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Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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jauro
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#316 Mensagem por jauro » Qua Out 18, 2006 10:43 am

Bda Patrício Corrêa da Câmara

http://www.coter.eb.mil.br/noticias/not061006.htm




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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#317 Mensagem por jauro » Qui Out 19, 2006 9:12 am

5ª Brigada de Cavalaria Blindada

Ponta Grossa (PR) - Visita do Diretor de Obras Militares. Na oportunidade, o General Kümmel, acompanhado do Comandante da 5ª Bda C Bld, General Aldo, visitou o canteiro de obras do 3º Regimento de Carros de Combate.


Imagem Imagem




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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talharim
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#318 Mensagem por talharim » Qui Out 19, 2006 10:02 am

Kuwait prestes a receber lote de Apaches Longbow !!!!

WASHINGTON [MENL] -- Kuwait has been preparing to receive the first of 16 advanced AH-64D Apache Longbow multi-role combat helicopters from the United States.

U.S. officials and industry executives said the first of 16 Longbows for the Kuwait Air Force has been accepted by the U.S. government. They said the AH-64D would remain in the United States for qualification tests until 2006.

The Longbow was delivered in July 2005 from manufacturer Boeing, based in Mesa, Ariz., to the U.S. Army. The army has directed a Longbow training program and Kuwaiti officers were expected to arrive in the United States in late 2005. In all, the army was expected to train 48 Kuwait Air Force pilots and instructors as well as 200 Kuwaiti technicians.

"No firm in-country delivery schedule or contract details have been announced," Boeing said in a statement.



Imagem


Infelizmente o EB não possue nenhum tipo de defesa contra aparatos desses tipo.

Nossos CC seriam humilhantemente exterminados frente a um heli de combate inimigo armado com mísseis anti-tanque.

O que seria mais eficaz para o EB se contrapor a uma ameaça dessas ?

AAAer montada em blindados para acompanhar nossos CCs ?

ou

Helis de combate armados com mísseis ar-ar ?




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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#319 Mensagem por Lauro Melo » Qui Out 19, 2006 10:17 am

talharim escreveu:Infelizmente o EB não possue nenhum tipo de defesa contra aparatos desses tipo.
Nossos CC seriam humilhantemente exterminados frente a um heli de combate inimigo armado com mísseis anti-tanque.
O que seria mais eficaz para o EB se contrapor a uma ameaça dessas ?
AAAer montada em blindados para acompanhar nossos CCs ?
ou Helis de combate armados com mísseis ar-ar ?


A solução já existe na FAB.
O A-29 armados com mísseis MAA-1A e MAA-1B.
Podem decolar de pistas rudimentares e foram fabricados para operarem em condições que exija pouca estrutura.

Tem velocidade baixa, mas muito superior aos Helicópteros.
Tem melhor razão de subida.
Também são maximizados para operarem em baixa altitude.
Podem manobrar mais rápido e ainda fazer apoio área aproximado para as tropas.




"Os guerreiros não caem se ajoelham e levantam ainda mais fortes."
TOG: 22 anos de garra, determinação e respeito.
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#320 Mensagem por talharim » Qui Out 19, 2006 10:27 am

Lauro,numa guerra contra um inimigo claramente superior o EB não se pode dar ao luxo de depender a vida de seus CCs a um hipotético auxílio da FAB.

Na condição atual seria suicídio.

O EB precisa de seus próprios meios para se defender.




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one behind me."

General George S. Patton.
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#321 Mensagem por Lauro Melo » Qui Out 19, 2006 10:35 am

talharim escreveu:Lauro,numa guerra contra um inimigo claramente superior o EB não se pode dar ao luxo de depender a vida de seus CCs a um hipotético auxílio da FAB.
Na condição atual seria suicídio.
O EB precisa de seus próprios meios para se defender.

Talha,
Contra um inimigo claramente superior ( ele não esta na América Latina ), é melhor deixar os CC guardados e utilizar outras táticas de confronto.
Vide os mais de 1.000 ( mil ) CC iraquianos destruídos na guerra de 1991.

Mas uma solução paliativa é a compra de vários lotes de Iglas, para serem distribuídos em grandes quantidades as tropas blindadas.

sds,




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#322 Mensagem por Matheus » Qui Out 19, 2006 11:18 am

Ninguém vai usar heli de ataque se não tiver a superioridade aérea. A-29, iglas e Gepards pode ser eficientes contra países com o mesmo nível nosso.




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#323 Mensagem por Pablo Maica » Qui Out 19, 2006 11:01 pm

MCD-SM escreveu:Ninguém vai usar heli de ataque se não tiver a superioridade aérea. A-29, iglas e Gepards pode ser eficientes contra países com o mesmo nível nosso.


Exato MCD... por isso a uso de helis de ataque hoje em dia é muito discutido, e seu papel no futuro dos combates ainda não e muito seguro.


Um abraço e t+ :D




jauro
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#324 Mensagem por jauro » Sex Out 20, 2006 9:18 am

FOLHA on LINE - BOA VISTA RR

MINISTÉRIO DA DEFESA –

Comitiva conhece instalações do Exército



Representantes do Ministério visitaram o Pelotão Especial de Fronteira em Normandia

A preocupação com a soberania nacional, em especial a Amazônia, fez com que uma comitiva do Ministério da Defesa, formada por 23 civis, entre eles o secretário de Organização Institucional, Antônio Carlos Ayrosa, visitasse na última quarta-feira as unidades do Exército em Roraima.

Durante o único dia em que permaneceu no Estado, a comitiva visitou também o Pelotão Especial de Fronteira em Normandia e recebeu as solicitações apresentadas pelo Exército, no que se refere ao aumento do efetivo, criação de novas unidades e melhoria de recursos para aplicação nas obras.

Em toda a Amazônia, o efetivo do Exército compreende a 25 mil homens, destes, 3 mil estão em Roraima. Sobre o número ideal de vagas para atender a demanda, o chefe da Comunicação Social da 1a Brigada de Infantaria de Selva (BIS), coronel Isaías Pimentel, disse que esses números são relativos porque o governo tem prioridades mais urgentes como a educação e saúde na região.

Pimentel afirmou que o trabalho do Exército tem sido para garantir a segurança da Amazônia. Recentemente, conforme contou, foi ampliado o Aeroporto em Tabatinga, fronteira com a Bolívia, e criada uma nova Unidade militar em São Gabriel da Cachoeira.

Para Roraima, dentro do Plano Estratégico do Exército, há previsão de criar um Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) em Caracaraí. O prazo para isso ocorrer ainda não está definido.

De acordo com o coronel Pimentel, em razão de possíveis ameaças à Amazônia, é necessário o planejamento de ações. “Isso não quer dizer que vai haver invasões, mas estamos nos preparando para fechar brechas”, disse. Segundo ele, a Amazônia é prioridade e motivo de cobiça do mundo, devido aos seus recursos hídricos, inclusive.

INTERESSES - As riquezas da Amazônia têm despertado interesses em todo o mundo. Há duas semanas, uma entrevista na Revista Veja com o ex-candidato a presidente dos Estados Unidos, Al Gore, falou sobre o assunto, já que o americano estaria visitando o Brasil em poucos dias, mas ele descartou qualquer interesse daquele País na floresta mais cobiçada do Planeta.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
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#325 Mensagem por jauro » Seg Out 23, 2006 8:15 am

A defesa nacional esquecida pelos candidatos

CARLOS DE MEIRA MATTOS


--------------------------------------------------------------------------------

A defesa de nosso país não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas os candidatos têm preferido ignorá-la
--------------------------------------------------------------------------------



Neste período eleitoral em que tudo se discute, assistimos a um vazio sobre a defesa nacional.

Será a preocupação com a defesa da nação uma questão tão insignificante que não merece figurar nas preocupações de um estadista? Será que o Brasil, país pacífico, por não estar enfrentando, no momento, nenhum conflito externo mais grave, pode negligenciar a preparação de sua defesa para uma eventualidade? Será que, neste mundo agitado por tantas ambições, conflitos e guerras, estaremos imunes de ameaças ambiciosas sobre nossos imensos recursos naturais improdutivos, dos quais os chamados "grandes" carecem?

"Nenhum estadista de bom senso pode ignorar a defesa de seu pais", proclama o histórico pacifista Woodrow Wilson, famoso estadista internacional, patrono e professor da Universidade de Princeton.

Não é possível ignorar que várias ameaças já manifestadas claramente pesam sobre nossa soberania e nossa integridade territorial. Em favor da globalização, do neoliberalismo e da política de mercados, inúmeras ONGs européias e internacionais vêm aumentando a pressão sobre seus governos e organismos internacionais com a tese "Amazônia, patrimônio da humanidade", segundo a qual a região ser administrada por uma autoridade internacional.

Tal tese vem ganhando adeptos fervorosos entre instituições ambientalistas, antropólogos, naturalistas, indigenistas da Europa e América do Norte. As mais importantes, como a inglesa "Survive", já instalaram inúmeras agências na Amazônia, onde, sob o pretexto de desenvolver programas científicos e proteger as populações indígenas, fazem a pregação constante de sua tese de internacionalização da região "no interesse da humanidade".

Vários chefes de Estado e autoridades estrangeiras já têm se pronunciado a favor da tese da internacionalização da Amazônia, entre os quais citamos: o ex-presidente da França François Mitterrand, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, Gorbatchov e membros da casa real britânica.

Mais recentemente, o sr. Pascal Lamy, secretário-geral da Organização Mundial de Comércio, declarou: "O Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia". E, há poucos dias, o secretário do Meio Ambiente do governo inglês, David Miliband, divulgou em Monterrey, no México, num congresso internacional que reuniu representantes de 20 países, "um plano para transformar a Amazônia em uma grande área privada administrada por uma autoridade internacional". Garantiu que a proposta inglesa conta com a aval do primeiro-ministro Tony Blair.

Outro perigo não declarado, mas que deve ser considerado pelo futuro governo, é o desequilíbrio da antiga estabilidade militar sul-americana.

Novas situações vêm acontecendo nos países nossos vizinhos. Na Colômbia, uma organização guerrilheira poderosa, as Farc, ligada ao narcotráfico, domina uma parte do território e constitui constante ameaça nas nossas fronteiras; no Paraguai, os Estados Unidos estão criando uma base militar; a Venezuela, não se sabe para quê, acaba de comprar muitos milhões de dólares de material de guerra ultramoderno, com o qual se transformará na maior potência militar da América Latina; na Bolívia, um presidente despreparado e atrabiliário já fez várias ameaças aos nossos interesses no país, desrespeitando acordos solenemente firmados com governos anteriores.

São fatos, não suposições, que exigem de qualquer estadista chefe de governo uma atenção vigorosa, o acionamento de órgãos de inteligência e uma diplomacia ativa e atuante, capaz de defender os nossos interesses soberanos antes que qualquer ameaça de agressão se concretize.

Mas, seguindo a lição do patrono do Itamaraty, o barão do Rio Branco, nas crises graves, para que uma negociação diplomática tenha êxito, ela precisa estar apoiada por um poder militar adequado. Em particular, no caso da Amazônia, precisamos dispor de uma força militar de dissuasão estratégica, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, composta de efetivos e material bélico apropriado à guerra na região, capaz de oferecer um custo alto a qualquer aventura contra a nossa soberania. Essa força de dissuasão deve ser equipada de material de fabricação nacional. Na hora da crise, não podemos estar sujeitos aos embargos, à aquisição de material bélico estrangeiro. Temos de revitalizar a industria bélica nacional, que foi abandonada pelos últimos governos. Defesa nacional é dever inerente, inseparável da soberania de qualquer Estado.

Esse é, numa visão atual, o quadro de defesa de nosso país, cuja política não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas que os atuais candidatos têm preferido ignorar -pondo em risco a nossa soberania.
CARLOS DE MEIRA MATTOS , 93, doutor em ciência política e general reformado do Exército, é veterano da Segunda Guerra Mundial e conselheiro da Escola Superior de Guerra.




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#326 Mensagem por 3rdMillhouse » Seg Out 23, 2006 11:11 am

jauro escreveu:A defesa nacional esquecida pelos candidatos

CARLOS DE MEIRA MATTOS


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A defesa de nosso país não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas os candidatos têm preferido ignorá-la
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Neste período eleitoral em que tudo se discute, assistimos a um vazio sobre a defesa nacional.

Será a preocupação com a defesa da nação uma questão tão insignificante que não merece figurar nas preocupações de um estadista? Será que o Brasil, país pacífico, por não estar enfrentando, no momento, nenhum conflito externo mais grave, pode negligenciar a preparação de sua defesa para uma eventualidade? Será que, neste mundo agitado por tantas ambições, conflitos e guerras, estaremos imunes de ameaças ambiciosas sobre nossos imensos recursos naturais improdutivos, dos quais os chamados "grandes" carecem?

"Nenhum estadista de bom senso pode ignorar a defesa de seu pais", proclama o histórico pacifista Woodrow Wilson, famoso estadista internacional, patrono e professor da Universidade de Princeton.

Não é possível ignorar que várias ameaças já manifestadas claramente pesam sobre nossa soberania e nossa integridade territorial. Em favor da globalização, do neoliberalismo e da política de mercados, inúmeras ONGs européias e internacionais vêm aumentando a pressão sobre seus governos e organismos internacionais com a tese "Amazônia, patrimônio da humanidade", segundo a qual a região ser administrada por uma autoridade internacional.

Tal tese vem ganhando adeptos fervorosos entre instituições ambientalistas, antropólogos, naturalistas, indigenistas da Europa e América do Norte. As mais importantes, como a inglesa "Survive", já instalaram inúmeras agências na Amazônia, onde, sob o pretexto de desenvolver programas científicos e proteger as populações indígenas, fazem a pregação constante de sua tese de internacionalização da região "no interesse da humanidade".

Vários chefes de Estado e autoridades estrangeiras já têm se pronunciado a favor da tese da internacionalização da Amazônia, entre os quais citamos: o ex-presidente da França François Mitterrand, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, Gorbatchov e membros da casa real britânica.

Mais recentemente, o sr. Pascal Lamy, secretário-geral da Organização Mundial de Comércio, declarou: "O Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia". E, há poucos dias, o secretário do Meio Ambiente do governo inglês, David Miliband, divulgou em Monterrey, no México, num congresso internacional que reuniu representantes de 20 países, "um plano para transformar a Amazônia em uma grande área privada administrada por uma autoridade internacional". Garantiu que a proposta inglesa conta com a aval do primeiro-ministro Tony Blair.

Outro perigo não declarado, mas que deve ser considerado pelo futuro governo, é o desequilíbrio da antiga estabilidade militar sul-americana.

Novas situações vêm acontecendo nos países nossos vizinhos. Na Colômbia, uma organização guerrilheira poderosa, as Farc, ligada ao narcotráfico, domina uma parte do território e constitui constante ameaça nas nossas fronteiras; no Paraguai, os Estados Unidos estão criando uma base militar; a Venezuela, não se sabe para quê, acaba de comprar muitos milhões de dólares de material de guerra ultramoderno, com o qual se transformará na maior potência militar da América Latina; na Bolívia, um presidente despreparado e atrabiliário já fez várias ameaças aos nossos interesses no país, desrespeitando acordos solenemente firmados com governos anteriores.

São fatos, não suposições, que exigem de qualquer estadista chefe de governo uma atenção vigorosa, o acionamento de órgãos de inteligência e uma diplomacia ativa e atuante, capaz de defender os nossos interesses soberanos antes que qualquer ameaça de agressão se concretize.

Mas, seguindo a lição do patrono do Itamaraty, o barão do Rio Branco, nas crises graves, para que uma negociação diplomática tenha êxito, ela precisa estar apoiada por um poder militar adequado. Em particular, no caso da Amazônia, precisamos dispor de uma força militar de dissuasão estratégica, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, composta de efetivos e material bélico apropriado à guerra na região, capaz de oferecer um custo alto a qualquer aventura contra a nossa soberania. Essa força de dissuasão deve ser equipada de material de fabricação nacional. Na hora da crise, não podemos estar sujeitos aos embargos, à aquisição de material bélico estrangeiro. Temos de revitalizar a industria bélica nacional, que foi abandonada pelos últimos governos. Defesa nacional é dever inerente, inseparável da soberania de qualquer Estado.

Esse é, numa visão atual, o quadro de defesa de nosso país, cuja política não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas que os atuais candidatos têm preferido ignorar -pondo em risco a nossa soberania.

CARLOS DE MEIRA MATTOS , 93, doutor em ciência política e general reformado do Exército, é veterano da Segunda Guerra Mundial e conselheiro da Escola Superior de Guerra.


Ótimo, ainda por cima de um veterano da FEB. :wink:




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#327 Mensagem por 3rdMillhouse » Seg Out 23, 2006 11:13 am

jauro escreveu:A defesa nacional esquecida pelos candidatos

CARLOS DE MEIRA MATTOS


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A defesa de nosso país não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas os candidatos têm preferido ignorá-la
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Neste período eleitoral em que tudo se discute, assistimos a um vazio sobre a defesa nacional.

Será a preocupação com a defesa da nação uma questão tão insignificante que não merece figurar nas preocupações de um estadista? Será que o Brasil, país pacífico, por não estar enfrentando, no momento, nenhum conflito externo mais grave, pode negligenciar a preparação de sua defesa para uma eventualidade? Será que, neste mundo agitado por tantas ambições, conflitos e guerras, estaremos imunes de ameaças ambiciosas sobre nossos imensos recursos naturais improdutivos, dos quais os chamados "grandes" carecem?

"Nenhum estadista de bom senso pode ignorar a defesa de seu pais", proclama o histórico pacifista Woodrow Wilson, famoso estadista internacional, patrono e professor da Universidade de Princeton.

Não é possível ignorar que várias ameaças já manifestadas claramente pesam sobre nossa soberania e nossa integridade territorial. Em favor da globalização, do neoliberalismo e da política de mercados, inúmeras ONGs européias e internacionais vêm aumentando a pressão sobre seus governos e organismos internacionais com a tese "Amazônia, patrimônio da humanidade", segundo a qual a região ser administrada por uma autoridade internacional.

Tal tese vem ganhando adeptos fervorosos entre instituições ambientalistas, antropólogos, naturalistas, indigenistas da Europa e América do Norte. As mais importantes, como a inglesa "Survive", já instalaram inúmeras agências na Amazônia, onde, sob o pretexto de desenvolver programas científicos e proteger as populações indígenas, fazem a pregação constante de sua tese de internacionalização da região "no interesse da humanidade".

Vários chefes de Estado e autoridades estrangeiras já têm se pronunciado a favor da tese da internacionalização da Amazônia, entre os quais citamos: o ex-presidente da França François Mitterrand, o ex-presidente dos EUA Bill Clinton, o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, Gorbatchov e membros da casa real britânica.

Mais recentemente, o sr. Pascal Lamy, secretário-geral da Organização Mundial de Comércio, declarou: "O Brasil precisa aceitar a soberania relativa sobre a Amazônia". E, há poucos dias, o secretário do Meio Ambiente do governo inglês, David Miliband, divulgou em Monterrey, no México, num congresso internacional que reuniu representantes de 20 países, "um plano para transformar a Amazônia em uma grande área privada administrada por uma autoridade internacional". Garantiu que a proposta inglesa conta com a aval do primeiro-ministro Tony Blair.

Outro perigo não declarado, mas que deve ser considerado pelo futuro governo, é o desequilíbrio da antiga estabilidade militar sul-americana.

Novas situações vêm acontecendo nos países nossos vizinhos. Na Colômbia, uma organização guerrilheira poderosa, as Farc, ligada ao narcotráfico, domina uma parte do território e constitui constante ameaça nas nossas fronteiras; no Paraguai, os Estados Unidos estão criando uma base militar; a Venezuela, não se sabe para quê, acaba de comprar muitos milhões de dólares de material de guerra ultramoderno, com o qual se transformará na maior potência militar da América Latina; na Bolívia, um presidente despreparado e atrabiliário já fez várias ameaças aos nossos interesses no país, desrespeitando acordos solenemente firmados com governos anteriores.

São fatos, não suposições, que exigem de qualquer estadista chefe de governo uma atenção vigorosa, o acionamento de órgãos de inteligência e uma diplomacia ativa e atuante, capaz de defender os nossos interesses soberanos antes que qualquer ameaça de agressão se concretize.

Mas, seguindo a lição do patrono do Itamaraty, o barão do Rio Branco, nas crises graves, para que uma negociação diplomática tenha êxito, ela precisa estar apoiada por um poder militar adequado. Em particular, no caso da Amazônia, precisamos dispor de uma força militar de dissuasão estratégica, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, composta de efetivos e material bélico apropriado à guerra na região, capaz de oferecer um custo alto a qualquer aventura contra a nossa soberania. Essa força de dissuasão deve ser equipada de material de fabricação nacional. Na hora da crise, não podemos estar sujeitos aos embargos, à aquisição de material bélico estrangeiro. Temos de revitalizar a industria bélica nacional, que foi abandonada pelos últimos governos. Defesa nacional é dever inerente, inseparável da soberania de qualquer Estado.

Esse é, numa visão atual, o quadro de defesa de nosso país, cuja política não pode deixar de merecer a maior atenção do futuro governo, mas que os atuais candidatos têm preferido ignorar -pondo em risco a nossa soberania.

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Ótimo, ainda por cima de um veterano da FEB. :wink:




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#328 Mensagem por Pablo Maica » Seg Out 23, 2006 11:16 am

Agrale Próxima de Contrato para Exportação do Veículo Marruá

A AGRALE está próxima de assinar um contrato com a Comando de la Infantería de Marina de la Armada Argentina (IMARA), para a venda de quatro veículos Marruá versão especial ambulância, segundo informa o correspondente de Defesa@Net na Argentina. Os testes foram realizados dentro do perímetro da Base Naval Puerto Belgrano, em Bahía Blanca, Província de Buenos Aires. Os testes do veículo foram levados ao extremo, que chegou próximo à destruição, demonstrando a resistência do Marrúa e superando as expectativas. A maior modificação foi a troca dos pneus por mais largos para melhor performance em terreno arenoso. Estes quatro veículos seriam entregues até o final do ano e seriam o início de uma encomenda maior.

Para os testes do Agrale na IMARA acesse:
http://www.defesanet.com.br/notas/argentina_1.htm


Um abraço e t+ :D




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#329 Mensagem por CFB » Seg Out 23, 2006 3:49 pm

talharim escreveu:Kuwait prestes a receber lote de Apaches Longbow !!!!

WASHINGTON [MENL] -- Kuwait has been preparing to receive the first of 16 advanced AH-64D Apache Longbow multi-role combat helicopters from the United States.

U.S. officials and industry executives said the first of 16 Longbows for the Kuwait Air Force has been accepted by the U.S. government. They said the AH-64D would remain in the United States for qualification tests until 2006.

The Longbow was delivered in July 2005 from manufacturer Boeing, based in Mesa, Ariz., to the U.S. Army. The army has directed a Longbow training program and Kuwaiti officers were expected to arrive in the United States in late 2005. In all, the army was expected to train 48 Kuwait Air Force pilots and instructors as well as 200 Kuwaiti technicians.

"No firm in-country delivery schedule or contract details have been announced," Boeing said in a statement.



Imagem


Infelizmente o EB não possue nenhum tipo de defesa contra aparatos desses tipo.

Nossos CC seriam humilhantemente exterminados frente a um heli de combate inimigo armado com mísseis anti-tanque.

O que seria mais eficaz para o EB se contrapor a uma ameaça dessas ?

AAAer montada em blindados para acompanhar nossos CCs ?

ou

Helis de combate armados com mísseis ar-ar ?



O ideal seria ter os dois, mas...... :roll:




Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil
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#330 Mensagem por jauro » Ter Out 24, 2006 5:29 pm

Morales no labirinto

Primeiro presidente indígena coleciona crises internas e preocupa vizinhos por assinar acordo militar com a Venezuela. Brasil afirma que Petrobras sairá do país se não chegar a acerto sobre a questao do gás

Claudio Dantas Sequeira
Da equipe do Correio

No poder há nove meses, o presidente da Bolívia, Evo Morales, demonstra pouca capacidade para construir consensos e, inadvertidamente, força os limites da governabilidade, historicamente frágil no país. Em vez do diálogo, aposta na verborragia nacionalista que ostenta desde a campanha eleitoral. Os discursos inflamados se remetem quase sempre à necessidade de autodeterminação do povo boliviano ante o imperialismo — seja ianque ou tupiniquim —, e pretendem justificar a concentração do poder no Executivo e medidas de cunho autoritário. Com efeito, o ex-líder indígena parece se encaminhar para a trajetória dos tradicionais caudilhos latino-americanos.

O efeito é uma opinião pública mobilizada, e um clima de desconfiança que contamina os governos vizinhos. Os exemplos de inabilidade política se sucedem: a Assembléia Constituinte ficou paralisada por um impasse constrangedor, a crise do gás com o Brasil entra em sua 26ª — e decisiva — semana (leia abaixo), e a desapropriação de brasileiros estabelecidos na faixa de fronteira se transformou em caça às bruxas. O problema não é só com o Brasil. Morales acaba de abrir uma nova frente de confronto internacional ao anunciar a nacionalização das jazidas de minérios, como ferro e estanho, exploradas principalmente por empresas norte-americanas.

Nesse contexto de instabilidade, é razoável o estranhamento demonstrado por vários países vizinhos com a denúncia do acordo assinado por Morales com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para a instalação de 24 bases Militares ao longo dos 6.918km de fronteira com Brasil, Argentina, Peru, Chile e Paraguai. Além de um crédito inicial de US$ 47 milhões, o texto prevê a possível intervenção das forças armadas venezuelanas na “gestão de crises” na Bolívia, a padronização de armamentos e das doutrinas de emprego de força. O período eleitoral faz com que o Itamaraty aja com cautela, para evitar desgastes desnecessários.

Consultas

Nas últimas semanas, as embaixadas brasileiras em La Paz e Caracas reportaram o conteúdo de diversos contatos informais com as autoridades dos dois países. O mesmo ocorreu com as representações de Santiago, Assunção e Lima. Esses telegramas serviram de base para um relatório de acompanhamento. De maneira geral, as autoridades bolivianas e venezuelanas procuraram justificar o acordo e negar qualquer caráter ofensivo. Por sua parte, os diplomatas brasileiros expressaram preocupação com o texto genérico do documento, que daria margem a interpretações diversas.

Também esclareceram a importância de utilizar os foros multilaterais para comunicar a assinatura de tratados de caráter estratégico, especialmente quando afetam a conjuntura regional. A Venezuela é membro pleno do Mercosul, e a Bolívia um país associado. Ambos fazem parte da Comunidade Sul-Americana de Nações e do Grupo do Rio. Oficialmente, o Itamaraty garante que “não há motivos para alarde”. “Respeitamos a soberania e achamos que o acordo pode ajudar no combate ao narcotráfico”, informou ao Correio a Assessoria de Imprensa do ministério. Entretanto, o tom diplomático não esconde o interesse “de vermos tudo esclarecido no esforço da integração sul-americana”.

Estrago feito, o chanceler boliviano, David Choquehuanca, empreendeu na semana passada viagem a Buenos Aires, Montevidéu e Assunção. Em sua passagem, procurou amenizar o clima de tensão. Nos próximos dias será a vez de o ministro da Defesa, Walker San Miguel, ir ao Peru e ao Chile. Visitas a Brasília, só depois do segundo turno. Na sexta-feira passada, San Miguel disse que o país tem 15 postos Militares nas fronteiras, e que “isso não é nada em comparação aos países limítrofes”. Segundo o ministro boliviano, o Brasil tem 25 postos Militares com a Bolívia; o Chile, 16; a Argentina, 14; o Paraguai, 13, e o Peru, 11.

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"Respeitamos a soberania (da Bolívia) e achamos que o acordo pode ajudar no combate ao narcotráfico"
Assessoria do Ministério das Relações Exteriores do Brasil




Presidente em queda livre

81% - era a popularidade de Evo Morales em março

68% - era a aprovação ao governante boliviano em abril

51% - foi a avaliação positiva de Morales no início de outubro




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
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