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Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Dez 05, 2010 10:10 pm
por Francoorp
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Dez 05, 2010 10:22 pm
por Francoorp
Marino escreveu:Por entre elementos vazados
Brasilianista americano cruza a estridência do WikiLeaks ao analisar as relações Brasil-EUA
Carolina Rossetti
Posso até parecer qualunquista, mas pra mim esta cara ai estaria mais é querendo um cargo mais alto por "conhecer" o Brasil, e o Brasil bem que poderia pedir ele com um dos interlocutores nas mesas diplomaticas... talvez seja isso que ele queira!
Tudo somado até que achei interessante, mas ele falar que o Brasil será uma potência permanente é jogar confeti demais... nada e nenhum país é permanente!!
E dizer que a Dilma gosta menos dos refletores é verdade, ela é de estar nos bastidores e no Trampo... o pessoal la no Planalto e nos ministérios vão ter que "Trabaia" mesmo!!!
Tomara que sim, para o bem do País!!
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 1:11 am
por Sterrius
quando fala de potencia permanente se fala no sentido de player global importante. Nesse sentido creio ser dificil o Brasil sair devido a tamanho e população além de localização.
Agora se ficara no topo ou fundão do clube é outra historia!
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 8:44 am
por Penguin
O ESTADO DE S. PAULO 6/12/2010
DESTAQUE DE CAPA
Dilma diz que apoio ao Irã na ONU foi um erro
O Brasil errou ao não votar contra as violações dos direitos humanos no Irã. A declaração foi feita
pela presidente eleita, Dilma Rousseff,em entrevista publicada ontem no jornal Washington Post. Ela
criticou a posição do País que, no mês passado, se absteve de apoiar uma resolução da ONU contra o
apedrejamento de mulheres. A entrevista foi dada na quinta-feira e seu teor foi divulgado pouco depois
da confirmação de que o atual chanceler, Celso Amorim, deve mesmo deixar o Ministério das Relações
Exteriores, dando lugar a Antônio Patriota. “Não concordo com a modo como o Brasil vetou", disse Dilma.
“Não sou a presidente do Brasil, mas ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente do Brasil,
mas ficaria desconfortável, como uma mulher eleita presidente, em não me manifestar contra o
apedrejamento." Dilma criticou ainda a política de desvalorização do dólar adotada pelos Estados
Unidos, mas defendeu a melhoria das relações entre Brasília e Washington. Na conversa, a presidente
eleita enfatizou que seu governo buscará estreitar os laços com a administração de Barack Obama, e
que tem grande admiração por sua vitória.
DILMA ROUSSEFF - PRESIDENTE ELEITA
“Não concordo com as práticas medievais que são aplicadas quando se trata de mulheres.
Não há nuances e eu não farei nenhuma concessão em relação a isso”
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 8:50 am
por Penguin
ECONOMIA
Licitação beneficia produto nacional
Empresas brasileiras terão preferência nas compras públicas, que chegam a R$ 120 bilhões;
regulamentação sai até o fim do ano
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aprovar nos próximos dias mudanças importantes
nas licitações públicas que vão colocar em vantagem as empresas brasileiras em um mercado de mais
de R$ 120 bilhões. O objetivo é utilizar esse poder de fogo para incentivar o desenvolvimento
tecnológico, mas as novas regras também abrem uma brecha para medidas protecionistas e podem
elevar as despesas.
O preço sempre foi o fator decisivo nas licitações. Agora, as empresas nacionais terão
preferência se houver empate e poderão oferecer um preço até 25% maior e, mesmo assim, ganhar o
contrato. Uma comissão formada por cinco ministérios (Fazenda, Desenvolvimento, Ciência e
Tecnologia, Planejamento e Relações Exteriores) vai definir como isso funcionará na prática.
O decreto que regulamenta as mudanças está quase pronto e deve ser publicado até o fim do
ano, informam fontes do governo. O Congresso também já aprovou as alterações, previstas em uma
medida provisória editada em julho. Tecnicamente, a lei está em vigor, mas sem a regulamentação é
difícil utilizá-la.
Com as novas regras, a presidente eleita Dilma Rousseff ganha um poderoso instrumento de
política industrial. Em 2009, o governo (sem incluir as estatais) comprou R$ 57,6 bilhões em bens e
serviços. A Petrobrás prevê adquirir R$ 55,8 bilhões por ano até 2014. Banco do Brasil e Caixa
compraram este ano, respectivamente, R$ 5 bilhões e R$ 3,5 bilhões.
No total, são R$ 122 bilhões, mas esse número ainda está subestimado porque não inclui a
Eletrobrás e as demais estatais. Com as obras para Copa, Olimpíada e Pré-Sal, os valores envolvidos
nas licitações públicas do Brasil só tendem a subir.
"Esse tipo de medida pressiona ainda mais a inflação. Ao forçar a compra do produto brasileiro
ao invés do estrangeiro, o gasto público é um multiplicador mais poderoso da demanda em um momento
que o Brasil precisa reduzir o ritmo do crescimento", avalia Sérgio Vale, economista-chefe da MB
Associados.
Para ter acesso ao benefício, o governo vai exigir que as empresas instaladas no País
comprovem que estão gerando mais renda, emprego e tributos e que desenvolvam tecnologia. "Não
queremos dar preferência para qualquer produto, mas para os que incentivem o desenvolvimento
tecnológico", disse Luiz Antonio Elias, secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia. A lei
também prevê, porém, que o benefício pode ser utilizado para proteger empresas da "concorrência
predatória".
O Brasil não será o único a utilizar as compras públicas como política industrial. Os Estados
Unidos possuem o "Buy American Act" desde 1933, que foi revigorado com a crise. A China é notória por
esse mecanismo. Na América Latina, Colômbia e Argentina dão preferências nas licitações aos
produtores locais.
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Fabricantes pressionam para adiar licitações
Objetivo é aguardar a nova lei; importador promete enxurrada de processos na Justiça
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
Os fabricantes nacionais
estão pressionando as instituições
públicas a postergar licitações para
o próximo ano. A finalidade é
aguardar as novas regras que vão
favorecer as empresas instaladas
no País. A partir de 2011, as
companhias brasileiras poderão
oferecer preços até 25% maiores
nas licitações e, ainda assim,
saírem vencedoras.
O assunto provoca
polêmica entre empresários locais e
importadores. Os setores já se
organizam para aproveitar as
vantagens e reclamam que as
instituições públicas ainda não
seguem a nova lei por falta da
regulamentação. Enquanto isso, os
importadores prometem uma "enxurrada de processos".
A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) enviou um pedido
formal ao ministério da Educação para atrasar as licitações para a compra de equipamentos nas
universidades e escolas técnicas. Segundo Hiroyuki Sato, diretor jurídico da entidade, o edital já foi
publicado, mas a entidade solicita que a abertura da licitação aguarde a nova lei.
"Sem essa margem de 25% não haverá a menor
possibilidade de as empresas nacionais vencerem. Algumas
máquinas asiáticas chegam pela metade do preço", diz Sato. Ele
revela que a entidade também fez a mesma solicitação para o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O órgão, que
é subordinado à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp), segue a lei de licitações porque é financiado por impostos.
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) já
contratou um estudo para calcular as diferenças de custos entre
Brasil e China (câmbio, tributos, financiamento) e apontar qual seria
a margem necessária para as indústrias locais nas licitações
públicas para o setor.
O interesse dos fabricantes de tecidos e confecções é
vender fardas para as Forças Armadas. Para 2011, estão
previstas no orçamento licitações de R$ 260 milhões nessa área,
incluindo Exército, Aeronáutica e Marinha.
"Hoje, nossos soldados desfilam garbosos com fardas
chinesas. É um absurdo", diz Aguinaldo Diniz, presidente da Abit. A
entidade calcula que cada R$ 200 milhões em licitações vencidas
por empresas têxteis nacionais signifique geração de 30 mil
empregos diretos e indiretos.
Telebrás. A única experiência com a nova lei de licitações
até agora ocorreu com a Telebrás, que fechou contrato de compra com a Padtec por R$ 63 milhões em
meados de novembro. Apesar de ter oferecido o maior preço, a empresa brasileira teve preferência na
licitação e foi chamada a negociar. Após idas e vindas, reduziu o valor cobrado.
"Hoje, a Telebrás é o maior negócio do Brasil na área de telecomunicações", diz Ivo Vargas,
diretor de novos negócios da Parks e membro do Consórcio Gente - Grupo de Empresas Nacionais de
Tecnologia. O grupo de lobby surgiu em abril para pressionar o governo por alterações na lei de
licitações. O plano de investimentos total da Telebrás é de R$ 6 bilhões.
Boa parte das entidades públicas, no entanto, ainda não está aplicando a nova lei por falta de
regulamentação. A Fundação para o Remédio Popular (Furp), vinculada ao governo de São Paulo e
maior compradora de remédios do País, encerrou na semana passada uma licitação pelas regras
antigas. A fundação informa que avalia como se adaptar à nova lei, mas que 89% dos princípios ativos
dos medicamentos adquiridos são importados.
Nelson Brasil, vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (Abifina),
diz que as compras públicas respondem por 25% do faturamento do setor de fármacos. "O preço não
deve ser o fator de decisão em um setor sensível como o nosso. Temos de avaliar qualidade e
rastreabilidade."
Zich Moyses Junior, diretor do departamento de economia do Ministério da Saúde, explica que,
às vezes, os princípios ativos chineses chegam ao País com a qualidade comprometida e o laboratório
fica parado, o que aumenta os custos.
Ele diz ainda que a entrada de fabricantes locais nas licitações aumenta a concorrência, o que
reduz os custos no médio prazo. "Remédio é um produto estratégico. Hoje, 40% dos medicamentos são
importados prontos, o que eleva a vulnerabilidade do País", diz Moyses.
Reclamações. As novas regras têm provocado aplausos entre os empresários nacionais, mas
também muita reclamação dos importadores, que argumentam que o Brasil não está respeitando a regra
de isonomia entre os competidores.
"Essa nova lei é de deixar qualquer um pasmo. É uma salvaguarda para elevar os preços em
25%. Vai gerar uma enxurrada de processos dos importadores", diz Daniel Dias de Carvalho, diretor da
Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos (Abimei). "É um tiro no pé do
governo federal", diz Jonathan Smith, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Têxteis
(Abitex).
A principal crítica dos especialistas é que os critérios são muito amplos e podem alimentar a
corrupção. "Se vai ser bom ou ruim, depende da utilização. É um cheque em branco", diz Mansueto de
Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
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Brasil se torna alvo de retaliação da Europa
Europeus preparam lei para punir países que beneficiam fabricantes nacionais em licitações
públicas
Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
A decisão do Brasil de ir adiante e transformar em lei suas novas regras de licitações públicas
não ficará sem resposta. Pelo menos é o que promete a União Europeia que, em 2011, vai adotar uma
nova legislação para retaliar países que fechem seus mercados de compras governamentais para as
empresas do Velho Continente. Na prática, se o Brasil adotar as medidas, as empresas nacionais irão
sofrer retaliações no mercado europeu, sendo excluídas de licitações.
O Estado já havia revelado que Bruxelas prepara uma legislação que excluirá de licitações
públicas empresas de países "protecionistas". Mas ainda não havia definido quais seriam as economias
afetadas por sua retaliação. Se o projeto de lei for adotado no Brasil, porém, o País passará a ser o
principal foco de atenção, ao lado da China.
"As leis ainda não estão prontas. Mas, quando forem propostas aos 27 países membros da UE, o
caso envolvendo o Brasil apenas irá reforçar o nosso argumento para que a retaliação seja uma arma
real", afirmou a assessoria de imprensa da Comissão Europeia.
Na prática, a lei proibirá que empresas de certos países de disputem licitações públicas em
municípios, estados e países europeus. A barreira só será levantada se o país abrir seu mercado.
No caso do Brasil, as empresas mais ameaçadas seriam as construtoras. Odebrecht e Andrade
Gutierrez, por exemplo, já trabalham na construção da linha de um trem de alta velocidade entre Lisboa e
Madri. Agora, vão concorrer a mais um trecho importante, que será licitado nos próximos meses.
Com a Copa do Mundo de 2014, Jogos Olímpicos de 2016 e os bilhões que o governo promete
gastar em infraestrutura nos próximos anos, as empresas europeias querem garantias de que as leis no
Brasil não darão preferências apenas às indústrias do País. Os europeus estimam que o mercado
brasileiro possa movimentar mais de 133 bilhões por ano em compras públicas, 13% do PIB nacional. O
volume seria superior aos mercados da Argentina e Índia juntos.
China. Ao contrário dos europeus, os chineses não pensam em retaliar o Brasil. O país asiático
também é acusado de adotar regras de preferência para fornecedores locais em licitações públicas.
"Nossa prioridade é nossa política industrial", disse um diplomata chinês. "Com o Brasil, nossa atitude é
de sentar e conversar".
Fontes de Pequim na Organização Mundial do Comércio (OMC), porém, admitem que a China
não está interessada só em redução das tarifas de importação, mas também quer concorrer de i
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 8:55 am
por Penguin
Valor, 06/12
DIPLOMACIA
Presidente eleita diz que vai mudar política para o Irã
A presidente eleita Dilma Rousseff deu clara sinalização de que a política externa brasileira em
relação ao Irã deve mudar. Indagada, durante entrevista publicada na última sexta-feira pelo Washington
Post, se sua experiência como prisioneira política lhe daria mais sensibilidade ao tema dos direitos
humanos no Irã, Dilma respondeu: "Não endosso o apedrejamento. Não concordo com práticas que
tenham características medievais contra as mulheres. Não há nuances. Não vou fazer nenhuma
concessão nessa matéria". A entrevista foi feita pela editora Lally Weymouth, filha de Katherine Graham,
publisher do "Post" durante três décadas. E foi a primeira concedida a um jornal desde sua eleição.
Indagada sobre a abstenção brasileira na recente resolução das Nações Unidas sobre direitos
humanos, foi clara sobre sua posição no tema: "Não sou presidente do Brasil, mas me sentiria
desconfortável como presidente eleita em não dizer nada contra o apedrejamento. Minha posição não vai
mudar quando eu assumir. Não concordo com a posição brasileira. Não é a minha posição".
Dilma disse não ter aceito convite do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para fazer
uma visita ao país antes da posse por conta da montagem de governo. Afirmou, no entanto, que planeja
esta visita para os primeiros dias de sua presidência e que Obama, durante o G-20, já havia sido
convidado, informalmente, para vir ao Brasil.
A presidente eleita elogiou Obama comparando a importância de uma mulher na Presidência do
Brasil ao ineditismo da eleição de um negro presidente dos Estados Unidos. E disse esperar parcerias
com os Estados Unidos em políticas para o desenvolvimento do continente africano.
Dilma, no entanto, não poupou a política de sobrevalorização do dólar que disse não ser
compatível com o fato de que a moeda serve de reserva internacional. "Desvalorizações sistemáticas
podem levar a reações de protecionismo que nunca são uma boa política a seguir", disse.
A presidente eleita disse ao jornal americano que não há hipótese de a política econômica do
governo Luiz Inácio Lula da Silva sofrer guinada. E expôs o caminho a ser buscado pelo país para fazer
convergir a taxa de juros nacional a padrões internacionais: "Não há meio de se cortar juros sem reduzir
o déficit fiscal. Também temos que melhorar a competitividade de nossa indústria e do agronegócio, além
de racionalizar o sistema tributário".
Reiterou ainda sua disposição de reduzir a dívida pública para 30% do PIB (hoje é 42%),
racionalizar os gastos do governo sem que isso comprometa o crescimento do país.
Indagada se seu governo seria diferente do de Lula, Dilma respondeu que sim: "Não vou repetir
seu governo porque a situação do país hoje está muito melhor do que em 2002. Meus desafios hoje são
outros. Tenho que resolver problemas como a qualidade da saúde pública e o da infraestrutura. O
governo Lula começou a mudar a situação de estagnação em que se encontravam os investimentos do
setor, mas agora tenho que resolver a questão das estradas, das ferrovias, dos portos e aeroportos".
Indagada se pretendia usar recursos do pré-sal para reverter o gargalo da infraestrutura, a
presidente eleita disse que o Fundo Social (aprovado pelo Congresso na semana passada) vai investir
em educação, saúde, ciência e tecnologia. E que o maior desafio de seu governo é o de acabar com a
pobreza absoluta de 14 milhões de brasileiros.
A entrevistadora lhe disse que todos os empresários com quem se encontrara em São Paulo lhe
disseram que precisariam se preparar para um encontro com a presidente porque ela seria muito
familiarizada com a maior parte dos grandes projetos empresariais do país. Ao que Dilma respondeu:
"Sim, é verdade. É uma característica feminina. Adoramos o detalhe. Eles não".
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 9:20 am
por suntsé
Penguin escreveu:ECONOMIA
Licitação beneficia produto nacional
Empresas brasileiras terão preferência nas compras públicas, que chegam a R$ 120 bilhões;
regulamentação sai até o fim do ano
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Fabricantes pressionam para adiar licitações
Objetivo é aguardar a nova lei; importador promete enxurrada de processos na Justiça
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
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Meus parabéns a meus irmãos Brasileiros, nossa mentalidade esta evoluindo!
Penguin escreveu:
Brasil se torna alvo de retaliação da Europa
Europeus preparam lei para punir países que beneficiam fabricantes nacionais em licitações
públicas
Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
A decisão do Brasil de ir adiante e transformar em lei suas novas regras de licitações públicas
não ficará sem resposta. Pelo menos é o que promete a União Europeia que, em 2011, vai adotar uma
Porque eles não retaliam a China ou os EUA por beneficiarem as próprias empresas em licitações publicas?
Nessa questão
temos que dar um foda-se na UE, eles que derrubem as barreiras agrícolas deles antes de vierem nos dar lições de moral.....
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 10:49 am
por Túlio
suntsé escreveu:Penguin escreveu:ECONOMIA
Licitação beneficia produto nacional
Empresas brasileiras terão preferência nas compras públicas, que chegam a R$ 120 bilhões;
regulamentação sai até o fim do ano
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Fabricantes pressionam para adiar licitações
Objetivo é aguardar a nova lei; importador promete enxurrada de processos na Justiça
Raquel Landim - O Estado de S.Paulo
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Meus parabéns a meus irmãos Brasileiros, nossa mentalidade esta evoluindo!
Penguin escreveu:
Brasil se torna alvo de retaliação da Europa
Europeus preparam lei para punir países que beneficiam fabricantes nacionais em licitações
públicas
Jamil Chade CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
A decisão do Brasil de ir adiante e transformar em lei suas novas regras de licitações públicas
não ficará sem resposta. Pelo menos é o que promete a União Europeia que, em 2011, vai adotar uma
Porque eles não retaliam a China ou os EUA por beneficiarem as próprias empresas em licitações publicas?
Nessa questão
temos que dar um foda-se na UE, eles que derrubem as barreiras agrícolas deles antes de vierem nos dar lições de moral.....
Senhores, algumas considerações:
A Europa é ela própria extremamente protecionista, vejam o imbróglio dos produtos agrícolas, por exemplo.
Irá a UE retaliar os EUA? Ou o Buy American Act não está mais em vigor?
SE a UE chegar a níveis tão drásticos como PROIBIR, pura e simplesmente, a participação de Países da 'lista negra', não temeria o risco de, ao invés de ter de enfrentar PREFERÊNCIA por produtos das Nações envolvidas, ser retaliada com igual proibição? Para ficar com os dois exemplos citados, Brasil e China, há importantes nichos (como produtos de alta tecnologia/valor agregado, como equipamentos militares, produtos químicos e farmacêuticos, maquinaria de precisão, etc) em que os Europeus não enfrentam concorrência nacional e sim de outros estrangeiros. Aceitaria de bom grado o risco de ser sumariamente alijada da concorrência?
E isso tudo enquanto atravessa uma crise sem precedentes, que ameaça a própria existência da UE?
Pessoalmente, eu esperaria por 2011 para decidir o FX ou ao menos assinar o contrato. À luz dessa lei aí, sobrariam caças ianques, Russos e Chineses para uma nova concorrência. Nada de Rafale. UE é, na prática, França e Alemanha. São os timoneiros. Irá a França de bom grado aceitar perder programas bilionários? E o PROSUB, uma sociedade entre a DCNS e a citada Odebrecht, como ficaria? A DCNS trabalhando aqui e a Odebrecht bloqueada lá, seria assim? E as escoltas, ainda em disputa entre França e Itália? Como ficaria o caso, à luz de uma lei que nos proíba de competir lá? Mais alguns bilhões que os assustados Europeus jogariam no colo de ianques, Russos, Coreanos ou Chineses? Navios multifunção, patrulheiros, tudo de presente para os outros? Nem vou mencionar o quanto a China compra da Europa...
Para mim é charla mas, como disse, seria interessante mencionar essa possível lei e ameaçar de dar uma parada nesses programas de aquisições de armas e equipamentos da Europa, talvez pensassem melhor...
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 11:10 am
por tflash
Não há nada em concreto. Às vezes são propostas de grupos parlamentares que tentam passar leis nesse sentido. O centro e o leste europeu são muito mais isolacionistas até porque não possuem os laços com o exterior que a europa ocidental tem.
Existe sim, esse problema a nível interno. Não será o caso de ser mais um produto do "PIG"? É que só encontro noticias sobre este assunto em fontes brasileiras.
Pode ser verdade mas é prejudicial para parte da Europa.
quem quiser se dar ao trabalho pode procurar na pág. do parlamento europeu em português:
http://www.europarl.europa.eu/news/publ ... ult_pt.htm
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 11:32 am
por Francoorp
A partir de 2011, as
companhias brasileiras poderão
oferecer preços até 25% maiores
nas licitações e, ainda assim,
saírem vencedoras.
E a meritocracia???
Este ponto aqui que me preocupa... sem estrangeiros nas concorrências, o produto nacional pode baixar a qualidade e aumentar o preço, e sempre vencer as licitações, ajudando a piorar ainda mais os serviços públicos... isso é muito arriscado para o sistema Brasil!!
Pra se deveria era estabelecer uma porcentagem limite para estrangeiros, ou um numero preciso, quem sabe tipo assim: " Em cada 1000 licitações, 656 são reservadas a empresas brasileiras", e ainda discriminar o setor de atuação tipo, na area de ciências e tecnologias o numero de vagas reservadas à empresas nacionais é de XXX"...
Agora fazer com que mesmo com preço mais alto e qualidade inferior tenham a precedência é ir contra o interesse publico, isso ai esta parecendo
mais uma lei Ad-Doc para os "amigos dos amigos".
Existem outras formas de se dar precedência ao nacional, basta procura-las, mas ajudar sem medir as conseqüências é um erro!!
A Europa somente fará algo depois de ver o que é a nossa lei no especifico... mas que são profundamente protecionistas não tem duvida... mas acordos bi-laterais existem pra isso né, apaziguar as divergencias.
Mas deve-se basear sobre algo preciso, que ainda não temos aqui.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 11:33 am
por suntsé
tflash escreveu:
Existe sim, esse problema a nível interno. Não será o caso de ser mais um produto do "PIG"? É que só encontro noticias sobre este assunto em fontes brasileiras.
Pode ser verdade é prejudicial para parte da Europa.
quem quiser se dar ao trabalho pode procurar na pág. do parlamento europeu em português:
http://www.europarl.europa.eu/news/publ ... ult_pt.htm
É realmente, eu não achei nada a respeito disso em fontes européias. É bem possivel que seja mais um produtos da PIG mesmo, ja que muitos senhores da midia trabalham como se fossem contra o desenvolvimento nacional.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 12:26 pm
por Marino
Cortei a parte final do artigo, que tratava de outras políticas:
Governo Lula teria negociado com EUA apoio à oposição
venezuelana
Documentos revelados pelo WikiLeaks e publicados pelo jornal francês "Le Monde" dizem que,
em 2005, Brasil queria que Washington autorizasse a venda de aviões de treinamento Super
Tucano à Venezuela de Hugo Chávez; americanos teriam rejeitado a proposta
Andrei Netto CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo
Documentos confidenciais do Departamento de Estado americano, obtidos pelo WikiLeaks,
mostram que o Brasil teria oferecido, em 2005, apoio a opositores do governo de Hugo Chávez na
Venezuela em troca de autorização americana para vender aviões de treinamento Super Tucano. A
proposta, revelada ontem pelo jornal francês Le Monde, teria sido recusada pelos EUA, que viam na
venda dos aviões um risco "real".
Os diálogos entre diplomatas do Brasil e dos EUA sobre a Venezuela foram destaque do jornal
francês ontem. Segundo os documentos relatados pelo Le Monde, o veto à venda de aviões de
treinamento Super Tucano à Venezuela, que conta com tecnologia de empresas americanas, teria sido
alvo de discussões entre os dois países.
"O Brasil não quer que a Venezuela compre um avião fora da região. A aquisição de um aparelho
mais avançado, dos russos, poderia provocar um desequilíbrio das forças aéreas da América do Sul", diz
o documento secreto, datado de novembro de 2005.
O governo brasileiro teria argumentado que o veto seria desnecessário, já que, em caso de
instabilidade política, "a esquadrilha da Venezuela ficaria presa ao chão pela recusa de manutenção ou
de reposição de peças, da mesma forma que os americanos fizeram com os F-16 venezuelanos".
Então, a Embaixada Brasileira em Caracas teria proposto um acordo: em troca da autorização de
Washington para vender os Super Tucanos, o Brasil apoiaria a ONG venezuelana Súmate, uma
associação civil que se diz apartidária, mas que é opositora a Chávez. A proposta não teria sido aceita.
Em outro telegrama, de 2006, os diplomatas americanos justificam a recusa: "a ação brasileira
pela Súmate seria simbólica, enquanto os Tucanos seriam bem reais". Mais tarde, em 2009, a
representação de Washington em Brasília lamentaria o veto ao Super Tucano, que estaria prejudicando a
venda dos caças F-18 Super-Hornet na disputa com o francês Dassault Rafale e o sueco Saab Gripen.
Os diálogos - e não raro as divergências - entre Brasil e EUA sobre a Venezuela continuariam
nos anos seguintes. Em 2006, uma nota da diplomacia americana diz que "o Brasil não pode ser
considerado como um país que está do nosso lado". Já em 2007, a diplomacia americana afirma que o
governo de Luiz Inácio lula da Silva "crê que deve manter distância dos EUA para não comprometer sua
capacidade de trabalhar com a Venezuela".
Outro despacho de 2007 narra uma conversa entre diplomatas americanos e o ministro das
Relações Exteriores, Celso Amorim. O chanceler teria afirmado que "os brasileiros não se sentem
ameaçados por Chávez" e isolá-lo não seria uma boa estratégia. "Ele ladra mas não morde", disse
Amorim.
Em janeiro de 2008, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, teria feito outra avaliação, segundo
telegrama secreto enviado a Washington. Para Jobim, Chávez seria "uma nova ameaça" para a
estabilidade regional. "Os brasileiros consideram plausível uma incursão militar de Chávez em um país
vizinho, dada sua imprevisibilidade", diz o relato. Segundo Jobim, dessa imprevisibilidade decorreria a
criação do Conselho de Defesa Sul-Americano, um órgão que permitiria ao Brasil controlar as atividades
militares dos vizinhos.
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 12:53 pm
por Túlio
Eu queria é saber o que OS VENEZUELANOS estão pensando disso tudo...
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 1:00 pm
por PRick
Esses jornais maravilhosos e suas desinformações, a modificação na Lei das Licitações já saiu faz um tempo. É a Medida Provisória 495. Ela já está pronta. Foi editada em 19 de julho de 2010.
Vou postar o seu conteúdo no Tópico da END.
[]´s
Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Seg Dez 06, 2010 4:17 pm
por Rock n Roll