Fórum Defesa Brasil

cabeça de martelo escreveu: ↑Sex Set 06, 2024 1:57 pm
Isto é o que acontece quando se deixa de ter um sistema misto (a minha Brigada não aceitava pessoal do SMO) para um sistema que é pseudo-profissional e mal pago. Em Espanha não havia falta de pessoal!

cabeça de martelo escreveu: ↑Sex Set 06, 2024 1:57 pm Verdade seja dita, este governo tem se mexido nesse aspecto e agora há Quadro Permanente para as três classes e os salários vão aumentar várias centenas de euros!

Sem querer me meter na conversa de vocês, mas, o SMO no Brasil de obrigatório só tem mesmo o nome.

Há tão poucas vagas nas três forças, que quem quer servir, porque tem afinidade com o negócio, precisa fazer uma certa força para entrar, dado que a grande maioria dos jovens de 18 anos quer mais é distância de serviço militar. Principalmente nos grandes centros urbanos e nas regiões mais desenvolvidas do país.

Porém, onde impera a miserabilidade nossa de cada dia, bom, o SMO ainda é a garantia mais acessível para ter um teto, cama, comida e roupa lavada, mesmo que por pouco tempo. E ainda leva um troco por fora, se o sujeito for esperto o suficiente para não desagradar ninguém acima dele enquanto estiver no serviço.

Em termos tecnológicos, o tanque mais "arretado" que o EB poderia colocar as mãos.
Basta uma modificação honesta e lógica no RFI\RFQ e teremos o CC mais fuderoso de todos os países abaixo da linha do equador.
Melhor aproveitar enquanto os italianos agora parecem dispostos a investir nele, ao invés de gastar dinheiro no Ariete C2 ou coisa pior. Até o Linx 41 entra no meio do negócio.
E até sem os italianos, poderíamos comprar a patente deste CC e fazer ele aqui sob contrato da KWM, que com certeza não faria bico para tal negócio, uma vez que o lançamento do KF-51 no Brasil seria o ponta pé inicial para muitas outras vendas ao exterior. Ganhamos de qualquer jeito.
Aliás, entre o KF-41 e o KF-31, com motor menos potente, mas que faz o mesmo serviço e é mais barato, prefiro este último.

E para não sobrar qualquer dúvida em ninguém lá fora de que somos totalmente peidados da cabeça, e completar a família, adotamos também esse menino aqui, para ele não se sentir sozinho e desprezado para os RCB.

Um adendo no que diz respeito à família KF-51 Panther, é que o modelo já conta ao menos com duas versões em desenvolvimentos e\ou operacionais com base na mesma plataforma. Um veículo de engenharia, o Kodiak e o mais recente Keiler NG.


Keiler NG


Kodiak

Ao menos no que tange as VBE da futura VBC CC, o KF-51 tem a seu favor apresentar junto consigo ao menos dois modelos que podem substituir os atuais Leo 1A5 VBE.

Falta ainda um modelo lança ponte e outro de recuperação para completar a família, o que penso não demora a acontecer.

Sonhando muito acordado, se uma brigada blindada do EB passar a ser composta por 65 CC e 78 IFV SL, ou seja,1 RCC e 1 BIB, tal como proposto no atual processo seletivo, seria interessante buscar a ampliação do número de brigadas ao longo do país. No caso, os RCB das Bda Cav Mec seriam extintos.

Deste modo, a meu ver, seria possível pensar no longuíssimo prazo (+30 anos) em 13 brigadas blindadas a considerar de acordo com a seguinte distribuição:

CMNE - 4 bda blda
CMP - 1 bda blda
CML - 2 bda blda
CMS - 2 bda blda
CMO - 2 bda blda
CMN - 1 bda blda
CMA - 1 bda blda

Total VBC CC = 845
Total VBC FUZ = 1.014

Os números podem parecer até exagerados para a nossa pífia realidade, e de fato o são. Mas devemos lembrar também que o mundo parece se encaminhar, novamente, para mais um daqueles conflitos existenciais em que "quem não se declarar meu amigo automaticamente é meu inimigo." Como das duas outras vezes.

Nestes momentos, ter forças armadas capazes e efetivas para defender nossos interesses, inclusive o de ficar eternamente em cima do muro, é impositivo e mandatório.

O que fazer para que desta vez seja diferente

Sinceramente eu não sei, e não consigo pensar em nada, olhando para o nosso futuro em qualquer prazo visível.

Em uma das matérias do Paulo Bastos para a T&D sobre a VBC CC, é afirmado que a Norinco ofereceu duas propostas em relação ao VT-4. Uma, vender o projeto do CC ao exército, e dois, colaborar no projeto e desenvolvimento de um canhão de 120mm tal como está nos RO emitidos.

No caso da venda do projeto do VT-4 ao exército, teríamos a meu ver dois problemas principais. O primeiro, e mais difícil de resolver, seria a ocidentalização completa da viatura com equipamentos e sistemas no padrão OTAN\STANAG, visto que o bldo chinês na sua atual configuração não atende a este padrão. O segundo problema, seria derivado daquele, que é onde arrumar engenheiros e empresas na BIDS e na indústria nacional com experiência e capacidade de trabalhar na nacionalização de um MBT importado.

O blindado em si pode ser separado em quatro grandes blocos de projeto, quais sejam: 1. mecânica e hidráulica, 2. eletroeletrônica, 3. sistemas C4ISR e 4. armamento. Cada um destes sistemas exigiria do EB uma série de soluções materiais que dificilmente seriam encontradas aqui mesmo no Brasil, ainda que tivéssemos a liberdade de negociar com quaisquer fornecedores estrangeiros estabelecidos no país.

Em resumo, mesmo que a Norinco nos vendesse o projeto do VT-4, seria necessário um tal montante de recursos e alterações a fim de deixar o bldo dentro dos padrões dos RO e RTLI do exército que o custo de todo esse trabalho talvez não valesse a pena, em face da compra pura e simples do mesmo.

No caso da troca do canhão para o modelo 120mm padrão OTAN, o desenvolvimento desta peça específica para o EB, a meu ver, seria necessário modificar tanto a torre, como o sistema de carregamento, o que exigiria mudanças internas do layout e configuração do veículo, dado o atual sistema automático que possui, com a munição toda estocada logo abaixo do piso onde fica a tripulação. Pode até parecer uma mudança meramente cosmética a troca do tubo, mas ao olhar os detalhes, nota-se que não é tão fácil assim quanto se possa supor.

Bom, seja como for, a adoção do VT-4 conforme as ofertas emanadas pela empresa chinesa forçaria o EB a uma série de investimentos que tornariam no longo prazo a plataforma uma opção talvez mais cara do que outras já prontas e disponíveis no mercado, mas com preços muito acima do que o orçamento verde oliva é capaz de suportar. Decisões difíceis à frente o exército tem a tomar.

Vem aí um grande concorrente para os programas VBC CC e VBC Fiz.

https://www.forte.jor.br/2024/10/15/leo ... na-europa/

Se a Itália fechar com os bldos alemães as chances deles sobem exponencialmente junto ao EB.

A ver como, e se, eles adaptam isso à uma eventual proposta ao exército.

Muitas coisas acontecendo nos bastidores

https://caiafa.blogspot.com/2024/10/202 ... e.html?m=1

Sei que este vídeo contém muito "eufanismo", dados e histórias errados e etc...
Mais é de verás frustrante observar algumas boas oportunidades perdidas!



Sei que alguns aqui tem certo preconceito com este canal do YouTube, mais é sempre deprimente ver alguns bons projetos financiados com dinheiro público se abandonados sem explicações ou motivos factiveis.

É um país condenado, não porque o foi, mas porque se condenou a ser eternamente essa colônia medíocre, alienada e insolúvel do mundo desenvolvido.

Seremos o eterno país do futebol, do carnaval, da putaria e das novelas. Destinado a ser subalterno e inferior em tudo que não seja assunto de relevância para quem decide para onde vai a humanidade.

Viva-se com isso.

O agro é pop, o agro é tech, o agro é lucro... o agro é tudo. E não precisamos de nada além disso.

K-2EX

At the Eurosatory 2024 arms show in Paris, South Korean defense firm Hyundai Rotem unveiled the K2EX, an upgraded version of the K2 Black Panther main battle tank (MBT). The K2EX features an improved active protection system (APS) and a remotely operated weapons system (ROWS) for the commander's machine gun.

https://nationalinterest.org/blog/buzz/ ... ter-211518

Cada dia melhor, mais sofisticado, mais tecnológico, mais pesado, e mais, muito mais, caro.

As opções do EB a cada dia que passa sem uma decisão tornam-se menores e piores. E igualmente caras.

Ninguém vai permitir produção sob licença e nacionalização só para 65 unidades. Mas, o meu devaneio descrito no posto acima, com 845 CC pode tornar o negócio possível e viável.

A pergunta é: com quem o EB se amarra nos próximos 50 anos em um eventual negócio como esse?

Alemanha? Itália? Coréia do Sul? França? China? Turquia? Japão?

As opções estão ficando cada vez mais restritas e os custos aumentando em escala exponencial.

E quanto mais demoramos, pior fica.

O K2 virou um KF41 da vida, ele é o que o cliente quer. O K2-M já atenderia demais nossas necessidades, com peso base de 55 toneladas para combate, podendo ir a 62 toneladas com os kits de blindagem modular. Talvez só adicionarmos um quarto assento onde fica o rack de munições no chassis e substituir por MRPs instaladas nas laterais já seria o ideal, são até 22 projéteis no autoloader.

Aposto que ainda sai mais barato e com possibilidade de produção nacional do que qualquer outra coisa que não seja Chinês e Russo.

O emprego de carregador automático está praticamente descartado em qualquer CC que for escolhido, vide os RO da VBC CC e, também, o Centauro II.
Então, tirando isso e muito provavelmente sistemas APS, que também são opcionais, o exército vai ter um desconto relativo no preço final do que escolher.
E não duvido que deixem o bldo escolhido mais pelado ainda tentando baratear o máximo possível essa compra.
Dizem por aí que as vezes o barato sai caro.

Descartado? Ora, estava em requisitos desejados.