Página 222 de 444

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 3:47 pm
por PRick
zengao escreveu:parece que ta derretendo tudo
O que está derretendo é uma certa economia, o Mundo não vai acabar com o fim da hegemonia dos EUA.


ano-EUA-Mundo- % do PIB dos EUA em relação ao Total Mundial

1960- 520.531.181.568 - 1.348.178.496.892 - 38,61
1970- 1.024.800.000.000 - 2.878.849.868.698 - 35,60
1980- 2.767.500.000.000 - 10.984.234.971.637 - 25,20
1990- 5.750.800.000.000 - 21.899.393.839.193 - 26,26
2000- 9.898.800.000.000 - 32.211.045.650.922 - 30,73
2010- 14.582.400.000.000 - 63.048.775.278.781 - 23,13

A economia dos EUA deverá chegar ao patamar de menos de 20% do PIB Mundial em 2013.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 3:50 pm
por zengao
quem vai socorrer as nações? É crise

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 4:03 pm
por PRick
zengao escreveu:quem vai socorrer as nações? É crise
O mundo está em crise desde 2008, se pegarmos o século passado, podemos dizer que tivemos mais crises que anos sem crise. O que é crise? No século passado tivemos duas Guerras Mundiais, só elas são 10 anos do século inteiro. Sem falar na maior crise moderna do capitalismo, a de 1929. Só saímos dela já na Segunda Guerra Mundial, quer dizer 10 anos de crise.

Boa parte dos historiadores tem dificuldade para definir o termo crise, alguns dizem, o processo histórico é uma crise ou marcado pela crise. Quer dizer, os homens estão sempre envoltos com as limitações e as dificuldades do mundo real, e sempre procurando soluções.

Podemos falar em crise de um modo de vida, de um sistema econômico ou de uma organização. Se definirmos o que seria sua existência fora da crise.

Alguns dizem que a crise se caracteriza pela aceleração do processo histórico, pelo aumento da velocidade das mudanças. Enfim, crise é só mais um termo usado de forma pouco clara, por gente pouco capaz de entender como a história da humana é de fato exercida.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 5:24 pm
por Túlio
Pregão da BOVESPA encerrado em +5,09%. 8-]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 5:33 pm
por Slotrop
E ai, bora comprar mmx e llx? Quem arrisca?

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 5:37 pm
por PRick
Depois de tanta coisa sobre a crise e o rebaixamento da nota de crédito dos EUA, leio algo interessante, esse aí eu tiro o chapéu, que texto brilhante, além de tudo mantém o bom humor. :mrgreen: :mrgreen:
Arturo Bris e Salvatore Cantale, professores de finanças do IMD
Apertem os cintos, o piloto sumiu!

Porque o rebaixamento dos Estados Unidos é completamente irrelevante para os investidores

09/08/2011 16:22

O rebaixamento dos EUA pela Standard and Poors (S&P) lembrou uma cena do filme “Apertem os cintos, o piloto sumiu!”. A comissária de bordo informa os passageiros que o vôo saiu ligeiramente da rota em cerca de meio milhão de milhas, que um asteróide está prestes a colidir com a aeronave e que eles não podem mudar de curso porque estão voando sem um sistema de navegação. Os passageiros reagem com grande indiferença ao anúncio. No entanto, quando logo em seguida o atendente diz: "... e também estamos sem café", o pânico se instala, um motim explode dentro do avião, e é um caos total.

A S&P reduziu o rating de crédito soberano dos EUA de AAA para AA+, com a justificativa de que a decisão é baseada em argumentos político e fiscal. A agência acredita que a luta política que vem ocorrendo nos últimos meses faz com que o governo norte-americano fique "menos estável, menos eficaz e menos previsível." E que o plano fiscal fechado em 2 de agosto está aquém do tamanho e escopo.

Esta nova informação foi nova para alguém? Além do rebaixamento em si, o rebaixamento não é novidade! Todos os argumentos que são apresentados pela agência de classificação de risco já eram velhos conhecidos – ou estavam amplamente disponíveis - tanto de investidores individuais e institucionais, ou seja, o mercado. Ainda pior: o Tesouro alegou que o downgrade é baseado em dados falhos! A provocação política vem acontecendo há meses e tem sido bem acompanhada pela mídia e comentaristas. A solução das questões culminou com a Emenda de Controle do Orçamento de 2 de agosto, que já estava disponível aos participantes no mercado e provavelmente também já havia sido digerida pelo mercado. Entre 02 de agosto e 08 de agosto, o índice S&P500, de Nova York, perdeu cerca de 160 pontos, cerca de 13% do seu valor.

A única notícia, portanto, foi que a S&P finalmente decidiu agir e rebaixar os EUA. É isso aí. Mesmo que o evento seja por si só "histórico", porque a reação foi histérica? E o que explica a reação surpreendentemente diferente de ações e mercados de títulos?

O preço da dívida dos EUA, a mesma dívida que a agência rebaixou, tem subido desde 5 de agosto! O rendimento dos títulos dos EUA diminuiu 22 pontos-base de 2 agosto a 8 agosto (e o mesmo aconteceu para os outros dez maiores emissores de dívida da OCDE, com exceção do Japão). O rebaixamento, que, em uma última análise é uma declaração sobre a possibilidade de inadimplência dos Estados Unidos, não mudou fundamentalmente a percepção dos investidores em relação à solvência da dívida americana (e com razão, já que uma classificação AA+ ainda denota uma probabilidade muito remota de inadimplência).

Irrelevante

Em nossa opinião, o rebaixamento dos EUA é completamente irrelevante do ponto de vista dos investidores. Há três razões para isso. Mais provável, alguns investidores institucionais reavaliaram a possibilidade de trocar a dívida dos EUA pela de outros países. Mas qual? Mesmo quando comparada com a da Alemanha ou França, a dívida dos EUA não parece muito arriscada, e com a zona do Euro (e o Euro) em apuros, vender dívida dos EUA para comprar a francesa ou alemã pode não ser uma idéia tão boa caso se leve em conta o risco cambial.

De fato, considerando que a maioria dos detentores de dívida dos EUA é formada por (i) outros governos, (ii) fundos de pensão e fundos mútuos, e (iii) empresas de seguros, e considerando que (com exceção dos fundos de investimento), esses investidores seguram os títulos até o vencimento , entendemos por que o mercado de títulos reagiu bem ao anúncio da S&P.

Segundo, o tamanho do mercado de dívida de governos com rating AAA pode não ser grande o suficiente para satisfazer o apetite de investidores de títulos com medo dos EUA. Atualmente, o tamanho da dívida da França, Alemanha e Reino Unido juntos, não é chega a 60% do tamanho da dívida americana. Ou seja, não há alternativa aos títulos dos EUA. É claro, os governos não são a única opção disponível para os gestores de títulos, mas ainda assim o nosso ponto é que o impacto econômico de se fazer um rebalanceamento de carteiras ficou muito caro.

Por último, especialmente para os investidores dos EUA, a idéia de troca de dívida dos EUA por alguns outros títulos de crédito governamentais (ou não) levanta o problema do risco cambial ea questão da deterioração dos rendimentos em função dos efeitos do câmbio.

Ainda assim, para ações, o relatório da agência de crédito teve um impacto muito negativo. O efeito foi devastador no mundo. Por que uma reação tão diferente? Como muitas vezes em questões complexas, muitas explicações estão em jogo, e dessa vez não é diferente.

Uma razão teórica para o ataque de pânico nos mercados de ações é a volatilidade e os erros de cálculo gerados pela falta de um ativo livre de risco nos mercados financeiros mundiais. "Se o governo dos EUA não está mais livre de riscos, o que é então?" É uma questão que alguns de nossos alunos têm feito. "Não é verdade que, se não houver segurança isenta de riscos na economia, a teoria de precificação de ativos não funciona?", tem sido outra questão. Bem, a teoria de finanças é robusta, mesmo na ausência de uma referência livre de risco, pois há substitutos simples (uma posição totalmente protegida num mercado arriscado) para um título sem risco.

Analistas financeiros têm afirmado que, se o governo norte-americano encontrar um ambiente mais caro para se financiar, financiamento deve também se tornar mais caro para as empresas. No entanto, o rendimento dos títulos dos EUA diminuiu, não aumentou, e não há nenhum sinal proveniente do Federal Reserve sobre aumento iminente da taxa de juros.

Finalmente, a volatilidade do mercado é o resultado da crescente incerteza sobre o futuro. Verdade, mas como dizemos, o rebaixamento não aumentou nem diminuiu tal incerteza. A probabilidade de um duplo mergulho já era alta na semana passada, e ainda assim os mercados não entaram em pânico.

Qual é a nossa explicação para o que está acontecendo? Devemos primeiro perceber que a mídia teve uma reação exagerada ao rebaixamento da última sexta-feira e, com isso, o público também. Gurus famosos que previram vinte crises nos últimos 10 anos nos advertiram sobre "outra recessão", "uma tempestade perfeita", um "aprofundamento da crise global", "Armageddon" e assim por diante. Estas são coisas que temos lido ou ouvido apenas nos últimos três dias. Esse pânico foi fabricado. É uma resposta irracional. Estamos em uma crise, mas a crise não é global: os EUA estão em apuros, como Grécia e Espanha e Itália em breve estarão. Mas países como Alemanha, Israel e Holanda estão crescendo a taxas estelares, a China deve crescer cerca de 9% em 2011, e empresas como a Intel ea Porsche têm reportado lucros recordes no segundo trimestre de 2011.

A desclassificação da dívida dos EUA tem sido um não-evento, e a venda maciça de ativos que a seguiu é apenas uma reação exagerada à notícia de que "estamos sem café".

IMD Business School é uma escola global de finanças, localizada em Lausanne, na Suíça
http://economia.ig.com.br/mercados/aper ... 10893.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 6:01 pm
por P44
Na senda do belo texto humoristico colocado pelo Prick :mrgreen:
EUA iniciam “Era de austeridade“ e apenas poderão invadir um país e começar apenas uma guerra nesta década
Por António Marques


Os EUA entraram em austeridade. Obama anunciou cortes e decretou que os funcionários da Casa Branca trabalhem sem gravata, poupando no ar condicionado.
Imagem

Além desta principal medida de contenção de despesa, há outras. Os EUA têm armas para destruir o mundo 10 mil vezes, mas a poderosa indústria de armamento, a Fenprof lá do sítio, queria que os EUA destruíssem o mundo 50 mil vezes. Obama cortou o orçamento militar e os EUA apenas podem destruir o mundo 5 mil vezes! Os EUA deixam de financiar golpes de estado, pondo no poder fantoches, como o General Noriega do Panamá, que asseguram, a troco de milhões para a sua conta pessoal, a protecção dos interesses dos EUA. Durante 3 anos, os EUA não podem invadir nenhum país, pelo que o governo dos EUA, pela 1ª vez na história, apenas governará os EUA (o Iraque não conta, já é o 51º Estado) . Esta notícia pode ser lida na íntegra no blogue Arrastão. A.M

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 7:22 pm
por Carlos Mathias
:lol: :lol: :lol: :lol:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 7:49 pm
por Vitor
É tão sem lógica a política de juros zero, tão estúpida que é totalmente compreensível que políticos e economistas do mainstream a adotem.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 8:08 pm
por delmar
Slotrop escreveu:E ai, bora comprar mmx e llx? Quem arrisca?
É só para quem gosta de fortes emoções.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 8:18 pm
por PRick
delmar escreveu:
Slotrop escreveu:E ai, bora comprar mmx e llx? Quem arrisca?
É só para quem gosta de fortes emoções.
A bolsa para quem não entende, é bom para investimento de maior prazo, com a compra de ações de estatais e bancos. Para ser especulador tem que antes estudar bem o movimento das ações, os balanços das empresas, etc.. Se dedicar a isso, dá para ganhar muita grana, agora, não é coisa para amador iniciante.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 8:36 pm
por delmar
"Professor" Prick, nós estamos falando das ações da MMX e da LLX especificamente. Não estamos tratando das ações de bancos, estatais ou grande empresas (Vale, Gerdau, etc..). A MMX valia algum tempo atras $14,00, agora está em$6,00. A LLX valia $10,00 agora está em $3,00. Se alguém acreditar que elas podem voltar a subir num médio prazo é uma oportunidade de investir. De minha parte agradeço, não coloca nem um vintém aí.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 8:39 pm
por PRick
delmar escreveu:"Professor" Prick, nós estamos falando das ações da MMX e da LLX especificamente. Não estamos tratando das ações de bancos, estatais ou grande empresas (Vale, Gerdau, etc..). A MMX valia algum tempo atras $14,00, agora está em$6,00. A LLX valia $10,00 agora está em $3,00. Se alguém acreditar que elas podem voltar a subir num médio prazo é uma oportunidade de investir. De minha parte agradeço, não coloca nem um vintém aí.

Pois é, mesmo para um ação específica, o problema é saber qual seria o valor real dessas ações. Saber avaliar a saúde da empresa, etc.. Não dá para chutar essas coisas, tem que estudar o mercado, e as empresas para sair comprando ações de segundo time.

[]´s

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 9:25 pm
por Slotrop
LLX chegou a centavos em 2008, MMX chegou perto disso, quem comprou perto da minima teve um lucro extraordinário.

Essa conversa de longo prazo em bolsa no Brasil é coisa de quem ficou com dinheiro preso la por que não realizou o prejuizo quando deveria ou papo de corretor. O negocio é trabalhar com stop gain e stop loss, lucrou no objetivo vendeu, chegou no maximo prejuizo, vendeu tb.

Quem botou dinheiro na bovespa antes de 2008 quando ela tava em quase 70k pensando em longo prazo se f*d*u, quem botou dinheiro final do ano passado com o mesmo objetivo se f*d*u de novo.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Ago 09, 2011 9:49 pm
por Vitor
O problema com a bolsa de valores é um problema na própria teoria econômica dominante. A ideia que a quantidade de dinheiro tem que sempre crescer e que tudo vai ta valendo mais e que tudo na bolsa teria uma obrigação de valer mais a longo prazo.

Ninguém investe realmente nessa tal de "bolsa", o que a pessoa faz é investir em empresas, algumas empresas crescem, outras vão a falência. Quem vai nessa de investir em um "bolo de empresas" e achar que existe alguma lei da física que dita que no geral a maioria cresça, vai ficar levando muito susto.