Re: FAB NEWS
Enviado: Sex Dez 07, 2012 8:26 am
Interessante, o que contemplará?
Abraços,TECNOLOGIA - Força Aérea terá sistema nacional de datalink para comunicação entre aeronaves
A Força Aérea Brasileira assinou nesta quinta-feira (6/12) o contrato para o desenvolvimento do "Link BR2", tecnologia que vai permitir os aviões trocarem dados entre si em pleno voo. O acordo com a empresa Mectron, de São José dos Campos (SP), prevê que até 2016 o sistema deverá estar instalado em quatro caças F-5M, quatro A-29 e dois E-99, além de estações em solo, inclusive para uso do Exército e da Marinha. O planejamento prevê instalar o Link BR2 futuramente em um maior número de aeronaves, além de outros modelos, como helicópteros, aviões de patrulha e de reabastecimento em voo.
"O sistema de datalink é um multiplicador de força para qualquer Força Aérea", afirmou o Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), organização da FAB responsável por projetos de aquisição. O Link BR2 vai integrar mais aeronaves da Força Aérea em uma só rede, diferente dos modelos atualmente em uso, que são restritos a aeronaves específicas. Com o novo datalink será possível, por exemplo, um piloto conseguir visualizar todos os dados captados pelo radar de outro avião.
O Brigadeiro Baptista Júnior lembrou ainda que o contrato assinado envolve não apenas a aquisição do sistema, mas o seu desenvolvimento no Brasil. "É uma oportunidade para a indústria nacional, para que a gente traga não somente a fabricação do hardware, do rádio, daquilo que é fabricado, mas principalmente que a gente traga a inteligência que está dentro deste processo do datalink", explicou.
Já o presidente da Mectron, Gustavo Ramos, ressaltou que este contrato é importante para assegurar o desenvolvimento do Brasil na área de tecnologia. "É uma condição sine qua non fazer o desenvolvimento no Brasil para que a indústria nacional de defesa possa ter essa competência, atender a essas necessidades, absorver tecnologia com garantia de segurança nacional e depois exportar para outros países e crescer ainda mais", disse.
SAIBA MAIS - Leia a seguir entrevista com o Coronel-Aviador Francisco Guirado Bernabeu, um dos gerentes do projeto Link BR2, e o Coronel-Aviador Flávio Luis de Oliveira Pinto:
Agência Força Aérea - Qual a vantagem de uma aeronave utilizar datalink?
O datalink hoje representa um grande diferencial para uma Força Aérea, especificamente para aeronaves de combate, porque permite que elas troquem informações, por dados, sem a necessidade de comunicação por voz. Isso agiliza a comunicação entre os pilotos e aumenta muito a consciência situacional.
Agência Força Aérea - Como, na prática, ele pode ser utilizado?
Por exemplo, a síntese radar do E-99, uma aeronave que tem um radar bastante poderoso, pode ser repassada para um piloto de A-29, de maneira que este tenha condições de visualizar outras aeronaves, mesmo sem ter um radar à bordo Isso evita que o operador do E-99 e o piloto do A-29 tenham que estabelecer comunicação por voz.
Agência Força Aérea - E o Link BR2 serve para transmitir imagens também?
Serve. É possível a transmissão de imagens óticas ou de outros tipos de sensores, além de também mandar texto, o que também traz um grande ganho operacional. Uma aeronave pode enviar a imagem de um alvo para outra aeronave ou para um centro de comando e controle, a fim de verificar sua correta identificação e engajamento.Um comandante pode acompanhar visualmente o desenrolar de uma operação.
Agência Força Aérea - A adoção dessa tecnologia muda a forma de combater?
Muda. Por exemplo, utilizando o recurso do datalink, você pode enviar uma aeronave na frente, com o radar desligado, mas conhecendo todos os alvos à frente, repassados por uma aeronave que esteja mais atrás, esta sim com o radar ligado. Então, quer dizer, a aeronave da frente ao não utilizar o radar, vai estar mais escondida eletronicamente do que uma aeronave que esteja com o radar ligado. Essa aeronave da frente, portanto, pode se aproximar mais de seu alvo e fazer uso mais eficiente de seu armamento, por meio das informações passadas por outras aeronaves.
Agência Força Aérea - E é possível atirar utilizando os dados do Link BR2?
Sim, será possível. Não faz parte do escopo deste projeto, mas já previmos a possibilidade de fazer a escravização e o guiamento de mísseis a partir de alvos captados por sensores de outras aeronaves e transmitidos via data link.
Agência Força Aérea - Como será a implantação do Link BR2 na FAB?
Inicialmente nós vamos instalar o datalink em quatro aeronaves F-5M, quatro aeronaves A-29 e duas aeronaves E-99M. Com o datalink instalado nessas aeronaves, vamos fazer uma prova de conceito e testar todas as funcionalidades que foram planejadas. Depois que validarmos a solução, vamos implementar nas demais aeronaves da Força Aérea.
Agência Força Aérea - E o A-1 modernizado, terá o Link BR2?
O Link BR2 já está sendo instalado no A-1, só que o A-1 está recebendo a primeira versão do link BR2. Neste contrato que estamos assinando, vamos ter o link BR2 com capacidades adicionais, mas essa nova versão será capaz de trocar dados com a versão instalada no A-1 .
Agência Força Aérea - Qualquer aeronave pode receber uma tecnologia como essa?
Sim, mas seu uso depende de como a aeronave vai ser utilizada em um cenário operacional. O equipamento datalink é mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapatos. Nessa caixa haverá um rádio e o terminal datalink, com protocolos de comunicação e aplicativos para interagir com os pilotos e os sistemas das aeronaves
Agência Força Aérea - E que tipos de aeronaves devem receber datalink?
Depende da missão dessa aeronave. Aeronaves de caça, aeronaves de reconhecimento, aeronaves de patrulha, de reabastecimento, de controle e alerta em voo, helicópteros.... qualquer aeronave que tenha uma função relevante no teatro de operações.
Agência Força Aérea - A FAB já utiliza algum tipo de datalink? Qual a diferença para o Link BR2?
Nós já utilizamos alguns datalinks. Nós temos um datalink que permite que apenas aeronaves F-5 conversem entre si; temos outro datalink para as aeronaves A-29, e temos o Link BR1, que permite a comunicação entre as aeronaves E-99 e R-99 com estações em solo. Foi a partir da experiência adquirida com esses datalinks, que conseguimos desenvolver os requisitos para o Link BR2, que vai permitir que todas as aeronaves possam conversar entre si com grande capacidade de transferência de dados. Será possível, com esse novo sistema, incluir mais de 1.000 aeronaves, em diversas redes, trocando dados, simultaneamente, entre si.
Fonte: Agência Força Aérea
Tags: COPAC, Datalink, FAB
Olha, essa questão de escala é pertinente para informações que não são importantes, mas se uma torre é importante para o uso proposto, tem simbologia para isso, por isso que uma escola ou uma igreja "aparecem" numa carta", por que tem simbologia adequada e servem como referencia. A questão é, estão usando instrumentos adequados para evitar esses acidentes? por que esse não é o primeiro desse tipo, o exército ja perdeu helis e pessoal nesse tipo de acidente, a tecnologia para evitar existe, não é cara e qualquer um tem acesso a ela, um bom exemplo são os gps que informam a existência de um radar.wilsonjsjr escreveu:denilson escreveu:Mas de onde são tirados os dados para um planejamento de voo??? Mas na verdade não estou falando de carta, estou falando de banco de dados geográficos, as cartas são de difícil atualização, mas um banco de dados geográficos, no caso de uma linha de transmissão, é um vetor tipo linha, que é muito fácil e rápido de atualizar pode ser inclusive utilizado em um tablet com o google eath, inclusive se não me engano os pilotos de black hawk utilizam um tablet para navegação.
O problema não esta na tecnologia, mas no processo. Não adianta ter a mais moderna tecnologia GIS, se as agências, empresas (garanto, são muitas), não informam novas linhas, etc e tal. Veja bem, acredito que este não é nem o caso, pois acho que trata-se de uma linha entiga.
Agora uma coisa é certa. Carta de navegação visual, é uma carta que auxilia a navegação. O próprio nome diz, VISUAL... Tá por conta de quem navega naquela condição, até porque a escala não permite certas representações, por exemplo...uma torre em uma carta 1:250.000 (Menor escala atual para cartas VFR) não vai estar na carta e pode derrubar uma aeronave do mesmo modo...
O ICA no caso da carta visual não derruba ninguém...
SimEd SP escreveu:Será que foi esse o piloto que faleceu no acidente?
Meus sentimentos a família.
http://www.basm.aer.mil.br/index.php?op ... s&Itemid=7
Sim, esse do Sapao é famoso, o do T-25 MAIS famoso ainda.alcmartin escreveu:Nossos pesames a familia do guerreiro.
Quanto ao fio, se e' que essa realmente foi a causa, nao seria novidade. Incontaveis vezes eles "abateram" cacas e helicopteros em voo rasante. So' do meu "circulo", tive um veterano de 81, junto com outro colega, juisdeforano, de 82, que faleceram em um sapao, em C.Grande. Um instrutor de aeroclube, tambem, mas esse nao faleceu, por estar num Paulistinha e o choque ser bem mais lento. Um colega de turma, na AFA, cortou um fio com a ponta da asa do T25, ao dar um raso na casa do tio dele. Quando descobriram, rua...
Eu tambem ja arrebentei um, mas ja' estava caindo mesmo, nao fez muita diferenca...
A mapoteca continua la, e realmente as atualizações são feitas periodicamente.wilsonjsjr escreveu:
Esta tarefa é responsabilidade do ICA, que produz as cartas de navegação visual (VFR), CAP, CNAV/P, WAC e cartas especiais para este tipo de vôo. Em tese digo, em tese, estas deveriam ser sempre atualizadas, mas pode ocorrer que de entre uma edição e outra, estes obstáculos não estarem presentes. Não sei como as coisas estão hoje, mas na época em que estive lá, linhas de transmissão eram uma prioridade e existia pessoal focado apenas em levantar periodicamente esta informação junto a operadoras, geradoras, e agências..... Mas vôo visual é fogo.... tá por conta do piloto....
Na minha época eu cheguei a desenhar um projeto que iria utilizar no mestrado para uma mapoteca que fosse totalmente eletrônica de modo que a navegação ocorre-se sempre cartas e obstáculos atualizados. Mas não sei como as coisas andaram depois que pedi baixa.
E', realmente e' triste...teve um outro tambem, mas esse so' sei por relato, que era da turma de meu IN. no 2º EIA, 79 de BQ, contado a mim por este. Ele tambem pertencia ao 1º/10º e trombou com fios com seu xavante. O pedaco maior encontrado do corpo dele foi sua mao..sapao escreveu:Sim, esse do Sapao é famoso, o do T-25 MAIS famoso ainda.alcmartin escreveu:Nossos pesames a familia do guerreiro.
Quanto ao fio, se e' que essa realmente foi a causa, nao seria novidade. Incontaveis vezes eles "abateram" cacas e helicopteros em voo rasante. So' do meu "circulo", tive um veterano de 81, junto com outro colega, juisdeforano, de 82, que faleceram em um sapao, em C.Grande. Um instrutor de aeroclube, tambem, mas esse nao faleceu, por estar num Paulistinha e o choque ser bem mais lento. Um colega de turma, na AFA, cortou um fio com a ponta da asa do T25, ao dar um raso na casa do tio dele. Quando descobriram, rua...
Eu tambem ja arrebentei um, mas ja' estava caindo mesmo, nao fez muita diferenca...
Não posso afirmar nada pois ainda esta na investigação preliminar, mas aquela região sempre foi utilizada para formaçao dos pilotos de REC e mais de um ja bateu em fio ali.
Mas e so lamentar, aceitar e aprender!
Só cai que voa, se fosse facil e sem perigo contratava uma empresa civil (sem ofensa Alc) para fazer...
sapao escreveu:A mapoteca continua la, e realmente as atualizações são feitas periodicamente.wilsonjsjr escreveu:
Esta tarefa é responsabilidade do ICA, que produz as cartas de navegação visual (VFR), CAP, CNAV/P, WAC e cartas especiais para este tipo de vôo. Em tese digo, em tese, estas deveriam ser sempre atualizadas, mas pode ocorrer que de entre uma edição e outra, estes obstáculos não estarem presentes. Não sei como as coisas estão hoje, mas na época em que estive lá, linhas de transmissão eram uma prioridade e existia pessoal focado apenas em levantar periodicamente esta informação junto a operadoras, geradoras, e agências..... Mas vôo visual é fogo.... tá por conta do piloto....
Na minha época eu cheguei a desenhar um projeto que iria utilizar no mestrado para uma mapoteca que fosse totalmente eletrônica de modo que a navegação ocorre-se sempre cartas e obstáculos atualizados. Mas não sei como as coisas andaram depois que pedi baixa.
Mesmo assim é dificil ter todas as linhas, principalmente as velhas e desativadas (parce que foi o caso) que são apagadas do banco de dados porque para a companhia eles não tem serventia.
Soma-se isso ao fato de voar estar voando a 450kt e é IMPOSSIVEL observar uma linha de transmissão que não estaja plotada; e como você disse tem que plotar do Brasil todo e não só daquela região e manter atualizado e tarefa quase impossivel.
Como você disse, está com o piloto e não tem RADAR que consiga detectar isso a tempo ou banco de dados preciso; até porque o proprio banco de dados pode criar uma falsa confiança.
Uma simples baixada de cabeça para conferir algo dentro da cabine (ainda mais em um vôo daqueles, de REC TAT) e acontece uma fatalidade dessas.
A la chasse!
OOOPA!!!talharim escreveu:DEPARTAMENTO DE CONTROLE
DO ESPAÇO AÉREO
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE
DE LICITAÇÃO Nº 8/CISCEA/2012
OBJETO: Fornecimento de 04 (quatro) sistemas de radares de defesa
antiaérea de baixa altura para as Companhias de Artilharia Antiaérea
de Autodefesa (CAAAD) da Força Aérea Brasileira, localizadas em
Manaus (AM) e Canoas (RS).AUTORIDADE SOLICITANTE: Maj Brig Ar Carlos Vuyk de Aquino
- Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle
do Espaço Aéreo (CISCEA).
AUTORIDADE RATIFICADORA: Ten Brig Ar Marco Aurélio Gonçalves
Mendes - Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço
Aéreo (DECEA).
CONTRATADA: ORBISAT - Indústria e Aerolevantamento S.A.
VALOR: R$ 25.020.172,00.AMPARO LEGAL: Inciso I do artigo 25 da Lei nº 8.666/93.
Desculpe mas tenho que descordar completamente dessa tua afirmação, a tecnologia existe é barata e de fácil plotagem, trabalho com isso a oito anos e não estou chutando ou achando nada, inclusive me dispus a atualizar e assinar uma ART. O que pode estar faltando é vontade para a atualização. O exemplo do gps de navegação é apenas para indicar o tipo de tecnologia, para que um leigo na área entenda de forma prática, o alerta pode ser programado para disparar a qualquer distancia do obstáculo, e é uma forma realmente eficiente para alertar o piloto, inclusive pode indicar a altitude da antena ou linha e contagem regressiva de distancia para o obstáculo (utilizando GPS, Galileo, Glonas, inercial ou navegação por referência no terreno. Uma linha de transmissão não "aparece" nem "desaparece" do dia para a noite, muito menos desaparece de um banco de dados, a empresa de energia pode até retira-la de seu banco de dados mas ela não tem acesso a um banco de dados militar, para se retirar algo de um banco de dados desse tem protocolo que deve garantir que o objeto foi realmente retirado. Para quem não conhece sobre o assunto, em um banco de dados geográfico a questão escala é praticamente indiferente, todos os tipos de dados podem ser plotados e a escala é basicamente o zoom que se da na tela, em um planejamento de voo por exemplo, o piloto pode "fazer" o voo virtual e verificar dodos os dados plotados, como no google earth, agora se um dado não esta plotado obviamente ele não aparecerá e como já foi dito anteriormente dificilmente o piloto o verá a 450kt. Se um banco de dados não esta completo é por ineficiência do setor responsável, disso eu não tenho duvida. As rasões dessa ineficiência são várias, e podem ser dês de falta de verba até (o que não acredito) incompetência mesmo, mas as consequências aparecem dessa forma (não sei se foi essa a causa, mas estou usando como exemplo) a perda de uma vida e um trauma para seus familiares e pessoas próximas, todo o investimento na formação de um piloto de primeira linha e por fim uma aeronave cara e que não será reposta.wilsonjsjr escreveu:sapao escreveu: A mapoteca continua la, e realmente as atualizações são feitas periodicamente.
Mesmo assim é dificil ter todas as linhas, principalmente as velhas e desativadas (parce que foi o caso) que são apagadas do banco de dados porque para a companhia eles não tem serventia.
Soma-se isso ao fato de voar estar voando a 450kt e é IMPOSSIVEL observar uma linha de transmissão que não estaja plotada; e como você disse tem que plotar do Brasil todo e não só daquela região e manter atualizado e tarefa quase impossivel.
Como você disse, está com o piloto e não tem RADAR que consiga detectar isso a tempo ou banco de dados preciso; até porque o proprio banco de dados pode criar uma falsa confiança.
Uma simples baixada de cabeça para conferir algo dentro da cabine (ainda mais em um vôo daqueles, de REC TAT) e acontece uma fatalidade dessas.
A la chasse!
Exatamente!
Vôo visual é vôo visual! Não existe meios práticos hoje de se plotar todo tipo de obstáculo em uma carta de navegação...é simples fator de escala, velocidade do deslocamento e representação cartográfica....
Confundir radar de estrada com um vôo a 450kt a baixa altura e uma forma realmente eficiente de alerta e resposta do piloto é cerne da questão.
Infelizmente estas situações vão sempre acontecer...