vitória de Cavaco não seja um episódio isolado. Susana Salgado, que publicou na editorial Minerva um livro, baseado na sua tese de doutoramento, intitulado Os Candidatos Presidenciais. Construção de Imagens e Discursos nos Media, observa o comportamento político de Cavaco há muito tempo. O suficiente para saber que ele não faz nada por acaso. "Todas as suas aparições são planeadas com cuidado. Desde os grandes discursos às pequenas intervenções. É raro, aliás, ele responder a questões que não estivessem agendadas. Tudo é pesado no conjunto de uma estratégia. Ele conhece o funcionamento dos media. Foi muito castigado por eles enquanto primeiro-ministro e aprendeu. Nos últimos anos Cavaco Silva tem sabido usar os media a seu favor em diferentes circunstâncias. Falou quando e como quis e sempre teve a exposição e a visibilidade pretendidas." Não é portanto provável que desta vez tenha falhado. "Em 2006 a campanha também foi muito negativa, e ele não reagiu desta forma."

No seu livro, que estuda a campanha presidencial de 2006, Susana Salgado usa um aforismo de Oscar Wilde para definir a campanha de Cavaco: "Perdoa sempre aos teus inimigos, pois nada os enfurece tanto." Se agora o Presidente decidiu fustigar os adversários no momento da reeleição, não o terá feito sem um motivo. Ou até dois. O primeiro pode ter sido "reforçar que, não obstante as várias tentativas dos opositores, a sua imagem não foi afectada". E o segundo anunciar que será mais interveniente neste segundo mandato. "A sua atitude de não responder aos adversários mudou sensivelmente nesta última campanha, e parece-me que isso não foi só devido aos frequentes ataques de que foi alvo, mas também porque pretendeu mostrar que seria mais actuante e interventivo num segundo mandato. O seu discurso na noite das eleições vai um pouco nessa linha."

Aviso a Sócrates

António Cunha Vaz, especialista em comunicação política e director da agência Cunha Vaz e Associados, partilha esta opinião. Cavaco quis anunciar que, neste segundo mandato, vai ser diferente. No discurso e nos actos. "No primeiro mandato Cavaco esteve preso às regras de uma comunicação desumanizada, eufemística, em que não se podem expressar sentimentos." Agora, Cavaco vai dizer o que pensa. E fazer o que acha que deve. "Agora vou ser activo, foi o que ele quis dizer. Sou o único que tem legitimidade para julgar, politicamente. E essa legitimidade vem do povo, como ele também referiu."Com a expressão "magistratura actuante" Cavaco quis portanto dizer que "Sócrates não terá a paz que teve até aqui. Ao primeiro motivo, Cavaco vai actuar. Vai ter o mandato interventivo que sempre quis ter". Cunha Vaz lembra o comportamento que teve Jorge Sampaio no segundo mandato. "E a Santana Lopes nunca foi, por exemplo, colocada em causa a autenticidade do seu diploma de licenciatura. É preciso lembrar que temos um primeiro-ministro que, durante muito tempo, de cada vez que abria a boca era para mentir."

No entanto, apesar da sua manifesta intencionalidade, o discurso de vitória de Cavaco, para António Cunha Vaz, foi um erro. "Todo o capital de simpatia que granjeou na campanha, até junto do eleitorado que não era o dele, perdeu-o agora. Não foi um discurso de chefe de Estado. Foi mais o de um dirigente de um clube de futebol." Para as mensagens que quis emitir deveria ter usado um mandatário ou director de campanha. "Devia ter pedido a um assessor que atirasse cá para fora os ódios todos." A menos que o discurso tenha servido apenas para pôr os pontos nos is quanto à imagem de integridade, sendo agora corrigido no tom, aquando do discurso de tomada de posse. "Essa seria a única justificação técnica para isto. "Para que não restem dúvidas aos portugueses: eu sou mesmo honesto.""

João Tocha, consultor de comunicação e director da agência F5C, também espera que tenha sido esse o sentido do discurso. "Foi alguém que estava a conter-se e que abriu a válvula. Descomprimiu e disse o que lhe ia na alma. Pode ter dois significados. Ou é apenas: tinha de dizer isto, e está dito e ultrapassado; ou há um ressentimento e será preciso resolver o assunto no futuro."

A primeira hipótese é a mais provável, segundo Tocha. Mas a verdade é que Cavaco nunca diz nada por acaso. "Ao contrário do que se pensa, Cavaco é o político mais político que apareceu em Portugal nas últimas décadas. Sabe muito bem o que quer. Sabe ser popular quando é preciso, reservado ou com sentido de Estado, quando é necessário, ou secar tudo à volta, quando as circunstâncias o exigem. Não é o tecnocrata que muitos julgam."

O seu azedo discurso de vitória pode ser um sinal de que vai, no futuro, ser guiado pelo ressentimento. "Se eu fosse psicanalista, diria que ele mostrou que tem um problema interior para resolver. Colocou muita ênfase numa nota que pode ou não ser preponderante daqui para a frente. Não sei qual a sua capacidade de ultrapassar este ressentimento. Dependerá muito do aconselhamento do seu círculo mais próximo."

Para João Tocha, o discurso de Cavaco foi o de alguém "agastado". "Era o momento em que um vencedor deve partir para outro nível. Ficou agarrado à tese da conspiração, porque não soube lidar com temas incómodos." Como especialista de comunicação, João Tocha pensa que a campanha de Cavaco deveria ter respondido rapidamente a todas as questões sobre o BPN. Nestes casos, "a melhor política é a da antecipação. Explicar de forma rápida e clara, e assim esvaziar o tema. Como não o fizeram, devem depois ter calculado que, no "deve&haver" dos benefícios e ganhos, o melhor seria não falar no assunto. Devem ter pensado: isto resolve-se à primeira volta, e pronto. O assunto será ultrapassado."

E foi. Excepto talvez na cabeça do Presidente. Mas se o discurso lhe bastou como vingança, as consequências não serão graves. "A memória é curta", diz Costa Pinto, "e isto vai ser esquecido." Até porque é do interesse de todos que assim aconteça. Um mau discurso dá azar, pode ser muito perigoso. Pode até matar. No dia da sua tomada de posse, a 4 de Março de 1841, o presidente William Henry Harrison proferiu aquele que é unanimemente considerado o pior discurso da História da América. Perante uma assistência de milhares de pessoas, ao ar livre, no meio de uma tempestade de neve, Harrisson debitou durante mais de duas horas o seu relambório de 49.647 caracteres, na maioria dos quais perorava, inexplicavelmente, sobre o Império Romano. Foi fatal. No dia seguinte caiu doente, com uma pneumonia, de que viria a morrer um mês depois.

http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/por ... vo_1477459




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Re: Noticias de Portugal

#3358 Mensagem por soultrain » Seg Jan 31, 2011 7:28 pm






"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
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Re: Noticias de Portugal

#3359 Mensagem por Túlio » Seg Jan 31, 2011 8:20 pm

soultrain escreveu:Mercado de Trabalho
Portugal exporta engenheiros e arquitectos para o Brasil

OBAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!


Parece que o ENGENHEIRO D. Sócas está prestes a ficar desempregado por aí, mandem para cá que muito precisamos... :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Noticias de Portugal

#3360 Mensagem por tflash » Seg Jan 31, 2011 11:04 pm

Ok! podem enviar um avião de passageiros e um navio porta-contentores para o levarem. O avião é para o fulano e o navio é para levar dez milhões de postais a agradecer ao povo brasileiro!




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