Bolovo escreveu:Pqp, eu perdi um baita texto que escrevi aqui. Mas vou resumir.
O Apache já foi atingido várias vezes pela lateral, inclusive com armas leves. Em 2003, durante um ataque a cidade iraquiana de Karbala (um ataque com 31 Apaches, onde um caiu por desorientação, um foi derrubado e todos os outros 29 foram atingidos), um piloto foi atingido no pescoço por um tiro de Kalashnikov (se recuperou e voltou a unidade depois). No Afeganistão viralizou esse vídeo de um Taleban acertando com tiros o piloto de um Apache:
http://www.youtube.com/watch?v=gdpsiXOUVmg
Ou seja, é possível sim atingir o Apache pela lateral, apesar da muito inteligente solução adotada. Os russos preferiram uma solução mais pesada e blindaram a célula de habitação do Havoc quase que completamente. Isso não faz um ser melhor que o outro, são apenas diferentes. Eu já disse aqui, considero o Apache o melhor helicóptero de ataque do mundo. A última versão, a Guardian, que é mais rápido, carrega mais, tem capacidade de controlar UAV e etc é uma coisa de outro mundo. Mas como já sabemos aqui, foi eliminado pelo EB que cogita Viper, Havoc e Mangusta. Portanto essa comparação com o Apache nem faz sentido.
Eu não sei como o EB quer organizar esses novos helicópteros de ataque. Eu duvido muito que vão fazer uma batalhão de ataque dedicado como é nos EUA pela questão dos números. Creio que irão espalha-los pelos atuais BAvEx. Como o EB vai continuar com os seus Fennecs modernizados, creio que esses poderiam se dedicar a função de reconhecimento e o novo helicóptero se dedicar ao ataque, mais ou menos como é hoje no Iraque com a dupla Bell 407 e Havoc/Hind (e como era antigamente com Apache e Kiowa).
Um BAvEx é composto normalmente por uma esquadrilha de reconhecimento e ataque (com um pelotão de reconhecimento e dois de ataque) e duas esquadrilhas de emprego geral (com três pelotões de emprego geral cada). Cada pelotão tem 4 helicópteros em suas funções. Por vários motivos, creio que o Havoc seja a opção ideal ao EB. Ou seja, equiparia cada BAvEx com 4~5 Fennec, 8 Havoc e 24 Caracal/Blackhawk. Como o EB quer 24 helicópteros de ataque, seria possível equipar três batalhões nessa esquema que eu montei. Eu tentaria as coisas por aí.
Bingo!
Incluir o AH-64 Apache no debate visto que ele não faz parte da lista cogitada pelo Exército (Viper, Mangusta e Mi-28N) é tergiversar, ou dar vazão à vaidade ideológica. E desta lista cogitada temos apenas um que sobressai com uma extrema "qualidade guerreira", considerando tal "guerreira qualidade" como a capacidade de receber castigo e proteger os tripulantes: Mi-28N.
O Mi-28N também se distingue em outros requisitos, diga-se.
Mas, pelo que me chega o requisito do EB, ou melhor, a preocupação maior seria com o custo da hora/voo e de manutenção geral, e neste contexto o Mangusta foi eleito como imbatível. Ou seja, para o Exército Brasileiro é um pensamento correto mandar os seus militares a guerra em uma aeronave limitada em termos de proteção e carga bélica, onde os tripulantes ficam expostos ao fogo inimigo, aliás, mesmo a munição...
Alguém aí me explica que espécie de solução de engenharia é aquela de fazer a fita correr externamente protegida por uma antepara. Por favor, quem poderia justificá-la?