O relatorio vazado, que saiu na imprensa, não mencionava apenas custos. Não sei onde vc tirou isso. A máquina de apagar memória parece que afetou a sua de forma seletivaCarlos Mathias escreveu:Ah eu não acho seja assim nessa de venha qualquer um não.
Também não vejo só aqui no DB que o Rafale seja o bam bam bam. Na última Red-Flag, os americanos reclamaram muito porque os franceses não ligaram radares e mesmo assim atuaram muito bem, sem panes e com alta disponibilidade. Ou seja, não deve ser só conversa fiada, além de relatos de outros exercícios me que o avião desempenhou muito bem.
O fato de ser um projeto dos anos 80 desqualificar o Rafale automaticamente tiraria os outros dois do páreo, pois todos nasceram ali ou antes até , como creio ser o caso do F-18/YF-17.
Acho meio estranho basearmos nossas análises num suposto relatório em que se falava APENAS de custos, extrapolando daí para outras áreas da avaliação. A FAB desmentiu oficialmente esse relatório divulgado pela FSP.
Se o Rafale (e outros caças ocidentais) sair na índia será quase o óbvio. Eles já vão comprar uns 60 MIG-29K, cuja comunalidade com o MIG-35 é muito. Isso por si só, mais o preço imbatível do caça russo e as históricas boas relações Índia x Rússia já seriam razões suficientes para a saída do caro Rafale.
Eu não sou favorável ao venha qualquer um. Se temos opções, há que se exercê-las.
Abraços!
Dia 5/01:
Dia 8/01:Pesou também o compromisso de transferência de tecnologia. O Gripen NG é um projeto em desenvolvimento que oferece em tese mais acesso a tecnologias para empresas futuramente parceiras, como a Embraer. Há a promessa genérica de produção final no Brasil, mas de resto o Rafale também diz isso. O problema é que o francês é um produto pronto, supostamente com menor taxa de transferência de conhecimento de produção.
O relatório da FAB não considerou como negativo o fato de o jato sueco ser monomotor, já que em aviões modernos isso é visto com um problema menor na incidência de acidentes.
Já o Rafale apresentou três obstáculos, na análise da FAB:
1) Continuou com valores considerados proibitivos, ao contrário do que o presidente da França, Nicolas Sarkozy, havia prometido a Lula.
2) O prometido repasse de tecnologia foi considerado muito aquém da ambição Brasileira. Trata-se de um "produto pronto", que teria, ou terá, dificuldades para ser vendido a outros países a partir do Brasil.
3) A Embraer, consultada pela Aeronáutica, declarou que, se fosse o Rafale, não teria interesse em participar do projeto, pois lucraria muito pouco em tecnologia e em negócios.
Dia 10/01:O relatório da FAB foi feito pela Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), presidida pelo brigadeiro Dirceu Tondolo Noro, um oficial aviador com MBA em projeto pela Fundação Getulio Vargas. Reuniu cerca de 30 mil páginas, em quase um ano de trabalho, com viagens internacionais, consultas e confronto de dados.
São seis os critérios analisados pela aeronáutica: técnica (garantias e adequação à necessidade brasileira); operacional (logística, armamento e capacidade de carregamento de armas); transferência de tecnologia (em que níveis); "offset" (contrapartida da empresa vencedora em investimentos tecnológicos); comercial (preços e condições de pagamento) e gerenciamento do programa (pelos próximos 30 anos).
Foi do confronto desses critérios, com um peso decisivo dado ao fator preço, que o Gripen NG acabou escolhido. O avião, que tem um protótipo demonstrador voando há mais de um ano, é um desenvolvimento de duas gerações anteriores do mesmo caça. Assim, o pacote ficou mais atrativo para a aeronáutica por compartilhar métodos de produção. Além disso, mais leve e monomotor, tem custo de operação mais baixo.
Apesar das seguidas manifestações públicas do presidente Lula e do ministro Nelson Jobim (Defesa) a favor dos caças franceses Rafale para a renovação da frota da FAB, a Aeronáutica concluiu relatório técnico em outra direção: o Gripen NG, sueco, ficou em primeiro lugar, o F-18, americano, em segundo, e o Rafale, em terceiro e último.
Os argumentos são principalmente de duas ordens: 1) financeira, já que o avião sueco é o mais barato e apresenta o menor custo de manutenção; 2) industrial, pois se trata de um protótipo baseado nas versões anteriores do Gripen e oferece a perspectiva de ser implementado e construído desde o início com técnicos brasileiros.
A Embraer, principal interessada na transferência de tecnologia, também apresentou parecer pelo pacote sueco.
Fonte: NOTIMP (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... anteriores)
[]s