Operações Policiais e Militares
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
PQD, compreendo sua insatisfação e revolta.
Todavia, o emprego das FFAA ñ deveriam comportar o uso de combate à violência urbana, ao menos não preliminarmente. Só deveria ocorrer em casos de turbamulta onde a ordem geral constitucional estaria em grave risco.
O empréstimo da ajuda logística, das FFAA às instituições policiais, é ampla e verdadeiramente imprescindível.
Há instrumentos que só podem ser usados por militares e que podem ser ceddidos, com direção de militares em seus comandos, às polícias.
Quanto ao descaso, inclusive na questão salarial, isto sou seguramente de acordo.
Tenho familiares militares e acho degradante a relação entre o estudo, o emprego do tempo exclusivo, em concomitância discrepante com o que recebem e no que são valorizados.
Coisas de Pindorama.
Todavia, o emprego das FFAA ñ deveriam comportar o uso de combate à violência urbana, ao menos não preliminarmente. Só deveria ocorrer em casos de turbamulta onde a ordem geral constitucional estaria em grave risco.
O empréstimo da ajuda logística, das FFAA às instituições policiais, é ampla e verdadeiramente imprescindível.
Há instrumentos que só podem ser usados por militares e que podem ser ceddidos, com direção de militares em seus comandos, às polícias.
Quanto ao descaso, inclusive na questão salarial, isto sou seguramente de acordo.
Tenho familiares militares e acho degradante a relação entre o estudo, o emprego do tempo exclusivo, em concomitância discrepante com o que recebem e no que são valorizados.
Coisas de Pindorama.
- PQD
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Bope muda cor e o caveirão contra o tráfico
Breno Costa e Renato Grandelle
Encarado pelo governo como a ponta de lança das megaoperações executadas em favelas da cidade, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) busca se consolidar como o grande trunfo operacional da atual política de segurança. Para isso, uma recauchutagem está em curso na tropa de elite da PM. A mais emblemática das mudanças está na vestimenta de parte dos 400 soldados da tropa. O característico uniforme preto será aposentado até o ano que vem. Em seu lugar, a polícia desenvolve um uniforme camuflado, com base em tecnologias computadorizadas semelhantes às que formataram as fardas usadas em combate pelo Exército americano no Iraque. A mudança é estratégica.
- Estamos desenvolvendo um uniforme adequado para o cenário que encontramos hoje em operações de alto risco, nas favelas - explica o comandante do Bope, tenente-coronel Alberto Pinheiro Neto.
Segundo ele, a cor do fardamento ainda não está definida, mas vai se confundir com os tons marrons característicos das construções das favelas. Os técnicos que avaliaram o uniforme atual do Bope concluíram que a cor preta acentua a silhueta dos policiais e os tornam alvos mais vulneráveis. O uniforme negro, contudo, continuará sendo usado pelos policiais que atuam em casos de resgate de reféns. Um terceiro tipo de farda, também já existente, é usada para ações em matas.
Estratégica, também, é outra quebra de paradigma na unidade especial. Os quatro veículos blindados do Bope, que foram adotados em 2002 e imediatamente ganharam o apelido de caveirão devido ao símbolo estampado no centro da lataria do veículo, não vão escapar da renovação pela qual passa a unidade. O contraste entre o preto do veículo e a caveira branca, segundo análises técnicas feitas pela polícia, é estrategicamente falho: ele facilitaria a mira de fuzis contra o blindado.
- A tropa vai analisar qual é a melhor cor para o blindado, e como deve ser pintado para que não sirva como um alvo fácil para os bandidos - revela o comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Ângelo.
O novo layout dos caveirões já deve estar presente nos cinco novos blindados que a unidade pretende adquirir no ano que vem. Um modelo israelense está entre os analisados pela Secretaria de Segurança. As especificações já estão definidas: os caveirões terão maior altura em relação ao solo, tração nas quatro rodas, refrigeração interna e blindagem capaz de suportar tiros de metralhadoras antiaéreas.
De maneira geral, segundo os comandantes da PM e do Bope, as mudanças previstas para o ano que vem não têm o objetivo de rever a imagem da unidade, mas simplesmente melhorar a eficiência das ações policiais e a segurança da tropa. No caso dos novos uniformes, por exemplo, a equipe que coordena os estudos vai considerar fatores como o tipo de tecido, a capacidade de absorção de calor e até a visibilidade diurna e noturna dos modelos.
Apesar da mudança na embalagem, o uso do caveirão, muito condenado por ONGs ligadas à defesa dos direitos humanos, segue fora de discussão. Satisfeita por ter provado, nas incursões pelo Complexo do Alemão, que o veículo é alvo de tiros muito antes de atirar, a PM esforça-se para aumentar a popularidade do blindado nas comunidades. A mudança da cor não deixa de ser um passo nesse sentido.
- É complicado precisar de um caveirão - admite o coronel Ubiratan. - Mas não quero que um garoto que more em uma comunidade tenha medo do blindado.
Breno Costa e Renato Grandelle
Encarado pelo governo como a ponta de lança das megaoperações executadas em favelas da cidade, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) busca se consolidar como o grande trunfo operacional da atual política de segurança. Para isso, uma recauchutagem está em curso na tropa de elite da PM. A mais emblemática das mudanças está na vestimenta de parte dos 400 soldados da tropa. O característico uniforme preto será aposentado até o ano que vem. Em seu lugar, a polícia desenvolve um uniforme camuflado, com base em tecnologias computadorizadas semelhantes às que formataram as fardas usadas em combate pelo Exército americano no Iraque. A mudança é estratégica.
- Estamos desenvolvendo um uniforme adequado para o cenário que encontramos hoje em operações de alto risco, nas favelas - explica o comandante do Bope, tenente-coronel Alberto Pinheiro Neto.
Segundo ele, a cor do fardamento ainda não está definida, mas vai se confundir com os tons marrons característicos das construções das favelas. Os técnicos que avaliaram o uniforme atual do Bope concluíram que a cor preta acentua a silhueta dos policiais e os tornam alvos mais vulneráveis. O uniforme negro, contudo, continuará sendo usado pelos policiais que atuam em casos de resgate de reféns. Um terceiro tipo de farda, também já existente, é usada para ações em matas.
Estratégica, também, é outra quebra de paradigma na unidade especial. Os quatro veículos blindados do Bope, que foram adotados em 2002 e imediatamente ganharam o apelido de caveirão devido ao símbolo estampado no centro da lataria do veículo, não vão escapar da renovação pela qual passa a unidade. O contraste entre o preto do veículo e a caveira branca, segundo análises técnicas feitas pela polícia, é estrategicamente falho: ele facilitaria a mira de fuzis contra o blindado.
- A tropa vai analisar qual é a melhor cor para o blindado, e como deve ser pintado para que não sirva como um alvo fácil para os bandidos - revela o comandante-geral da PM, coronel Ubiratan Ângelo.
O novo layout dos caveirões já deve estar presente nos cinco novos blindados que a unidade pretende adquirir no ano que vem. Um modelo israelense está entre os analisados pela Secretaria de Segurança. As especificações já estão definidas: os caveirões terão maior altura em relação ao solo, tração nas quatro rodas, refrigeração interna e blindagem capaz de suportar tiros de metralhadoras antiaéreas.
De maneira geral, segundo os comandantes da PM e do Bope, as mudanças previstas para o ano que vem não têm o objetivo de rever a imagem da unidade, mas simplesmente melhorar a eficiência das ações policiais e a segurança da tropa. No caso dos novos uniformes, por exemplo, a equipe que coordena os estudos vai considerar fatores como o tipo de tecido, a capacidade de absorção de calor e até a visibilidade diurna e noturna dos modelos.
Apesar da mudança na embalagem, o uso do caveirão, muito condenado por ONGs ligadas à defesa dos direitos humanos, segue fora de discussão. Satisfeita por ter provado, nas incursões pelo Complexo do Alemão, que o veículo é alvo de tiros muito antes de atirar, a PM esforça-se para aumentar a popularidade do blindado nas comunidades. A mudança da cor não deixa de ser um passo nesse sentido.
- É complicado precisar de um caveirão - admite o coronel Ubiratan. - Mas não quero que um garoto que more em uma comunidade tenha medo do blindado.
- Pablo Maica
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Estava mais do que na hora de reverem a funcionalidade dos uniformes. A cor preta absorve 40% mais de calor do que às mais claras. Além do mais, com exceção das incursões noturnas e de baixíssima luminosidade, é uma furada.
O BOPE é uma referência só nacional, mas mundial em tropa de combate urbano. Se o governo investisse atenção, grana, equipamentos, e incentivos aos componentes, ele mandaria mais vagabas jogar sinuca com o capeta.
O BOPE é uma referência só nacional, mas mundial em tropa de combate urbano. Se o governo investisse atenção, grana, equipamentos, e incentivos aos componentes, ele mandaria mais vagabas jogar sinuca com o capeta.
- rodrigo
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Mesmo nas noturnas, o uniforme preto destaca a silhueta, o ideal seria cinza escuro.Além do mais, com exceção das incursões noturnas e de baixíssima luminosidade, é uma furada.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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O que ela quer da gente é coragem."
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- rodrigo
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Ouvi uma vez, de um naval, que foram fazer uma incursão em uma favela, em busca de uma arma roubada, e ficaram horas ouvindo tiros, e os navais rastejando pra lá e pra cá, depois capturaram o ´´atirador``, que era o fogueteiro da favela soltando rojões para avisar sobre a chegada dos ´´homi``. O FAL roubado nunca foi recuperado.
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