FIGHTERCOM escreveu:Penguin escreveu:
Gabriel,
Vc não tem como comparar diversos parâmetros de desempenho de caças contemporâneos e de sues sistemas. Sabe por que? Eles não estão disponíveis ao público. É informação sigilosa. Logo, vc e nenhum forista ou site de entusiasta, como o APA Austrália, têm condições de afirmar qual é o melhor caça.
Já a FAB ou potenciais clientes obtêm informações sobre esses caças que vc nem sonha. Mas legalmente não podem divulgar.
Agora, escolher o que vc mais gosta e ACHAR que um determinado caça é o melhor, isso é um direito seu ou de qualquer um. Porém, tenha em mente que isso não passa de ACHISMO. E rende debates intermináveis nos quais é impossível provar a maioria das coisas que são ditas.
[]s
Santiago,
Só para complementar. Sugeri ao colega Gabriel que fizesse a leitura do tópico do FX-2 para que encontrasse os excelentes comentários do usuário Sapão sobre a avaliação de caças. Num desses posts ele cita algumas das variáveis utilizadas no processo de avaliação. Além disso, ele ressalta que as informações disponíveis na internet são para condições ideais e que as métricas utilizadas pelos fabricantes não são as mesmas. Seria o mesmo que querer comparar um melão com um abacaxi.
As informações apresentadas pelo usuário Gabriel não podem ser utilizadas para uma comparação, uma vez que o mesmo não têm como comprovar a veracidade das mesmas e tão pouco atestar que as mesmas foram obtidas nas mesmas condições. Isto não significa que estes dados não possam ser utilizadas num debate, mas daí usá-las para afirmar que um equipamento é superior ao outro é bem diferente. Diria que é um equívoco.
Esses equívocos são normais e muito frequentes em usuários novatos. Porém, acredito que um dia ele possa amadurecer e perceber que quando se trata de equipamentos militares, qualquer afirmação acerca das qualidades do mesmo deve ser precedida de cautela. Quando esse dia chegar, ele poderá contribuir de forma positiva para os debates.
Abraços,
Wesley
O fórum de debates é aberto a todo tipo de discussão. Seja sobre nuances políticas, estratégicas, financeiras, logísticas e sobre capacidades técnicas.
Apenas gostaria de lembrar que as decisões da COPAC ou de qualquer outra equivalente em outros países está TOTALMENTE ATRELADA à um conjunto de DESEJOS que foram planejados.
Quando a COPAC seleciona um caça vencedor, ou 3 caças finalistas (como fez), isto não representa que são os 3 com melhor capacidade de combate.
Uma prova disso é que foi divulgado um relatório que dizia que o Gripen ficou em primeiro lugar, o Super Hornet em segundo lugar e o Rafale em terceiro lugar.
E na Índia, o Gripen e o Super Hornet nem sequer foram finalistas e o Rafale venceu a concorrência (1º lugar).
Isto quer dizer que a FAB é boa e a força aérea indiana não? Ou o contrário?
Nenhum dos dois. As avaliações são diferentes.
No caso da avaliação do Brasil, foi divulgado que Custo de Aquisição e Custo de Operação representavam 50% da nota total.
Depois que o Jobim pediu para mudarem os PESOS da avaliação, para atender o que preconizava a END, e itens como tots, offsets e risco tiveram o peso ampliado e itens como custos tiveram o peso reduzido, o Rafale pulou de último para primeiro colocado.
No caso suíço ficou claro que a decisão foi pelo caça de menor CUSTO e que além de atender às necessidades militares do país, também contribuiria com a indústria.
No caso indiano, a questão dos custos foi deixada apenas para ser avaliada entre os finalistas.
Portanto, apenas para concluir.
Podemos sim discutir sobre as capacidades militares dos caças.
A opinião de entusiastas e pesquisadores, desde que bem fundamentadas, podem mostrar muito mais sobre as capacidades dos caças e comparativos do que decisões de compra realizadas por forças aéreas, pois como sabemos, estas decisões não estão totalmente atreladas ao caça de maior poder de combate e sim a um conjunto enorme de variáveis que pode ser desde o mais barato, o que entrega mais tecnologias, o que é produzido pelo país X ou Y, por ideologia, por amizade, por alianças políticas, etc.