Fórum Defesa Brasil

vplemes escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:17 am Curiosidade minha. Quais partes desenvolvemos? O que é nacional nesse míssil? Quais sistemas serão fabricados aqui?

Eu sei que os US$52 milhões que o Brasil pagou para o desenvolvimento do míssil é nacional...

Não sei como ficou a divisão de trabalho, então é só especulação, mas é possível um trabalho conjunto, quer dizer, não algo como X faz o buscador e Y faz o motor, mas com X e Y trabalham no buscador e motor, e no fim, quase todo ele deve ser fabricado no Brasil, se é que vai receber alguma encomenda.

Marechal-do-ar escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:44 am
Eu sei que os US$52 milhões que o Brasil pagou para o desenvolvimento do míssil é nacional...

Não sei como ficou a divisão de trabalho, então é só especulação, mas é possível um trabalho conjunto, quer dizer, não algo como X faz o buscador e Y faz o motor, mas com X e Y trabalham no buscador e motor, e no fim, quase todo ele deve ser fabricado no Brasil, se é que vai receber alguma encomenda.

Sei lá, Marechal véio, já leste ou ouviste falar em seeker brazuca naquele tamanho? Sou meio pessimista, vide o radar Scipio, onde ficamos com a carcaça e os Italianos com o filé...

Olha Túlio, eu tenho quase certeza que tem muita propina e pouco trabalho em cima do A-Darter, a gestão do programa como um todo está muito errada, mas ali eu escrevi um "quase", então, é possível que haja mais trabalho.

Túlio escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:41 am Eu ia ADORAR ver um F-5, desses que praticamente se desmancham no ar, decolando com um Msl de quase uma tonelada e meia, melhor checar o ejetor...

Well, falaram em versão aerolançada. Pode se presumir daí que seja algo que um caça possa levar.
A empresa está trabalhando em cima da atualização do AM-39. Além disso aqui mesmo no DB eu li que a Avibras naturalmente proporia versões anti navio do AV-MT, tanto sup-sup como ar-sup.
Eu duvido que a Avibras fique satisfeita apenas com a versão básica do seu míssil, sabedora de suas potencialidades e, das necessidades das ffaa's.
Dado que é quase impossível saber o que eles andam fazendo lá dentro, eu não ficaria surpreso se ano que vem na Laad algumas novidades sejam apresentadas ao mercado.

Abs

A FAB através da COPAC detém hoje a gestão do programa de defesa AAe das ffaa's.
Pode ser que daí saia alguma coisa em relação a novos investimentos e soluções a partir de projetos e produtos feitos aqui ou em parceria com outros países.
Existe, na teoria, uma convergência no sentido de se obter o máximo de sinergia entre os diversos programas das três forças no que compete a mísseis.
Se tal sinergia de esforços é objetivos se transformará efetivamente em algo concreto, só o tempo irá dizer.
Aliás, tempo é o que parece nós temos de sobra.

Abs

Pelo menos 18 A-Darters foram encomendados. Se houve mais encomendas, não sei.

Aliás, apenas se pôde saber desses 18 porque estava num dos 3 contratos que a FAB assinou com a SAAB que foram alvo de investigação do Ministerio Público e acabou vazando para a imprensa.

nos testes de lançamentos reais de fevereiro de 2015, o míssil fez curvas "acima" de 25g (não foi especificado o quanto, mas mesmo assim, acima de 25g, já era um excelente desempenho), é um míssil com uma cabeça de guiagem moderna, de detecção por UV, imune a flares.

Pela materia da jane's recentemente, para perseguir alvos, ele realizou curvas de 180 graus, demostrando a amplitude de detecção da cabeça de guiagem. É um míssil de características de 5ª geração.

Os objetivos do programa de desenvolvimento foram atingidos. 12 anos de desenvolvimento (prazo não muito longo para desenvolver um míssil desses). E tudo isso a um custo para a FAB de USD 52 milhões. Muito positivo.

Túlio escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:24 am

vplemes escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:17 am Curiosidade minha. Quais partes desenvolvemos? O que é nacional nesse míssil? Quais sistemas serão fabricados aqui?

Tenho a mesma pergunta. E acrescento: dentro do atual e previsível futuro econômico e geopolítico, o que podemos fazer do A-Darter?

Porque nem vou mais gastar espaço falando em quão vantajoso seria um Programa tipo BR-CAMM (lembrar, o citado CAMM não é mais do que um a evolução multipropósito do ASRAAM, que inclusive tem as mesmas dimensões e peso do A-Darter)...

Seria melhor especularmos em 2020. O cenário político e econômico (consequentemente impacta na Defesa) atual é de muita incerteza.

Mas a FAB vai adquirir outros lotes do A-Darter e integrá-lo ao GripenNG. O mais difícil já foi superado.

knigh7 escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:24 pmacima de 25g, já era um excelente desempenho

Na verdade não, falar em carga G é bem genérico, mas ai estão sendo modestos demais, se procurar vai achar alegações de Pyton 5, AIM-9X, Iris-T e ASRAM puxando de 50g a 100g.

knigh7 escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:07 pmPelo menos 18 A-Darters foram encomendados.

Depois de gastar 52 milhões para desenvolver espero que sejam encomendados bem mais do que 18, ou então o pessoal que chama o AMX de F-32 que passe a chamar o A-Darter de AIM-90X.

Qualquer tentativa de análise ou previsão dos projetos/programas da defesa hoje não passa de mera especulação.
A pindaiba orçamentária no curto prazo é tão surreal que vamos ter muito trabalho para manter o forum funcionando até 2022, de tão ruim são as expectativas.
Garimpar novidades vai ser o trabalho da hora. O resto é continuar a esperar por dias melhores que nunca chegam.

Abs

Marechal-do-ar escreveu: ↑Seg Set 24, 2018 9:06 am

knigh7 escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:24 pmacima de 25g, já era um excelente desempenho

Na verdade não, falar em carga G é bem genérico, mas ai estão sendo modestos demais, se procurar vai achar alegações de Pyton 5, AIM-9X, Iris-T e ASRAM puxando de 50g a 100g.

como eu escrevi, foram testes de 3 anos e meio atrás ( quando ainda faltava desenvolvimento para ele).

Marechal-do-ar escreveu: ↑Seg Set 24, 2018 9:06 am

knigh7 escreveu: ↑Dom Set 23, 2018 11:07 pmPelo menos 18 A-Darters foram encomendados.

Depois de gastar 52 milhões para desenvolver espero que sejam encomendados bem mais do que 18, ou então o pessoal que chama o AMX de F-32 que passe a chamar o A-Darter de AIM-90X.

Nas atuais condições orçamentárias tenho dúvidas que a FAB irá encomendar um grande lote. É mais provável que seja em pequenos lotes, como os 18, até sair do sufoco.

"Só pra formar doutrina."®

PS: mas realmente, pelo o que foi divulgado temos um puta de um míssil WVR muito bom pros nossos futuros Gripens.

É bom lembrar que como reza a tradição por estas bandas, tudo que é feito no Brasil tem que primeiro provar que é bom, e só depois disso, muito depois diga-se, começamos a falar em quantidades.
O problema dessa logica tupiniquim é que levamos tanto tempo tentando provar que o produto nacional é realmente bom, com compras a conta gotas e usos inexpressivos, que quando finalmente se dá o ok, ele já ficou ultrapassado. Além, é claro, de jamais descontinuar as compras de seus homólogos e concorrentes em quantidades objetivamente significativas. Mesmo que não sirvam de grandes coisa na eventualidade de um conflito real.
E assim vamos. Compramos 18 unidades outro dia, vamos levar uns 18 anos decidindo se compramos mais ou não, sem considerar que nesse meio tempo nem 1/3 desses mísseis chegará a sair de algum trilho do F-39 ou qualquer coisa que voe na FAB, nem que seja só para demonstração ou prova de conceito.
O legal mesmo é botar o pessoal das comissoes lá fora pra trabalhar.

Abs

knigh7 escreveu: ↑Seg Set 24, 2018 6:40 pm

Marechal-do-ar escreveu: ↑Seg Set 24, 2018 9:06 am

Depois de gastar 52 milhões para desenvolver espero que sejam encomendados bem mais do que 18, ou então o pessoal que chama o AMX de F-32 que passe a chamar o A-Darter de AIM-90X.

Nas atuais condições orçamentárias tenho dúvidas que a FAB irá encomendar um grande lote. É mais provável que seja em pequenos lotes, como os 18, até sair do sufoco.

Você defende um lote de Pave hawks, mas toma os mísseis como difíceis de serem adquiridos? não entendi