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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Ter Dez 07, 2010 10:56 pm
por DELTA22
PQD escreveu:
Marino escreveu:Brasil reconhece Estado palestino

Publicada em 03/12/2010 às 14h14m
Roberto Maltchik

BRASÍLIA - O Brasil reconheceu o Estado palestino, considerando as fronteiras de 1967, o que significa identificar todos os territórios ocupados na Cisjordânia (Jerusalém Oriental e arredores) como parte da nação palestina. A decisão, comunicada no início da tarde desta sexta-feira pelo Palácio do Itamaraty, atende a um pedido formalizado em carta enviada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 24 de novembro.

(...)

quero ver a repercução disso
06/12/2010 - 17h13
Argentina reconhece Estado palestino em fronteiras de 1967; Israel critica medida

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Argentina reconheceu o Estado palestino dentro das fronteiras existentes antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, informou a chancelaria do país nesta segunda-feira. O reconhecimento foi feito em uma carta pessoal da presidente argentina, Cristina Kirchner, ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, informou o chefe da diplomacia argentina, Héctor Timerman.

A medida atende a um pedido feito pelo presidente palestino durante visita a Buenos Aires no ano passado e ocorre três dias após decisão similar anunciada pelo Brasil.

Israel classificou como "lamentável" e "decepcionante" a decisão argentina. Esta lamentável decisão em nada ajudará a mudar a situação entre Israel e os palestinos", afirmou o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Yigal Palmor.

Segundo Palmor, "é uma declaração decepcionante que vai contra o espírito dos acordos entre Israel e os palestinos, e contra as negociações de paz".

Ele disse também que, "se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, há outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica".

Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a região oriental de Jerusalém, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza --territórios agora reconhecidos pelo governo argentino como parte do Estado palestino.

Palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de um futuro Estado independente, mas Israel considera a cidade como sua capital eterna e indivisível.

DECISÃO ARGENTINA

"O governo argentino compartilha com seus sócios do Mercosul, Brasil e Uruguai, que chegou o momento de reconhecer a Palestina como um Estado livre e independente", disse O chefe da diplomacia argentina, Héctor Timerman.

"Valorizamos altamente a decisão argentina de reconhecer o Estado palestino com suas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém Oriental como sua capital, porque esta atitude coloca em pé de igualdade as partes envolvidas no conflito", disse em nota o embaixador palestino na Argentina, Walid Muaqqat.

A chancelaria argentina disse que o reconhecimento é parte de sua postura tradicional de defender "o direito do povo palestino em constituir um Estado independente, assim como o direito do Estado de Israel de viver em paz junto aos seus vizinhos, dentro de fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas".

A Argentina indicou que seu reconhecimento se soma a mais de cem Estados e é reflexo do crescente consenso da comunidade internacional sobre o status da Palestina "assim como o interesse generalizado para que aconteçam avanços decisivos no processo de paz".

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/8415 ... dida.shtml

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Ter Dez 07, 2010 11:02 pm
por Bolovo
"se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, há outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica"

E quais seriam esses outros meios?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Ter Dez 07, 2010 11:03 pm
por Hader
"Paz" é quando eu ganho tudo que eu quero. O resto é conflito.

[]'s

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Ter Dez 07, 2010 11:34 pm
por pafuncio
Bolovo escreveu:"se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, há outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica"

E quais seriam esses outros meios?

Não hostilizar uma das maiores colônias judaicas do mundo ...

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 12:51 am
por FOXTROT
pafuncio escreveu:
Bolovo escreveu:"se a Argentina quisesse fazer uma verdadeira contribuição à paz, há outros meios, diferentes de um gesto de pura retórica"

E quais seriam esses outros meios?

Não hostilizar uma das maiores colônias judaicas do mundo ...
Isso é brincadeira, dizer que um Estado tem o Direito Soberano de existir como tal, e que o meu país reconhece agora é sinônimo de hostilizar?

Saudações

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 7:58 am
por Penguin
Rússia faz acordo com a UE e está a um passo da OMC
Para poder ingressar na Organização Mundial do Comércio, no entanto, o país terá de superar impasse comercial com o Brasil
08 de dezembro de 2010 | 0h 00

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A Rússia fechou um acordo com a União Europeia (UE) e anunciou que, com o entendimento, está finalmente a um passo de sua adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o impasse agora é com o Brasil. Moscou cortou pela metade o acesso de produtos brasileiros ao seu mercado e o Itamaraty insiste que quer o mesmo acesso que os russos concedem a europeus e americanos.

Para a adesão de um país na OMC, cada candidato precisa fechar acordos comerciais com os membros da entidade. Por anos, o Brasil vem declarando seu apoio à adesão do Kremlin à entidade. No início do governo Lula, o Itamaraty chegou a fazer uma troca: apoiava a adesão da Rússia e, em troca, recebia o apoio do Kremlin para a adesão do Brasil ao Conselho de Segurança da ONU.

Hoje, porém, a constatação é de que o apoio político não se traduziu em benefícios comerciais. Para acomodar europeus e americanos, os russos simplesmente cortaram pela metade a cota oferecida no início ao Brasil para a exportação de suas carnes ao mercado da Rússia, um dos mais importantes para o País.

Fontes no setor privado brasileiro, portanto, acusam Moscou de ter preterido o Brasil para garantir acordos com Washington e Bruxelas. Pela lógica do Kremlin, se um acordo fosse fechado com Europa e Estados Unidos, dificilmente a adesão da Rússia à OMC seria freado.

Mas não é isso que diz agora a diplomacia brasileira, irritada com o comportamento dos russos nos últimos meses e com um sentimento de traição. Afinal, Moscou faz parte dos Brics, estabeleceu alianças com o governo Lula e ainda atua em alguns foruns internacionais em cooperação com o Itamaraty.

Cota de carne. No lado comercial, porém, as coisas são bem diferentes. O Brasil exporta por ano mais de US$ 2 bilhões em carnes ao mercado russo. Mas, para 2011, o Kremlin anunciou que irá cortar pela metade a cota que dará para a exportação de carne suína nacional em 2011, limitando as vendas do País em apenas 250 mil toneladas. O problema é que esse volume ainda seria congelado por uma década, freando a expansão que as exportações brasileiras registraram nos últimos anos e garantindo o controle do mercado a europeus e americanos. Em 2010, a cota recebida pelo Brasil era de mais de 470 mil toneladas.

Moscou reduziu ainda em 60% a cota para as exportações de frango brasileiro a partir de 2010, também congelando os volumes por um tempo indeterminado. Por isso, diplomatas brasileiros que nesta semana se reúnem com o Kremlin insistem que não há um acordo para a adesão ainda da Rússia à OMC, como insinuou Moscou ontem.

Para Brasília, Moscou não deve se limitar a comemorar acordos com Bruxelas e Washington, pensando que o restante estaria disposto a aceitar a condição oferecida.

Se a atual proposta for mantida, ela basicamente congelaria o domínio americano e europeu sobre o mercado de carnes na Rússia, colocando o Brasil apenas para disputar uma fatia marginal das vendas.

Além disso, estabeleceria uma realidade que permitiria que os russos aumentem sua produção nacional, reduzindo suas necessidades de importação. Isso porque Moscou quer preservar seu direito a dar subsídios de quase US$ 10 bilhões ao ano para o campo.

O acordo foi possível depois que a UE aceitou o compromisso de Moscou de dar novas cotas para as exportações de bens agrícolas e carnes, além de remover tarifas de exportação para madeira. Outro ponto era a cobrança de taxas sobre o transporte ferroviário.

A Rússia é o terceiro maior parceiro comercial da UE, fonte de 60% da importação do gás que consome e tendo um papel estratégico fundamental.

Para o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, o acordo com a UE transforma a perspectiva da adesão da Rússia à OMC "em uma realidade". Isso porque a UE é o maior parceiro comercial dos russos.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 11:16 am
por marcelo l.
Por sinal procurei no google e só encontrei a notícia em português na coluna do PML e no globo, é sintomático que não saia uma notícia, afinal se o Brasil não foi uma maravilha, apesar do melhor, os países financiadores das ONGs ficaram atrás...

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/

Confesso que algumas boas notícias me deixam mais preocupado do que feliz.

Por exemplo: num total de 60 nações, o Brasil foi o país melhor avaliado em matéria de combate às mudanças climáticas. A pontuação do Brasil foi de 68 pontos. Atrás, vieram a Suécia, com 67,4 pontos, depois o Reino Unido e a Alemanha (65,3) e a França. A China, maior poluidora do mundo, ficou em 52a. posição. Os Estados Unidos ficaram em 53a.

É certo que o desempenho global na matéria foi tão fraco que as 3 primeiras colocações ficaram vagas, pois ninguém atingiu a pontuação mínima necessária.

Mesmo assim, num universo onde tudo é relativo, o Brasil ficou numa ótima posição. Seria uma classificação digna de festa — mas não é assim. Não li nenhum comentário festivo, entre nossos verdes, oficiais ou paralelos. Pelo contrário. O pessoal do ramo não perdeu a oportunidade para dar bronca e dizer que o Brasil deveria “fazer mais.”

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 12:18 pm
por Rock n Roll
marcelo l. escreveu:Por sinal procurei no google e só encontrei a notícia em português na coluna do PML e no globo, é sintomático que não saia uma notícia, afinal se o Brasil não foi uma maravilha, apesar do melhor, os países financiadores das ONGs ficaram atrás...

http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/

Confesso que algumas boas notícias me deixam mais preocupado do que feliz.

Por exemplo: num total de 60 nações, o Brasil foi o país melhor avaliado em matéria de combate às mudanças climáticas. A pontuação do Brasil foi de 68 pontos. Atrás, vieram a Suécia, com 67,4 pontos, depois o Reino Unido e a Alemanha (65,3) e a França. A China, maior poluidora do mundo, ficou em 52a. posição. Os Estados Unidos ficaram em 53a.

É certo que o desempenho global na matéria foi tão fraco que as 3 primeiras colocações ficaram vagas, pois ninguém atingiu a pontuação mínima necessária.

Mesmo assim, num universo onde tudo é relativo, o Brasil ficou numa ótima posição. Seria uma classificação digna de festa — mas não é assim. Não li nenhum comentário festivo, entre nossos verdes, oficiais ou paralelos. Pelo contrário. O pessoal do ramo não perdeu a oportunidade para dar bronca e dizer que o Brasil deveria “fazer mais.”

Prezado, algumas coisas posso comentar...
Quando iniciei na carreira offshore 26/27 anos atrás, via coisas que não vejo mais.
Sou contra a proibição ( coisa dos "verdes" ) do descarte in loco de restos de comida das unidades sem passar pelo triturador. Minha opinião.
Os restos de comida estimulavam a presença de uma variedade IMENSA de peixes que cresciam e se multiplicavam a olhos vistos. Estimulando a presença de muitos outros de valor comercial.
Com a obrigação de triturar os alimentos os peixes SUMIRAM. Cardumes que cercavam, literalmente, unidades GRANDES simplesmente desapareceram.
Hoje em dia o funcionário que descartar papel, ou mesmo um copo plástico pela borda corre o risco de ser demitido por justa causa. O funcionário recebeu treinamento sobre Meio Ambiente.
A gritaria sobre a atividade offshore no Brasil é sempre cercada de desinformação proposital, ignorância e, ou segundas intenções.
Acredite, sabemos que o potencial de poluição da atividade é imenso, mas hoje praticamos no país um procedimento absolutamente rígido por parte dos participantes. A punição profissional chega para quem infringe. Estamos mais adiantados que muitos estrangeiros, seja no procedimento quanto na abrangência e comportamento. O problema continua sendo a LEPRA, no sentido corrosivo e agravante, da sistemática da justiça no nosso país.
Já houve caso de gringo fazendo m... e saindo impune por motivo$$ mis.
Além do fato de não possuirmos uma Guarda Costeira, inclusive com poder de polícia, mas é outra opinião minha.
Os "verdes" não falam bem da nossa atividade por que não passam 15 ou 30 dias consecutivos no mar. Se o fizessem pelo menos duas ou três vezes por ano seriam um pouco menos ignorantes, ou dados a factóides. O "verde" no Brasil é um vegetal que se alimenta de mídia, fertilizado pela vaidade, sem holofotes morre.
Depois eu conto sobre o milagre das baleias no litoral norte do RJ, todo o litoral do ES, e sul da Bahia...
Às ordens.
[]'s

Debater é Preciso.

[005] [005] [005]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 1:15 pm
por Crotalus
E por falar em verdes, aqui vai uma opinião forte. As atividades dos ecochatos e esquerdistas no Brasil prejudicam e entravam nosso desenvolvimento em diversas áreas. Isto não é novidade! São contra nossa política nuclear, contra as hidroelétricas (Belo Monte...) e termoelétricas, etc..., etc... Portanto eles estão servindo ingênuamente ou coniventemente a quem não deseja nosso desenvolvimento. O Brasil poderoso não interessa à "hegemonia"... Assim sendo estes caras aviltam nossa soberania em detrimento da de outros países (ou outro país?).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 1:25 pm
por Crotalus
Agora é sobre o Wikileaks: As informações ditas secretas já tinham sido divulgadas pela mídia bastarda. Poucas e insignificantes informações são inéditas. Vejam um bom exemplo:
S E C R E T SECTION 01 OF 04 BRASILIA 001216

SIPDIS

DEPARTMENT FOR S/CT SHARI VILLAROSA AND WHA.

EO 12958 DECL: 10/02/2019
TAGS PREL, PGOV, PTER, PINR, BR
SUBJECT: BRAZIL: SCENESETTER FOR OCTOBER 5-7 VISIT OF S/CT
DEPUTY COORDINATOR OF REGIONAL AFFAIRS SHARI VILLAROSA
REF: A. A. BRASILIA 01206 B. B. BRASILIA 00156 C. C. BRASILIA 01095

Classified By: Political Counselor Steve Liston, reason: 1.4 (b) and (d )
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Introduction
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¶1. (C) The relationship between the United States and Brazil is as productive and broad-based as it has ever been in recent decades, the result of the cordial personal connection already established between President Obama and President Luiz Inacio Lula da Silva, which is building on Lula,s excellent relationship with former President Bush. New cooperation mechanisms on biofuels, business issues, and economic matters, and our shared goals of fostering hemispheric stability, promoting democracy, developing a consensus on next steps for climate change, and achieving a mutually satisfactory conclusion to the Doha round of WTO negotiations have fostered the view in Brazil that relations between our two countries are closer than ever. Brazil appears to be headed for a rapid recovery from the effects of the global financial crisis, and Lula remains as popular as ever as the country turns its focus on the race to succeed him in January 2011.
¶2. (C) Internationally, U.S.-Brazil cooperation is often limited by the GOB,s unwillingness to speak out against anti-democratic actions in the hemisphere (Venezuela and Cuba), take proactive steps to address key issues such as nuclear nonproliferation and counterterrorism concerns, and expand its international leadership in meaningful ways. However, military-to-military relations are good and growing, and most of the Brazilian military understands the potential benefits of partnership with the United States. At the operational level, cooperation on law enforcement issues, such as counternarcotics, container security, and intelligence sharing, is excellent and improving. As the most senior official in S/CT to visit Brazil in several years, your visit provides an opportunity to highlight the importance of a regional approach to counterterrorism efforts and to explore new avenues for cooperation in that field.

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Counterterrorism: Operational Partnership, Policy Intransigence, Legal Weakness
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¶3. (S) The primary counterterrorism concern for both Brazilian officials and the U.S. Mission in Brazil is the presence and activities of individuals with links to terrorism-particularly several suspected Sunni extremists and some individuals linked to Hizballah-in Sao Paulo and other areas of southern Brazil. Despite publicly expressed sentiments of high-level officials denying the existence of proven terrorist activity on Brazilian soil, Brazil,s intelligence and law enforcement services are rightly concerned that terrorists could exploit Brazilian territory to support and facilitate terrorist attacks, whether domestically or abroad, and have focused their efforts in the areas of Sao Paulo, where the vast majority of Brazil,s estimated 1.2-1.5 million Muslims live; Brazil,s tri-border areas with Argentina and Paraguay and with Peru and Colombia; and its borders with Colombia and Venezuela. Brazil,s recognition of the potential threat from terrorism prompted a reform of the Brazilian Intelligence Agency (ABIN) that raised the profile of the issue by upgrading the counterterrorism division to the department level and establishing the Brazilian Intelligence System (SISBIN)-an NCTC-like entity within ABIN to coordinate intelligence gathering and sharing across the GOB.

¶4. (C) During an early July 2009 hearing before a Congressional committee (ref A), the Brazilian Federal Police,s head of intelligence publicly admitted that XXXXXXXXXXXX had performed duties for the terrorist group, ranging from propaganda, to logistics, recruitment, and other activities. Because Brazil lacks counterterrorism legislation, the DPF arrested him on charges of hate crimes, which carry a much lighter sentence.

¶5. (SBU) The Brazilian government continues to be a cooperative partner in countering terrorism and related activities that could contribute to the facilitation of attacks in the region or elsewhere-to include investigating potential terrorism financing, document forgery networks, and other illicit activity. Operationally, elements of the GOB responsible for combating terrorism -- the Federal Police, Customs, and to a lesser extent ABIN -- effectively work with their U.S. counterparts and diligently pursue investigative leads provided by U.S. intelligence, law enforcement, and financial agencies regarding terrorist suspects. The senior levels of the Brazilian government, however, publicly deny the possibility that terrorist groups or individuals connected to such groups operate or transit through Brazilian soil and vigorously protest any claims made by U.S. authorities to that effect.

¶6. (C) The Brazilian government and non-government elite shows particular sensitivity when USG officials raise a key issues, including the re-establishment of the Fourth Fleet, sovereignty over their recent off-shore sub-salt oil discoveries and the Amazon, and the status of indigenous people and lands. Terrorism and the Argentina-Brazil-Paraguay Tri-Border Area (TBA) are also sensitive in government circles.

-- Terrorism. Officially, Brazil does not have terrorism inside its borders. In reality, several Islamic groups with known or suspected ties to extremist organizations have branches in Brazil and are suspected of carrying out financing activities. Although there is good working-level law enforcement cooperation between the U.S. and Brazil on terrorism related activities, the official position of the government is to deny that Brazil has any terrorist activity.

-- Tri-Border Area (TBA). Related to the above, Brazilian officials rebuff any suggestion by U.S. officials that there is terrorist activity in the TBA. A frequent Brazilian retort to comments about the TBA is, “Which one? We have nine tri-border areas.” As we are generally unable to share intelligence regarding terrorism-related activities, the USG is regularly accused of making unsupported assertions that malign TBA residents and have a negative impact on tourism in the region. The GOB insists there is no proven terrorist activity in the TBA and, in its defense, points to statements to that effect in the repeated joint communiques out of the annual 3 Plus 1 meetings.

¶7. (SBU) Brazil,s overall commitment to combating terrorism and the illicit activities that could be exploited to facilitate terrorism is undermined by the GOB,s failure to significantly strengthen its legal counterterrorism framework. Two key counterterrorism-related legislative initiatives continued to languish in 2009. An anti-terrorism bill that would have established the crime of terrorism and other associated crimes was drafted but shelved before its introduction in Congress and a long-delayed anti-money laundering bill has not been approved by Congress. If passed, the latter bill would facilitate greater law enforcement access to financial and banking records during investigations, criminalize illicit enrichment, allow administrative freezing of assets, and facilitate prosecutions of money laundering cases by amending the legal definition of money laundering and making it an autonomous offense.

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Counterterrorism: Making the 3 Plus 1 Work
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¶8. (C) The 3 Plus 1 Mechanism (ref b) on Security in the TBA of Argentina, Brazil, and Paraguay remains, six years after its initial plenary session, the only instrument available to discuss CT with regional partners at the policy level. Given
BRASILIA 00001216 003 OF 004 the likelihood that the Foreign Ministry (Itamaraty) will reject new policy-level proposals for regional security cooperation as the GOB focuses on building up a regional security architecture in South America that does not include the United States (i.e., Mercosul working groups on security, UNASUL, South American Defense Council), re-invigorating the 3 Plus 1 becomes all the more necessary, both as a means of achieving meaningful policy-level commitments from Brazil on this important issue and as a way of maintaining a foothold in regional security discussions. The United States, turn to host the upcoming 3 Plus 1 offers the best opportunity since the initial plenary to shift the dynamics of the mechanism in a way that ensures its effectiveness and our broader security interest in the region. Taking advantage of greater GOB openness to the new U.S. Administration, a concerted USG strategy to implement this new approach that includes careful inter-agency preparation and high-level participation could lay the groundwork for the GOB to accept expanding the scope of the 3 Plus 1-substantively, geographically, or both-to make it a more effective regional security dialogue.

¶9. (C) The history of the 3 Plus 1 suggests that it will require careful planning and execution to make it a truly effective forum for cooperation. The Brazilians have been consistent in limiting discussions on topics that are not within the established and narrow confines of the 3 Plus 1 (only counterterrorism, only TBA), and have made it nearly impossible for the USG to propose projects for the four partners to undertake jointly.

¶10. (C) During SouthCom Commander General Douglas Fraser,s visit to Brazil July 29-31 (ref c) Foreign Ministry Under Secretary for Political Affairs I Amb. Vera Machado said Brazil,s “great concern” was the control of transnational illicit activities, nothing that this area is very sensitive, as it is seen by some as having this potential to lead to external interference in domestic affairs. Foreign Ministry Transnational Crimes Director Minister Virginia Toniatti raised the 3 Plus 1 security forum for the TBA, noting that WHA DAS Chris McMullen had struck the right tone in their January 2008 meeting by not speaking about terrorism in the border but rather talking about broader illicit activities. (Comment: This is the same person who in the past has often insisted that 3 Plus 1 could discuss nothing but counterterrorism, and who has effectively derailed productive dialogue at the 3 Plus 1 meetings. End comment.) Stressing how much she disliked the term “tri-border area,” as it suggested an uncontrolled area when in fact each country exercised control up to its own borders, Toniatti nonetheless said that Brazil is ready to work with its neighbors and the United States in a concrete way to address confirmed illicit activities. She rejected unsupported assertions made by USG officials of support for terrorist activity in the region, which only serve to stigmatize it. She noted that there had so far been no evidence of terrorist activity or finance in the region and that all of the 3 Plus 1 declarations had explicitly states as much.

¶11. (C) Despite these difficulties, the 3 Plus 1 mechanism serves several important purposes. Policy-level dialogue: Although law enforcement cooperation with Brazil has always been excellent and fluid at the operational level, 3 Plus 1 is the only sub-regional discussion on these issues in which we participate at a policy level. Networking: Members of the Mission,s Law Enforcement Working Group (LEWG) -- which includes DEA, DHS (ICE, CBP, and USSS), DOj (FBI, RLA), DOD (DAO, MLO), and State -- who have attended the 3 Plus 1 sessions see value in the networking possibilities created through the mechanism. Accountability: The 3 Plus 1 allows us the opportunity to question Brazil and other partners as to what progress they have made to comply with basic international norms, and to remind them of their international obligations. Information sharing: Mission believes much of this information is valuable for understanding what the GOB is doing independently and jointly with its neighbors, not all of which is information we receive through other contacts or in the vetted and open way in which it is reported at 3 Plus 1. Moral suasion: Brazilian government officials repeatedly cite their participation in the 3 Plus 1 as a measure of their commitment to combat terrorist activity in the region. To the extent that GOB puts value on the 3 Plus 1, it provides some leverage to encourage
BRASILIA 00001216 004 OF 004
Brazil to be a positive partner.

¶12. (C) As a result of these benefits, Mission Brazil believes 3 Plus 1 mechanism should be maintained. But we also need to look for ways to make it more effective. We see two main options for improving the mechanism: a somewhat simpler but less satisfactory evolution to a broader TBA agenda, or a more difficult and ambitious effort at restructuring the 3 Plus 1 into a country-wide counter-crime forum. (See ref C for more detail on Mission proposals.)

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Moving Forward on CT Cooperation
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¶13. (C) High-level, long-term USG commitment to engaging Brazil on counterterrorism, including in the 3 Plus 1, will be necessary to build a productive CT relationship above the operational level. Although we expect limited results until a new GOB Administration takes office in 2011, your visit provides an excellent opportunity to reiterate the high priority that the Obama Administration gives to this issue, frame the discussion toward a more productive relationship, and explore possibilities for policy-level cooperation.. Your visit also serves as an opportunity to push U.S. goals and regain momentum in advance of the upcoming 3 Plus 1 meeting.

KUBISKE

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 1:45 pm
por Penguin
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/co ... 03241.html

An interview with Dilma Rousseff, Brazil's president-elect
By Lally Weymouth
Friday, December 3, 2010;

IN BRASILIA

Four weeks ago, Brazilians elected their first female president - Dilma Rousseff, the chosen candidate of Luiz Incio Lula da Silva, Brazil's popular outgoing president. Rousseff comes to power with an unusual background: She fought in the 1960s underground against the military regime that then ruled Brazil, and she was imprisoned and tortured between 1970 and 1972. She then started in local politics and joined Lula's government in 2002 as minister of mines and energy, eventually becoming his chief of staff. On Dec. 2, in her first lengthy interview since the vote, Rousseff spoke about her plans for the next four years. Excerpts:

Does having been a political prisoner give you more sympathy for other political prisoners?

There is no question about that. Due to the fact that I experienced personally the situation of a political prisoner, I have an historical commitment to all those that were or are prisoners just because they expressed their views, their public opinion, their own opinions.

So, will that affect your policy toward Iran, for example? Why is Brazil supporting a country that allows people to be stoned, that jails journalists?

I believe that it is necessary for us to make a differentiation in [what we mean when we refer to Iran]. I consider [important] the strategy of building peace in the Middle East. What we see in the Middle East is the bankruptcy of a policy - of a war policy. We are talking about Afghanistan and the disaster that was the invasion of Iraq. We did not manage to build peace, nor did we manage to solve Iraq's problems. Iraq today is in civil war. Every day soldiers on both sides die. To try to build peace and not to go to war is the best way.

[But] I do not endorse stoning. I do not agree with practices that have medieval characteristics [when it comes] to women. There is no nuance; I will not make any concessions on that matter.

Brazil abstained from voting on the recent U.N. human rights resolution.

I am not the president of Brazil [today], but I would feel uncomfortable as a woman president-elect not to say anything against the stoning. My position will not change when I take office. I do not agree with the way Brazil voted. It's not my position.

Many Americans had sympathy for the Iranian people who rose up in the streets. That's why I wondered if your position on Iran would be any different than that of your current president, who has good relations with the Iranian regime.

President Lula has his own track record. He is a president that advocated for human rights, a president that always advocated for building peace.

How do you view Brazil's relationship with the United States? How would you like to see it evolve?

I consider the relationship with the U.S. very important to Brazil. I will try to forge closer ties with the U.S. I had great admiration for the election of President Obama. I believe that the U.S. at that moment showed tremendous capacity to show that it is a great nation, and it surprised the world. It may be very difficult to be able to elect a black president in the U.S. - as it was very difficult to elect a woman president in Brazil.

I believe that the U.S. has a great contribution to give to the world. And above all, I believe that Brazil and the U.S. have to play a role together in the world. For example, we have great potential to work together in Africa, because in Africa we can build a partnership to make available agricultural technologies, biofuel production, humanitarian aid in all fields.

I also believe, in this moment of great instability due to the global crisis, it is fundamental that we should find ways that will guarantee the recovery of the developed countries' economies because that is fundamental to the stability of the world. None of us in Brazil will be comfortable if the U.S. carries high rates of unemployment. The recovery of the U.S. is important for Brazil because the U.S. has an extraordinary consumer market. Today, the highest trade surplus of the U.S. is with Brazil.

Do you blame that on quantitative easing?

The quantitative easing is a fact that concerns us a lot because it means a dollar-devaluation policy that has effects on our foreign trade and also in the devaluation of our hard currency reserves that are in dollars. For us, a weak dollar policy is not compatible with the role the U.S. plays due to the fact that the U.S currency serves as an international reserve. And a systematic devaluation policy of the dollar can trigger reactions of protectionism, which is never a good policy to follow.

When do you plan to visit the United States? I know you were invited to go before your inauguration on Jan. 1, but you couldn't go.

I am not accepting any invitations I receive. I am not visiting any foreign countries. I have to set up my own administration. I have 37 cabinet ministers to name. I am planning to visit President Obama in the very first days after my inauguration if he'll receive me.

And then you will invite President Obama to come to Brazil?

We have already invited him informally, during the G-20 meeting.

There are concerns in the U.S. business community as to whether Brazil will continue on the economic path set out by President Lula.

There's no question about that. Why? Because for us this was the major achievement of our country. It is not an achievement of one sole administration - it is an achievement of the Brazilian state, of the people of our country. The fact that we managed to control inflation, have a flexible exchange-rate regime and fiscal consolidation so that today we are amongst the countries in the world that has the lowest debt-to-GDP ratio. Also, we have a not very significant deficit. I don't want to brag, but we have a 2.2 percent deficit. We intend in the next four years to reduce the debt-to-GDP ratio and to guarantee this inflationary stability.

You have said publicly that you would like to see interest rates come down. Will you cut the budget or reduce the yearly increase in government spending?

There is no way that you can cut interest rates unless you reduce your fiscal deficit. We are very cautious. We have an objective in mind: that our interest rates be convergent with international interest rates. To manage to get there, one of the most important issues is to reduce the public debt. The other important issue is to improve the competitiveness of our manufacturing and agricultural sectors. It is also very important that Brazil rationalize its tax system.

If you want to bring interest rates down, you must either cut spending or increase domestic savings.

You can't forget about economic growth. You have to combine many things.

What is your plan?

My plan is to continue the trajectory we have followed until today. We managed to reduce our debt from 60 percent down to 42 percent. Our objective is to reach 30 percent of our GDP. I need to rationalize my spending and at the same time have an increase of our gross domestic product that will lead the country forward.

So what do you mean when you say "rationalize spending"?

We are not in a depression here. We do not have to cut government spending. We will cut expenses but continue to grow.

We are following a very special path. This is a moment where the country is growing. We have macroeconomic stability, and at the same time we have great pride in the fact that we managed to reduce extreme poverty in Brazil.

We brought 36 million people into the middle class. We lifted 28 million from extreme poverty. How did we manage to do that? Income-transfer policies. The Bolsa Familia is one of its major examples.

Explain how Bolsa Familia works.

We pay a stipend, which is an income stipend to the poor. They get a card and they withdraw their income, but they have two duties they have to abide by: They have to put their kids in school, and they have to prove they attend 80 percent of the classes. At the same time, children should also get all the vaccines, and they have to go through a medical evaluation when they get their vaccines. This was one factor that was responsible, but it wasn't the only one.

We created 15 million new jobs during President Lula's administration. This year, we have already created 2 million new jobs.

You are so close to President Lula. Are you really going to be different, or will you just be a continuation of his administration?

I believe that my administration will be different from President Lula's. President Lula's administration, which I was part of, built a base from which I will advance. I will not repeat his administration because the situation in the country today is much better than it was in 2002. I have underway government programs that I helped develop, like the one called My House, My Life, which is a housing program.

My challenges are other challenges. I will have to solve issues such as the quality of public health care in Brazil. I will have to create solutions to public safety issues.

Brazil has gone for more than 30 years without investing in infrastructure in a sufficient amount. President Lula's administration started to change that. I have to solve the road issues in Brazil, the railroads, the highways, the ports and the airports.

But there's good news: We discovered oil in deep waters.

Are you suggesting that the findings will finance the infrastructure?

We have created a Social Fund [whereby] some government resources from the oil find will be invested in education, health care, science and technology.

You have to prepare the country for the World Cup and the Olympics.

Yes, but I also have another commitment, and that is to end absolute poverty in Brazil. We still have 14 million in poverty. That's my major challenge.

All the businessmen I met with in Sao Paulo said they had to be very prepared to meet with you because you are very familiar with most projects.

Yes, it is true. I think it is a female characteristic. We enjoy the details. They don't.

What does it mean to you to be the first female president of Brazil?

Even I think it is amazing.

When did you decide you wanted to be president?

That was a process. There is no date. I started working with President Lula, and he started to give some hints about me coming to the presidency, but he wasn't clear on that in the beginning. It was a great honor for me, but I was not expecting it.

From the moment that it was made clear to me that I would be nominated two years ago, I knew that we had created the proper conditions to make it possible to win the elections. President Lula had an excellent administration, and the Brazilian people recognized that and acknowledged that. We are a different administration - we listen to the people.

You recently battled cancer.

Yes, but I believe I managed to cope well with it. People have to know that cancer can be cured. The earlier you discover it, the better are your possibilities for a cure. That's why prevention is important. . . .

I believe that Brazil was prepared to elect a woman. Why? Because Brazilian women achieved that. I didn't come here by myself, by my own merits. We are a majority here in this country.

Lally Weymouth is a senior associate editor of The Washington Post.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Dez 08, 2010 11:29 pm
por Penguin
Sai SPG...
Moreira Franco nos Assuntos Estratégicos
qua, 08/12/10
por fausto.siqueira

O peemedebista Moreira Franco, ex-governador do Rio e ex-vice presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, vai assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Convidado para o cargo pela presidente eleita Dilma Rousseff, ele aceitou. O atual titular da SAE é o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Para torná-la mais atrativa para o PMDB, a secretaria foi vitaminada com a política nacional de saneamento e resíduos sólidos e o Conselho de Desenvolvimento Econômico. É o quinto ministério destinado ao PMDB.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 09, 2010 9:23 am
por Túlio
Cedo ou tarde o Brasil vai ter que arrumar um nome decente para assumir os Assuntos Estratégicos, do mesmo modo que arrumou para a Defesa. Tinha esperança que o Mangabeira fosse voltar mas...Moreira Franco? ARGH!!!

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 09, 2010 11:39 am
por Marino
Um mundo sem a Europa
O Velho Continente caminha em passo acelerado na direção da irrelevância política; o restante do
mundo sentirá as consequências
*Moisés Naim, The International Herald Tribune - O Estado de S.Paulo
Prever a crescente irrelevância internacional da Europa tornou-se tão comum como ridicularizar
as loucuras de Bruxelas. O consenso é que em algumas décadas o peso das economias europeias no
mundo está destinado a despencar para menos da metade do que é hoje.
Nos últimos anos, é cada vez mais difícil encontrar uma decisão da União Europeia que seja
digna de aplauso. O projeto europeu hoje parece mais um programa de empregos para trabalhadores da
classe média do continente do que um ideal de unidade e igualdade.
A incapacidade de enfrentar a crise econômica é apenas um sintoma de problemas mais
profundos. Agora, a crise na Irlanda e sua potencial propagação para outras economias europeias fracas
alimentam o pessimismo. O colapso do sistema monetário europeu poderá aplicar um golpe insuperável
na unidade europeia. Que isso seria ruim para a Europa é evidente.
Menos evidente é que um mundo sem uma Europa influente e integrada é um mundo piorado
para todos. A Europa irradia valores e padrões tão necessários quanto raros no mundo de hoje. O
declínio econômico e político do Velho Continente reduzirá sua influência positiva sobre outros.
Conhecemos o atual repúdio das Europa à guerra, um legado de seus dois pavorosos conflitos
no século 20. E sabemos também como o pacifismo europeu é tratado de maneira irônica zombeteira
pelos que confundem aversão à guerra com fraqueza. Mas um mundo com um continente que prefere
cometer erros tentando evitar a guerra é melhor que um mundo onde superpotências "rápidas no gatilho"
não se importam em errar quando decidem travar guerras "preventivas".
Se um governo na Ásia, África ou América Latina começar a violar direitos humanos, "fazendo
desaparecer" adversários políticos e prendendo jornalistas, quem o leitor gostaria que tivesse uma voz
forte na comunidade internacional? O Partido Comunista Chinês? A Rússia de Putin? Ou a Europa?
O que o leitor prefere: um mundo no qual 5% da população acumula 95% da riqueza e o restante
permanece pobre e excluído ou um mundo dominado por uma vasta, crescente e politicamente poderosa
classe média? A Europa ainda batalha para alcançar esse segundo cenário.
O sistema de bem-estar social europeu é excessivamente generoso e muitos países não se
podem dar esse luxo. Mas um modelo em que milhões de pessoas carecem de assistência médica ou
estão condenados à pobreza poucos meses depois de perder um emprego ou depois de ficar velhos e
doentes pode ser igualmente insustentável no longo prazo.
Enquanto o extremismo religioso prospera e divide países e sociedades por toda parte, o
compromisso da Europa com o secularismo e a tolerância continua profundamente arraigado no que já
foi o solo mais fértil de guerras religiosas.
O experimento europeu de governo coletivo é o mais ambicioso já tentado. Seu fracasso levaria
muitos a rejeitar a ideia e se impedir de tentar algo parecido por algum tempo. Não sei se o projeto
ambicioso de integração europeia sobreviverá aos enormes obstáculos que atualmente enfrenta. Mas sei
que, se ele fracassar, o mundo inteiro arcará com as consequências. / TRADUÇÃO DE CELSO M.
PACIORNIK
*É SÓCIO SÊNIOR DO CARNEGIE ENDOWMENT FOR INTERNATIONAL PEACE. FOI MINISTRO DA
INDÚSTRIA E COMÉRCIO DA VENEZUELA NO INÍCIO DOS ANOS 1990

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Dez 09, 2010 12:21 pm
por delmar
Um mundo sem a Europa
O Velho Continente caminha em passo acelerado na direção da irrelevância política; o restante do
mundo sentirá as consequências
*Moisés Naim, The International Herald Tribune - O Estado de S.Paulo
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Tudo mentira desta imprensa vendida, PIGs. Não se pode acreditar em nada desta gente, como já fomos sobejamente instruídos pelos nossos Comissários. :P