gabriel219 escreveu:FIGHTERCOM escreveu:
CB Lima,
Desta forma você está ignorando os precedentes dos russos, é a isso que me refiro quando digo que você está sendo seletivo. Por que não dizer que a MB agiu de forma precipitada ao escolher os franceses sendo que poderia esperar esse acordo e negociar com os russos? Quer dizer que só a FAB agiu de "forma errada"? Esta versão defendida por você não se sustenta, não passa de uma pura implicância.
Somente um "fontado" saiu com essa versão, estranho não?!
E nem precisa dizer que o mesmo é fã de carteirinha dos russos...
Abraços,
Wesley
Não há nenhum fanatismo, o problema é o SL.
Porque escolheram o Gripen NG que não passava e não passa de um projeto? Porque não o F/A-16BR, um projeto acabado que sofreria algumas modificações? Porque não o EF-2000, um projeto acabado e que ainda existe atualizações, inclusive com novo motor EJ20X0 e o radar AESA (caso o mesmo não entrasse em serviço antes, poderia ser trocado por outro AESA)? Porque não o Su-35S, que já estava com protótipo voando e já havia data de entrada de serviço, mesmo que os Russos não garantiram a ToT?
Aliás, a Boeing garantiu a ToT? Então porque houve uma audiência no congresso de EUA tempos depois para discutir isso? Aliás, quem garantiu na concorrência a ToT, assinado no papel?
Segundo a opinião do Brigadeiro R Teomar Quirico* o que menos importa no FX2 é o avião em si:
(...) "Ou seja, o que menos importa nessa competição é o avião, uma vez que todos, com certeza, atendem às nossas necessidades operacionais; o que importa mesmo é o que o Brasil vai receber ALÉM dos aviões!! A diferença está aí e, nesse sentido, estão certíssimas nossas autoridades que dizem que a transferência de tecnologia é que será o fator primordial para a decisão, muito embora essa expressão – transferência de tecnologia – mereça algumas considerações que serão feitas ao final.
Mas o que importa no momento é ressaltar que o fator de decisão não deve ser o avião, mas o pacote de benefícios que o Brasil irá receber além da aquisição pura e simples das aeronaves.(...)"
*: Brigadeiro do Ar RR Teomar Fonseca Quírico, possui vasta e longa experiência como piloto de caça (com cerca de 2000 horas de vôo) e participante dos projetos AMX e SIVAM:
Principais Funções Exercidas:
- Oficial de Segurança de Vôo
- Chefe da Seção de Instrução do 1º Grupo de Caça
- Chefe do Grupo de Acompanhamento e Controle do Projeto AMX junto à EMBRAER
- Membro da Representação do Ministério da Aeronáutica na Itália do Projeto AMX
- Primeiro Comandante da Primeira Unidade Aérea da Aeronave AMX na FAB
- Comandante da Base Aérea de Santa Cruz
- Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA)
- Presidente da Comissão de Implantação do Projeto do Sistema de Vigilância da Amazônia (CCSIVAM)
Projetos de Implantação de que Participou:
- como cadete: implantação da primeira aeronave a jato de instrução avançada
- como tenente e capitão: implantação da aeronave F-5B/E
- como major e tenente-coronel: desenvolvimento e implantação da aeronave AMX
- como coronel e brigadeiro: desenvolvimento e implantação do projeto SIVAM
Ou seja, é a opinião de alguém que entende um pouco do riscado.
Por outro lado, segundo relato de Luis Nassiff sobre o FX2, com base em contatos que ele fez com seus companheiros de Governo:
Em abril de 2008, Lula mandou reativar o projeto, que tinha sido paralisado devido à crise econômica de 2005. Incumbida de levantar as propostas, a FAB pediu novas informações aos concorrentes. Cinco haviam se apresentado: a Boeing F/A18, a Dassault Rafale, a Eurofighter Typhoon, a Lockeed MArtin F-16, a Saab Gripen e o Sukhoi Su-35.
Em outubro, foram eliminados a Eurofighter, a Lockeed e o Sukhoi. O primeiro, pelo fato de ser um consórcio europeu de vários países, o que dificultaria a transferência de tecnologia. A Lockeed, por não haver informações mais precisas sobre o controle que detinha sobre a tecnologia. E a Sukhoi por não aceitar falar em transferência de tecnologia. Ficaram F18, da Boeing, o novo Gripen NG, que ainda não existe, e o Rafale.
A FAB prosseguiu com os trabalhos e, em outubro de 2008, pediu para as três finalistas a oferta final. Começou a trabalhar, então, em um relatório com os detalhes técnicos das propostas, aspectos individuais dos aviões, preço e custo de manutenção.
Se há alguém bem informado sobre o que ocorre nas entranhas do Governo, esse é Luis Nassiff, que possui emprego na TV Brasil do Governo.
Agora eu pergunto, com base em que se poderia ter sido selecionada uma SL diferente? Búzios? Gosto pessoal?!
Se fosse uma compra de prateleira, concordo que o SL, com grande probabilidade, seria diferente. Mas o FX2 foi não foi isso. Foi tudo menos isso.
[]s