Fórum Defesa Brasil

Eu só acho que a coisa está demorando muito. Daqui a pouco os americanos proíbem o Brasil de ter submarino nuclear e aí acabou-se a brincadeira. Um projeto de mais de 30 anos só vai ficar pronto daqui a mais 15. E eu que sonhava em ver o bicho sendo lançado ao mar agora já perdi as esperanças. PQP. Tudo nesta republica demora demais para sair. KCT. Fui

Hader escreveu:Este tempo tem razão de ser em virtude do tipo de arquitetura desenvolvida para o reator e pelo teor de urânio físsil nas pastilhas. Para quem sabe diz um bocado sobre como será o bichinho...
[]'s

Pelo lado bom, teremos sempre serviço para os técnicos especializados. Sempre vai ter um sendo construído e outro sendo cortado...trabalho não vai faltar...

Defense
India building reactors for nuclear submarines



11:50 06/09/2010
© RIA Novosti. Ruslan Krivobok

Work is in progress on India's nuclear steam reactors for its first nuclear powered submarine, Srikumar Banerjee, head of the country's Atomic Energy Commission, said.

Last year, India floated out its nuclear-powered submarine, the Arihant, to be powered by a light water reactor (LWR) using enriched uranium as fuel.

In an interview with The Hindu published on Monday, Banerjee said the "nuclear steam supply system" was 100% ready.

"We are only waiting for other systems to become operational so that we can start the commissioning activity of the reactor. I really do not know when the harbor trials will be done."

The Indian Navy needs three or four nuclear-powered submarines to be a viable force.

Enriched uranium for these submarines will come from the Rare Materials Plant at Ratnahalli, near Mysore, Banerjee said.



NEW DELHI, September 6 (RIA Novosti)

http://en.rian.ru/mlitary_news/20100906/160481866.html

Submarino nuclear terá continuidade no próximo governo, aposta comandante da Marinha

A descontinuidade do projeto de construção do primeiro submarino nuclear brasileiro pelo próximo governo foi descartada hoje (13) pelo comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio Soares de Moura Neto. Segundo ele, trata-se de um programa de Estado, que deverá ser desenvolvido independentemente de quem ocupe a Presidência da República.
“Isso é um projeto do Estado brasileiro, que quer ter uma Marinha à altura de sua projeção política e estratégica no mundo. Quem quer que seja o presidente vai entender a importância e dará continuidade, apoiando um projeto muito grande e que não pode parar”, afirmou Moura Neto.

O militar lembrou que o programa de desenvolvimento de um reator nuclear da Marinha ficou praticamente parado por 30 anos, de 1979 a 2009, por falta de recursos. O programa só foi retomado recentemente, com a decisão do governo de apoiar a iniciativa. A previsão é de que o submarino nuclear brasileiro seja lançado ao mar até 2020.

Moura Neto participou no Rio de Janeiro da 24ª Conferência Naval Interamericana, que começou hoje (13) e vai até o dia 17, com representantes das marinhas de 17 países. O almirante estimou que o orçamento da Marinha do Brasil para 2011 será de R$ 4,7 bilhões, praticamente o mesmo volume destinado este ano.

Ele fez uma avaliação positiva dos oito anos de administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à Marinha. “O governo decidiu fazer os investimentos necessários. Nesses últimos oito anos, tivemos apoio em vários projetos. Estamos construindo navios-patrulha e tivemos aprovadas as construções de quatro submarinos convencionais e um nuclear. A Marinha teve todas suas pretensões de crescimento atendidas. Houve um aumento muito grande no orçamento e no investimento da força”, destacou.

O almirante revelou que o Brasil está mantendo conversas com marinhas de outros países, inclusive a chinesa, envolvendo cooperação tecnológica e construção de equipamentos. Os planos devem ser detalhados com a futura visita do ministro da Marinha da China ao país.

O vice-comandante de Operações Navais da Marinha dos Estados Unidos, almirante Jonathan Greenert, também destacou o desejo de cooperar com o Brasil. Ele apontou a necessidade de se desenvolver ações de paz na região e reforçar a luta contra o terrorismo no Atlântico Sul. “O Brasil é um líder entre as nações sul-americanas e as nossas marinhas podem trabalhar conjuntamente para garantir a liberdade nos mares, contra o contrabando e o terrorismo”, afirmou Greenert, segundo na hierarquia militar da força norte-americana.

Já o comandante da Marinha da Argentina, almirante Jorge Omar Godoy, ressaltou que existe forte vontade política entre os governos brasileiro e argentino para trabalhar de forma integrada, incluindo a troca de informação dos programas nucleares dos dois países. “A complementação entre brasileiros e argentinos dará mais força para nos apresentarmos diante da comunidade internacional. Eu considero fundamental, como mensagem ao mundo, a capacidade de manejarmos este tipo de tecnologia [nuclear] em prol da paz”, afirmou o comandante argentino.

Fonte: Da Agência Brasil – Via Pernambuco.com via Hangar do Vinna

toda gente agora quer ser amigo do Brasil para saber do que estamos a fazer ou do que somos capazes...

o Alte. Moura Neto não falou na encomenda de mais 6 NPA classe Macaé, o que era tido
como certo para esse ano, será que faltou money????

alcluiz escreveu:toda gente agora quer ser amigo do Brasil para saber do que estamos a fazer ou do que somos capazes...

Essa tua frase me lembra um ditado romano(acho que era romano)

Se demonstras força, todos querem ser teus amigos e o respeitarão, mas se demosntras fraquezas encontrarás apenas desprezo e e ruína.

então estamos a sair do desprezo e da ruína... veja como todos querem ser nossos amigos? Só não podemos perder o respeito com eles... por isso nosso MD tem que pensar bem antes de falar qualquer coisa... pois estamos conquistando um respeito que nunca tivemos...

Não sou da área, mas penso que o monopólio de nossos parcos recursos na construção demoradíssima de um ou dois submarinos somente favorecerá nossos inimigos. Quantos submarinos convencionais modernos poderão ser construidos com o orçamento do SNB? Como está o plano da MB na construção de subs convencionais. A propósito há algum interesse da marinha em construir micros subs de defesa? Inclusive semelhantes aos pequenos subs construidos para rios amazônicos pelas FARCs? Pequenos subs (com calado de poucos metros) poderiam ser utilizados em rios amazônicos? Teriam eficácia?

Crotalus, bom dia!

Também não sou da área, mas não vejo monopólio de recursos na construção dos SNBRs, vejo prioridades, tanto é que serão 4 SBR antes da construção do primeiro SNBR.

Outra coisa, a construção demorada do SNBR não retorna simplesmente um SNBR, retorna massa crítica de recursos humanos, conhecimento técnico e científico, desenvolvimento de materiais, desenvolvimento de indústrias e fornecedores locais para diversas áreas que são extrapoladas para uso civil, como a energia elétrica por exemplo. E essas indústrias e fornecedores por sua vez geram impostos e empregam brasileiros que compram e necessitam de bens.

Na verdade é mais força no pedal da bicicletinha.

Um exemplo: compramos o molibdênio 99 do Canadá, que no começo do ano passado simplesmente deixou de nos vender, por motivos internos deles de produção ou melhores preços em outro lugar, isso tb não importa, ficamos (boa parte do país) sem material para exames com radiofârmacos.
O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/CNEN-SP) possui conhecimento técnico para construir um Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) e foi incubido dessa tarefa.
Sem a pesquisa e o desenvolvimento tecnologico em energia nuclear, por mais lento que tenha sido nos últimos 30 anos, estariamos destinados a comprar os radiofârmacos canadenses por muito mais tempo ainda.

Na verdade o submarino mesmo é o menor dos benefícios.

Abraço

Loki

Agradeço os esclarescimentos. É que não sendo da área acabo pensando diferente e às vezes equivocado. Entretanto eu concordo com a pesquisa e utilização da energia nuclear pelo nosso país, inclusive para fins bélicos, não só para propulsão. Enquanto o "clube atômico" se esquivar de desmantelar suas armas nucleares, nosso país deve voltar a desenvolver a BOMBA e os meios para lançá-la. Somente vamos parar de pensar assim depois que os americanos, russos e os demais desmontem as suas.
Desculpe ter tomado outra direção, mas não me contive.

Bem ai já é outra coisa, é um pensamento corrente com prós e contras.

Não tenho horizonte para achar certo ou errado, porém até onde consigo enxergar, o momento atual não é prudente uma corrida brasileira para a bomba.

Deixando o off topic, sobre suas perguntas sobre submarinos fluviais, não tenho conhecimento para responder, talvez uma sistema de minagem seja mais eficiente, realmente não sei.

Abraço

DCNS ABRE ESCOLA DE PROJETO DE SUBMARINOS PARA BRASILEIROS.


O grupo de construção naval francês DCNS, que fabricará cinco submarinos em cooperação com a Marinha brasileira, inaugurou nesta quinta-feira em Lorient (oeste do país) uma escola de desenho de submarinos como parte de um acordo de transferência de tecnologia para o Brasil.

O contrato de 6,7 bilhões de euros (8,765 bilhões de dólares), um dos mais importantes assinados pela DCNS, prevê a fabricação de quatro submarinos convencionais, um submarino nuclear de ataque (SNA), uma base de submarinos e um estaleiro que estará pronto em 2012 em Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.

“É um contrato enorme. Trata-se de construir um pequeno Cherbourg e uma pequena Île Longue”, em referência à base de construção de submarinos de propulsão nuclear perto de Brest, no oeste da França, declarou o diretor da divisão de submarinos do DCNS, Pierre Quinchon.

No momento, em torno de 30 engenheiros navais brasileiros estão participando de um curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient, como parte do acordo de transferência de tecnologia.

A venda foi fechada em setembro de 2009, durante uma viagem do presidente francês, Nicolas Sarkozy, paralelamente às negociações ainda em curso entre França e Brasil sobre o fornecimento de 36 caças para a FAB, pela Dassault.

O primeiro submarino convencional (70 metros de comprimento), cuja fabricação começou na fábrica da DCNS em Cherbourg com a participação de 130 engenheiros e técnicos brasileiros, será concluído em Sepetiba em 2012, onde outros três navios serão construídos.

Os submarinos convencionais deverão estar prontos em 2017.

O futuro SNA brasileiro, também construído em Sepetiba, deve estar em funcionamento em 2025.

FONTE: AFP

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thelmo rodrigues escreveu:DCNS ABRE ESCOLA DE PROJETO DE SUBMARINOS PARA BRASILEIROS.


O grupo de construção naval francês DCNS, que fabricará cinco submarinos em cooperação com a Marinha brasileira, inaugurou nesta quinta-feira em Lorient (oeste do país) uma escola de desenho de submarinos como parte de um acordo de transferência de tecnologia para o Brasil.

O contrato de 6,7 bilhões de euros (8,765 bilhões de dólares), um dos mais importantes assinados pela DCNS, prevê a fabricação de quatro submarinos convencionais, um submarino nuclear de ataque (SNA), uma base de submarinos e um estaleiro que estará pronto em 2012 em Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.

“É um contrato enorme. Trata-se de construir um pequeno Cherbourg e uma pequena Île Longue”, em referência à base de construção de submarinos de propulsão nuclear perto de Brest, no oeste da França, declarou o diretor da divisão de submarinos do DCNS, Pierre Quinchon.

No momento, em torno de 30 engenheiros navais brasileiros estão participando de um curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient, como parte do acordo de transferência de tecnologia.

A venda foi fechada em setembro de 2009, durante uma viagem do presidente francês, Nicolas Sarkozy, paralelamente às negociações ainda em curso entre França e Brasil sobre o fornecimento de 36 caças para a FAB, pela Dassault.

O primeiro submarino convencional (70 metros de comprimento), cuja fabricação começou na fábrica da DCNS em Cherbourg com a participação de 130 engenheiros e técnicos brasileiros, será concluído em Sepetiba em 2012, onde outros três navios serão construídos.

Os submarinos convencionais deverão estar prontos em 2017.

O futuro SNA brasileiro, também construído em Sepetiba, deve estar em funcionamento em 2025.

FONTE: AFP

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Submarines for Brazil: DCNS Opens Submarine Design School
http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... le=release

Crotalus escreveu:Não sou da área, mas penso que o monopólio de nossos parcos recursos na construção demoradíssima de um ou dois submarinos somente favorecerá nossos inimigos. Quantos submarinos convencionais modernos poderão ser construidos com o orçamento do SNB? Como está o plano da MB na construção de subs convencionais. A propósito há algum interesse da marinha em construir micros subs de defesa? Inclusive semelhantes aos pequenos subs construidos para rios amazônicos pelas FARCs? Pequenos subs (com calado de poucos metros) poderiam ser utilizados em rios amazônicos? Teriam eficácia?

Loki já respondeu em grande parte suas perguntas, mas me permita acrescentar mais alguns detalhes.

A MB tem desde muito tempo interesse em possuir submarinos nucleares, e em termos de dissuasão não há o que discutir sobre sua superioridade com relação aos convencionais, então pessoalmente acho que o interesse tem bons fundamentos. Mas assim que os primeiros SNB’s começarem a tomar forma as pressões internacionais contra sua construção devem crescer muito, pois os países desenvolvidos não vem com bons olhos a proliferação deste tipo de equipamento militar, e a opinião pública internacional entra quase em pânico à simples menção da palavra “nuclear”. Então é quase certo de que em algum ponto o Brasil terá que se virar sozinho se quiser construir e manter atualizada uma frota minimamente eficaz deste tipo de embarcação.

Para isso será necessário contar com a capacidade de projetar e construir no próprio país os submarinos completos, incluindo casco, propulsão e grande parte dos sistemas. Se esta capacidade estiver disponível aqui pode até acontecer de governos estrangeiros desistirem de bloquear nosso acesso a tais embarcações e nos fornecerem os componentes ou a tecnologia necessária para construí-los e operá-los, de forma a nem precisarmos utilizar os conhecimentos que estamos adquirindo com este contrato. Mas sem esta capacidade ficaremos extremamente vulneráveis a quaisquer pressões aplicadas não só ao Brasil, mas a qualquer nação que quisesse nos apoiar nesta área. E estas pressões com certeza viriam.

Portanto, o programa se submarinos da MB precisa contemplar não apenas a aquisição das plataformas em si (convencionais e nucleares), mas também do know-how de projeto e construção, de forma a garantir que nenhuma pressão possa nos afetar. Poderíamos tentar desenvolver tudo aqui, mas o investimento quase com certeza não seria menor, e os prazos e riscos seriam muito mais altos, por isso a MB decidiu adquirir a tecnologia de um parceiro internacional que se dispôs a transferi-la. Já tentamos isto algumas décadas atrás (na época com outro parceiro), e por uma série de razões, algumas evidente e outras nem tanto, a tentativa fracassou e estamos tendo que reiniciar tudo novamente do zero. Isto levará tempo, sem dúvida muito mais do que se simplesmente comprássemos alguns sub’s convencionais de prateleira, mas se quisermos os sub’s nucleares o único outro caminho possível a seguir (desenvolver tudo localmente) com certeza seria ainda muito mais longo e arriscado.

Com relação aos minisubs, no Atlântico eles teriam muito pouca utilidade, por sua baixa autonomia e capacidade de armamento, e nos rios da Amazônia, mesmo que pudessem navegar em segurança e se orientar, quais seriam os alvos que eles atacariam que uma simples lancha ou navio de patrulha leve não poderiam enfrentar com ainda mais facilidade? Eu não consigo imaginar nenhum.

Um grande abraço,


Leandro G. Card