Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Qua Dez 01, 2010 10:30 am
Presidente Hosni Mubarak teve uma grande vitória nas eleições parlamentares do Egito, 95% dos votos...Obama logo irá saudar essa grande vitória da democracia
Grifon escreveu:Relação de Sarkozy com Lula preocupa EUA, mostram documentos do WikiLeaks
RIO - As relações do presidente da França, Nicolas Sarkozy, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preocupam o governo de Barack Obama. Segundo o jornal "El País", documentos vazados pelo site WikiLeaks mostram que, no fim de 2009, a embaixada dos Estados Unidos em Paris alertou Washington para a frequência dos encontros de Sarkozy e Lula - nove vezes em dois anos - e o incremento das relações diplomáticas, políticas, econômicas e militares entre os dois países.
Um dos cinco veículos que há semanas tiveram acesso aos documentos diplomáticos vazados pelo WikiLeaks, o "El País" informa que a advertência sobre as relações entre os dois presidentes está em uma mensagem da embaixada americana intitulada "França e Brasil: o começo de uma história de amor". Além da proximidade com Lula, a ambição de Sarkozy também preocupa os EUA.
"Sua impaciência na busca de resultados e seu desejo de levar a iniciativa (ainda que sem apoio de parceiros internacionais, nem de seu próprios assessores) nos obriga a canalizar suas propostas impulsivas de forma construtiva e com vistas ao longo prazo", adverte o embaixador dos EUA, Charles Rivkin, a seus superiores em Washington em um telegrama de dezembro do ano passado.
De acordo com o "El País", os telegramas diplomáticos americanos observam que Sarkozy não tem mecanismos de freio - políticos, pessoas ou ideológicos - para suas ambições globais. O presidente também é descrito pelo ex-embaixador americano, em 2007, como alguém que tem marcada tendência a corrigir erros de seus colaboradores, "inclusive seu primeiro-ministro (...) com estilo pessoal autoritário".
"Premia a quem segue suas ordens, e marginaliza a quem lhe apresenta uma opinião distinta ou cometa erros, como aconteceu com a ministra da Justiça, Rachida Dati, e a secretária de Estado de Exteriores, Rama Yade", alerta a outra mensagem diplomática, de 2009.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 156837.asp
Uma critica velada a todos os Generais do EB.Penguin escreveu:01/12/2010 - 09h10
EUA veem 'paranoia' em defesa da Amazônia
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FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA
Nos telegramas da diplomacia dos EUA sobre a Estratégia de Defesa Nacional, há um trecho no qual a defesa da Amazônia é a apontada como uma "tradicional paranoia brasileira".
Os textos foram obtidos pela ONG WikiLeaks e lidos com exclusividade pela Folha.
São feitas referências à histórica preocupação de certos setores do governo e do meio político no Brasil em relação a organizações não governamentais e ao que os norte-americanos chamam de "forças estrangeiras obscuras".
"Um dos mais notáveis elementos da Estratégia [Nacional de Defesa] é o foco na defesa da região amazônica. Embora o documento aponte os desafios de segurança na região por causa de falta de controle nas fronteiras e de vizinhos potencialmente instáveis, o texto também satisfaz a tradicional paranoia brasileira a respeito de ações de organizações não governamentais e forças estrangeiras obscuras que são popularmente consideradas como ameaças potenciais à soberania do Brasil", diz um trecho do documento confidencial.
EUA avaliam que submarino nuclear é 'elefante branco'
Dois telegramas produzidos pela Embaixada dos EUA em Brasília no início de 2009 fazem duras críticas à Estratégia Nacional de Defesa lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2008. (Confira em inglês os telegramas)
Em um desses dois despachos aos quais a Folha teve acesso, ambos assinados pelo então embaixador norte-americano no Brasil, Clifford Sobel, há uma contestação sobre como as Forças Armadas brasileiras serão empregadas no futuro, sobretudo na proteção do mar territorial do país por causa da descoberta das reservas de petróleo da camada do pré-sal.
"Não há (...) informação sobre as possíveis ameaças a áreas de reserva de petróleo e a que a Marinha terá de responder contra-atacando, tornando difícil, por exemplo, avaliar a declaração contida na estratégia de que um submarino nuclear será necessário para proteger essas instalações", diz o telegrama, datado de 9 de janeiro de 2009.
A diplomacia norte-americana classifica como "consistente" o objetivo de modernizar o setor militar no Brasil, mas faz então uma ressalva: "Deixando de lado elefantes brancos politicamente populares como o submarino movido a energia nuclear".
O desejo da Marinha de ter um submarino nuclear é citado sete vezes nos dois telegramas da diplomacia dos EUA. Ao final, esse equipamento é jogado numa lista de itens que podem impedir a concretização da Estratégia Nacional de Defesa.
"Há (...) sérias questões sobre o quanto desse plano será realizado, particularmente com outras supostas prioridades estratégicas, incluindo (...) submarinos nucleares e apoio governamental a empresas do setor de defesa que não sejam competitivas, algo que pode provocar o surgimento de buracos negros que vão sugar todos os recursos disponíveis", diz o telegrama, confidencial.
A compra dos submarinos foi fechada em setembro de 2009. São quatro modelos convencionais Scorpène e o desenvolvimento do casco e da integração de um reator brasileiro a uma unidade com propulsão nuclear. O negócio soma 6,5 bilhões de euros (R$ 14,5 bilhões pela cotação de ontem).
Os dois documentos (um total de 12 páginas) a que a Folha teve acesso ontem fazem parte de um grande lote de telegramas dos diplomatas dos EUA que estão sendo vazados desde domingo pela organização não governamental WikiLeaks.
As informações estão surgindo no site da entidade. A Folha.com criou uma seção especial sobre o caso.
Os telegramas lidos pela Folha são dedicados a analisar a Estratégia Nacional de Defesa do Brasil.
Os textos chamam a atenção para o fato de que o governo "permite 'parceiros estratégicos', mas esses são vistos como os países que aceitam transferir tecnologias que tornarão o Brasil mais independente, não como um colaborador em operações de segurança".
MANGABEIRA
O então embaixador dos EUA escreve em um trecho que "parece que Lula dá atenção" ao que dizia o então ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger. Na verdade, a influência dele --hoje fora do governo-- era mais retórica do que prática.