Irã tem como se defender de Israel?
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
terra.com.br
Israel envia navios ao Mar Vermelho em operação de rotina
13 de março de 2012 • 19h07 • atualizado às 19h15
Dois navios de guerra israelenses passaram pelo canal de Suez nesta terça-feira para chegar ao Mar Vermelho a partir do Mediterrâneo, informaram fontes israelenses e egípcias.
"Foi uma operação de rotina. Seguiram para Eilat", disse uma fonte da segurança israelense à AFP, referindo-se à cidade costeira onde há uma base da Marinha israelense no Mar Vermelho.
Os navios são o "Lahav" e o "Yafo", revelou um funcionário da Autoridade do Canal de Suez, sem dar detalhes.
A Marinha israelense informou que trata-se de um "exercício de rotina".
Israel enviou navios armados com mísseis ao Mar Vermelho em agosto passado, diante da presença de um submarino e de um navio de guerra iranianos que segundo Teerã realizavam uma "missão de patrulha".
Apesar do tratado de paz entre Israel e Egito, firmado em 1979, os navios israelenses raramente utilizam o Canal de Suez.
Israel envia navios ao Mar Vermelho em operação de rotina
13 de março de 2012 • 19h07 • atualizado às 19h15
Dois navios de guerra israelenses passaram pelo canal de Suez nesta terça-feira para chegar ao Mar Vermelho a partir do Mediterrâneo, informaram fontes israelenses e egípcias.
"Foi uma operação de rotina. Seguiram para Eilat", disse uma fonte da segurança israelense à AFP, referindo-se à cidade costeira onde há uma base da Marinha israelense no Mar Vermelho.
Os navios são o "Lahav" e o "Yafo", revelou um funcionário da Autoridade do Canal de Suez, sem dar detalhes.
A Marinha israelense informou que trata-se de um "exercício de rotina".
Israel enviou navios armados com mísseis ao Mar Vermelho em agosto passado, diante da presença de um submarino e de um navio de guerra iranianos que segundo Teerã realizavam uma "missão de patrulha".
Apesar do tratado de paz entre Israel e Egito, firmado em 1979, os navios israelenses raramente utilizam o Canal de Suez.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Azerbaijão desmantela complô para atacar embaixadas de EUA e Israel
14 de março de 2012 • 10h21 • atualizado às 10h29
As autoridades do Azerbaijão anunciaram nesta quarta-feira ter detido 22 pessoas suspeitas de planejar atentados contra as embaixadas de Israel e Estados Unidos com a ajuda do Irã.
"Vinte e dois cidadãos do Azerbaijão foram detidos pelo ministério da Segurança Nacional por terem cooperado com os serviços especiais iranianos SEPAH", a Guarda Revolucionária, indicou o ministério em um comunicado.
"Por instrução do SEPAH, se dispunham a cometer atentados contra as embaixadas de Estados Unidos, de Israel e de outros Estados ocidentais e seus funcionários", indicou o ministério em um comunicado.
Azerbaijão desmantela complô para atacar embaixadas de EUA e Israel
14 de março de 2012 • 10h21 • atualizado às 10h29
As autoridades do Azerbaijão anunciaram nesta quarta-feira ter detido 22 pessoas suspeitas de planejar atentados contra as embaixadas de Israel e Estados Unidos com a ajuda do Irã.
"Vinte e dois cidadãos do Azerbaijão foram detidos pelo ministério da Segurança Nacional por terem cooperado com os serviços especiais iranianos SEPAH", a Guarda Revolucionária, indicou o ministério em um comunicado.
"Por instrução do SEPAH, se dispunham a cometer atentados contra as embaixadas de Estados Unidos, de Israel e de outros Estados ocidentais e seus funcionários", indicou o ministério em um comunicado.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Netanyahu is preparing Israeli public opinion for a war on Iran
In response to Netanyahu's AIPAC speech, Haaretz's editor-in-chief says that what looks like a preparation for war, acts like a preparation for war, and quacks like a preparation for war, is a preparation for war.
Since his return from Washington, Prime Minister Benjamin Netanyahu has mainly been preoccupied with one thing: Preparing public opinion for war against Iran.
Netanyahu is attempting to convince the Israeli public that the Iranian threat is a tangible and existential one, and that there is only one effective way to stop it and prevent a "second Holocaust": An Israeli military attack on Iran's nuclear infrastructure, which is buried deep underground.
In his speech before the Knesset on Wednesday, Netanyahu urged his colleagues to reject claims that Israel is too weak to go it alone in a war against a regional power such as Iran and therefore needs to rely on the United States, which has much greater military capabilities, to do the job and remove the threat.
According to polls published last week, this is the position of most of the Israeli public, which supports a U.S. strike on Iran, but is wary of sending the IDF to the task without the backing of the friendly superpower.
Netanyahu presented three examples in which his predecessors broke the American directive and made crucial decisions regarding the future of Israel: the declaration of independence in 1948, starting the Six Day War in 1967 and the bombing of the nuclear reactor in Iraq in 1981.
The lesson was clear: Just as David Ben-Gurion, Levi Eshkol and Menachem Begin said "no" to the White House, Netanyahu also needs not be alarmed by President Obama's opposition to an attack on Iran. Netanyahu believes that, as in the previous incidents, the U.S. may grumble at first, but will then quickly adopt the Israeli position and provide Israel with support and backing in the international community.
If Netanyahu had submitted his speech as a term paper to his father the history professor, he would have received a very poor grade. In 1948, the U.S. State Department, headed by George Marshall, opposed the declaration of independence and supported a United Nations trusteeship for Palestine. But President Truman had other considerations.
Like Obama today, Truman was also a democratic president contending for his reelection, who needed the support of the Jewish voters and donors. Under those circumstances, Truman rejected Marshall's advice, and listened to his political adviser Clark Clifford, who pressured him to recognize the Zionist state. And indeed, Truman sent a telegram with an official recognition of Israel just 11 minutes after Ben-Gurion finished reading the Scroll of Independence. The U.S. opposition to the recognition of Israel was halted at the desk of the president, who repelled the explanations by the Secretary of State and the "Arabists" in his office.
In 1967, the official U.S. position called on Israel to hold back and refrain from going to war, but a different message was passing through the secret channels: go "bomb Nasser," reported Levi Eshkol's envoys to Washington, Meir Amit and Avraham Harman. This message tipped the scales in favor of going to war. In 1981, Begin did not bother asking the Americans their opinion before attacking Iraq, but lulled them to sleep and launched a surprise attack.
In these past incidents, Israel acted against the U.S. position formally, but made sure that the Americans will accept the results of the action and support it in retrospect. And indeed, the U.S. recognized Israel in 1948, allowed it to control the territories annexed in 1967, and made do with weak condemnations of the attack on the Iraq nuclear reactor in 1981.
That being the case, then Netanyahu is hinting that in his Washington visit, he received Obama's tacit approval for an Israeli attack against Iran – under the guise of opposition. Obama will speak out against it but act for it, just as the past U.S. administrations speak against the settlements in the territories but allow their expansion. And in this manner Netanyahu summarized the visit: "I presented before my hosts the examples that I just noted before you, and I believe that the first objective that I presented – to fortify the recognition of Israel's right to defend itself – I think that objective has been achieved."
This morning, the editor-in-chief of the Israel Hayom newspaper, Amos Regev, published on his front page an enthusiastic op-ed in support of a war against Iran. Regev writes what Netanyahu cannot say in his speeches: that we cannot rely on Obama – who wasn't even a mechanic in the armored corps - but only on ourselves. "Difficult, daring, but possible," Regev promised. We need not be alarmed by the Iranian response: the arrow would take down the Shahab missiles, and Hezbollah and Hamas would hesitate about entering a war. The damage would be reminiscent of the Iraqi scuds in the 1991 Gulf War - unpleasant, but definitely not too bad. The analysts are weak, but the soldiers and the residents of the Home Front have motivation. So onward, to battle!
To use Netanyahu's "duck allegory", what looks like a preparation for war, acts like a preparation for war, and quacks like a preparation for war, is a preparation for war, and not just a "bluff" or a diversion tactic. Until his trip to Washington, Netanyahu and his supporters in the media refrained from such explicit wording and made do with hints. But since he's been back, Netanyahu has issued an emergency call-up for himself and the Israeli public.
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... n-1.418869
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Pode não ser aqui, mas.........
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Ataque contra escola judia na França deixa 4 mortos
19 de março de 2012 • 05h30 • atualizado às 08h02
Ao menos quatro pessoas morreram, entre elas três crianças, vítimas de disparos contra uma escola judia na cidade de Tolouse, no sul da França, nesta segunda-feira.
As primeiras informações dão conta que, entre os quatro mortos, estariam um professor e seus dois filhos. Além das vítimas fatais, outras duas pessoas estariam gravemente feridas.
O ataque teria partido de um homem em uma motocicleta. A mesma região presenciou um crime semelhante na última semana, quando três militares foram assassinados por um criminoso ainda não identificado que dirigia o mesmo tipo de veículo. Uma das armas usado pelo atirador desta segunda-feira era do mesmo calibre da utilizada utilizada em assassinatos em Toulouse e Montauban.
Segundo o procurador Michel Valet, existem elementos que justificam que se imagine seriamente a questão de um vínculo entre esta matança e os recentes assassinatos de militares. "Ele atirou contra tudo o que tinha pela frente, crianças e adultos. As crianças foram perseguidas até dentro da da escola", declarou o procurador à imprensa.
O ministério do Interior anunciou um reforço da vigilância das escolas judaicas, que já contam com medidas de proteção na França. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, viajará nesta segunda-feira a Toulouse com o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF), Richard Prasquier.
A rua Dalou, onde fica o centro de ensino, foi isolada e centenas de policiais foram mobilizados ao redor do colégio.
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Ataque contra escola judia na França deixa 4 mortos
19 de março de 2012 • 05h30 • atualizado às 08h02
Ao menos quatro pessoas morreram, entre elas três crianças, vítimas de disparos contra uma escola judia na cidade de Tolouse, no sul da França, nesta segunda-feira.
As primeiras informações dão conta que, entre os quatro mortos, estariam um professor e seus dois filhos. Além das vítimas fatais, outras duas pessoas estariam gravemente feridas.
O ataque teria partido de um homem em uma motocicleta. A mesma região presenciou um crime semelhante na última semana, quando três militares foram assassinados por um criminoso ainda não identificado que dirigia o mesmo tipo de veículo. Uma das armas usado pelo atirador desta segunda-feira era do mesmo calibre da utilizada utilizada em assassinatos em Toulouse e Montauban.
Segundo o procurador Michel Valet, existem elementos que justificam que se imagine seriamente a questão de um vínculo entre esta matança e os recentes assassinatos de militares. "Ele atirou contra tudo o que tinha pela frente, crianças e adultos. As crianças foram perseguidas até dentro da da escola", declarou o procurador à imprensa.
O ministério do Interior anunciou um reforço da vigilância das escolas judaicas, que já contam com medidas de proteção na França. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, viajará nesta segunda-feira a Toulouse com o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF), Richard Prasquier.
A rua Dalou, onde fica o centro de ensino, foi isolada e centenas de policiais foram mobilizados ao redor do colégio.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Revidaremos qualquer ataque de Israel ou EUA, diz Khamenei
20 de março de 2012 • 11h44 • atualizado às 11h59
O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu nesta terça-feira que seu país revidará qualquer ataque lançado por Israel ou pelos Estados Unidos, aumentando a tensão com os ocidentais em torno do polêmico programa nuclear de Teerã.
"Nós dissemos que não temos armas atômicas e que não as produziremos. Mas se houver um ataque do inimigo, seja dos Estados Unidos ou do regime sionista, nós os atacaremos da mesma forma", disse em um discurso em ocasião do Ano Novo persa transmitido ao vivo pela televisão.
Ali Khamenei, que fez seu discurso na cidade de Mashhad (oeste), afirmou que o Irã tem o direito divino de responder se for atacado.
"O Alcorão estipula que, se um inimigo te atacar primeiro, o inimigo será certamente derrotado", declarou.
"É a lei de Deus. Não pensamos em ataques e em agressões, mas estamos comprometidos com a existência e com a identidade da República Islâmica".
Revidaremos qualquer ataque de Israel ou EUA, diz Khamenei
20 de março de 2012 • 11h44 • atualizado às 11h59
O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu nesta terça-feira que seu país revidará qualquer ataque lançado por Israel ou pelos Estados Unidos, aumentando a tensão com os ocidentais em torno do polêmico programa nuclear de Teerã.
"Nós dissemos que não temos armas atômicas e que não as produziremos. Mas se houver um ataque do inimigo, seja dos Estados Unidos ou do regime sionista, nós os atacaremos da mesma forma", disse em um discurso em ocasião do Ano Novo persa transmitido ao vivo pela televisão.
Ali Khamenei, que fez seu discurso na cidade de Mashhad (oeste), afirmou que o Irã tem o direito divino de responder se for atacado.
"O Alcorão estipula que, se um inimigo te atacar primeiro, o inimigo será certamente derrotado", declarou.
"É a lei de Deus. Não pensamos em ataques e em agressões, mas estamos comprometidos com a existência e com a identidade da República Islâmica".
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
FATO!
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Ataques fariam Irã produzir armas nucleares, diz ministro russo
20 de março de 2012 • 15h17 • atualizado às 15h40
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta terça-feira que eventuais ações militares contra o Irã podem levar o país a produzir armas nucleares. "Não há informação de que as autoridades iranianas tenham tomado a decisão política de produzir armas nucleares, mas em caso de ataques, certamente vão tomá-la", afirmou Lavrov em entrevista a emissora de rádio russa Kommersant.
O ministro acrescentou que a política de "aumento da tensão" em torno do programa nuclear iraniano pode ser um motivo para outros países desenvolverem armamento nuclear. Segundo Lavrov, alguns países vizinhos do Irã já admitem que o ex-ditador líbio Muammar Kadafi não teria sido deposto como foi se seu país tivesse à disposição armas nucleares.
Em sua opinião, as sanções contra Teerã "criam mais ameaças ao regime de não-proliferação" de armas nucleares do que o reforça. Além disso, o ministro advertiu que, em caso de ataque militar contra o Irã, seria impossível para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) seguir inspecionando as instalações nucleares do país árabe.
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Ataques fariam Irã produzir armas nucleares, diz ministro russo
20 de março de 2012 • 15h17 • atualizado às 15h40
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta terça-feira que eventuais ações militares contra o Irã podem levar o país a produzir armas nucleares. "Não há informação de que as autoridades iranianas tenham tomado a decisão política de produzir armas nucleares, mas em caso de ataques, certamente vão tomá-la", afirmou Lavrov em entrevista a emissora de rádio russa Kommersant.
O ministro acrescentou que a política de "aumento da tensão" em torno do programa nuclear iraniano pode ser um motivo para outros países desenvolverem armamento nuclear. Segundo Lavrov, alguns países vizinhos do Irã já admitem que o ex-ditador líbio Muammar Kadafi não teria sido deposto como foi se seu país tivesse à disposição armas nucleares.
Em sua opinião, as sanções contra Teerã "criam mais ameaças ao regime de não-proliferação" de armas nucleares do que o reforça. Além disso, o ministro advertiu que, em caso de ataque militar contra o Irã, seria impossível para a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) seguir inspecionando as instalações nucleares do país árabe.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Falou-se o obvio. Mas é um obvio que a maioria não entende ainda.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Já no meu livro de cabeceira, quem ataca primeiro tem a vantagem da surpresaFOXTROT escreveu:terra.com.br
Revidaremos qualquer ataque de Israel ou EUA, diz Khamenei
20 de março de 2012 • 11h44 • atualizado às 11h59
O guia supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, advertiu nesta terça-feira que seu país revidará qualquer ataque lançado por Israel ou pelos Estados Unidos, aumentando a tensão com os ocidentais em torno do polêmico programa nuclear de Teerã.
"Nós dissemos que não temos armas atômicas e que não as produziremos. Mas se houver um ataque do inimigo, seja dos Estados Unidos ou do regime sionista, nós os atacaremos da mesma forma", disse em um discurso em ocasião do Ano Novo persa transmitido ao vivo pela televisão.
Ali Khamenei, que fez seu discurso na cidade de Mashhad (oeste), afirmou que o Irã tem o direito divino de responder se for atacado.
"O Alcorão estipula que, se um inimigo te atacar primeiro, o inimigo será certamente derrotado", declarou.
"É a lei de Deus. Não pensamos em ataques e em agressões, mas estamos comprometidos com a existência e com a identidade da República Islâmica".
"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara sua própria queda."
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Israel x Irã: O espraiamento do conflito (2ª parte)
By Harry on março 19th, 2012
Uma guerra entre os dois países, além de massacrar, possivelmente, milhares de árabes e israelenses, bem como norteamericanos, elevaria o preço do gás e do petróleo a um nível inimaginável, catapultado para uma cifra superior a US$ 250, ou mesmo chegar US$ 500 o barril, interrompendo o comércio e causando um cataclismo na economia mundial, já abalada e deprimida, desde 2007-2008, pela crise do sistema financeiro, a partir do colapso do Lehman Brothers e outras corporações. O artigo é de Luiz Alberto Moniz Bandeira.
Luiz Alberto Moniz Bandeira
Devido à sua relevância geopolítica e geoestratégica, interligando o subcontinente indiano ao Mar Mediterrâneo, seria virtualmente inevitável o spillover da guerra contra o Irã, deflagrada por Israel com ou sem a participação dos Estados Unidos, devido às suas implicações religiosas e sectárias. Embora o número de xiitas, entre os muçulmanos, represente de 10% a 11%, contra mais ou menos 90% de sunitas, eles constituem a maioria da população do Irã, Azerbaijão, Iraque, Bahrain, minorias qualitativamente importantes em praticamente todos países do Oriente Médio e adjacências. Estão concentrados em áreas estrategicamente importantes para o Irã [1].
Na Arábia Saudita, em uma população de 19,4 milhões, os xiitas, cerca de 1,5 milhão a 2 milhões de habitantes, representam cerca 10%, mas estão concentrados em al-Qatif e al-Awamiyah, na Província Oriental, a mais rica em petróleo, onde representam 1/3 dos moradores e vivem institucionalmente discriminados, nas piores condições econômicas, proibidos de construir suas mesquitas etc [2]. As tensões são antigas. Desde 2011, a população xiita começou a protestar, com mais intensidade, e a insurgir-se, mas as manifestações pacíficas foram reprimidas brutalmente pelas tropas do rei Abdullah. Tanto nas manifestações de 24 de novembro de 2011 quanto em 24 de janeiro de 2012, diversos civis, que protestavam, pacificamente, foram mortos e milhares, presos [3]. E a mídia internacional nenhuma relevância deu a esses fatos.
Entretanto, os xiitas, concentrados em al-Qatif e al-Awamiyah, na Província Oriental, configuram um punhal apontado para o coração petrolífero do país, de onde os Estados Unidos importam cerca de 12% dos 19 milhões de barris que consumiam, a cada 24 horas, em 2011 [4]. Nos primeiros meses de 2012, diversas manifestações de protestos contra a monarquia wahhabista e os Estados Unidos ocorreram ao longo dos portos da Arábia Saudista, envolvendo Qatif (al-Qatif), Rabiyia (al-Rabeeya) e Awamiyah (al-Awamia), porto este por onde fluem mais de 2 milhões de barris de petróleo todos os dias [5].
No caso de guerra contra o Irã, os xiitas certamente voltariam a rebelar-se e atacar os campos petrolíferos lá existentes, assim como as instalações dos Estados Unidos e das companhias norteamericanas, como aconteceu em 25 de junho de 1956, quando um atentado terrorista explodiu as Khobar Towers, perto da companhia Saudi Aramco, na cidade de Dhahran, matando 19 soldados e civis americanos. A estabilidade e a integridade geográfica da Arábia Saudita estariam ameaçadas, inclusive pela secessão da Província Oriental, região de fundamental importância, não apenas econômica, mas também geopolítica e estratégica, pois está situada à margem do Golfo Pérsico e sua capital, Dammam, ligada a Bahrain pela ponte de Manama.
Os xiitas compõem cerca de 70% da população de Bahrain, estimada (2011) em 1.214.705 habitantes (cerca de 517.368 são trabalhadores estrangeiros) e poderiam, provavelmente, aproveitar as circunstâncias para também se rebelar contra o regime do emir sunita, auto-proclamado rei 2002, Hamad bin Isa al Khalifa, como o fizeram em 2011 e foram sangrentamente reprimidos pelas tropas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, que atravessaram a ponte de Manama sob a égide do Gulf Cooperation Council (GCC), a fim de sufocar as manifestações e proteger as “instalações estratégicas” lá existentes. A população xiita vive econômica e politicamente marginalizada. E suas manifestações, exigindo reformas democráticas, sob a liderança do clérigo Sheik Isa Qassim, não cessaram, reproduziram-se em março de 2012, assustando a elite sunita e a monarquia Wahhabi da Arábia Saudita.
Bahrain é um pequeno país insular, de 692 km², um arquipélago de trinta e cinco ilhas e ilhotas, no Golfo Pérsico, mas, embora sua produção atual de petróleo seja diminuta, da ordem aproximada de 239,900 bbl/d (2009 est.), tem fundamental importância geopolítica e estratégica para a Arábia Saudita e, principalmente, para os Estados Unidos. A 5ª Frota está estacionada na base naval de Manama, com 40 navios e 30.000 efetivos, e o aeroporto de Muharaq e a base aérea Sheik Isa são usados pela Força Aérea americana para as operações no Golgo Pérsico, no Mar Vermelho, no Mar Árabe e no Estreito de Hormuz. A presença militar dos Estados Unidos legitima a autocracia sunita da família al Khalifa. E se a maioria xiita assumir ou assumisse o poder em Bahrain certamente contaria com o respaldo da população da Província Oriental, que também se insurgiria na Arábia Saudita e certamente teria o suporte do Iraque e do Irã.
A guerra sectária espraiar-se-ia, também, ao Líbano, à Jordânia, recrudesceria no Iraque e na Síria, bem como na Líbia e no Iêmen, e poderia atingiria Qatar, onde os Estados Unidos construíram instalações do US Central Command (USCENTCOM) e US Army Forces Central Command (ARCENT), em Sayliyah, aquartelando duas brigadas e mais de 11.000 soldados. Na Base Aérea de Al Udeid, localizada a oeste de Doha, estão instalados o United States Central Command (USCC) e United State Air Force Central Command (USAFCC), bem como hospedada a 379th Air Expeditionary Wing da USAF e No. 83 Expeditionary Air Group RAF. De um modo ou de outro, a guerra sectária afetaria e envolveria as tropas dos Estados Unidos, dado que há décadas apóiam Israel e os regimes ditatoriais da região, inclusive a monarquia Wahhabi, absolutista e corrupta, da Arábia Saudita, e o resultado seria o incremento do anti-americanismo e o maior fortalecimento de al-Qa’ida.
O desastre econômico
Cerca de 64% das reservas mundiais de petróleo (o Irã é o quarto maior exportador) estão situadas no Oriente Médio, que supre 70% das necessidades mundiais de petróleo, e a rota do Golfo Pérsico, atravessando o Estreito de Hormuz, até o Golfo de Oman é vital para o economia mundial, uma vez que por aí passam 40% do transporte marítimo global de petróleo e a guerra inevitavelmente interromperia o fluxo de 15 Mb/d do cru para a Europa e os Estados Unidos, bem para como a China, Japão e Coréia do Sul, entre outros países. O Estreito de Hormuz seria diretamente afetado e, em conseqüência, o transporte de óleo, ainda que o Irã não o bloqueasse militarmente.
Desde o início de 2012, o preço do petróleo tipo Brent aumentou em cerca de 10% e chegou a US$ 125,98, em março, devido à instabilidade no Oriente Médio. O Irã exporta 2,5 milhões de barris de petróleo por dia, e a Opep não tem possibilidade de compensar esse volume, no caso de um ataque de Israel ao Irã. E a guerra entre os dois países, além de massacrar, possivelmente, milhares de árabes e israelenses, bem como norteamericanos, elevaria o preço do gás e do petróleo a um nível inimaginável, catapultado para uma cifra superior a US$ 250, ou mesmo chegar US$ 500 o barril, interrompendo o comércio e causando um cataclismo na economia mundial, já abalada e deprimida, desde 2007-2008, pela crise do sistema financeiro, a partir do colapso do Lehman Brothers e outras corporações, e não superada nem nos Estados Unidos nem na Europa, até 2012. Os voláteis mercados financeiros entrariam em completo pânico, com outro golpe, muito mais profundo, que atrasaria ainda mais a recuperação do crescimento econômico dos Estados Unidos e, sobretudo, da União Européia.
O ex-presidente George W. Bush, em 2003, solicitou US$ 87 bilhões para a reconstrução do Iraque e do Afeganistão. Entretanto, desde então, os Estados Unidos estão a gastar cerca de US$ 2 trilhões por ano, nas duas guerras, e menos de 5% do total foi usado para a reconstrução [6]. Só em 2011, a campanha na Líbia custou para cada contribuinte norteamericano cerca de US$ 2 milhões por dia [7]. E, ao fim do ano, os Estados Unidos haviam gastado em torno de US$ 1 bilhão, fornecendo à OTAN mísseis, aviões de monitoramento, drones e toda sorte de munição para derrubar o regime de Muammar Kaddafi e levar o país ao caos [8].
Uma conflagração, abrangendo todo o Oriente Médio, envolveria necessariamente os Estados Unidos, cuja dívida pública, em 11 de março de 2012, havia alcançado um montante de mais de US$ 15,5 trilhões, maior que o PIB, estimado em US$ 15,04 trilhões (2011) [9], e continuava a crescer cerca de US$ 4,01 bilhão por dia [10]. E seus gastos na região, que já somam trilhões de dólares, cresceriam de maneira insuportavelmente esmagadora.
Em 2002, o presidente George W. Bush (2001-2005 e 2005-2009) acusou o Irã de constituir com o Iraque e a Coréia do Norte o “eixo do mal”. E ordenou que o U.S. Strategic Command, apoiado pela Força Aérea, elaborasse planos para bombardear o Irã. Porém, dentro do Pentágono, generais e almirantes advertiram que o bombardeio do Irã provavelmente não destruiria todas as suas instalações nucleares e poderia produzir sérias conseqüências econômicas, políticas e militares para os Estados Unidos [11]. A comunidade de inteligência não havia encontrado evidência específica de atividades clandestinas ou de instalações ocultas e que os planos de guerra não eram seguros de acertá-las. E o presidente George W. Bush recuou, mas atacou o Iraque e o general Collin Powell, então secretário de Estado, até compareceu à reunião do Conselho de Segurança da ONU, em 6 de fevereiro e em 7 de março de 2003, para provar que Saddam Hussein possuía armas químicas e nucleares e era necessário urgentemente atacá-lo e derrubar seu regime. O presidente George W. Bush e o general Collin Powel mentiram. O Iraque não possuía nenhuma arma nuclear nem química.
Um oficial de alta patente do Pentágono comentou com o notável jornalista americano Seymour M. Hersh que a experiência no Iraque fora profundamente falha (deeply flawed) e havia afetado a avaliação do Irã. E acrescentou que “we built this big monster with Iraq, and there was nothing there. This is son of Iraq” [12]. Os Estados Unidos perderam a credibilidade e, nove anos depois de atacar e invadir o Iraque, onde perderam cerca de 4.486 soldados, tiveram 33.184 seriamente feridos e mataram entre 106.000 e 115.00 iraquianos [13], o presidente Barack Obama teve de retirar suas tropas, até 31 de dezembro de 2011, deixando quase todo o país arruinado, 470.000 pessoas vivendo em 382 acampamentos, em áreas inseguras, às quais faltam empregos e serviços básicos, conforme os dados da United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) [14]. E ainda cerca de um milhão de iraquianos estão deslocados, por diversas regiões, e milhares vivem em condições miseráveis, incapazes de voltar às suas áreas de origem por causa da insegurança da situação ou da destruição de seus lares e falta de serviços básicos [15].
A situação no Afeganistão, de onde os Estados Unidos e seus aliados da OTAN estavam a planejar a retirada as tropas até o fim de 2014, não é muito diferente. Em março de 2012, o país continuava inseguro, em meio à uma situação econômica e politicamente instável, com um governo corrupto e incompetente, em meio graves problemas sociais – 1/3 da população desnutrida, menos de 1/4 com água limpa, desemprego- e 2,7 milhões de afegãos refugiados na região e cerca de 3 milhões no resto do mundo [16]. As forças dos Estados Unidos/OTAN haviam destruído casas, culturas e infra-estruturas e prosseguia o deslocamento de pessoas, cerca de 350.000, dentro do Afeganistão.
Em 16 de outubro de 2011, o ministro da Agricultura, Mohammad Asif Rahimi, revelou que mais de 30% da população afegã vivia abaixo da linha de pobreza e que era necessário investir na agricultura cerca de US% 1 bilhão por ano para evitar a crise de fome [17]. Dez anos de ocupação pelas tropas dos Estados Undos/OTAN fizeram do Afeganistão um dos países mais pobres, instáveis e inseguros do mundo [18].
Conforme o relatório “Costs of War”, preparado por acadêmicos, participantes do Eisenhower Research Project do Watson Institute for International Studies, da Brown University, as guerras no Afeganistão, Iraque e Paquistão, em dez anos, mataram 225.000 pessoas, incluindo homens e mulheres militares, mercenários das empresas privadas militares e civis. Só no Afeganistão foram mortos 137.000 civis, e mais 35.600 civis mortos no Paquistão. Até agosto de 2011 haviam morrido 5.998 soldados americanos, 43.184 foram declarados oficialmente feridos, no Afeganistão e no Iraque, e 54.592 requereram sair do teatro das Operations Enduring Freedom, Iraqi Freedom, New Dawn, por motivos médicos. E os custos financeiros situavam-se entre US$ 3.2 e US$ 4 trilhões, incluindo assistência médica e auxílio aos que estão ou estarão mutilados. Há muitos outros custos que não puderam ser quantificados, mas as guerras contra o terror, empreendidas pelos Estados Unidos, foram quase totalmente financiadas por empréstimos, juros de US$ 185 bilhões já pagos ou a pagar, e outro US$ 1 trilhão pode aumentar através de 2020 [19]. Isto significa que de 3% a 4% do custo anual das duas guerras, no valor total de US$1.27 trilhão, foi financiado com cartão de crédito, segundo Joseph Lazzaro [20].
Com duas guerras perdidas, no Iraque e no Afeganistão, do qual ainda busca uma retirada mais ou menos honrosas para as suas tropas, o presidente Barack Obama parece consciente do problema tanto econômico quanto militar. E não quer fazer uma aventura, especialmente em um ano eleitoral, embora não se possa desconsiderar o grau de “instabilidade e imaturidade” da opinião pública, nos Estados Unidos, i.e., do “seu potencial de histeria” conforme observou, há alguns anos passados, o inesquecível cientista político americano Brady Tyson [21]. A comunidade de inteligência dos Estados Unidos não está convencida de que o Irã pretenda realmente construir armas nucleares e a National Intelligence Estimate (NIE) de 2011 confirmou as conclusões de 2007 e 2010, segundo as quais o programa o programa foi paralisado desde 2003 [22]. Contudo, não descartou a possibilidade de que seja capaz de produzir bastante urânio enriquecido (HEU), que tanto serve para uso civil (geração de energia nuclear), quanto para uso militar (produção de armas atômicas).
O general James R. Clapper Jr., diretor da National Intelligence dos Estados Unidos, declarou que os especialistas americanos crêem que o Irã está a preservar a opção de produzir armamento nuclear, contudo nçao havia nenhuma evidência de que tomara essa decisão ou estivesse disposto a levar adiante esse propósito. O general David H. Petraeus, diretor da CIA, bem como o secretário de Defesa, Leon E. Panetta, e o general Martin E. Dempsey, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, fizeram a mesma avaliação em suas entrevistas na televisão [23]. E o Ayatollah Ali Khamenei, líder dos (principistas), que venceram as eleições para o Parlamento (Majlis Shora Eslami) de março de 2012, e Supremo Guardião de suas leis religiosas (Velayat-e Faqih), reiterou que o Irã não estava em busca de armas “nucleares” e estocá-las é algo “inútil e perigoso” [24].
As contradições em Israel
Mais da metade da população de Israel é contrária a atacar o Irã, segundo pesquisa divulgada pelo diário israelense Ha’aretz, e acha que, se fosse necessário, não deveria fazê-lo sozinho [25]. Mas o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do Likud, está estreitamente aliado ao partido Ysrael Beitenu, sob a liderança de Avigdor Liebermen, ministro dos Assuntos Estrangeiros, de ultra-direita, que passou a influenciar grande parte da população de Israel. De 1989, com a desintegração do Bloco Socialista, até 2011, cerca de 1 milhão de russos de origem judaica haviam emigrado para Israel, passando a constituir 1/6 da população judaica (cerca de 6 milhões), a maioria dos quais de direita, ainda com a mentalidade da guerra fria.
Por outro lado, os ultra-ordotoxos sionistas, fundamentalistas, predominam entre os 350.000 a 400.000 colonos que expandem seus assentamentos na bíblica Judéia e Samaria, i.e., na Banda Ocidental ou Cisjordânia, os territórios ocupados por Israel na guerra de 1967. Eles almejam retomar toda a Palestina ou Canaã, a Terra Prometida, a Terra de Israel (Eretz Yisrael), e influenciam cada vez mais a IDF. Contudo, conquanto ainda existam 256 Kibbutzim (16 religiosos), com cerca de 106.000 habitantes e localizados em áreas periféricas, como Arava, o sonho de Israel como sociedade igualitária já se desvaneceu.
O Adva – 2009-10 Annual Social Report demonstrou que quase 40% dos israelenses “find it difficult or very difficult to live on their current income.” [26] O diário Ha’aretz calculou que os 500 israelenses mais ricos possuem um montante US$ 75 bilhões, num país cujo PIB é de apenas US$ 205 bilhões enquanto as 20 famílias mais ricas controlam quase a metade do mercado de ações [27]. E a fortuna conjunta desses mais ricos é 25% maior do que o orçamento de Israel em 2011 [28]. São eles o principal suporte do governo da coalizão dos partidos Likud-Ysrael Beitenu, de extrema direita. E as massivas demonstrações de protesto, que culminaram, em setembro de 2011, com a marcha de 430.000 pessoas (a maior na história de Israel), em Tel Aviv, evidenciaram que as principais contradições no país não são apenas étnicas ou religiosas, mas também sociais.
Mais de 60 anos após sua constituição, Israel apresenta enorme nível de desigualdade, com uma economia inteiramente dependente dos Estados Unidos, dos quais recebem, desde 1985, US$ 3 bilhões por ano [29], a maior parte como ajuda militar, embora não cubra todas as despesas do orçamento militar, avaliado no mínimo em US$ 13 bilhões ou, aproximadamente, 7-8% do PIB, um dos mais altos do mundo [30]. O custo dos Estados Unidos, com a instabilidade no Oriente Médio, cujo epicentro é o conflito Israel-Palestina, alcançou um total de quase US$ 3 trilhões, em dólares de 2002, maior do que o custo com a guerra no Vietnã [31].
Tudo indica que a retórica de Benjamin Netanyahu, ávido por atacar o Irã, seja para pressionar o presidente Barack Obama a conceder armamentos ainda mais sofisticados e avançados a Israel, ao competir com os extremistas do Partido Republicano. O presidente George W. Bush, durante sua administração, recusou-se a vender-lhe bombas de penetração profunda (bunker-penetrating bombs) e aviões de reabastecimento, em conseqüência das estimativas de que Israel pudesse usá-los para atacar as instalações nucleares do Irã [32].
Entretanto, o Prêmio Nobel da Paz, presidente Barack Obama, atendeu às solicitações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e autorizou o secretário de Defesa, Leon Panetta, a negociar com o ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, a venda de aviões de reabastecimento e de bombas de penetração profunda (GBU-28 bunker-piercing) [33]. O Ma’ariv Israeli News Service informou que o fornecimento de tais armas a Israel visou um acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no sentido de que ele retardasse o ataque ao Irã até 2013 [34]. Contudo, fontes políticas de Israel informam que a maioria do gabinete é a favor de um ataque militar ao Irã, mesmo sem a aprovação dos Estados Unidos e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no Knesset (Parlamento), fez um discurso bem explícito e resoluto, declarando que não hesitaria em tomar qualquer iniciativa, mesmo sem o acordo do presidente Barack Obama, e citou como precedente o primeiro-ministro Menahem Begin (1977–1983), que mandou bombardear o reator do Iraque, contra a orientação de Washington e a opinião de Yitzhak Hofi, do Mossad, e Yehoshua Saguy, chefe da inteligência da IDF [35]. E, preparando a opinião pública para a guerra, acusou o Irã como a “força dominante”, por trás dos ataques de Gaza, declarando que os “grupos de terror” estão sob o seu guarda-chuva e que os israelenses poderiam imaginar o que aconteceria se estivessem armados com bombas nucleares.
Conforme percebeu Aluf Benn, editor-chefe do diário israelense Ha’aretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, desde que retornou da visita a Washington, no início de março de 2012, empenhou-se, com um warmonger, em preparar a opinião pública para a guerra contra o Irã, tentando convencê-la de que a ameaça a Israel é tangível e existencial e deve ser suprimida para evitar um “second Holocaust” [36]. Não é crível que o Irã viesse a atacar Israel com ogivas atômicas, se as produzisse. Um ataque dessa natureza massacraria também a população palestina, dentro e fora de Israel, e grande parte da população do Líbano. O “second Holocaust” a que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demagogicamente se referiu não seria somente de judeus, mas igualmente de árabes, cristãos, muçulmanos (inclusive xiitas), na Palestina e adjacências, bem como de parte da população do Irã, uma vez que Israel retaliaria da mesma forma.
Entretanto, embora para conter as pressões do lobby judaico nos Estados Unidos e dos candidatos extremistas do Partido Republicano, continuasse a afirmar que todas as opções estão sobre a meses, inclusive o “componente militar”, para impedir que o Irã adquira armas nucleares, o presidente Barack Obama deseja evitar um confronto armado e insiste na solução do impasse por meios diplomáticos, em meio ao endurecimento de sanções e operações encobertas de sabotagem e assassinatos [37], a guerra nas sombras. Não há alternativa, porquanto, em caso de um ataque aéreo ao Irã, o cenário será o do Apocalipse, quando o quarto Anjo tocou a trombeta e foram soltos os quatros Anjos, que estavam acorrentados à beira do Eufrates e se conservavam para a hora, o dia, o mês e o ano da matança da terça parte dos homens; eram 200 milhões de soldados e os cavalos, que montavam, encouraçados com uma chama sulfurosa azul, tinham crina como juba de leão, de suas narinas saíam fogo, enxofre e fumaça e uma terça parte dos homens foi morta por esses três flagelos, que lhes saíam das narinas.[38]
(*) Luiz Alberto Moniz Bandeira é cientista político e historiador, professor titular de história da política exterior do Brasil (aposentado) da Universidade de Brasília e autor de mais de 20 obras, entre as quais Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque).
NOTAS
[1] Bradley, John R. After the Arab Spring – How Islamists Hijacked the Middle East Revolts. Nova York: Palgrave –Mcmillan, 2012, pp. 95-97.
[2] Scott Malcomson. “Bahrain: The Widening Gulf”. The New York Times, March 16, 2011
[3] Jafria News. http://jafrianews.com/2012/01/25/saudi- ... -in-qatif/
[4] Alexander Cockburn. “Trouble in the Kingdom”. CounterPunch Diary – Weekend Edition October 7-9, 2011 . http://www.counterpunch.org/2011/10/07/ ... e-kingdom/
[5] http://www.lonelyplanet.com/maps/middle ... di-arabia/
[6] Frum, Darvid & Perle, Richard. An End to Evil. How To Win The War On Terror. Nova York: Ballantine Books, 2004, pp. 122-123.
Richard foi assistente do secretário de Defesa, Donald Rumsfend, durante o governo do presidente George W. Bush.
[7] “Allies meet in Abu Dhabi to discuss post Gaddafi future” Dayly Mail, 9 June 2011 – http://www.dailymail.co.uk/news/article ... ddafi.html
[8] John Barry. “America’s Secret Libya War”. The Daily Best. Aug 30, 2011.
[9] CIA – World Factbook – https://www.cia.gov/library/publication ... os/us.html
[10] U.S. National Debt Clock – The Outstanding Public Debt as of 11 Mar 2012 at 05:59:13 PM GMT – http://www.brillig.com/debt_clock/
[11] Seymour M. Hersh. “The military’s problem with the President’s Iran policy”, The New Yorker. July 10, 2006.
[12] Ibid.
[13] Iraq Body Count. http://www.iraqbodycount.org/
[14] 2012 UNHCR country operations profile – Iraq – http://www.unhcr.org/pages/49e486426.html
[15] Ibid.
[16] 2012 UNHCR country operations profile – Afghanistan – http://www.unhcr.org/cgi-bin/texis/vtx/ ... =49e486eb6
[17] GHANIZADA. “Above 30% of Afghan population facing poverty: Officials” KHAAMA PRESS | Afghan Online Newspaper. – Sun Oct 16, 10:57 pm
http://www.khaama.com/above-30-afghan-p ... icials-786
[18] “Afghanistan’s Most Vulnerable | The Poverty of War”. Afghanistan 101, Friday, February 24, 2012. http://afghanistan101.blogspot.com/2012 ... ty-of.html
[19] ‘Costs of War’ Project – Estimated cost of post-9/11 wars: 225,000 lives, up to $4 trillion. Brown University – June 29, 2011 http://news.brown.edu/pressreleases/2011/06/warcosts
[20] Joseph Lazzaro. “Afghanistan War: The Cost of War”. International Businesses Times, Nov. 3 2011. http://www.ibtimes.com/articles/243110/ ... n-iraq.htm
[21] Brady Tyson. “O sistema Interamericano depois de São Domingos” in Poltica Externa Independente, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, Ano I, nº 3, Janeiro 1966, pp. 83-108
[22] Josh Rogin. “Exclusive: New National Intelligence Estimate on Iran complete. Foreign Policy, Tuesday, February 15, 2011”.
[23] James Risen & Mark Mazzetti. “U.S. Agencies See No Move by Iran to Build a Bomb”. The New York Times. February 24, 2012.
[24] M K Bhadrakumar, “Obama gets Iran right, finally”. Asia Times, Mar 6, 2012.
[25] Ha’aretz poll: Most of the public opposes an Israeli strike on Iran“Support for Netanyahu’s Likud party is at all-time high, but Israelis still skeptical regarding attack on Iran’s nuclear facilities without U.S. backing.” Ha’aretz, 08.03.12
[26] Clement Daly. “Workers deserve one-state solution” The Eastern Echo October 5, 2011
[27] Nathan Lipson & Rony Gabay – “And the rich grew richer”
Ha’aretz, 07.06.11.
[28] Ibid.
[29] Jeremy M. Sharp (Specialist in Middle Eastern Affairs). U.S. Foreig Aid to Israel. Congressional Research Center, September 16, 2010.
[30] Ibid.
[31] Thomas R. Stauffer, Ph.D. The Costs to American Taxpayers of the Israeli-Palestinian Conflict: $3 Trillion. The Council for National Interest. Sunday, 31 July 2011 15:14
http://www.councilforthenationalinteres ... /3trillion
[32] Barak Ravid – “Netanyahu asked Panetta to approve sale of bunker-busting bombs, U.S. official says”. Ha’aretz, March 07, 2012.
[33] Ibid.
[34] Michael Kelley. “US Offers Israel Advanced Weapons In Exchange For Not Attacking Iran”. Business Insider – Military & Defense. March 08, 2012. AFP – “US ‘offered Israel new arms to delay Iran attack’.” 08.03.2012http://news.yahoo.com/us-offered-israel-arms-delay-iran-attack-005157280.html
[35] Ben Caspit. “Assessment: Security Cabinet Majority Is Pro Attack”. Ma’ariv, , 15 March 2012. Dan Margalit. “ The Prime Minister’S Verbal Poker Is Beginning To Be Successful”. Israel Hayom, 15 March 2012.
[36] Aluf Benn. “Netanyahu is preparing Israeli public opinion for a war on Iran” . Ha’aretz, 15.03.12
[37] Cerca de cinco cientistas nucleares iraniano foram assassinados desde 2007, ou pela CIA ou pelo Massad, que financia os terroristas sunitas da Majahidin-e Khalq Organization (MOC ou MeK), adversários do regime xiita no Irã.
[38] Offenbarung des Johannes (Apokalipse), 9 Kapitel . Das Neuen Testament, pp. 330-331, in Die Heilige Schrift des Alten und Neuen Testament. –Aschaffenburg: Paul Pattloch Verlag, 1965.
Fonte: CartaMaior
http://planobrasil.com/2012/03/19/israe ... more-66162
[]'s.
By Harry on março 19th, 2012
Uma guerra entre os dois países, além de massacrar, possivelmente, milhares de árabes e israelenses, bem como norteamericanos, elevaria o preço do gás e do petróleo a um nível inimaginável, catapultado para uma cifra superior a US$ 250, ou mesmo chegar US$ 500 o barril, interrompendo o comércio e causando um cataclismo na economia mundial, já abalada e deprimida, desde 2007-2008, pela crise do sistema financeiro, a partir do colapso do Lehman Brothers e outras corporações. O artigo é de Luiz Alberto Moniz Bandeira.
Luiz Alberto Moniz Bandeira
Devido à sua relevância geopolítica e geoestratégica, interligando o subcontinente indiano ao Mar Mediterrâneo, seria virtualmente inevitável o spillover da guerra contra o Irã, deflagrada por Israel com ou sem a participação dos Estados Unidos, devido às suas implicações religiosas e sectárias. Embora o número de xiitas, entre os muçulmanos, represente de 10% a 11%, contra mais ou menos 90% de sunitas, eles constituem a maioria da população do Irã, Azerbaijão, Iraque, Bahrain, minorias qualitativamente importantes em praticamente todos países do Oriente Médio e adjacências. Estão concentrados em áreas estrategicamente importantes para o Irã [1].
Na Arábia Saudita, em uma população de 19,4 milhões, os xiitas, cerca de 1,5 milhão a 2 milhões de habitantes, representam cerca 10%, mas estão concentrados em al-Qatif e al-Awamiyah, na Província Oriental, a mais rica em petróleo, onde representam 1/3 dos moradores e vivem institucionalmente discriminados, nas piores condições econômicas, proibidos de construir suas mesquitas etc [2]. As tensões são antigas. Desde 2011, a população xiita começou a protestar, com mais intensidade, e a insurgir-se, mas as manifestações pacíficas foram reprimidas brutalmente pelas tropas do rei Abdullah. Tanto nas manifestações de 24 de novembro de 2011 quanto em 24 de janeiro de 2012, diversos civis, que protestavam, pacificamente, foram mortos e milhares, presos [3]. E a mídia internacional nenhuma relevância deu a esses fatos.
Entretanto, os xiitas, concentrados em al-Qatif e al-Awamiyah, na Província Oriental, configuram um punhal apontado para o coração petrolífero do país, de onde os Estados Unidos importam cerca de 12% dos 19 milhões de barris que consumiam, a cada 24 horas, em 2011 [4]. Nos primeiros meses de 2012, diversas manifestações de protestos contra a monarquia wahhabista e os Estados Unidos ocorreram ao longo dos portos da Arábia Saudista, envolvendo Qatif (al-Qatif), Rabiyia (al-Rabeeya) e Awamiyah (al-Awamia), porto este por onde fluem mais de 2 milhões de barris de petróleo todos os dias [5].
No caso de guerra contra o Irã, os xiitas certamente voltariam a rebelar-se e atacar os campos petrolíferos lá existentes, assim como as instalações dos Estados Unidos e das companhias norteamericanas, como aconteceu em 25 de junho de 1956, quando um atentado terrorista explodiu as Khobar Towers, perto da companhia Saudi Aramco, na cidade de Dhahran, matando 19 soldados e civis americanos. A estabilidade e a integridade geográfica da Arábia Saudita estariam ameaçadas, inclusive pela secessão da Província Oriental, região de fundamental importância, não apenas econômica, mas também geopolítica e estratégica, pois está situada à margem do Golfo Pérsico e sua capital, Dammam, ligada a Bahrain pela ponte de Manama.
Os xiitas compõem cerca de 70% da população de Bahrain, estimada (2011) em 1.214.705 habitantes (cerca de 517.368 são trabalhadores estrangeiros) e poderiam, provavelmente, aproveitar as circunstâncias para também se rebelar contra o regime do emir sunita, auto-proclamado rei 2002, Hamad bin Isa al Khalifa, como o fizeram em 2011 e foram sangrentamente reprimidos pelas tropas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, que atravessaram a ponte de Manama sob a égide do Gulf Cooperation Council (GCC), a fim de sufocar as manifestações e proteger as “instalações estratégicas” lá existentes. A população xiita vive econômica e politicamente marginalizada. E suas manifestações, exigindo reformas democráticas, sob a liderança do clérigo Sheik Isa Qassim, não cessaram, reproduziram-se em março de 2012, assustando a elite sunita e a monarquia Wahhabi da Arábia Saudita.
Bahrain é um pequeno país insular, de 692 km², um arquipélago de trinta e cinco ilhas e ilhotas, no Golfo Pérsico, mas, embora sua produção atual de petróleo seja diminuta, da ordem aproximada de 239,900 bbl/d (2009 est.), tem fundamental importância geopolítica e estratégica para a Arábia Saudita e, principalmente, para os Estados Unidos. A 5ª Frota está estacionada na base naval de Manama, com 40 navios e 30.000 efetivos, e o aeroporto de Muharaq e a base aérea Sheik Isa são usados pela Força Aérea americana para as operações no Golgo Pérsico, no Mar Vermelho, no Mar Árabe e no Estreito de Hormuz. A presença militar dos Estados Unidos legitima a autocracia sunita da família al Khalifa. E se a maioria xiita assumir ou assumisse o poder em Bahrain certamente contaria com o respaldo da população da Província Oriental, que também se insurgiria na Arábia Saudita e certamente teria o suporte do Iraque e do Irã.
A guerra sectária espraiar-se-ia, também, ao Líbano, à Jordânia, recrudesceria no Iraque e na Síria, bem como na Líbia e no Iêmen, e poderia atingiria Qatar, onde os Estados Unidos construíram instalações do US Central Command (USCENTCOM) e US Army Forces Central Command (ARCENT), em Sayliyah, aquartelando duas brigadas e mais de 11.000 soldados. Na Base Aérea de Al Udeid, localizada a oeste de Doha, estão instalados o United States Central Command (USCC) e United State Air Force Central Command (USAFCC), bem como hospedada a 379th Air Expeditionary Wing da USAF e No. 83 Expeditionary Air Group RAF. De um modo ou de outro, a guerra sectária afetaria e envolveria as tropas dos Estados Unidos, dado que há décadas apóiam Israel e os regimes ditatoriais da região, inclusive a monarquia Wahhabi, absolutista e corrupta, da Arábia Saudita, e o resultado seria o incremento do anti-americanismo e o maior fortalecimento de al-Qa’ida.
O desastre econômico
Cerca de 64% das reservas mundiais de petróleo (o Irã é o quarto maior exportador) estão situadas no Oriente Médio, que supre 70% das necessidades mundiais de petróleo, e a rota do Golfo Pérsico, atravessando o Estreito de Hormuz, até o Golfo de Oman é vital para o economia mundial, uma vez que por aí passam 40% do transporte marítimo global de petróleo e a guerra inevitavelmente interromperia o fluxo de 15 Mb/d do cru para a Europa e os Estados Unidos, bem para como a China, Japão e Coréia do Sul, entre outros países. O Estreito de Hormuz seria diretamente afetado e, em conseqüência, o transporte de óleo, ainda que o Irã não o bloqueasse militarmente.
Desde o início de 2012, o preço do petróleo tipo Brent aumentou em cerca de 10% e chegou a US$ 125,98, em março, devido à instabilidade no Oriente Médio. O Irã exporta 2,5 milhões de barris de petróleo por dia, e a Opep não tem possibilidade de compensar esse volume, no caso de um ataque de Israel ao Irã. E a guerra entre os dois países, além de massacrar, possivelmente, milhares de árabes e israelenses, bem como norteamericanos, elevaria o preço do gás e do petróleo a um nível inimaginável, catapultado para uma cifra superior a US$ 250, ou mesmo chegar US$ 500 o barril, interrompendo o comércio e causando um cataclismo na economia mundial, já abalada e deprimida, desde 2007-2008, pela crise do sistema financeiro, a partir do colapso do Lehman Brothers e outras corporações, e não superada nem nos Estados Unidos nem na Europa, até 2012. Os voláteis mercados financeiros entrariam em completo pânico, com outro golpe, muito mais profundo, que atrasaria ainda mais a recuperação do crescimento econômico dos Estados Unidos e, sobretudo, da União Européia.
O ex-presidente George W. Bush, em 2003, solicitou US$ 87 bilhões para a reconstrução do Iraque e do Afeganistão. Entretanto, desde então, os Estados Unidos estão a gastar cerca de US$ 2 trilhões por ano, nas duas guerras, e menos de 5% do total foi usado para a reconstrução [6]. Só em 2011, a campanha na Líbia custou para cada contribuinte norteamericano cerca de US$ 2 milhões por dia [7]. E, ao fim do ano, os Estados Unidos haviam gastado em torno de US$ 1 bilhão, fornecendo à OTAN mísseis, aviões de monitoramento, drones e toda sorte de munição para derrubar o regime de Muammar Kaddafi e levar o país ao caos [8].
Uma conflagração, abrangendo todo o Oriente Médio, envolveria necessariamente os Estados Unidos, cuja dívida pública, em 11 de março de 2012, havia alcançado um montante de mais de US$ 15,5 trilhões, maior que o PIB, estimado em US$ 15,04 trilhões (2011) [9], e continuava a crescer cerca de US$ 4,01 bilhão por dia [10]. E seus gastos na região, que já somam trilhões de dólares, cresceriam de maneira insuportavelmente esmagadora.
Em 2002, o presidente George W. Bush (2001-2005 e 2005-2009) acusou o Irã de constituir com o Iraque e a Coréia do Norte o “eixo do mal”. E ordenou que o U.S. Strategic Command, apoiado pela Força Aérea, elaborasse planos para bombardear o Irã. Porém, dentro do Pentágono, generais e almirantes advertiram que o bombardeio do Irã provavelmente não destruiria todas as suas instalações nucleares e poderia produzir sérias conseqüências econômicas, políticas e militares para os Estados Unidos [11]. A comunidade de inteligência não havia encontrado evidência específica de atividades clandestinas ou de instalações ocultas e que os planos de guerra não eram seguros de acertá-las. E o presidente George W. Bush recuou, mas atacou o Iraque e o general Collin Powell, então secretário de Estado, até compareceu à reunião do Conselho de Segurança da ONU, em 6 de fevereiro e em 7 de março de 2003, para provar que Saddam Hussein possuía armas químicas e nucleares e era necessário urgentemente atacá-lo e derrubar seu regime. O presidente George W. Bush e o general Collin Powel mentiram. O Iraque não possuía nenhuma arma nuclear nem química.
Um oficial de alta patente do Pentágono comentou com o notável jornalista americano Seymour M. Hersh que a experiência no Iraque fora profundamente falha (deeply flawed) e havia afetado a avaliação do Irã. E acrescentou que “we built this big monster with Iraq, and there was nothing there. This is son of Iraq” [12]. Os Estados Unidos perderam a credibilidade e, nove anos depois de atacar e invadir o Iraque, onde perderam cerca de 4.486 soldados, tiveram 33.184 seriamente feridos e mataram entre 106.000 e 115.00 iraquianos [13], o presidente Barack Obama teve de retirar suas tropas, até 31 de dezembro de 2011, deixando quase todo o país arruinado, 470.000 pessoas vivendo em 382 acampamentos, em áreas inseguras, às quais faltam empregos e serviços básicos, conforme os dados da United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR) [14]. E ainda cerca de um milhão de iraquianos estão deslocados, por diversas regiões, e milhares vivem em condições miseráveis, incapazes de voltar às suas áreas de origem por causa da insegurança da situação ou da destruição de seus lares e falta de serviços básicos [15].
A situação no Afeganistão, de onde os Estados Unidos e seus aliados da OTAN estavam a planejar a retirada as tropas até o fim de 2014, não é muito diferente. Em março de 2012, o país continuava inseguro, em meio à uma situação econômica e politicamente instável, com um governo corrupto e incompetente, em meio graves problemas sociais – 1/3 da população desnutrida, menos de 1/4 com água limpa, desemprego- e 2,7 milhões de afegãos refugiados na região e cerca de 3 milhões no resto do mundo [16]. As forças dos Estados Unidos/OTAN haviam destruído casas, culturas e infra-estruturas e prosseguia o deslocamento de pessoas, cerca de 350.000, dentro do Afeganistão.
Em 16 de outubro de 2011, o ministro da Agricultura, Mohammad Asif Rahimi, revelou que mais de 30% da população afegã vivia abaixo da linha de pobreza e que era necessário investir na agricultura cerca de US% 1 bilhão por ano para evitar a crise de fome [17]. Dez anos de ocupação pelas tropas dos Estados Undos/OTAN fizeram do Afeganistão um dos países mais pobres, instáveis e inseguros do mundo [18].
Conforme o relatório “Costs of War”, preparado por acadêmicos, participantes do Eisenhower Research Project do Watson Institute for International Studies, da Brown University, as guerras no Afeganistão, Iraque e Paquistão, em dez anos, mataram 225.000 pessoas, incluindo homens e mulheres militares, mercenários das empresas privadas militares e civis. Só no Afeganistão foram mortos 137.000 civis, e mais 35.600 civis mortos no Paquistão. Até agosto de 2011 haviam morrido 5.998 soldados americanos, 43.184 foram declarados oficialmente feridos, no Afeganistão e no Iraque, e 54.592 requereram sair do teatro das Operations Enduring Freedom, Iraqi Freedom, New Dawn, por motivos médicos. E os custos financeiros situavam-se entre US$ 3.2 e US$ 4 trilhões, incluindo assistência médica e auxílio aos que estão ou estarão mutilados. Há muitos outros custos que não puderam ser quantificados, mas as guerras contra o terror, empreendidas pelos Estados Unidos, foram quase totalmente financiadas por empréstimos, juros de US$ 185 bilhões já pagos ou a pagar, e outro US$ 1 trilhão pode aumentar através de 2020 [19]. Isto significa que de 3% a 4% do custo anual das duas guerras, no valor total de US$1.27 trilhão, foi financiado com cartão de crédito, segundo Joseph Lazzaro [20].
Com duas guerras perdidas, no Iraque e no Afeganistão, do qual ainda busca uma retirada mais ou menos honrosas para as suas tropas, o presidente Barack Obama parece consciente do problema tanto econômico quanto militar. E não quer fazer uma aventura, especialmente em um ano eleitoral, embora não se possa desconsiderar o grau de “instabilidade e imaturidade” da opinião pública, nos Estados Unidos, i.e., do “seu potencial de histeria” conforme observou, há alguns anos passados, o inesquecível cientista político americano Brady Tyson [21]. A comunidade de inteligência dos Estados Unidos não está convencida de que o Irã pretenda realmente construir armas nucleares e a National Intelligence Estimate (NIE) de 2011 confirmou as conclusões de 2007 e 2010, segundo as quais o programa o programa foi paralisado desde 2003 [22]. Contudo, não descartou a possibilidade de que seja capaz de produzir bastante urânio enriquecido (HEU), que tanto serve para uso civil (geração de energia nuclear), quanto para uso militar (produção de armas atômicas).
O general James R. Clapper Jr., diretor da National Intelligence dos Estados Unidos, declarou que os especialistas americanos crêem que o Irã está a preservar a opção de produzir armamento nuclear, contudo nçao havia nenhuma evidência de que tomara essa decisão ou estivesse disposto a levar adiante esse propósito. O general David H. Petraeus, diretor da CIA, bem como o secretário de Defesa, Leon E. Panetta, e o general Martin E. Dempsey, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, fizeram a mesma avaliação em suas entrevistas na televisão [23]. E o Ayatollah Ali Khamenei, líder dos (principistas), que venceram as eleições para o Parlamento (Majlis Shora Eslami) de março de 2012, e Supremo Guardião de suas leis religiosas (Velayat-e Faqih), reiterou que o Irã não estava em busca de armas “nucleares” e estocá-las é algo “inútil e perigoso” [24].
As contradições em Israel
Mais da metade da população de Israel é contrária a atacar o Irã, segundo pesquisa divulgada pelo diário israelense Ha’aretz, e acha que, se fosse necessário, não deveria fazê-lo sozinho [25]. Mas o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do Likud, está estreitamente aliado ao partido Ysrael Beitenu, sob a liderança de Avigdor Liebermen, ministro dos Assuntos Estrangeiros, de ultra-direita, que passou a influenciar grande parte da população de Israel. De 1989, com a desintegração do Bloco Socialista, até 2011, cerca de 1 milhão de russos de origem judaica haviam emigrado para Israel, passando a constituir 1/6 da população judaica (cerca de 6 milhões), a maioria dos quais de direita, ainda com a mentalidade da guerra fria.
Por outro lado, os ultra-ordotoxos sionistas, fundamentalistas, predominam entre os 350.000 a 400.000 colonos que expandem seus assentamentos na bíblica Judéia e Samaria, i.e., na Banda Ocidental ou Cisjordânia, os territórios ocupados por Israel na guerra de 1967. Eles almejam retomar toda a Palestina ou Canaã, a Terra Prometida, a Terra de Israel (Eretz Yisrael), e influenciam cada vez mais a IDF. Contudo, conquanto ainda existam 256 Kibbutzim (16 religiosos), com cerca de 106.000 habitantes e localizados em áreas periféricas, como Arava, o sonho de Israel como sociedade igualitária já se desvaneceu.
O Adva – 2009-10 Annual Social Report demonstrou que quase 40% dos israelenses “find it difficult or very difficult to live on their current income.” [26] O diário Ha’aretz calculou que os 500 israelenses mais ricos possuem um montante US$ 75 bilhões, num país cujo PIB é de apenas US$ 205 bilhões enquanto as 20 famílias mais ricas controlam quase a metade do mercado de ações [27]. E a fortuna conjunta desses mais ricos é 25% maior do que o orçamento de Israel em 2011 [28]. São eles o principal suporte do governo da coalizão dos partidos Likud-Ysrael Beitenu, de extrema direita. E as massivas demonstrações de protesto, que culminaram, em setembro de 2011, com a marcha de 430.000 pessoas (a maior na história de Israel), em Tel Aviv, evidenciaram que as principais contradições no país não são apenas étnicas ou religiosas, mas também sociais.
Mais de 60 anos após sua constituição, Israel apresenta enorme nível de desigualdade, com uma economia inteiramente dependente dos Estados Unidos, dos quais recebem, desde 1985, US$ 3 bilhões por ano [29], a maior parte como ajuda militar, embora não cubra todas as despesas do orçamento militar, avaliado no mínimo em US$ 13 bilhões ou, aproximadamente, 7-8% do PIB, um dos mais altos do mundo [30]. O custo dos Estados Unidos, com a instabilidade no Oriente Médio, cujo epicentro é o conflito Israel-Palestina, alcançou um total de quase US$ 3 trilhões, em dólares de 2002, maior do que o custo com a guerra no Vietnã [31].
Tudo indica que a retórica de Benjamin Netanyahu, ávido por atacar o Irã, seja para pressionar o presidente Barack Obama a conceder armamentos ainda mais sofisticados e avançados a Israel, ao competir com os extremistas do Partido Republicano. O presidente George W. Bush, durante sua administração, recusou-se a vender-lhe bombas de penetração profunda (bunker-penetrating bombs) e aviões de reabastecimento, em conseqüência das estimativas de que Israel pudesse usá-los para atacar as instalações nucleares do Irã [32].
Entretanto, o Prêmio Nobel da Paz, presidente Barack Obama, atendeu às solicitações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e autorizou o secretário de Defesa, Leon Panetta, a negociar com o ministro de Defesa de Israel, Ehud Barak, a venda de aviões de reabastecimento e de bombas de penetração profunda (GBU-28 bunker-piercing) [33]. O Ma’ariv Israeli News Service informou que o fornecimento de tais armas a Israel visou um acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no sentido de que ele retardasse o ataque ao Irã até 2013 [34]. Contudo, fontes políticas de Israel informam que a maioria do gabinete é a favor de um ataque militar ao Irã, mesmo sem a aprovação dos Estados Unidos e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, no Knesset (Parlamento), fez um discurso bem explícito e resoluto, declarando que não hesitaria em tomar qualquer iniciativa, mesmo sem o acordo do presidente Barack Obama, e citou como precedente o primeiro-ministro Menahem Begin (1977–1983), que mandou bombardear o reator do Iraque, contra a orientação de Washington e a opinião de Yitzhak Hofi, do Mossad, e Yehoshua Saguy, chefe da inteligência da IDF [35]. E, preparando a opinião pública para a guerra, acusou o Irã como a “força dominante”, por trás dos ataques de Gaza, declarando que os “grupos de terror” estão sob o seu guarda-chuva e que os israelenses poderiam imaginar o que aconteceria se estivessem armados com bombas nucleares.
Conforme percebeu Aluf Benn, editor-chefe do diário israelense Ha’aretz, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, desde que retornou da visita a Washington, no início de março de 2012, empenhou-se, com um warmonger, em preparar a opinião pública para a guerra contra o Irã, tentando convencê-la de que a ameaça a Israel é tangível e existencial e deve ser suprimida para evitar um “second Holocaust” [36]. Não é crível que o Irã viesse a atacar Israel com ogivas atômicas, se as produzisse. Um ataque dessa natureza massacraria também a população palestina, dentro e fora de Israel, e grande parte da população do Líbano. O “second Holocaust” a que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu demagogicamente se referiu não seria somente de judeus, mas igualmente de árabes, cristãos, muçulmanos (inclusive xiitas), na Palestina e adjacências, bem como de parte da população do Irã, uma vez que Israel retaliaria da mesma forma.
Entretanto, embora para conter as pressões do lobby judaico nos Estados Unidos e dos candidatos extremistas do Partido Republicano, continuasse a afirmar que todas as opções estão sobre a meses, inclusive o “componente militar”, para impedir que o Irã adquira armas nucleares, o presidente Barack Obama deseja evitar um confronto armado e insiste na solução do impasse por meios diplomáticos, em meio ao endurecimento de sanções e operações encobertas de sabotagem e assassinatos [37], a guerra nas sombras. Não há alternativa, porquanto, em caso de um ataque aéreo ao Irã, o cenário será o do Apocalipse, quando o quarto Anjo tocou a trombeta e foram soltos os quatros Anjos, que estavam acorrentados à beira do Eufrates e se conservavam para a hora, o dia, o mês e o ano da matança da terça parte dos homens; eram 200 milhões de soldados e os cavalos, que montavam, encouraçados com uma chama sulfurosa azul, tinham crina como juba de leão, de suas narinas saíam fogo, enxofre e fumaça e uma terça parte dos homens foi morta por esses três flagelos, que lhes saíam das narinas.[38]
(*) Luiz Alberto Moniz Bandeira é cientista político e historiador, professor titular de história da política exterior do Brasil (aposentado) da Universidade de Brasília e autor de mais de 20 obras, entre as quais Formação do Império Americano (Da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque).
NOTAS
[1] Bradley, John R. After the Arab Spring – How Islamists Hijacked the Middle East Revolts. Nova York: Palgrave –Mcmillan, 2012, pp. 95-97.
[2] Scott Malcomson. “Bahrain: The Widening Gulf”. The New York Times, March 16, 2011
[3] Jafria News. http://jafrianews.com/2012/01/25/saudi- ... -in-qatif/
[4] Alexander Cockburn. “Trouble in the Kingdom”. CounterPunch Diary – Weekend Edition October 7-9, 2011 . http://www.counterpunch.org/2011/10/07/ ... e-kingdom/
[5] http://www.lonelyplanet.com/maps/middle ... di-arabia/
[6] Frum, Darvid & Perle, Richard. An End to Evil. How To Win The War On Terror. Nova York: Ballantine Books, 2004, pp. 122-123.
Richard foi assistente do secretário de Defesa, Donald Rumsfend, durante o governo do presidente George W. Bush.
[7] “Allies meet in Abu Dhabi to discuss post Gaddafi future” Dayly Mail, 9 June 2011 – http://www.dailymail.co.uk/news/article ... ddafi.html
[8] John Barry. “America’s Secret Libya War”. The Daily Best. Aug 30, 2011.
[9] CIA – World Factbook – https://www.cia.gov/library/publication ... os/us.html
[10] U.S. National Debt Clock – The Outstanding Public Debt as of 11 Mar 2012 at 05:59:13 PM GMT – http://www.brillig.com/debt_clock/
[11] Seymour M. Hersh. “The military’s problem with the President’s Iran policy”, The New Yorker. July 10, 2006.
[12] Ibid.
[13] Iraq Body Count. http://www.iraqbodycount.org/
[14] 2012 UNHCR country operations profile – Iraq – http://www.unhcr.org/pages/49e486426.html
[15] Ibid.
[16] 2012 UNHCR country operations profile – Afghanistan – http://www.unhcr.org/cgi-bin/texis/vtx/ ... =49e486eb6
[17] GHANIZADA. “Above 30% of Afghan population facing poverty: Officials” KHAAMA PRESS | Afghan Online Newspaper. – Sun Oct 16, 10:57 pm
http://www.khaama.com/above-30-afghan-p ... icials-786
[18] “Afghanistan’s Most Vulnerable | The Poverty of War”. Afghanistan 101, Friday, February 24, 2012. http://afghanistan101.blogspot.com/2012 ... ty-of.html
[19] ‘Costs of War’ Project – Estimated cost of post-9/11 wars: 225,000 lives, up to $4 trillion. Brown University – June 29, 2011 http://news.brown.edu/pressreleases/2011/06/warcosts
[20] Joseph Lazzaro. “Afghanistan War: The Cost of War”. International Businesses Times, Nov. 3 2011. http://www.ibtimes.com/articles/243110/ ... n-iraq.htm
[21] Brady Tyson. “O sistema Interamericano depois de São Domingos” in Poltica Externa Independente, Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, Ano I, nº 3, Janeiro 1966, pp. 83-108
[22] Josh Rogin. “Exclusive: New National Intelligence Estimate on Iran complete. Foreign Policy, Tuesday, February 15, 2011”.
[23] James Risen & Mark Mazzetti. “U.S. Agencies See No Move by Iran to Build a Bomb”. The New York Times. February 24, 2012.
[24] M K Bhadrakumar, “Obama gets Iran right, finally”. Asia Times, Mar 6, 2012.
[25] Ha’aretz poll: Most of the public opposes an Israeli strike on Iran“Support for Netanyahu’s Likud party is at all-time high, but Israelis still skeptical regarding attack on Iran’s nuclear facilities without U.S. backing.” Ha’aretz, 08.03.12
[26] Clement Daly. “Workers deserve one-state solution” The Eastern Echo October 5, 2011
[27] Nathan Lipson & Rony Gabay – “And the rich grew richer”
Ha’aretz, 07.06.11.
[28] Ibid.
[29] Jeremy M. Sharp (Specialist in Middle Eastern Affairs). U.S. Foreig Aid to Israel. Congressional Research Center, September 16, 2010.
[30] Ibid.
[31] Thomas R. Stauffer, Ph.D. The Costs to American Taxpayers of the Israeli-Palestinian Conflict: $3 Trillion. The Council for National Interest. Sunday, 31 July 2011 15:14
http://www.councilforthenationalinteres ... /3trillion
[32] Barak Ravid – “Netanyahu asked Panetta to approve sale of bunker-busting bombs, U.S. official says”. Ha’aretz, March 07, 2012.
[33] Ibid.
[34] Michael Kelley. “US Offers Israel Advanced Weapons In Exchange For Not Attacking Iran”. Business Insider – Military & Defense. March 08, 2012. AFP – “US ‘offered Israel new arms to delay Iran attack’.” 08.03.2012http://news.yahoo.com/us-offered-israel-arms-delay-iran-attack-005157280.html
[35] Ben Caspit. “Assessment: Security Cabinet Majority Is Pro Attack”. Ma’ariv, , 15 March 2012. Dan Margalit. “ The Prime Minister’S Verbal Poker Is Beginning To Be Successful”. Israel Hayom, 15 March 2012.
[36] Aluf Benn. “Netanyahu is preparing Israeli public opinion for a war on Iran” . Ha’aretz, 15.03.12
[37] Cerca de cinco cientistas nucleares iraniano foram assassinados desde 2007, ou pela CIA ou pelo Massad, que financia os terroristas sunitas da Majahidin-e Khalq Organization (MOC ou MeK), adversários do regime xiita no Irã.
[38] Offenbarung des Johannes (Apokalipse), 9 Kapitel . Das Neuen Testament, pp. 330-331, in Die Heilige Schrift des Alten und Neuen Testament. –Aschaffenburg: Paul Pattloch Verlag, 1965.
Fonte: CartaMaior
http://planobrasil.com/2012/03/19/israe ... more-66162
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
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Israelenses protestam em Tel Aviv contra ataque ao Irã
24 de março de 2012 • 20h01
Cerca de mil israelenses saíram neste sábado às ruas de Tel Aviv para realizar uma marcha contra um ataque militar do país ao Irã, na primeira manifestação deste tipo registrada no país.
O protesto, iniciado nesta tarde na praça Habima e que terminou no parque Meir, segundo informou o serviço de notícias israelense "Ynet", é o resultado de uma campanha que começou nesta semana nas redes sociais.
Mais de duas mil pessoas tinham confirmado presença na manifestação pelo Facebook, no grupo criada por Roni Edery e Mijal Tamir há uma semana. Com vídeos e fotos, a página tem uma mensagem simples: "Iranianos, nós queremos vocês. Nunca bombardearemos seu país".
Nos últimos dias dezenas de israelenses se somaram à iniciativa e postaram na rede social fotos com mensagens de amor aos habitantes do Irã. Mais de 35 mil pessoas usaram o comando "curtir" na página do projeto no Facebook.
Um internauta iraniano resolveu retribuir a iniciativa e criou um grupo no Facebook com uma mensagem parecida destinada aos israelenses. Mais de oito mil pessoas curtiram a página.
A rede cidadã contra um ataque às instalações nucleares iranianas, algo que parece cada vez mais provável, convocou o protesto de hoje sob o lema: "Israelenses contra guerra com o Irã".
A população do país está dividida sobre um possível ataque ao país árabe. Segundo uma pesquisa publicada em novembro de 2011 pelo jornal "Haaretz", 41% dos entrevistados se mostrou a favor de uma guerra contra o Irã, 39% contra e 20% está indeciso.
Um estudo realizado no início deste mês mostra que 58% da população se opõe a um ataque isolado de Israel (sem o apoio dos Estados Unidos) ao Irã. Apesar disso, mais da metade dos israelenses confiam na decisão que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, tomarem em relação ao assunto.
Israelenses protestam em Tel Aviv contra ataque ao Irã
24 de março de 2012 • 20h01
Cerca de mil israelenses saíram neste sábado às ruas de Tel Aviv para realizar uma marcha contra um ataque militar do país ao Irã, na primeira manifestação deste tipo registrada no país.
O protesto, iniciado nesta tarde na praça Habima e que terminou no parque Meir, segundo informou o serviço de notícias israelense "Ynet", é o resultado de uma campanha que começou nesta semana nas redes sociais.
Mais de duas mil pessoas tinham confirmado presença na manifestação pelo Facebook, no grupo criada por Roni Edery e Mijal Tamir há uma semana. Com vídeos e fotos, a página tem uma mensagem simples: "Iranianos, nós queremos vocês. Nunca bombardearemos seu país".
Nos últimos dias dezenas de israelenses se somaram à iniciativa e postaram na rede social fotos com mensagens de amor aos habitantes do Irã. Mais de 35 mil pessoas usaram o comando "curtir" na página do projeto no Facebook.
Um internauta iraniano resolveu retribuir a iniciativa e criou um grupo no Facebook com uma mensagem parecida destinada aos israelenses. Mais de oito mil pessoas curtiram a página.
A rede cidadã contra um ataque às instalações nucleares iranianas, algo que parece cada vez mais provável, convocou o protesto de hoje sob o lema: "Israelenses contra guerra com o Irã".
A população do país está dividida sobre um possível ataque ao país árabe. Segundo uma pesquisa publicada em novembro de 2011 pelo jornal "Haaretz", 41% dos entrevistados se mostrou a favor de uma guerra contra o Irã, 39% contra e 20% está indeciso.
Um estudo realizado no início deste mês mostra que 58% da população se opõe a um ataque isolado de Israel (sem o apoio dos Estados Unidos) ao Irã. Apesar disso, mais da metade dos israelenses confiam na decisão que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, tomarem em relação ao assunto.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Bomb Iran and it will surely decide to pursue nuclear arms
If Israel's 1981 bombing of Iraqi nuclear facilities teaches us anything, it's that the quickest way to help the Iranians make up their minds is to attack them
On 7 June 1981 a phalanx of Israeli F-16 fighter-bombers entered Iraqi airspace on the orders of the then Israeli prime minister Menachem Begin. Their mission, codenamed Operation Babylon, was to destroy Saddam Hussein's nascent nuclear programme. In less than two minutes the eight F-16s dropped 16 1,000-kg bombs on the unfinished Osirak nuclear reactor, situated 10 miles south of Baghdad. It was an audacious attack: the world's first air strike on a nuclear facility.
Begin claimed to have averted "another Holocaust" by denying Saddam "three, four, five" nuclear bombs. American politicians – from Dick Cheney to Bill Clinton – would later agree with him.
Fast forward to 2012, and the Osirak attack is constantly invoked as a template for military action against Iran. Last month Amos Yadlin, director of Israel's Institute for National Security Studies and one of the pilots who bombed Osirak, said Iraq's nuclear programme was "never fully resumed" after that attack. "This could be the outcome in Iran," he declared in the New York Times. Earlier this month the current Israeli prime minister and sabre-rattler-in-chief Benjamin Netanyahu used a speech on Iran to again praise the Osirak operation, reminding his audience of how Begin ordered the attack despite being "well aware of the international criticism that would come".
Contrary to the conventional wisdom, however, Operation Babylon was a dismal failure – and did the exact opposite of what it was supposed to do. For a start, Saddam wasn't building a bomb at Osirak. Richard Wilson, a nuclear physicist at Harvard University who inspected the wreckage of the reactor on a visit to Iraq in 1982, noted how it had been "explicitly designed" by French engineers "to be unsuitable for making bombs" and had been subject to regular inspections by both on-site French technicians and the International Atomic Energy Agency (IAEA).
"The Iraqis couldn't have been developing a nuclear weapon at Osirak," Wilson tells me, three decades on. "I challenge any scientist in the world to show me how they could have done so."
For Wilson, the Israeli raid marked not the end of Saddam's nuclear weapons programme but the beginning of it. Three months later, in September 1981, Saddam – smarting from the Osirak incident and reminded of Iraq's vulnerability to foreign attack – established a fast-paced, well-funded and clandestine nuclear weapons programme outside of the IAEA's purview. Nine years after Osirak, Iraq was on the verge of producing a nuclear bomb.
Wilson's analysis is shared today by leading non-proliferation experts, including Columbia University's Richard Betts ("there is no evidence that Israel's destruction of Osirak delayed Iraq's nuclear weapons programme. The attack may actually have accelerated it"); Emory University's Dan Reiter ("the attack may have actually increased Saddam's commitment to acquiring weapons"); and Harvard University's Målfrid Braut-Hegghammer ("it triggered a covert nuclear weapons programme that did not previously exist").
In the context of the current Iranian nuclear crisis, says Wilson, the lesson to learn from Osirak is that "you've got to be damn careful not to create the situation you're trying to avoid".
And it isn't just academics in ivory towers who are sounding the alarm. "When we talked about this in the government, the consensus was that [attacking Iran] would guarantee that which we are trying to prevent – an Iran that will spare nothing to build a nuclear weapon and that would build it in secret," revealed General Michael Hayden, George W Bush's CIA director, at a seminar in January.
Remember: the collective view of the US intelligence community is that the Iranian regime doesn't have a bomb, isn't building a bomb, and hasn't yet decided whether it even wants a bomb. If Osirak teaches us anything, it's that the quickest way to help the Iranians make up their minds is to attack them.
And what would such an attack from the air achieve? US officials concede that Iran's nuclear facilities could be up and running again within two years. What then? Do we bomb them every two years? Make it a biennial event? Or, alternatively, perhaps, go for a full-scale invasion and occupation of Iran? That, after all, would the only way to guarantee that the Iranians didn't restart their programme in the way that Saddam did.
Listen to the verdict of America's top generals. At a conference in February, General James Cartwright, the former vice-chairman of the joint chiefs of staff, was asked whether bombing Iran would prevent the self-styled Islamic Republic from obtaining nuclear weapons. "No," he replied bluntly, before adding: "You're not going to kill the intellectual capital to just rebuild the centrifuges someplace else and continue on." Fellow panellist Admiral William Fallon, the ex-head of US Central Command, tapped his shoe on the floor to indicate how only "boots on the ground" could stop the Iranians from building a bomb.
Both Barack Obama and David Cameron continue to repeat the inane mantra that "all options are on the table". They aren't. Only a madman would give the order to invade and occupy a country three times the size and population of Iraq.
It's time we stopped learning the wrong lessons from history. A bombing campaign, on the Osirak model, won't work and could make matters worse; an invasion and occupation might work but isn't "on the table".
If the goal is to prevent – and not just delay – Iran from possessing a nuclear weapons capability, then the truth is that there is no military option. The only way to end this crisis is through direct diplomacy between the US and Iran; by jaw-jaw not war-war. Everything else is noise.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree ... sfeed=true
If Israel's 1981 bombing of Iraqi nuclear facilities teaches us anything, it's that the quickest way to help the Iranians make up their minds is to attack them
On 7 June 1981 a phalanx of Israeli F-16 fighter-bombers entered Iraqi airspace on the orders of the then Israeli prime minister Menachem Begin. Their mission, codenamed Operation Babylon, was to destroy Saddam Hussein's nascent nuclear programme. In less than two minutes the eight F-16s dropped 16 1,000-kg bombs on the unfinished Osirak nuclear reactor, situated 10 miles south of Baghdad. It was an audacious attack: the world's first air strike on a nuclear facility.
Begin claimed to have averted "another Holocaust" by denying Saddam "three, four, five" nuclear bombs. American politicians – from Dick Cheney to Bill Clinton – would later agree with him.
Fast forward to 2012, and the Osirak attack is constantly invoked as a template for military action against Iran. Last month Amos Yadlin, director of Israel's Institute for National Security Studies and one of the pilots who bombed Osirak, said Iraq's nuclear programme was "never fully resumed" after that attack. "This could be the outcome in Iran," he declared in the New York Times. Earlier this month the current Israeli prime minister and sabre-rattler-in-chief Benjamin Netanyahu used a speech on Iran to again praise the Osirak operation, reminding his audience of how Begin ordered the attack despite being "well aware of the international criticism that would come".
Contrary to the conventional wisdom, however, Operation Babylon was a dismal failure – and did the exact opposite of what it was supposed to do. For a start, Saddam wasn't building a bomb at Osirak. Richard Wilson, a nuclear physicist at Harvard University who inspected the wreckage of the reactor on a visit to Iraq in 1982, noted how it had been "explicitly designed" by French engineers "to be unsuitable for making bombs" and had been subject to regular inspections by both on-site French technicians and the International Atomic Energy Agency (IAEA).
"The Iraqis couldn't have been developing a nuclear weapon at Osirak," Wilson tells me, three decades on. "I challenge any scientist in the world to show me how they could have done so."
For Wilson, the Israeli raid marked not the end of Saddam's nuclear weapons programme but the beginning of it. Three months later, in September 1981, Saddam – smarting from the Osirak incident and reminded of Iraq's vulnerability to foreign attack – established a fast-paced, well-funded and clandestine nuclear weapons programme outside of the IAEA's purview. Nine years after Osirak, Iraq was on the verge of producing a nuclear bomb.
Wilson's analysis is shared today by leading non-proliferation experts, including Columbia University's Richard Betts ("there is no evidence that Israel's destruction of Osirak delayed Iraq's nuclear weapons programme. The attack may actually have accelerated it"); Emory University's Dan Reiter ("the attack may have actually increased Saddam's commitment to acquiring weapons"); and Harvard University's Målfrid Braut-Hegghammer ("it triggered a covert nuclear weapons programme that did not previously exist").
In the context of the current Iranian nuclear crisis, says Wilson, the lesson to learn from Osirak is that "you've got to be damn careful not to create the situation you're trying to avoid".
And it isn't just academics in ivory towers who are sounding the alarm. "When we talked about this in the government, the consensus was that [attacking Iran] would guarantee that which we are trying to prevent – an Iran that will spare nothing to build a nuclear weapon and that would build it in secret," revealed General Michael Hayden, George W Bush's CIA director, at a seminar in January.
Remember: the collective view of the US intelligence community is that the Iranian regime doesn't have a bomb, isn't building a bomb, and hasn't yet decided whether it even wants a bomb. If Osirak teaches us anything, it's that the quickest way to help the Iranians make up their minds is to attack them.
And what would such an attack from the air achieve? US officials concede that Iran's nuclear facilities could be up and running again within two years. What then? Do we bomb them every two years? Make it a biennial event? Or, alternatively, perhaps, go for a full-scale invasion and occupation of Iran? That, after all, would the only way to guarantee that the Iranians didn't restart their programme in the way that Saddam did.
Listen to the verdict of America's top generals. At a conference in February, General James Cartwright, the former vice-chairman of the joint chiefs of staff, was asked whether bombing Iran would prevent the self-styled Islamic Republic from obtaining nuclear weapons. "No," he replied bluntly, before adding: "You're not going to kill the intellectual capital to just rebuild the centrifuges someplace else and continue on." Fellow panellist Admiral William Fallon, the ex-head of US Central Command, tapped his shoe on the floor to indicate how only "boots on the ground" could stop the Iranians from building a bomb.
Both Barack Obama and David Cameron continue to repeat the inane mantra that "all options are on the table". They aren't. Only a madman would give the order to invade and occupy a country three times the size and population of Iraq.
It's time we stopped learning the wrong lessons from history. A bombing campaign, on the Osirak model, won't work and could make matters worse; an invasion and occupation might work but isn't "on the table".
If the goal is to prevent – and not just delay – Iran from possessing a nuclear weapons capability, then the truth is that there is no military option. The only way to end this crisis is through direct diplomacy between the US and Iran; by jaw-jaw not war-war. Everything else is noise.
http://www.guardian.co.uk/commentisfree ... sfeed=true
- rodrigo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Poll: Most Jewish Israelis say Iran strike less risky than nuclear threat
Poll conducted by Jerusalem Center for Public Affairs finds 60% believe that only military action could stop Iran's nuclear program.
Nearly two-thirds of Jewish Israelis believe that attacking Iran to stop its nuclear program would be less harmful to Israel than living under the shadow of an Iranian nuclear bomb, a new survey shows.
The poll, conducted by Prof. Camil Fuchs for the Jerusalem Center for Public Affairs, showed that 65 percent of those asked agreed with the claim that the price Israel would have to pay for living with the threat of an Iranian bomb would be greater than the price it would pay for attacking Iran's nuclear facilities. Only 26 percent disagreed with this claim, with nine percent saying they weren't sure.
The poll questioned 505 Jewish Israelis, representing five different populations: secular, traditional, religious, ultra-Orthodox and Russian immigrants. When breaking down the response into sectors, 72 percent of the religious Zionist respondents agreed with the statement, compared to 65-66 percent of the secular and traditional respondents. Men were also more likely to support the statement than women, with 73 percent of the men questioned preferring an attack on Iran, as opposed to 56 percent of the women.
Most of those polled (60 percent) agreed that only military action could stop Iran's nuclear program, compared to 37 percent that did not agree. In this instance, too, the religious respondents were much more decisive, as were male ones, with 70 percent of the men agreeing that military reaction was the only way, compared to 50 percent of the women who agreed.
This gender gap raises the question of whether the more moderate women's viewpoint would be taken into account by the security cabinet, which would have to decide whether to actually attack. There are no women in that cabinet; Culture and Sport Minister Limor Livnat is an observer but has no vote.
Sixty-three percent of those questioned believe the Israeli home front will suffer equally whether Israel attacks Iran or the United States does, compared to 29 percent who disagreed with that statement. Sixty-four percent expressed confidence that the Israel Defense Forces could significantly damage Iran's nuclear program, compared to 29 percent who disagreed. The religious and traditional respondents were much more supportive of the IDF than the other population groups (secular, Russians and ultra-Orthodox ).
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... t-1.420688
Poll conducted by Jerusalem Center for Public Affairs finds 60% believe that only military action could stop Iran's nuclear program.
Nearly two-thirds of Jewish Israelis believe that attacking Iran to stop its nuclear program would be less harmful to Israel than living under the shadow of an Iranian nuclear bomb, a new survey shows.
The poll, conducted by Prof. Camil Fuchs for the Jerusalem Center for Public Affairs, showed that 65 percent of those asked agreed with the claim that the price Israel would have to pay for living with the threat of an Iranian bomb would be greater than the price it would pay for attacking Iran's nuclear facilities. Only 26 percent disagreed with this claim, with nine percent saying they weren't sure.
The poll questioned 505 Jewish Israelis, representing five different populations: secular, traditional, religious, ultra-Orthodox and Russian immigrants. When breaking down the response into sectors, 72 percent of the religious Zionist respondents agreed with the statement, compared to 65-66 percent of the secular and traditional respondents. Men were also more likely to support the statement than women, with 73 percent of the men questioned preferring an attack on Iran, as opposed to 56 percent of the women.
Most of those polled (60 percent) agreed that only military action could stop Iran's nuclear program, compared to 37 percent that did not agree. In this instance, too, the religious respondents were much more decisive, as were male ones, with 70 percent of the men agreeing that military reaction was the only way, compared to 50 percent of the women who agreed.
This gender gap raises the question of whether the more moderate women's viewpoint would be taken into account by the security cabinet, which would have to decide whether to actually attack. There are no women in that cabinet; Culture and Sport Minister Limor Livnat is an observer but has no vote.
Sixty-three percent of those questioned believe the Israeli home front will suffer equally whether Israel attacks Iran or the United States does, compared to 29 percent who disagreed with that statement. Sixty-four percent expressed confidence that the Israel Defense Forces could significantly damage Iran's nuclear program, compared to 29 percent who disagreed. The religious and traditional respondents were much more supportive of the IDF than the other population groups (secular, Russians and ultra-Orthodox ).
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... t-1.420688
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
e com propaganda dia sim e dia não a cada mes mais e mais querem a guerra com iran....
E la vai todo mundo pagar o preço de tal ato pois a economia mundial não vai ignorar esse conflito por mais que o iran ja tenha sanções.
E la vai todo mundo pagar o preço de tal ato pois a economia mundial não vai ignorar esse conflito por mais que o iran ja tenha sanções.
- romeo
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Re: Irã tem como se defender de Israel?
Para um ortodoxo, que não é obrigado a ir para a guerra, é mais fácil optar pelo conflito.rodrigo escreveu:Poll: Most Jewish Israelis say Iran strike less risky than nuclear threat
Poll conducted by Jerusalem Center for Public Affairs finds 60% believe that only military action could stop Iran's nuclear program.
Nearly two-thirds of Jewish Israelis believe that attacking Iran to stop its nuclear program would be less harmful to Israel than living under the shadow of an Iranian nuclear bomb, a new survey shows.
The poll, conducted by Prof. Camil Fuchs for the Jerusalem Center for Public Affairs, showed that 65 percent of those asked agreed with the claim that the price Israel would have to pay for living with the threat of an Iranian bomb would be greater than the price it would pay for attacking Iran's nuclear facilities. Only 26 percent disagreed with this claim, with nine percent saying they weren't sure.
The poll questioned 505 Jewish Israelis, representing five different populations: secular, traditional, religious, ultra-Orthodox and Russian immigrants. When breaking down the response into sectors, 72 percent of the religious Zionist respondents agreed with the statement, compared to 65-66 percent of the secular and traditional respondents. Men were also more likely to support the statement than women, with 73 percent of the men questioned preferring an attack on Iran, as opposed to 56 percent of the women.
Most of those polled (60 percent) agreed that only military action could stop Iran's nuclear program, compared to 37 percent that did not agree. In this instance, too, the religious respondents were much more decisive, as were male ones, with 70 percent of the men agreeing that military reaction was the only way, compared to 50 percent of the women who agreed.
This gender gap raises the question of whether the more moderate women's viewpoint would be taken into account by the security cabinet, which would have to decide whether to actually attack. There are no women in that cabinet; Culture and Sport Minister Limor Livnat is an observer but has no vote.
Sixty-three percent of those questioned believe the Israeli home front will suffer equally whether Israel attacks Iran or the United States does, compared to 29 percent who disagreed with that statement. Sixty-four percent expressed confidence that the Israel Defense Forces could significantly damage Iran's nuclear program, compared to 29 percent who disagreed. The religious and traditional respondents were much more supportive of the IDF than the other population groups (secular, Russians and ultra-Orthodox ).
http://www.haaretz.com/news/diplomacy-d ... t-1.420688
http://www.estadao.com.br/noticias/gera ... 6079,0.htm